Tempo Real LAB - Laboratório de estudo, transmissão e aplicação da ferramenta Composição em Tempo Real.

Tempo Real LAB

Laboratório de estudo, transmissão e aplicação

da ferramenta Composição em Tempo Real

De 30 de setembro a 20 de dezembro de 2024

Um curso organizado no quadro do projeto TECER, uma iniciativa de João Fiadeiro enquanto Artista-Investigador Residente do Forum Dança.

Candidaturas encerradas

“Talvez o tempo presente e o tempo passado
Estejam ambos presentes no tempo futuro
E o tempo futuro contido no tempo passado.
Se todo o tempo está eternamente presente
Todo o tempo é irredimível.”
T. S. Eliot, in Quatro Quartetos

 

“A Composição em Tempo Real é uma ferramenta que põe em prática um descentramento radical para abordar aquilo que ultrapassa a experiência humana.”
Emma Bigé, filósofa, bailarina, curadora

Premissa

A Composição em Tempo Real é uma ferramenta que “corre o risco” de ser bem-sucedida na resolução de problemas de decisão e seleção em processos de improvisação ou composição. É uma das suas forças. Mas não é só isso que nos move. Move-nos o desejo de encontrar estratégias de suspensão da certeza. Modos de pensar a ação e de fazer agir o pensamento. Maneiras de não saber em conjunto.

 

TEMPO REAL LAB nasce do desejo em dar corpo a este enunciado.

Proposta

Desde que a Composição em Tempo Real (CTR) começou a ser sistematizada, no fim dos anos 90, que João Fiadeiro desenvolve estratégias para partilhar esta ferramenta de forma avançada e imersiva, para lá do workshop pontual e esporádico.

 

Um curso que possibilite aceder às múltiplas camadas desta prática na duração, a partir dos diferentes ângulos e escalas que a compõem, e com doses equilibradas e interconetadas de pensamento, experimentação e ação.

 

Um curso onde a CTR seja entendida enquanto “campo de estudo”, e que consiga reduzir a distância de territórios normalmente cindidos entre a teoria e a prática; o ficcional e o documental; ou a observação e a ação.

 

Um curso onde a apropriação das suas ferramentas e conceitos aconteça de forma intuitiva e empírica, e onde a sua aplicação responda às necessidades de cada situação, circunstância e utilização.

 

Tivemos exemplos potentes e intensos desta partilha no passado – desde os “Case Studies” nos anos 2000; o AND_Lab no início dos anos 2010 e, mais recentemente, o PACAP 5 aqui no Forum Dança, em 2021. Mas estes cursos tiveram sempre uma “agenda” paralela – a criação artística, a investigação de cariz científico ou a disciplina da improvisação sensu lato – onde a CTR era sempre estudada na relação com outros fins e nunca na sua condição de “meio”, de “entre”, de “processo”.

 

E não é por acaso que isso acontecia. Não é fácil colocar de pé uma plataforma de transmissão para ensinar/partilhar uma prática que, para todos os efeitos, “não serve para nada”. Ou melhor dizendo, serve “o nada”, a ideia de “nada”, aqui entendido não enquanto “ausência” ou “vazio”, mas como algo ainda em aberto, em potência, sem ter sido contaminado e condicionado por um sentido fechado ou uma etiqueta.

 

Mas desta vez, aproveitando o enquadramento de um Centro de Estudo da CTR como a TECER, a perspetiva de continuidade que o Forum Dança proporciona, e o facto dos meus pares mais diretos – Márcia Lança, Carolina Campos, Daniel Pizamiglio ou Cláudia Dias – já terem um corpo de trabalho próprio na investigação, transmissão e aplicação da CTR, sentimo-nos prontos para mergulhar neste vazio.

Programação e Calendarização

TEMPO REAL LAB terá a duração de 12 semanas (de 30 de setembro a 20 de dezembro de 2024), será composto por 4 módulos de 3 semanas cada, onde cada módulo é composto por uma semana dedicada à experiência de um dos dispositivos performáticos síntese da Composição em Tempo Real e duas semanas dedicadas ao estudo da espinha dorsal da ferramenta (a partir dos seus eixos cardinais, premissas e princípios) e de uma “experiência foco” da Composição em Tempo Real.

 

O simples desejo de se desenhar uma calendarização e uma espécie de “currículo” fere, à primeira vista, a natureza da prática da Composição em Tempo Real, que não se quer domesticada e que, no seu modus operandi nuclear, habita o imponderável e o indeterminado. Por outro lado, também sabemos que os rituais e os protocolos resultantes de enquadramentos tipo “curso”, “laboratório” ou mesmo “escola”, não são mais do que referentes genéricos que atraem pessoas a um lugar. Uma vez juntas, são as pessoas que decidem o que é que estão de facto ali a fazer. Se tudo correr bem, as estruturas de poder associadas a estes termos serão desativadas, passando à condição de meros pretextos que nos mobilizaram na direção de um ponto de encontro. Este encontro é a condição necessária para a troca e para a partilha, fim último de um projeto de transmissão e investigação.

 

Dispositivos-Síntese

Os dispositivos-síntese que iremos explorar resultam de práticas desenvolvidas ao longo dos anos de investigação da CTR e refletem preocupações como: a relação entre performatividade e presença do espetador, a restrição e a tarefa como potencializadoras de ambientes de liberdade performativa, a relação entre palavra e ação, o trânsito entre afetos, enunciados e as suas manifestações. Correspondem a preocupações que sintetizam princípios e premissas que sustentam a sua prática, sobretudo aquelas onde se dá um deslocamento da perceção espácio-temporal do acontecimento, do tipo sinestésico, onde os sentidos se cruzam, colidem e sobrepõem. Mais próximo do curso serão partilhados com os participantes detalhes sobre cada um dos dispositivos a serem explorados.

 

Na primeira semana de cada módulo, através dos dispositivos-síntese, teremos a possibilidade de habitar a experiência da CTR mesmo antes de se começar a descascar as diversas camadas que a compõem. Este gesto parece-nos absolutamente necessário para destabilizar a tendência do “pensar primeiro e fazer depois” tão presente nos nossos hábitos cartesianos de acesso ao saber. Queremos assim “protegermo-nos de nós próprios” invertendo a ordem dos fatores, colocando-nos primeiro no interior da experiência para, num segundo tempo, estudar os seus ecos e as suas réplicas. À medida que o curso avança, mesmo esta inversão será subvertida e o acesso à experiência dar-se-á sem distinção clara entre prática e teoria, numa tentativa de diluir e desierarquizar as fronteiras entre o fazer e o pensar.

 

No fim de cada semana, o estudo destes dispositivos terá uma apresentação pública (quatro no total). Esse gesto permitirá estudar um aspeto central desta prática: a influência da observação externa no modo como nos apresentamos (e representamos). Estas apresentações funcionarão ainda como modos de “publicar” a experiência (no sentido de deixar uma marca pública), produzindo assim discurso e arquivo, um dos eixos programáticos da TECER.

 

Espinha dorsal

Durante as manhãs o ponto de encontro será com João Fiadeiro e colaboradores, de forma a estudar e experimentar a Composição em Tempo Real a partir dos seus eixos cardinais, e das suas premissas e princípios estruturantes, quer do ponto de vista dos seus conceitos, como das ferramentas que a sustentam. Neste período dar-se-á mais atenção ao funcionamento da “máquina” e menos à sua aplicabilidade. Se pensarmos numa analogia biológica, a CTR será aqui estudada como se tratasse de uma “célula estaminal”, ainda indiferenciada, que se pode tornar a qualquer momento, numa célula “especializada” (muscular, sanguínea ou cerebral).

 

Experiência foco
Da parte da tarde, o foco transitará para diferentes formas de experimentação e aplicação desta ferramenta, a partir da apropriação feita ao longo dos anos por artistas como Márcia Lança, Carolina Campos, Daniel Pizamiglio e Cláudia Dias, que trabalharam/trabalham intensamente com João Fiadeiro e que desenvolveram abordagens próprias em relação a esta ferramenta. Estas sessões permitirão aos participantes acederem a diferentes vozes no interior da Composição em Tempo Real, reforçando a ideia de que, ao mesmo tempo de que se trata de uma metodologia rigorosa, com princípios e premissas precisas, é também aberta e permeável à sensibilidade singular de quem a incorpora (tanto de quem a transmite como de quem a recebe).

 

Por isso, as “área de estudo” desenhadas para estas sessões será uma consequência direta dos interesses, imaginários e experiências de cada artista que irá orientar as sessões. Dependendo de quem a partilha, e do ângulo em que é abordada, estar-se-á simultaneamente perante a repetição (da técnica) e a diferença (da abordagem). Esta qualidade diagonal e oblíqua faz parte da estrutura desta proposta e transmiti-la a partir de uma experiência múltipla é a consequência lógica do seu modo de operar.

 

Um programa de intenções individual mais detalhado, por parte de cada artista que facilita as sessões, será partilhado mais próximo do curso.

Público-alvo

Procuramos artistas profissionais experientes, ligados à performance e à dança contemporânea, que se identifiquem com uma postura transversal, híbrida e oblíqua do fazer-pensar artístico. É importante que já tenham um corpo de trabalho de reflexão e experimentação consistentes, mesmo que ainda em início de carreira, de forma a se constituírem enquanto coletivo de pares, disponíveis para uma troca desierarquizada, generosa e recíproca.

 

Mesmo que se crie um lugar de investigação seguro, sustentado numa ética de trabalho apoiada em princípios de cuidado e de respeito mútuo, a prática da improvisação e da performance, por definição, pode levar performers para lugares de partilha intensa, muitas vezes vulneráveis, onde a dúvida e o erro têm um lugar de relevo. Procuramos por isso perfis de participantes com maturidade emocional suficiente para fazer face a situações de experimentação que abalem, mesmo que provisoriamente, as suas zonas de conforto. A idade mínima de participação é de 23 anos.

Informações

Selecione cada uma das secções abaixo para tomar conhecimento de todas as especificações do curso e do processo de candidaturas.

Língua

O curso será orientado em inglês e português.

 

Importante!
As candidaturas podem ser enviadas em português e/ou em inglês.

Datas

Após receção do dossier, as candidaturas pré-selecionadas serão convidadas até ao dia 19 de julho de 2024 para uma entrevista online (via zoom) com João Fiadeiro e a equipa curatorial. As candidaturas serão informadas da decisão final até 5 de agosto de 2024.

 

  • Pré-seleção 15.07.2024 – 18.07.2024
  • Resultados da pré-seleção 19.07.2024
  • Entrevistas 25.07.2024 – 26.07.2024
  • Respostas Finais: até 05.08.2024
  • Datas do programa 30.09.2024 – 20.12. 2024

Horários

A organização diária deste curso será dividida por uma sessão matinal e uma sessão durante a tarde.

O curso terá lugar de terça-feira a quinta-feira, sendo as sextas-feiras dedicadas a atividades auto-organizadas pelo grupo.

 

  • 10h00 – 12h30 – sessão da manhã
  • 13h30 – 17h15 – sessão da tarde

Local

Forum Dança / Espaço da Penha
Travessa do Calado, 26B
1170-070 Lisboa

Candidaturas

Elementos a enviar:

 

  • Carta de motivação com as razões pelas quais se candidata (max. 1 pág. A4 .pdf)
  • CV com fotografia e nota biográfica incluída (max. 2 pág. A4 .pdf)
  • Portfólio em pdf ou site onde se possa aceder ao histórico de criações, textos publicados ou colaborações realizadas, com links para registos de vídeo.

 

  • Um texto que responda à seguinte pergunta (max. 1/2 pág. A4 .pdf): Para onde vai a luz quando se apaga?
  • Uma imagem que traduza a seguinte frase: “Todas as coisas estão delicadamente interligadas”
  • Uma frase que traduza a seguinte imagem:
FORM

! NOTA IMPORTANTE !

Não aceitamos links para download de vídeos.

Os links enviados devem dar acesso direto à visualização online dos ficheiros (Youtube, Vimeo, etc.).

Taxa de participação

  • Inscrição 120 €
  • Pagamento integral do curso 800 €
  • Pagamento em 2 prestações 420 € x 2

Bolsas

Será atribuída uma bolsa de redução de 50% do valor da propina, após a seleção.

Formulário

Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

As candidaturas já estão encerradas.

Biografias

João Fiadeiro

Forum Dança | PACAP 5 - João Fiadeiro
João Fiadeiro © Ana Viotti

João Fiadeiro (1965) é um performer, coreógrafo, investigador, professor e curador português.
Pertence à geração de artistas que surgiu no final dos anos oitenta em Portugal e deu origem ao movimento da Nova Dança Portuguesa.
Nos anos 90 estudou e praticou intensamente o Contacto-Improvisação o que o levou a prosseguir e sistematizar a sua própria investigação sobre improvisação sob a designação de Composição em Tempo Real. Esta pesquisa levou-o a coordenar workshops em programas de mestrado e doutorado em várias escolas e universidades em todo o mundo.
Tem feito extensas digressões pela Europa, América do Norte e América do Sul com os seus trabalhos a solo e em grupo.
O seu percurso, quer enquanto coreógrafo ou performer, como enquanto investigador ou curador, centrou-se na criação de condições para a experimentação, a prática laboratorial e o cruzamento interdisciplinar.
Esta actividade foi realizada tanto no quadro da direcção de projectos de programação e investigação artística, que passaram pelo Centro Cultural da Malaposta (1990-95), pelo Espaço Ginjal (1995-1998), pelo Lugar Comum (1999-2000), pelo Espaço A Capital (2000-2002) e pelo Atelier Re.AL (2004-2019), como no quadro da sua prática artística, através das criações e dos ateliers de investigação organizados em torno da Composição em Tempo Real.
O Atelier Re.AL foi uma estrutura que desempenhou um papel preponderante no desenvolvimento da dança contemporânea e de iniciativas transdisciplinares em Portugal.
Em todas estas diferentes plataformas de encontro, João Fiadeiro foi sempre acompanhado por artistas que participaram ativamente enquanto criadores, performers, investigadores e programadores, contribuindo de maneira decisiva para a existência deste projeto durante 30 anos de atividade ininterrupta.

Márcia Lança

Forum Dança | PACAP 5 - Márcia Lança
Márcia Lança

Márcia Lança nasceu em Beja e vive em Lisboa. Em 2008 fundou a VAGAR da qual é diretora artística. Tem trabalhado como coreógrafa e performer em diversas configurações colaborativas.
Move-se em territórios onde as fronteiras entre o ficcional e o real são ténues e difusas. O seu interesse pela materialidade poética de ações e tarefas concretas está no centro dos seus processos de criação.
É apaixonada por composições coletivas emergentes, pelo pensamento enquanto ação e por construções situadas.

Carolina Campos

Forum Dança | PACAP 5 - Carolina Campos
Carolina Campos

Carolina Campos é brasileira e vive entre Lisboa e Barcelona.
Realizou o Programa de Estudos Independentes do Museu de Arte Contemporânea de Barcelona.
No Brasil trabalhou com a Lia Rodrigues Cia de Danças, entre 2008 e 2011.
Colabora intensamente desde 2013 com João Fiadeiro na formação, criação e investigação da Composição em Tempo Real.

Daniel Pizamiglio

Forum Dança | PACAP 5 - Daniel Pizamiglio
Daniel Pizamiglio © Matheus Martins

Daniel Pizamiglio é performer e criador brasileiro.
De 2008 a 2010 fez o Curso Técnico em Dança de Fortaleza (2008-2010). Durante este período encontrou o coreógrafo João Fiadeiro e a partir deste encontro mudou-se para Lisboa em 2012, onde actualmente vive e trabalha.
Desde então estuda e pratica a Composição em Tempo Real; participou no Programa de Estudo, Pesquisa e Criação Coreográfica do Forum Dança (2015-2016); tem colaborado como intérprete, cocriador e assistente de direcção com diferentes artistas.
No seu trabalho autoral, procura um encontro entre a poesia e o corpo (“Dança Concreta”) e como ativar a corporalidade dos afectos e da relação (“Preste Atenção Em Tudo A Partir de Agora”).

Cláudia Dias

Cláudia Dias 
© Adriano Miranda
Cláudia Dias © Adriano Miranda

Cláudia Dias nasceu em Lisboa, em 1972. É coreógrafa, intérprete e professora. Iniciou a sua formação em dança na Academia Almadense, foi bolseira na Companhia de Dança de Lisboa, concluiu o Curso de Formação de Intérpretes de Dança Contemporânea no Forum Dança, e frequentou o Mestrado em Artes Cénicas na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa. Iniciou o seu trabalho como intérprete no Grupo de Dança de Almada. Integrou o colectivo Ninho de Víboras. Colaborou com a Re.Al tendo sido uma intérprete central na estratégia de criação de João Fiadeiro e no desenvolvimento, sistematização e transmissão da Técnica de Composição em Tempo Real. Criou as peças Feedback, E.U. (entrevistem-me urgentemente), Juntem-se 2 a 2, As águias não geram pombas, Per Ti, Histo, One Woman Show, Visita Guiada, Das coisas nascem coisas, Vontade de ter Vontade, 23 + 1 e Nem tudo o que dizemos tem de ser feito nem tudo o que fazemos tem de ser dito. Foi artista associada da Re.Al e do Espaço do Tempo e artista residente no Alkantara. Publicou textos nas revistas Boa União e Woman On Scene e nos livros Correspondencias.Bad e Escenas do Cambio. Premiada pelo Clube Português de Artes e Ideias no concurso Jovens Criadores, 1998. Nomeada para o Prémio Melhor Coreografia de 2013 e de 2017 pela Sociedade Portuguesa de Autores. Desde 2016 desenvolve o projecto Sete Anos Sete Peças acumulando funções de direcção, criação, interpretação e formação. Criou a associação Sete Anos.

Nota Geral

Para quem pretenda participar em qualquer das nossas propostas de transmissão e prática da CTR

 

Mesmo que estejamos comprometidos a criar um lugar de prática seguro, sustentado numa ética de trabalho apoiada em princípios de cuidado e de respeito mútuo, a experiência da improvisação e da performance, por definição, pode levar os/as/es performers para lugares de partilha intensa, muitas vezes vulneráveis e emocionalmente carregados, onde a dúvida e o erro têm um lugar de relevo. Ao inscreverem-se tenham em consideração que nesta prática podem encontrar-se em situações de experimentação que abalam, mesmo que provisoriamente, as vossas zonas de conforto.

Atividades TECER

Workshop CTR
O corpo enquanto espaço

De 26 a 30 de agosto de 2024, das 14h00 às 18h00

Sensibilidade às condições iniciais II
Uma introdução à Composição em Tempo Real: o corpo enquanto espaço

 

Neste workshop João Fiadeiro contará com a colaboração da performer e artista Márcia Lança de forma a criar e estudar o modo como se estabelecem as condições iniciais para a prática da Composição em Tempo Real. O jogo começará sempre, como protocolo inicial, a partir das posições e relações geradas pela Márcia e pelo João, que funcionarão enquanto referente inicial de exploração e experimentação da Composição em Tempo Real. Essas posições-relações iniciais funcionarão enquanto obstruções que condicionarão a experiência da improvisação. Encontrar a experiência de liberdade no interior de um ambiente-partitura composto por restrições, ao mesmo tempo que se desenvolve relações autónomos e inter-dependentes com quem joga (humanos e não-humanos), será o “objeto de estudo” deste workshop.

Informações

Selecione cada uma das secções abaixo para tomar conhecimento de todas as especificações do workshop e do processo de inscrição.

A quem se destina

Este ciclo de workshops é direcionado a artistas-investigadores com experiência em improvisação (em dança, performance ou teatro).

Número máximo de participantes: 16 pessoas.

Horários

Workshop de verão: De 26 a 30 de agosto de 2024, das 14h00 às 18h00.

Local

Forum Dança / Espaço da Penha
Travessa do Calado, 26B
1170-070 Lisboa

Taxa de participação

    • Inscrição: 100 € (cem euros);
    • Desconto de 10%: para pessoas que frequentam, ou que já frequentaram cursos de longa duração do Forum Dança (CGPAE/PEPCC/etc.);
    • Desconto de 10%: para pessoas que frequentam, ou que já frequentaram o PACAP.

Pré-Inscrição

A pré-inscrição é efetuada através de formulário disponível no nosso site e será validada após receção do comprovativo de pagamento, que deverá enviar para o nosso email.

Processo de inscrição

  1. Faça a sua pré-inscrição on-line no formulário indicado para o efeito;
  2. Aguarde o nosso email com as instruções de pagamento;
  3. Proceda ao pagamento da sua inscrição, conforme indicado no email enviado;
  4. Envie-nos o respetivo comprovativo de pagamento para o nosso email;
  5. A sua inscrição só é validada após a receção do seu comprovativo.

Formulário

Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

As inscrições estão encerradas.

Biografias

Selecione cada uma das secções abaixo para saber mais.

João Fiadeiro

Forum Dança | PACAP 5 - João Fiadeiro
João Fiadeiro © Ana Viotti

João Fiadeiro (1965) pertence à geração de artistas que surgiu no final dos anos oitenta em Portugal e deu origem à Nova Dança Portuguesa, movimento fortemente influenciado pelo Judson Dance Theatre na América e pela cena New Dance na Europa.

 

Entre 1990 e 2019 foi diretor artístico do Atelier RE.AL, espaço que teve um papel preponderante no desenvolvimento da dança contemporânea e de iniciativas transdisciplinares em Portugal, tanto no âmbito da arte como entre arte, ciência e sociedade. Entre os projetos organizados por esta associação, destacam-se o LAB/Moving Projects (1992-2006), uma plataforma de work in progress de artistas emergentes; “Restos, rastos e traços” e “G.host” (2009-2011), dois programas de residência com foco em práticas de documentação para a arte contemporânea; e o projeto AND_Lab (2011-2014), um laboratório de pesquisa que trabalha a relação entre ética, estética e política, estão entre as iniciativas de maior impacto na comunidade.

 

João Fiadeiro tem feito extensas digressões pela Europa, América do Norte e América do Sul com os seus trabalhos a solo e em grupo. As suas peças navegam entre disciplinas (performance, dança e teatro), contextos (teatros, museus ou site-specific) e formatos (coreografias, happenings ou palestras-performances), numa tentativa de manter uma “sensibilidade radical” face ao presente e manter-se vigilante contra qualquer forma de estagnação ou perda do discurso crítico.

 

Entre 1995 e 2003 colaborou com os Artistas Unidos, companhia de teatro sediada em Lisboa, onde foi responsável pela movimentação dos atores em peças de Silva Melo, Shakespeare, Brecht, Goethe, etc. encenou peças de Samuel Beckett (Waiting for Godot), Sarah Kane (Psychosis 4’48’‘) e Jon Fosse (Nightsongs).

 

Paralelamente ao seu trabalho como coreógrafo, encenador e curador, João Fiadeiro estudou e praticou de forma intensa o Contacto-Improvisação nos anos 90, o que o levou a prosseguir e sistematizar a sua própria investigação sobre improvisação sob a designação de Composição em Tempo Real. Esta investigação, que começou por ser uma ferramenta de apoio às suas próprias práticas criativas, tem desde então sido utilizada por investigadores das áreas das artes e das ciências (provenientes de áreas tão diversas como a antropologia, as ciências dos sistemas complexos ou a economia), como plataforma teórico-prática para o estudo de decision-making, representação e colaboração. Este trabalho levou-o a lecionar em diferentes espaços independentes na Europa e América do Sul (Brasil, Uruguai, Argentina e Chile) e a conduzir workshops nos mais importantes programas de mestrado e escolas da Europa relacionados à dança contemporânea como PACAP/Forum Dança; EXERCE Master, Mestrado em Prática Artística e Cultura Visual no Museu Rainha Sofia; Programa SoDA MA; Estudos Performativos na Universidade de Hamburgo; Mestrado em Coreografia de Amsterdão; Mestrado em Teatro DasArts; a.pass_estudos avançados de performance e cenografia; MA Theatre Academy da University of the Arts Helsinki; Villa Arson; Centre National de la Danse, etc.

 

A ferramenta Composição em Tempo Real tem desde então alargado a sua aplicação fora do campo artístico com iniciativas como “Soft Skills for Hard Decisions”, concebida em colaboração com o economista António Alvarenga e aplicada em departamentos de recursos humanos de fundações; ou a disciplina “Estigmergia Social” concebida para o programa de doutoramento da Universidade ISCTE em Lisboa com o cientista de sistemas complexos Jorge Louçã.

 

Em 2018 João Fiadeiro publicou o livro “Anatomia de uma Decisão” onde sintetizou a sua pesquisa ao longo da vida sobre Composição em Tempo Real e em 2019 co-coordenou (com Romain Bigé) a exposição Drafting Interior Techniques na Culturgest, a primeira retrospetiva realizada sobre o trabalho e legado de Steve Paxton.

Márcia Lança

Forum Dança | PACAP 5 - Márcia Lança
Márcia Lança

Márcia Lança nasceu em Beja e vive em Lisboa. Em 2008 fundou a VAGAR da qual é diretora artística. Tem trabalhado como coreógrafa e performer em diversas configurações colaborativas.

 

Move-se em territórios onde as fronteiras entre o ficcional e o real são ténues e difusas. O seu interesse pela materialidade poética de ações e tarefas concretas está no centro dos seus processos de criação.

 

É apaixonada por composições coletivas emergentes, pelo pensamento enquanto ação e por construções situadas.

 

Mais informações aqui

Nota Geral

Para quem pretenda participar em qualquer das nossas propostas de transmissão e prática da CTR

 

Mesmo que estejamos comprometidos a criar um lugar de prática seguro, sustentado numa ética de trabalho apoiada em princípios de cuidado e de respeito mútuo, a experiência da improvisação e da performance, por definição, pode levar os/as/es performers para lugares de partilha intensa, muitas vezes vulneráveis e emocionalmente carregados, onde a dúvida e o erro têm um lugar de relevo. Ao inscreverem-se tenham em consideração que nesta prática podem encontrar-se em situações de experimentação que abalam, mesmo que provisoriamente, as vossas zonas de conforto.

Atividades TECER

Workshop CTR
O espaço enquanto corpo

De 1 a 5 de abril, das 14h00 às 18h00

Sensibilidade às condições iniciais I
Uma introdução à Composição em Tempo Real: o espaço enquanto corpo

 

Neste workshop João Fiadeiro contará com a colaboração do arquiteto e artista João Gonçalo Lopes de forma a criar as condições iniciais para a prática da Composição em Tempo Real. O jogo começará sempre, como protocolo inicial, a partir de um “espaço preparado” (um pouco à imagem do “piano preparado” de John Cage), que funcionará enquanto território de exploração e experimentação da Composição em Tempo Real. Esta preparação criará uma topografia espacial que, através das obstruções e das restrições criadas, condicionará a experiência da improvisação. Encontrar a experiência de liberdade no interior de um ambiente-partitura composto por restrições, ao mesmo tempo que se desenvolve relações autónomos e inter-dependentes com quem joga (humanos e não-humanos), será o “objeto de estudo” deste workshop.

Informações

Selecione cada uma das secções abaixo para tomar conhecimento de todas as especificações do workshop e do processo de inscrição.

A quem se destina

Este ciclo de workshops é direcionado a artistas-investigadores com experiência em improvisação (em dança, performance ou teatro).

Número máximo de participantes: 16 pessoas.

Horários

Workshop da Páscoa: De 1 a 5 de abril de 2024, das 14h00 às 18h00.

Local

Forum Dança / Espaço da Penha
Travessa do Calado, 26B
1170-070 Lisboa

Taxa de participação

    • Inscrição: 100 € (cem euros);
    • Desconto de 10%: para pessoas que frequentam, ou que já frequentaram cursos de longa duração do Forum Dança (CGPAE/PEPCC/etc.);
    • Desconto de 25%: para pessoas que frequentam, ou que já frequentaram o PACAP.

Pré-Inscrição

A pré-inscrição é efetuada através de formulário disponível no nosso site e será validada após receção do comprovativo de pagamento, que deverá enviar para o nosso email.

Processo de inscrição

  1. Faça a sua pré-inscrição on-line no formulário indicado para o efeito;
  2. Aguarde o nosso email com as instruções de pagamento;
  3. Proceda ao pagamento da sua inscrição, conforme indicado no email enviado;
  4. Envie-nos o respetivo comprovativo de pagamento para o nosso email;
  5. A sua inscrição só é validada após a receção do seu comprovativo.

Formulário

Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

As inscrições estão encerradas.

Biografias

Selecione cada uma das secções abaixo para saber mais.

João Fiadeiro

Forum Dança | PACAP 5 - João Fiadeiro
João Fiadeiro © Ana Viotti

João Fiadeiro (1965) pertence à geração de artistas que surgiu no final dos anos oitenta em Portugal e deu origem à Nova Dança Portuguesa, movimento fortemente influenciado pelo Judson Dance Theatre na América e pela cena New Dance na Europa.

 

Entre 1990 e 2019 foi diretor artístico do Atelier RE.AL, espaço que teve um papel preponderante no desenvolvimento da dança contemporânea e de iniciativas transdisciplinares em Portugal, tanto no âmbito da arte como entre arte, ciência e sociedade. Entre os projetos organizados por esta associação, destacam-se o LAB/Moving Projects (1992-2006), uma plataforma de work in progress de artistas emergentes; “Restos, rastos e traços” e “G.host” (2009-2011), dois programas de residência com foco em práticas de documentação para a arte contemporânea; e o projeto AND_Lab (2011-2014), um laboratório de pesquisa que trabalha a relação entre ética, estética e política, estão entre as iniciativas de maior impacto na comunidade.

 

João Fiadeiro tem feito extensas digressões pela Europa, América do Norte e América do Sul com os seus trabalhos a solo e em grupo. As suas peças navegam entre disciplinas (performance, dança e teatro), contextos (teatros, museus ou site-specific) e formatos (coreografias, happenings ou palestras-performances), numa tentativa de manter uma “sensibilidade radical” face ao presente e manter-se vigilante contra qualquer forma de estagnação ou perda do discurso crítico.

 

Entre 1995 e 2003 colaborou com os Artistas Unidos, companhia de teatro sediada em Lisboa, onde foi responsável pela movimentação dos atores em peças de Silva Melo, Shakespeare, Brecht, Goethe, etc. encenou peças de Samuel Beckett (Waiting for Godot), Sarah Kane (Psychosis 4’48’‘) e Jon Fosse (Nightsongs).

 

Paralelamente ao seu trabalho como coreógrafo, encenador e curador, João Fiadeiro estudou e praticou de forma intensa o Contacto-Improvisação nos anos 90, o que o levou a prosseguir e sistematizar a sua própria investigação sobre improvisação sob a designação de Composição em Tempo Real. Esta investigação, que começou por ser uma ferramenta de apoio às suas próprias práticas criativas, tem desde então sido utilizada por investigadores das áreas das artes e das ciências (provenientes de áreas tão diversas como a antropologia, as ciências dos sistemas complexos ou a economia), como plataforma teórico-prática para o estudo de decision-making, representação e colaboração. Este trabalho levou-o a lecionar em diferentes espaços independentes na Europa e América do Sul (Brasil, Uruguai, Argentina e Chile) e a conduzir workshops nos mais importantes programas de mestrado e escolas da Europa relacionados à dança contemporânea como PACAP/Forum Dança; EXERCE Master, Mestrado em Prática Artística e Cultura Visual no Museu Rainha Sofia; Programa SoDA MA; Estudos Performativos na Universidade de Hamburgo; Mestrado em Coreografia de Amsterdão; Mestrado em Teatro DasArts; a.pass_estudos avançados de performance e cenografia; MA Theatre Academy da University of the Arts Helsinki; Villa Arson; Centre National de la Danse, etc.

 

A ferramenta Composição em Tempo Real tem desde então alargado a sua aplicação fora do campo artístico com iniciativas como “Soft Skills for Hard Decisions”, concebida em colaboração com o economista António Alvarenga e aplicada em departamentos de recursos humanos de fundações; ou a disciplina “Estigmergia Social” concebida para o programa de doutoramento da Universidade ISCTE em Lisboa com o cientista de sistemas complexos Jorge Louçã.

 

Em 2018 João Fiadeiro publicou o livro “Anatomia de uma Decisão” onde sintetizou a sua pesquisa ao longo da vida sobre Composição em Tempo Real e em 2019 co-coordenou (com Romain Bigé) a exposição Drafting Interior Techniques na Culturgest, a primeira retrospetiva realizada sobre o trabalho e legado de Steve Paxton.

João Gonçalo Lopes

João Gonçalo Lopes
João Gonçalo Lopes © Gustavo Ciríaco

João Gonçalo Lopes é um arquiteto que trabalha em várias disciplinas entre a arte, o design e a educação. Tendo tido uma experiência diversificada em diferentes partes do globo, trabalha atualmente com uma abordagem prática em escalas que vão desde o design urbano, a instalações artísticas ou design de mobiliário.

 

Com uma atitude baseada no contexto, o seu trabalho está enraizado em processos de colaboração e de construção de comunidades, centrando-se na ecologia dos materiais como meio de alcançar realidades conscientes e complexas.

 

Valoriza espaços e objectos que existem como facilitadores da experiência. Para tal, utiliza um conjunto alargado de ferramentas que provêm de diferentes disciplinas, sejam elas sociais, políticas, artísticas, construtivas ou espaciais.

 

Mais informação, aqui.

Nota Geral

Para quem pretenda participar em qualquer das nossas propostas de transmissão e prática da CTR

 

Mesmo que estejamos comprometidos a criar um lugar de prática seguro, sustentado numa ética de trabalho apoiada em princípios de cuidado e de respeito mútuo, a experiência da improvisação e da performance, por definição, pode levar os/as/es performers para lugares de partilha intensa, muitas vezes vulneráveis e emocionalmente carregados, onde a dúvida e o erro têm um lugar de relevo. Ao inscreverem-se tenham em consideração que nesta prática podem encontrar-se em situações de experimentação que abalam, mesmo que provisoriamente, as vossas zonas de conforto.

Atividades TECER

TECER | CTR 2024

As sessões semanais, os workshops pontuais ou os cursos anuais organizados pela TECER | CTR no Forum Dança, visam multiplicar as plataformas de acesso à Composição em Tempo Real, tando do ponto de vista da intensidade, como ao nível dos conteúdos propostos.

 

Em 2024 propomos dois workshops – na Páscoa e no verão – com o título de “Sensibilidade às Condições Iniciais: uma introdução à Composição em Tempo Real”. São workshops práticos, onde os corpos são convidados a agir e a entrar em relação, por isso, embora seja aberto a performers, investigadores e artistas de qualquer disciplina artística ou área do pensamento (desde que nutram curiosidade pelos conceitos apresentados nesta apresentação), deve haver uma disponibilidade física para a participação. A língua principal será o português. Havendo participantes que não falem português, tentaremos organizar no interior do grupo formas de tradução partilhada. As inscrições serão aceites por ordem de chegada.

Workshop da Páscoa

De 1 a 5 de abril 2024, das 14h00 às 18h00

Sensibilidade às condições iniciais I
Uma introdução à Composição em Tempo Real: o espaço enquanto corpo

Workshop de verão

De 26 a 30 de agosto 2024, das 14h00 às 18h00

Sensibilidade às condições iniciais II
Uma introdução à Composição em Tempo Real: o corpo enquanto espaço

Composição em Tempo Real, João Fiadeiro / Forum Dança

Sessões abertas de CTR

Todas as segundas-feiras, das 18h00 às 20h00

Sessões abertas à comunidade
Com a facilitação de João Fiadeiro, Márcia Lança, Cláudia Dias, Carolina Campos e/ou Daniel Pizamiglio.

Tempo Real LAB - Laboratório de estudo, transmissão e aplicação da ferramenta Composição em Tempo Real.

Programa Intensivo de CTR

De 30 de setembro a 20 de dezembro de 2024

 

Programa intensivo de investigação e experimentação da Composição em Tempo Real com a duração de 12 semanas.

Nota Geral

Para quem pretenda participar em qualquer das nossas propostas de transmissão e prática da CTR

 

Mesmo que estejamos comprometidos a criar um lugar de prática seguro, sustentado numa ética de trabalho apoiada em princípios de cuidado e de respeito mútuo, a experiência da improvisação e da performance, por definição, pode levar os/as/es performers para lugares de partilha intensa, muitas vezes vulneráveis e emocionalmente carregados, onde a dúvida e o erro têm um lugar de relevo. Ao inscreverem-se tenham em consideração que nesta prática podem encontrar-se em situações de experimentação que abalam, mesmo que provisoriamente, as vossas zonas de conforto.

Atividades TECER

Palestra "A Minha História da Dança", por Mark Tompkins

Mark Tompkins

28 março 2024, às 18h30
Espaço da Penha • Lisboa
Duração aproximada: 2 horas

Entrada livre, mediante lotação do espaço.

 

Bailarino, coreógrafo, cantor e professor americano, fundou a Companhia I.D.A. em 1983. A sua forma de fabricar objetos performativos não identificados, misturando dança, música, canção, texto e vídeo, tornou-se a sua assinatura. Solos, peças de grupo, concertos e performances improvisadas são elementos deste percurso iniciado nos anos 70, e com a cumplicidade do cenógrafo e figurinista Jean-Louis Badet desde 1988. A sua paixão pela Composição em Tempo Real leva-o a colaborar com bailarinos, músicos, desenhadores de luz e videomakers. Reconhecido pelo seu ensino, viaja por todo o mundo. Em 2008, recebe o Prémio de Coreografia SACD pelo conjunto da sua obra (Society of Dramatic Authors Composers).

 

Fascinado pelas fricções e ressonâncias entre o alto e o baixo entretenimento, os seus espetáculos inspiram-se em formas populares como o cabaré, o music-hall, o musical e o burlesco, bem como em temas de ambiguidade e ambivalência. Canta e dança nos concertos de Sarah Murcia & músicos, NEVER MIND THE FUTURE e MY MOTHER IS A FISH, colabora com a coreógrafa Mariana Tengner Barros em A POWER BALLAD e RESURRECTION. Publicou recentemente ONE SHOT dialogues on real time composition, com Meg Stuart e as imagens de Gilles Toutevoix nas Editions L’œil d’or. As suas performances mais recentes: um solo STAYIN ALIVE (2018) e um trio CELEBRATION (2021).

 

Fotografia © Denise Luccioni

10 Anos
Espaço da Penha

Venham celebrar connosco!

16 de março, sábado das 16h às 24h
Espaço da Penha, Travessa do Calado 26B, Lisboa
Entrada livre

Um espaço de trabalho também pode ser uma casa. Casa no sentido de acolhimento, calor, bem-estar. O Espaço da Penha é a nossa casa. Uma casa que completa 10 anos de existência. E todos os que por aqui passam compreendem a importância desta designação. O Espaço da Penha é uma casa para a dança, para quem faz a dança. Pese os problemas e dificuldades que uma casa sempre acarreta, recebemos sempre da melhor forma quem nos procura.

 

Atualmente, o Espaço da Penha é a casa d’O Rumo do Fumo, do Forum Dança, do Theory-Fiction e do grupo de artistas da Piscina. Mas por aqui já passaram várias estruturas e artistas, nomeadamente Teatro do Vestido, Teatro do Eléctrico, Causas Comuns, casaBranca, Frame Colectivo, Stró, Carta Branca, Miguel Loureiro e João Tuna.

 

Queremos que este continue a ser um lugar de encontros e partilhas – e nada como uma festa para anunciar o nosso desejo de continuação deste projeto – por isso convidamos todas as pessoas a celebrar connosco no próximo dia 16 de Março, a partir das 16h, no Espaço da Penha. Preparámos diversas surpresas nos vários espaços do Espaço. Há performances para assistir, bolo para cantar os parabéns, espumante para brindar, música para dançar. E uma casa de portas abertas para vos receber, hoje e, esperamos, por muitos mais anos.

 

 

Propostas artísticas de:

  • Teresa Silva & Mestre André
  • Márcia Lança, Andrei Bessa, Barbara Cordeiro e Nicole Gomes
  • PACAP 7 / Forum Dança
  • Vera Mantero, Mark Tompkins, Mariana Tengner, Miguel Pereira & Nuno Rebelo
  • Djset Os Grilos
Composição em Tempo Real, João Fiadeiro / Forum Dança

TECER | CTR

Tempo | Estudo | Composição | Experimentação | Real

“Se observarmos a aranha a agir, o que ela eventualmente trama primeiro (…) não é a teia; o que eventualmente ocorre é que a pérola de visgo por ela tecida, suspensa na ponta do fio levado pelo vento, encontra um galho [um muro, um canto]. Esse primeiro fio estendido transversalmente esboçará o alinhamento indispensável à tecelagem. (…) Será possível dizer que a aranha tem o projeto de tecer sua teia? Não creio. Melhor dizer que a teia tem o projeto de ser tecida.”

 

Fernand Deligny, O Aracniano

Apresentação

TECER | CTR é um projeto dirigido por João Fiadeiro no quadro da sua posição de Artista Investigador Residente do Forum Dança. Através desta plataforma, João Fiadeiro pretende transmitir o estudo (e estudar a transmissão) da Composição em Tempo Real (CTR)*, uma prática (teórica) e uma teoria (prática) que se oferece enquanto “campo”, um lugar-território que tem como objetivo acolher e hospedar as forças que estão em jogo naquilo a que convencionamos chamar de presente. No interior desse presente e na perspetiva da CTR, movimenta-se um tempo expandido, simultaneamente “não mais” e “ainda não”. Um tempo não-linear, vivido como uma banda de Möbius, sem interior nem exterior, sem antes nem depois. Um tempo onde a sombra, a margem e o fragmento têm o mesmo protagonismo daquilo que está na luz, ao centro e no todo. Um tempo onde as posições se tomam, para que as com-posições se deem.

 

Transmitir a Composição em Tempo Real a partir da força que o “não-saber” transporta e não do poder que o “saber” carrega. Partilhar a Composição em Tempo Real, reduzindo a distância e a cisão entre teoria e prática, processo e produto, ação e observação, ação e procrastinação, memória e esquecimento, ensino e aprendizagem.

 

Eis a ambição de TECER | CTR enquanto centro de estudo e experimentação da Composição em Tempo Real.

Contextualização

Selecione cada uma das secções abaixo para saber mais.

Sensibilidade às Condições Iniciais

Em Composição em Tempo Real, as regras do jogo são definidas à medida que o jogo é jogado e não, como na maioria dos jogos (incluindo o jogo da vida), antes do jogo começar. Antes de se dar início à prática da Composição em Tempo Real, aquilo que se estabelece como chão comum são as premissas e os princípios que regem o jogo, numa espécie de compromisso ético coletivo onde se circunscreve a sua singularidade, se define os seus eixos cardinais e se estabelece o enquadramento conceptual desta prática. Em linhas gerais, as três premissas que guiam este compromisso podem ser sintetizadas a partir de coordenadas simples:

  1. Não se explicam as jogadas;
  2. Não se joga duas vezes seguidas;
  3. Não se corrige a jogada precedente.

Na sequência (e em consequência) destas restrições iniciais, o jogo desdobra-se numa gestão fina e minuciosa entre doses de repetição e diferença que vão, a cada jogada, sendo introduzidas no sistema.

 

Outro conceito chave desta prática é o princípio da “não linearidade”. Em Composição em Tempo Real é sempre a ação posterior que estabelece, retroativamente, as regras do jogo (daquele jogo em particular, porque mal o jogo em questão termine, as regras ficam imediatamente obsoletas). É por isso que só se pode falar verdadeiramente em jogo, quando o jogo já vai a meio. Ou seja, a maior parte do tempo da experiência em Composição em Tempo Real não se utiliza para jogar o jogo, mas para encontrar o jogo. Esse encontro dá-se a) quando, a partir de uma posição, se cria uma relação; e b) quando, a partir dessa relação, se estabelece uma operação. Esse processo dá-se em três tempos:

  1. O tempo onde se dá uma “posição”;
  2. O tempo onde se dá um “com” (criando uma relação do tipo “posição-com”);
  3. O tempo onde se dá uma “posição-com” (criando uma operação do tipo “posição-com-posição”).

A operação “posição-com-posição” resultante, funciona como uma equação, um fractal que se expande para o interior daquilo a que chamamos de instante, momento ou presente. Desenvolver uma sensibilidade a esta tríade – posição-com-posição – é a condição necessária para se jogar o jogo da Composição em Tempo Real.

*Composição em Tempo Real

Composição em Tempo Real é uma designação utilizada em inúmeras interações e contextos artísticos, sendo mais usual a sua utilização no campo da música eletrónica e na sua relação com a ciência da computação. No campo da dança contemporânea é utilizada por diversos artistas, como sinónimo da prática da “improvisação” (um termo de certa forma “sequestrado” pelo senso comum, como uma experiência arbitrária, desorganizada ou caótica), de forma a enfatizar a complexidade e o rigor envolvidos no ato de improvisar, sobretudo quando apresentada de forma pública.

 

Quando, nos anos noventa, João Fiadeiro deu início à sua investigação em torno da improvisação, a expressão mais utilizada para reivindicar esse rigor era a expressão “composição instantânea”. De forma meio intuitiva, João Fiadeiro decidiu adotar a noção de “composição em tempo real” para designar a sua investigação, porque era o termo que correspondia melhor à experiência de tempo expandido, distendido e plástico que ele experimentava quando “colidia” com o desconhecido, seja quando improvisava, seja quando compunha. Mais tarde conseguiu formular melhor essa resistência ao termo “instantâneo”, quando percebeu que uma parte importante da hipótese que colocava enquanto investigador, sobre a experiência do performer na sua relação com o tempo, sustentava-se na premissa de que a ideia de “instante” é uma construção artificial do ser humano, que decidiu, a partir do seu interesse (e proveito) próprio, que um instante é a fatia mais fina do tempo e que os momentos sucessivos substituem o anterior.

 

Mais recentemente, ao aceder ao pensamento de autores que estudam o conceito de tempo, essa convicção ganhou ainda mais corpo. Nomeadamente através da formulação de “tempo operativo” que Giorgio Agamben utiliza em “O tempo que resta”. Agamben apoia-se no linguista Gustave Guillaume (1883-1960) que afirma (no seu livro Temps et verbe) que “toda a experiência mental, por mais rápida [que seja], necessita de um certo tempo, que pode ser brevíssimo, mas nem por isso menos real”. Aquilo a que Guillaume define como “tempo operativo” (e João Fiadeiro como “tempo real”) é exatamente “o tempo que a mente emprega para realizar uma imagem-tempo”. Agamben complementa este raciocínio quando diz que “um exame atento dos fenómenos da linguagem mostra que as línguas organizam os seus sistemas verbais, não segundo o esquema linear precedente (…) mas através da referência da imagem construída no tempo operativo da sua construção.”. O tempo operativo (ou, como diria Fiadeiro, “tempo real”) “não é nem a linha – representável mas impensável – do tempo cronológico, nem o instante – igualmente impensável – do seu fim, e muito menos um segmento extraído do tempo cronológico (…). É antes o tempo operativo que urge no tempo cronológico e o trabalha e transforma a partir do interior, tempo do qual precisamos para fazer findar o tempo – nesse sentido: o tempo que nos resta.”.

 

Percebe-se, pelo que foi dito, que ao se debater sobre o termo de “instante” ou de “tempo real” para designar o tipo de “composição” que está aqui em jogo, João Fiadeiro não tem como referência o tempo partilhado entre improvisador e espetador, mas o tempo interno do performer, na gestão da experiência que medeia a identificação, a circunscrição e o processamento dos estímulos; a seleção e escolha das possibilidades de relação; e a sua consequente manifestação em forma de gesto e ação.

 

A utilização da expressão “Composição em Tempo Real” utilizada por João Fiadeiro para designar a sua investigação e prática, tem que ser entendida à luz desta reflexão.

João Fiadeiro

Forum Dança | PACAP 5 - João Fiadeiro
João Fiadeiro © Ana Viotti

João Fiadeiro (1965) pertence à geração de artistas que surgiu no final dos anos oitenta em Portugal e deu origem à Nova Dança Portuguesa, movimento fortemente influenciado pelo Judson Dance Theatre na América e pela cena New Dance na Europa.

 

Entre 1990 e 2019 foi diretor artístico do Atelier RE.AL, espaço que teve um papel preponderante no desenvolvimento da dança contemporânea e de iniciativas transdisciplinares em Portugal, tanto no âmbito da arte como entre arte, ciência e sociedade. Entre os projetos organizados por esta associação, destacam-se o LAB/Moving Projects (1992-2006), uma plataforma de work in progress de artistas emergentes; “Restos, rastos e traços” e “G.host” (2009-2011), dois programas de residência com foco em práticas de documentação para a arte contemporânea; e o projeto AND_Lab (2011-2014), um laboratório de pesquisa que trabalha a relação entre ética, estética e política, estão entre as iniciativas de maior impacto na comunidade.

 

João Fiadeiro tem feito extensas digressões pela Europa, América do Norte e América do Sul com os seus trabalhos a solo e em grupo. As suas peças navegam entre disciplinas (performance, dança e teatro), contextos (teatros, museus ou site-specific) e formatos (coreografias, happenings ou palestras-performances), numa tentativa de manter uma “sensibilidade radical” face ao presente e manter-se vigilante contra qualquer forma de estagnação ou perda do discurso crítico.

 

Entre 1995 e 2003 colaborou com os Artistas Unidos, companhia de teatro sediada em Lisboa, onde foi responsável pela movimentação dos atores em peças de Silva Melo, Shakespeare, Brecht, Goethe, etc. encenou peças de Samuel Beckett (Waiting for Godot), Sarah Kane (Psychosis 4’48’‘) e Jon Fosse (Nightsongs).

 

Paralelamente ao seu trabalho como coreógrafo, encenador e curador, João Fiadeiro estudou e praticou de forma intensa o Contacto-Improvisação nos anos 90, o que o levou a prosseguir e sistematizar a sua própria investigação sobre improvisação sob a designação de Composição em Tempo Real. Esta investigação, que começou por ser uma ferramenta de apoio às suas próprias práticas criativas, tem desde então sido utilizada por investigadores das áreas das artes e das ciências (provenientes de áreas tão diversas como a antropologia, as ciências dos sistemas complexos ou a economia), como plataforma teórico-prática para o estudo de decision-making, representação e colaboração. Este trabalho levou-o a lecionar em diferentes espaços independentes na Europa e América do Sul (Brasil, Uruguai, Argentina e Chile) e a conduzir workshops nos mais importantes programas de mestrado e escolas da Europa relacionados à dança contemporânea como PACAP/Forum Dança; EXERCE Master, Mestrado em Prática Artística e Cultura Visual no Museu Rainha Sofia; Programa SoDA MA; Estudos Performativos na Universidade de Hamburgo; Mestrado em Coreografia de Amsterdão; Mestrado em Teatro DasArts; a.pass_estudos avançados de performance e cenografia; MA Theatre Academy da University of the Arts Helsinki; Villa Arson; Centre National de la Danse, etc.

 

A ferramenta Composição em Tempo Real tem desde então alargado a sua aplicação fora do campo artístico com iniciativas como “Soft Skills for Hard Decisions”, concebida em colaboração com o economista António Alvarenga e aplicada em departamentos de recursos humanos de fundações; ou a disciplina “Estigmergia Social” concebida para o programa de doutoramento da Universidade ISCTE em Lisboa com o cientista de sistemas complexos Jorge Louçã.

 

Em 2018 João Fiadeiro publicou o livro “Anatomia de uma Decisão” onde sintetizou a sua pesquisa ao longo da vida sobre Composição em Tempo Real e em 2019 co-coordenou (com Romain Bigé) a exposição Drafting Interior Techniques na Culturgest, a primeira retrospetiva realizada sobre o trabalho e legado de Steve Paxton.

Nota Geral

Para quem pretenda participar em qualquer das nossas propostas de transmissão e prática da CTR

 

Mesmo que estejamos comprometidos a criar um lugar de prática seguro, sustentado numa ética de trabalho apoiada em princípios de cuidado e de respeito mútuo, a experiência da improvisação e da performance, por definição, pode levar os/as/es performers para lugares de partilha intensa, muitas vezes vulneráveis e emocionalmente carregados, onde a dúvida e o erro têm um lugar de relevo. Ao inscreverem-se tenham em consideração que nesta prática podem encontrar-se em situações de experimentação que abalam, mesmo que provisoriamente, as vossas zonas de conforto.

Atividades TECER

Estamos a recrutar!

Estamos a recrutar!

O Forum Dança procura uma pessoa para integrar a sua equipa a partir de abril de 2024.

Candidaturas até dia 10 de março de 2024, mediante envio de curriculum vitae, exposição sobre os interesses profissionais e expectativas em relação ao trabalho que virá a desenvolver (1 pág. A4).

Será feita uma pré-selecção por análise curricular, a seleção decorrerá por entrevista em data a definir.

 

Pré-requisitos:

  • Elegível para estágio profissional do IEFP – Programa ATIVAR.PT (mais informações aqui);
  • Formação de nível superior;
  • Bons conhecimentos de informática na óptica do utilizador;
  • Boas capacidades de relacionamento interpessoal;
  • Gosto e capacidade de trabalhar em equipa;
  • Bom nível de português e inglês falado e escrito;
  • Interesse pela área cultural, designadamente pelas artes do espetáculo, preferencialmente pela dança contemporânea.

 

Para desempenhar funções nas áreas de:

  • Atendimento ao público
  • Secretariado de cursos, aulas, workshops, seminários
  • Assistência de produção
  • Apoio na organização do Centro de Documentação

 

O estágio será remunerado de acordo com a tabela do programa ATIVAR.PT do IEFP (mais informações aqui).

 

Horário de estágio:

De segunda a sexta-feira das 12h às 20h.

 

Enviar candidatura para forumdanca@forumdanca.pt até dia 10 de março de 2024.

Forum Dança - PACAP 7

Participantes
PACAP 7

Biografias

Selecione cada uma das secções abaixo para conhecer as pessoas que participam no PACAP 7.

Beatriz Baião (PT)

Forum Dança - PACAP 7 - Beatriz Baião (PT)
Forum Dança - PACAP 7 - Beatriz Baião (PT)

Beatriz Baião, 2001, Setúbal. Iniciou a vida artística com aulas de ballet no centro de ginástica do Vitória F.C., onde permaneceu durante 8 anos.

Contudo, a procura de algo mais levou-a ao teatro.

Licenciada em Teatro, na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha, procura agora descobrir-se cada vez mais tanto enquanto atriz/bailarina, encenadora e quiçá artista.

Carlota Mantecón (ES)

Forum Dança - PACAP 7 - Carlota Mantecón (ES)
Forum Dança - PACAP 7 - Carlota Mantecón (ES)

Carlota Mantecón (Tenerife, Espanha). Na minha prática artística relaciono-me com o sonoro ou o tátil, desenvolvendo sensibilidades somáticas e percetivas como ponto de partida para explorar outras formas de convivência.

Fabulo com coreografias entre o singular e o plural, numa tentativa de deslocar o olhar individualista normativo.

Damien Najean (FR)

Forum Dança - PACAP 7 - Damien Najean (FR)
Forum Dança - PACAP 7 - Damien Najean (FR)

Damien Najean. Formado em arquitetura, afastei-me da gestão convencional de projetos para procurar caminhos alternativos na arquitetura. Juntando-me a coletivos de arquitetura, experimentei várias ligações entre arquitetura, planeamento urbano, eventos e locais de construção abertos.

A aprendizagem da alvenaria de terra crua permitiu-me ligar a mão que concebe à mão que constrói, integrando ao mesmo tempo uma crítica das relações de dominação.

Hoje, estou convencido de que é através da dança que consigo ligar e fazer evoluir as minhas abordagens da arquitetura para alimentar uma liberdade que toma o poder sobre os nossos meios de subsistência e interdependências.

Giulia Romitelli (IT)

Forum Dança - PACAP 7 - Giulia Romitelli (IT)
Forum Dança - PACAP 7 - Giulia Romitelli (IT)

Com formação em dança e arquitetura, Giulia Romitelli é fascinada pela fusão entre movimento, artes visuais e plásticas.

A sua pesquisa atual investiga o corpo como um repositório de memórias e sonda as características existenciais da humanidade.

Guillermina Gancio (UY)

Forum Dança - PACAP 7 - Guillermina Gancio (UY)
Forum Dança - PACAP 7 - Guillermina Gancio (UY)

Guillermina Gancio Bertoletti. Nasceu no Uruguai em 1994. Formou-se na Escola Nacional de Dança do Uruguai na divisão de dança contemporânea.

Participou em seminários com artistas nacionais e estrangeiros.

Trabalha como professora e coreógrafa com crianças, jovens e adultos; como fotógrafa de projectos cénicos e, desde 2013, como intérprete de peças que combinam dança e performance.

Hernie Harmon (DE)

Forum Dança - PACAP 7 - Henri Kirsch (DE)
Forum Dança - PACAP 7 - Henri Kirsch (DE)

Hernie Harmon é um artista multidimensional, que explora a vida através do corpo expressivo da performance, da natureza e do Butoh.

Jakob von Kietzell (DE)

Forum Dança - PACAP 7 - Jakob von Kietzell (DE)
Forum Dança - PACAP 7 - Jakob von Kietzell (DE)

Jakob von Kietzell é um criativo multidisciplinar na interseção do movimento, das artes visuais e do design, baseado em Berlim e pela Europa.

É apaixonado por colaborações cruzadas, explorando as interações humanas e o trabalho site-specific.

Joana Duvet (PT)

Forum Dança - PACAP 7 - Joana Duvet (PT)
Forum Dança - PACAP 7 - Joana Duvet (PT)

Joana Duvet  iniciou-se nas artes visuais, na Escola Artística António Arroio. Mais tarde, curiosa pela plasticidade têxtil, dedicou-se aos bordados artesanais, na Royal School of
Needlework. Em Portugal, Joana licenciou-se em design de moda e têxtil.

O seu fascínio pela dança levou-a ao ballet clássico e à dança contemporânea.

Atualmente, explora práticas de corpo.

Katerina Giannouli (GR)

Forum Dança - PACAP 7 - Aikaterini Giannouli (GR)
Forum Dança - PACAP 7 - Aikaterini Giannouli (GR)

Katerina Giannouli (ela/ele) é uma artista performativa e coreógrafa que vive em Atenas. Licenciou-se em Psicologia (Reino Unido) e em Estudos de Dança (Grécia).

A sua prática artística é frequentemente alimentada pela introspeção e por desafios pessoais, entrelaçando elementos autobiográficos para aprofundar a sua exploração do eu e do limiar entre o pessoal e o coletivo. As suas explorações temáticas incluem, entre outras, diálogos internos sobre o medo e a perda, o complexo processo de transformação e a delicada interação entre o prazer, a intimidade e as lutas da prestação de cuidados. Na elaboração da sua visão criativa, utiliza uma variedade de ferramentas e meios, tais como o corpo e os seus sentidos, o movimento, objectos encontrados, a escrita e o desenho. Nas suas coreografias, integra frequentemente elementos de repetição, linearidade e saltos para estabelecer estrutura e ritmo.

É membro fundador do M54 Collective, um espaço independente que visa apoiar a comunidade de dança e a cena artística ateniense, acolhendo espectáculos, workshops e projectos artísticos interdisciplinares.

Como artista independente, coreografou e atuou em peças a solo e duetos, apresentando também performances site-specific e de improvisação. Nomeadamente, 4/1 Capriccio (2015), Lamento (2016), Moving Sound (2017), Red Ghost (2018), Having One No Idea (2018) e The Other Things That You Say (2018).

Como membro do Underscore Collective, um grupo de dança independente, tem colaborado em projectos de investigação, como Open Field (2021) e Caring as Pleasure: Brush Me Before I Go To Bed (2022).

Como professora, dá aulas de improvisação. Através desta experiência partilhada, pretende capacitar os participantes para desenvolverem a sua ligação aos seus corpos, à autoexpressão e uns aos outros.

Luna Anaïs (CH)

Forum Dança - PACAP 7 - Luna Anais (CH)
Forum Dança - PACAP 7 - Luna Anais (CH)

Dedico-me à criação, produção e performance, participando ativamente em vários projetos e coletivos em Montevideo, tais como TIGRE, HYPED, RAREO, entre outros.

As minhas explorações são influenciadas pela música, celebração e experiências sensíveis.

O meu processo criativo desenvolve-se através da colaboração, da curiosidade, da descoberta e da intuição, envolvendo-me em atividades artísticas que manipulam ideias para criar experiências cénicas e promover interações comunitárias.

Faço parte da equipa da FIDCU e acredito firmemente que a arte é um estado de encontro – uma forma de me relacionar com os outros.

Quando crio, entro em diálogo com a minha escuridão interior, com as feras e com os lugares. Entrego-me à performance, permitindo que o que me move se manifeste.

Marina de Moraes (BR)

Forum Dança - PACAP 7 - Marina de Moraes (BR)
Forum Dança - PACAP 7 - Marina de Moraes (BR)

Marina de Moraes. Artista e Pesquisadora das Artes do Corpo, com ênfase em Processos de Criação e Dramaturgias na Dança e Estudos Decoloniais, Feministas e Político-Cognitivos.

Atualmente é mestranda em Dança pelo PRODAN-UFBA na linha de Experiências Artísticas, Produção e Gestão em Dança, onde sua pesquisa foi contemplada pela bolsa de pesquisa Fabesp e também pelo edital PIBEXA 2023 (para montagem da peça que vem desenvolvendo); é Graduada em Artes Visuais pelo Instituto de Artes – UFRGS, realizou mobilidade acadêmica ANDIFES em Artes Visuais no Centro de Arte, Humanidades e Letras – UFRB.

Marusya Byzova (RU)

Forum Dança - PACAP 7 - Mariia Byzova (RU)
Forum Dança - PACAP 7 - Mariia Byzova (RU)

Marusya Byzova (nascida em 1998) foi criada em São Petersburgo, na Rússia, antes de se mudar para Yerevan, na Arménia, em 2022.

Bailarina e intérprete com diversas formações, começou por participar em competições de dança de salão, tendo depois explorado a dança contemporânea, o teatro, as práticas somáticas e o vogue.

No último ano, a cultura de salão tem sido uma influência significativa e um foco principal para ela.

Maria tem uma licenciatura em design de ambientes arquitetónicos (2016-2021).

Atualmente, está intrigada com a exploração do movimento através de uma lente irónica, incorporando elementos de jogos, referências da cultura pop e memórias pessoais na sua expressão artística.

Maud Buckenmeyer (FR)

Forum Dança - PACAP 7 - Maud Buckenmeyer (FR)
Forum Dança - PACAP 7 - Maud Buckenmeyer (FR)

Maud Buckenmeyer (França, 1996) navega através de diferentes camadas e meios performativos para criar narrações onde a dança, a narração de histórias, a voz e o burlesco se podem fundir.

Lida com os temas da perda e do luto e interessa-se pela dança como lugar de invocação e imaginário.

Estudou literatura, teatro e clown antes de se formar na inter-universidade de dança de Berlim (HZT) em julho de 2022.

Minjin Lee (KR)

Forum Dança - PACAP 7 - Minjin Lee (KR)
Forum Dança - PACAP 7 - Minjin Lee (KR)

Minjin Lee (1995) é uma artista de dança que vive em Seul, na Coreia. Depois de terminar os seus estudos em dança na Universidade de Kookmin, começou a sua prática como bailarina, atuando com a companhia Lee K. Dance. Colaborou também com coreógrafos como Lyon Eun Kwon (KR) e Mårten Spångberg (SE).

Recentemente, a sua investigação incide sobre a autoria da dança e do corpo como declaração política. Com base na sua experiência e memórias como bailarina e intérprete, reinvestiga o papel e a posição do bailarino como mediador entre o espetador (público, coreógrafo e outros) e a própria dança, que ninguém possui e que não pode ser possuída.

Explora a dança com (os) outros para captar o momento em que a dinâmica da hierarquia se inverte no processo de fazer dança.

É também cofundadora da Femifloor, uma organização comunitária feminista sediada em Seul. Organiza eventos como palestras, workshops e festivais para criar um discurso contínuo de feminismo na cena da dança na Coreia.

Renan Capivara (BR)

Forum Dança - PACAP 7 - Renan Capivara (BR)
Forum Dança - PACAP 7 - Renan Capivara (BR)

Renan Capivara (Brasil, 1993) é artista do corpo e da cena, instrutor de ioga e dançarino com licenciatura em Dança pela Universidade Federal do Ceará (BR), direciona seu trabalho de pesquisa, criação e partilha pedagógica à volta do corpo em movimento, estados de presença e composição dramatúrgica.

Trabalha em projetos de criação de autoria coletiva e solo que se debruçam sobre a pesquisa coreográfica, práticas corporais e elaborações imaginativas e ficcionais.

Sérgio Diogo Matias (PT)

Forum Dança - PACAP 7 - Sérgio Diogo Matias (PT)
Forum Dança - PACAP 7 - Sérgio Diogo Matias (PT)

Sèrge, Sérgio Diogo Matias (1985) iniciou os seus estudos nas artes plásticas e em 2008 e 2010 ingressou na licenciatura de Interpretação/ Criação da Escola Superior de Dança. No último ano da licenciatura frequenta a ArteZ Hogeeschool, em Arnhem, sendo bolseiro do programa Erasmus. Em 2013/ 2014 fez o curso do Forum Dança, PEPCC.

Como intérprete, destaca colaborações com Amélia Bentes, Miguel Pereira, Ballet Contemporâneo do Norte, Vânia Rovisco, Henrique Furtado, entre outros. Das suas criações e colaborações destaca Insólido (2014), MASS|MESS(2018), GEMINIS (2019) e LOOP (2019). Durante o ano de 2020/ 2021 foi aluno do curso de Composição e Performance Musical na Restart que culminou na apresentação/ concerto dos temas originais desenvolvidos ao longo do curso. Em 2023 desempenha o papel de Mário de Sá Carneiro, na peça “A Morte do Corvo”, direção de Nuno Moreira, encenação de atores de Ana Padrão e direção coreográfica de Bruno Rodrigues.

Atualmente é aluno do curso PACAP7 com direção artística de Miguel Pereira e Nuno Lucas, no FORUM DANÇA.

Actividades PACAP 7

Apoios e Parcerias

Coprodução PACAP 7: Teatro do Bairro Alto.

Coprodução em Residência PACAP 7: O Espaço do Tempo

Apoios PACAP 7: Alkantara, Casa da Dança – Almada, Fundação GDA, OPART, E.P.E./Estúdios Victor Córdon, O Rumo do Fumo e Piscina.

Forum Dança | Parcerias e Apoios PACAP 7

T R A M A
Eleonora Fabião

29.fevereiro.2024 | das 18h às 20h

T R A M A – arte de abrir caminho

Eleonora Fabião, performer e teórica da performance, irá apresentar a palestra “T R A M A – arte de abrir caminho, no Espaço da Penha.

A palestra terá início às 18h e tem a duração de 2 horas. A participação é livre, não é necessário fazer reserva, estando a disponibilidade sujeita apenas à lotação do espaço.

 

Neste encontro compartilharei uma série de “notas para pensar e fazer performance” e apresentarei o projeto T R A M A, fruto de uma residência artística no setor público realizada ao longo de 2023 com servidoras e servidores de diversos setores da prefeitura do Rio de Janeiro (transporte, saúde, meio ambiente, educação, limpeza urbana, planejamento, segurança, etc.). Mesas, plantas e tijolos são elementos fundamentais nesta ação que busca reverter a lógica da “repartição” por meio de encontros realizados nas moradas de alguns dos movimentos estético-sociais mais importantes da cidade (Estação Primeira de Mangueira, Casa do Jongo da Serrinha, Museu de Arte do Rio, Casa da Tia Ciata, Galpão Aplauso, Renascença Clube, Centro de Artes da Maré e Galpão Bela Maré). Nos reunimos para imaginar coletivamente projetos e políticas públicas para a cidade e criar condições de implementação. Nos juntamos, humanes e outres-que-humanes, carne cotidiana e osso histórico, ancestrais do passado e do futuro, para tramar arte de abrir caminho. – Eleonora Fabião

Eleonora Fabião

Eleonora Fabião
Eleonora Fabião

Eleonora Fabião é performer e teórica da performance. Realiza ações, exposições, palestras, leciona e publica internacionalmente. Trabalha em contextos diversos: exposições, bienais, festivais de dança, teatro e, sobretudo, nas ruas. Coisas que precisam ser feitas (Performa Biennial, Nova York 2015) é o título de um trabalho e, também, um modo de referir-se à prática. Professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Pesquisadora CNPq.

Informação geral

Local
Forum Dança – Espaço da Penha
Travessa do Calado, 26B, 1170-070 Lisboa

 

Entrada livre, sujeita à lotação do espaço.

Foto: T R A M A na Casa do Jongo da Serrinha, Rio de Janeiro, 2023 © João Orban.

Núcleo - Programa de Residências Artísticas do Forum Dança

Núcleo 2024

O Núcleo surge como um projeto que cumpre um dos objetivos do Forum Dança: acolher residências artísticas e apresentações informais decorrentes, sob o cuidado de uma linha programática específica.

Tem um impulso auto-reflexivo da história do Forum Dança, referenciando-se com o Núcleo de Apoio Coreográfico (NAC) que na década de 1990 foi uma importante plataforma de apoio à criação e internacionalização da dança portuguesa.

Trata-se de um lugar de experimentação, no qual se cuida do ofício de criar, mostrar, refletir, criar circularidade com a comunidade artística e na sua vertente pública na criação e mediação de públicos.

Residências Artísticas 2024

Candidaturas encerradas.

A presente edição do Programa apoiará dois projetos na área da dança contemporânea ou performance. Privilegiaremos projetos que se encontrem em fase inicial de conceção e desenvolvimento.
O Programa oferece espaço de ensaio, acompanhamento artístico por parte do artista-investigador associado do Forum Dança, João Fiadeiro, e uma bolsa de apoio no valor de 750 € (setecentos e cinquenta euros).

Períodos

  • Residência 1: 7 a 18 de outubro;
  • Residência 2: 28 de outubro a 8 de novembro;
  • Residência 3: 18 a 29 de novembro.

Condições

  1. Apoio a 3 projetos selecionados pela direção do Forum Dança;
  2. Bolsa no valor de 750 € (setecentos e cinquenta euros) por residência, mediante envio de recibo-verde ou equivalente (no caso de artistas não residentes em Portugal, deverão apresentar obrigatoriamente certificado de residência fiscal emitido pelas autoridades do país de residência.);
  3. Apoio à divulgação do projeto nos meios de comunicação do Forum Dança;
  4. Partilha pública final, no espaço da residência, no formato de mostra informal, conversa ou similar, com mediação de João Fiadeiro;
  5. Menção obrigatória “Apoio à Criação – Forum Dança” e inserção do logótipo em todo o material de promoção do projeto;
  6. Disponibilização do registo da apresentação do projeto apoiado, quando aplicável, para arquivo no Centro de Documentação do Forum Dança;
  7. A organização das viagens, alojamento, alimentação e assistência médica durante o período das residências é da inteira responsabilidade de quem participa.

Acompanhamento

Estas residências artísticas terão o acompanhamento de João Fiadeiro.

Forum Dança | PACAP 5 - João Fiadeiro
João Fiadeiro © Ana Viotti

João Fiadeiro

Nascido em 1965, João Fiadeiro pertence à geração de coreógrafos que surgiu no final da década de 1980 e que deu origem à Nova Dança Portuguesa.

O seu percurso, quer enquanto coreógrafo ou performer, como enquanto investigador ou curador, centrou-se na criação de condições para a experimentação, a prática laboratorial e o cruzamento interdisciplinar. Esta actividade foi realizada tanto no quadro da direcção de projectos de programação e investigação artística, que passaram pelo Centro Cultural da Malaposta (1990-95), pelo Espaço Ginjal (1995-1998), pelo Lugar Comum (1999-2000), pelo Espaço A Capital (2000-2002) e pelo Atelier Real (2004-2019), como no quadro da sua prática artística, através das criações e dos ateliers de investigação organizados em torno da Composição em Tempo Real.

Em todas estas diferentes plataformas de encontro, João Fiadeiro foi sempre acompanhado por artistas que participaram activamente enquanto criadores, performers, investigadores e programadores, contribuindo de maneira decisiva para a existência deste projecto durante 30 anos de actividade ininterrupta.

Processo

As candidaturas deverão ser submetidas até dia 4 de fevereiro de 2024.

Os resultados serão anunciados por email até dia 1 de abril de 2024.

Formulário

Todos os campos são de preenchimento obrigatório. Candidaturas encerradas.

Resultados

Foram apoiados os seguintes projetos:

 

  • Residência I – 28 de outubro a 8 de novembro: Clarissa Rêgo Teixeira
  • Residência II – 18 a 29 de novembro: Herlandson Duarte
  • Residência III – 9 a 20 de dezembro: Inés Sybille Vooduness

 

As residências terão sempre mostra informal no último dia (sextas-feiras).

Adicionalmente ao preenchimento do formulário no final desta página, deve fazer-nos chegar a ficha de projeto, preenchida e em formato pdf (até 2 MB). A ficha de projeto está disponível neste link:

 

Ficha de Projeto | Candidaturas Núcleo 2024

Foram apoiados os seguintes projetos:

 

  • Residência 1 (7-18 Agosto): Ana Renata Polónia com o projecto VERBAL IMAGES
  • Residência 2 (21 Agosto-1 Setembro): Inês Cartaxo com o projecto SUPERADAPTATION
  • Residência 3 (21 Agosto-1 Setembro): Sara Manubens e Ves Liberta com o projecto NOSFERATU: A SYMPHONY OF HORROR
  • Residência 4 (16 – 27 Outubro): Djam Neguin com o projecto Tx@bet_a
  • Residência 5 (30 Outubro – 10 Novembro): Sara Bernardo com o projecto Efemérida
  • Residência 6 (13 – 24 Novembro): Andrei Bessa e Acauã El Bandide Shereya com o projecto URRO – Parte 3 – Para não caber no mundo
Helena Dawin | Vestígios de Azul | Mostra Informal | Forum Dança

Helena Dawin

Vestígios de Azul

Mostra Informal

Espaço da Penha | 18 dezembro | 18h30

Partilha de processo de residência

Mostra informal da residência artística de Helena Dawin.

ENTRADA GRATUITA

“Vestígios da memória, vestígios de azul. Como criamos vestígios com a dança, a arte mais efémera? Como incorporar a história de uma cor? Como é possível o azul estar ligado tanto ao esquecimento como à memória e às saudades? Quais os vestígios que a cor azul deixou na história? Vamos mergulhar, pesquisando o entrelaçamento de vestígios e memória. Vai ser uma viagem para o azul.” – Helena Dawin

 

Mostra informal da residência artística de Helena Dawin, no âmbito do programa “SPRING! 2023-2024” – acompanhamento de projetos de criação em desenvolvimento, da Rede More, com o apoio do Forum Dança. “Vestígios de azul” vai integrar a programação do (Re)union – Encontro Bienal de Artes Performativas, em 2024.

 

Direção artística e interpretação Helena Dawin

Som Helena Dawin

Apoio artístico Vitória Teles Grilo e Sezen Tonguz

Figurinos Pia Stoepper

 

Helena Dawin formou-se na Tanzfabrik Berlim, no Forum Dança e na Companhia Olga Roriz, Lisboa. Participou no Projeto do Estudo em Dança com Francisco Camacho e foi bolseira no Festival Impulstanz, em Viena. Em conjunto com Vitória Grilo e Lucía Nacht criou “Now-here-land”, e lançou o projeto Dança e Língua com Beatrice Cordier. Em colaboração, criou “Contratempo” e o work em progress “Vestígios invisíveis: azul”. Estudou e trabalhou com a Cia João Garcia Miguel, Jolika Sudermann, Stella Zannou, Jennifer Lacey, Jonathan Burrows, Jassem Hindi, Gustavo Ciríaco, Sofia Dias, Shai Faran, Britta Pudelko, Mark Tompkins, Lia Rodrigues e Vera Mantero.

 

Agradecimentos

Quero agradecer muito à associação Rede More – à Sezen Tonguz e à Vitória Teles Grilo.

Muito obrigada à Mariana Tengner Barros.

Muito obrigada ao Forum Dança – à Dora Carvalho, à Carolina Martins, à Mafalda Sustelo e ao Eduardo Quinhones Hall.

Muito obrigada à Claudia Gromann, pelo azul.

 

Local
Espaço da Penha / Forum Dança

Entrada Gratuita

 

Fotografia © Joana Linda (2023)

Curso de Gestão/Produção das Artes do Espetáculo

32.º CGPAE | Algarve

Curso de Gestão/Produção das Artes do Espetáculo | Algarve

De 22 de fevereiro a 24 de outubro de 2024
Terças, quartas e quintas-feiras, das 10h00 às 13h00

Edição on-line com aulas presenciais, dirigido ao Algarve.

Se procura a edição presencial, 31.º CGPAE | Lisboa, é aqui >>

Terceira Fase
C
andidaturas até 4 de fevereiro de 2024

Para que todas as pessoas interessadas possam participar nesta edição especialmente dedicada ao Algarve, resolvemos abrir mais uma fase de candidaturas. A data de início do curso também foi alterada para 22 de fevereiro.

Introdução

O CGPAE – Curso de Gestão/Produção das Artes do Espetáculo conta com trinta edições, sendo responsável pela formação e integração de muitos profissionais na área das artes do espetáculo em Portugal que escolheram formar-se no Forum Dança.

Com um currículo pedagógico que cobre os parâmetros práticos e teóricos da profissionalização das artes, conta com um corpo docente em contacto e no ativo de funções na área das artes, o que lhe confere uma constante atualização com a realidade e estruturas culturais vigentes.

Esta edição do curso é especialmente dirigida a pessoas residentes na região do Algarve, terá uma componente online e encontros presenciais e pontuais na região, para conversas, debates e visitas a estruturas culturais e artísticas sediadas no Algarve.

Objetivos Gerais

Profissionalizar agentes culturais através da aquisição das seguintes competências:

  • Planear e delinear estratégias de gestão, produção, programação e financiamento no âmbito das Artes do Espetáculo;
  • Integração e profissionalização dos formandos ao longo do curso, sendo a estrutura do mesmo pedagogicamente orientada para este foco central: a aplicação do conhecimento no mundo material das artes performativas.

Coordenação Pedagógica

Dora Carvalho

Mediação de Debates e Acompanhamento de Projeto

Nelson Guerreiro

Informações

Selecione cada uma das secções abaixo para tomar conhecimento de todas as especificações do curso e dos processos de candidatura e seleção.

A quem se destina

Agentes culturais que pretendam desenvolver o seu trabalho/projeto na área de Gestão/Produção das Artes do Espetáculo.
Público em geral com o objetivo de profissionalização. Em ambos os casos, dar-se-á preferência a candidaturas de pessoas residentes na região do Algarve.

Corpo Docente / Estrutura Curricular

O corpo docente do curso desenvolve a sua atividade profissional nas disciplinas que leciona, proporcionando uma aprendizagem do que se faz aqui e agora e uma ligação facilitada ao mercado de trabalho: Eduardo Quinhones Hall, Elisabete Paiva, Ezequiel Santos, Francisco Cipriano, Giacomo Scalisi, Madalena Zenha, Miguel Castro Caldas, Nelson Guerreiro, Patrícia Costa, Paula Varanda, Rita Guerreiro, Rita Tomás, Rui Campos Leitão e convidados.

  • História da Dança, com Ezequiel Santos
  • Música, com Rui Campos Leitão
  • Teatro, com Miguel Castro Caldas
  • Comunicação Cultural, com Rita Tomás
  • Gestão Financeira, com Rita Guerreiro
  • Políticas Culturais, com Paula Varanda
  • Financiamento Europeu para a Cultura, com Francisco Cipriano
  • Direito na Cultura, com Madalena Zenha
  • Direção de Cena / Espaços Culturais, com Patrícia Costa
  • Estratégias de Programação, com Elisabete Paiva
  • Arte e Sociedade, com Giacomo Scalisi
  • Competências Digitais, com Eduardo Quinhones Hall
  • Módulos Técnicos: Som e Luz, a definir
  • Debates + Projeto, com mediação de Nelson Guerreiro

Horários

Às terças, quartas e quintas-feiras das 10h às 13h.

Interrupção para férias em agosto.

Excecionalmente poderão ocorrer aulas aos sábados de manhã.

Debates presenciais a calendarizar.

Processo de Candidatura

Submeter no formulário disponibilizado no fundo desta página o Curriculum Vitae com os dados atualizados e uma Carta de Motivação, onde indique porque pretende frequentar este curso (não exceder uma folha A4).

Deve enviar também uma foto tipo passe na candidatura.

 

    • Primeira fase: Candidaturas 7 de janeiro de 2024;
    • Segunda fase: Candidaturas até 14 de janeiro de 2024;
    • Terceira fase: Candidaturas até 4 de fevereiro de 2024;
    • Entrevistas On-line de 9 e 10 de janeiro de 2024 (para quem se candidatou na primeira fase). Nota: As candidaturas da segunda e terceira fases seguintes serão agendadas à medida que vão chegando as propostas (as pessoas que se candidatarem serão posteriormente contactadas por email).

Pagamentos

  • Taxa de Inscrição: 130 €. Pagamento até ao dia 26 de janeiro de 2024, após terminar o processo de seleção e ser aceite no curso.

 

Existem duas modalidades de pagamento: trimestral e único.

  • Pagamento trimestral: 530 € x 3. Os três pagamentos deverão ocorrer nas seguintes datas: 1.º até dia 26 de janeiro, 2.º até dia 8 de abril e 3.º até dia 8 de julho. Valor total: 1590 €.
  • Pagamento único: 1490 € x 1. O pagamento da totalidade do curso, deve ser feito até dia 26 de janeiro.

Estas datas de pagamentos sofrerão ligeiras alterações para quem se candidata na segunda e terceiras fases.

Testemunhos de ex-participantes

Regulamento

A.) PARTICIPANTES

A.1.) Deveres 

  1. Frequentar com assiduidade e pontualidade a ação de formação. A presença e participação em todas as atividades do curso são consideradas condições necessárias para a prossecução de um elevado nível pedagógico.
  2. Nas aulas em zoom manterem o ecran ligado durante a aula.
  3. Participantes que ultrapassem o limite de faltas  20% das horas totais do curso, não terão direito ao Certificado de Frequência e Aprovação final do curso. A chegada às aulas 15 minutos depois do seu início corresponde a 1 hora de falta;
  4. Cumprir com os pagamentos (se for aluno externo);

A.2.) Direitos 

  1. Receber a formação em conformidade com os programas estabelecidos;
  2. Obter gratuitamente, no final da acção, o Certificado comprovativo da frequência e aproveitamento (caso estes se verifiquem) no curso;
  3. Beneficiar de um seguro de acidentes pessoais no decurso da formação;
  4. Receber informação e orientação profissional no decurso da ação de formação;
  5. Receber informação mensal sobre os horários do curso;
  6. Reclamar junto da coordenação da formação, em horário a acordar, e ainda, se a natureza da queixa o justificar, por escrito junto da entidade de formação, a qual responderá apropriadamente e do mesmo modo

 

B.) ENTIDADE FORMADORA

B.1.) Deveres

  1. Respeitar e fazer respeitar as condições de higiene e segurança do local em que decorre a formação, quando esta é presencial;
  2. Não exigir tarefas não compreendidas nos objectivos e âmbito do curso;
  3. Actuar no respeito das normas nacionais de proteção de dados pessoais, nomeadamente mantendo para uso estrito da ação de formação os dados constantes da ficha de formando e dos curricula vitae.

B.2.) Direitos

  1. O cumprimento do regulamento e normas de funcionamento por parte das pessoas participantes;
  2. O tratamento com correção de representantes do Forum Dança e colaboradores;
  3. Efetuar as alterações consideradas necessárias aos horários pré-estabelecidos, comunicando-os atempadamente.

 

C.) AVALIAÇÃO

C.1.) Avaliação qualitativa

  1. Participação e aproveitamento da formação;
  2. Assiduidade e pontualidade.

C.2.) Avaliação quantitativa

  1. No final dos seminários com duração superior a 6 horas;
  2. No projecto final;
  3. No final do curso;
  4. Será utilizada a escala numérica de 0 a 20;
  5. A avaliação só será feita em caso de presença em pelo menos 70% das horas totais de cada seminário. Se o aluno estiver presente em 50% do módulo caberá ao formador decidir se tem elementos suficientes para lançar a avaliação.

C.3.) Nota final

  1. Na atribuição da nota final, a valorização de cada seminário será feita de forma ponderada, sendo-lhe atribuída uma nota quantitativa;
  2. A nota final será expressa na escala de 0 a 20. Esta nota será o resultado da ponderação das avaliações dos seminários e da avaliação do projeto final.
  3. A nota final obedecerá à seguinte fórmula:

[ ( Teatro+ Música+ Dança + Comunicação x 3 + Gestão Financeira x 3 + Direção de Cena x 3 + Políticas Culturais + Direito na Cultura + Estratégias de Programação ) / 15 ] x 0,7 + Projeto x 0,3

C.4.) Certificado de formação

No final da ação de formação será entregue um certificado comprovativo da frequência e do aproveitamento obtido.

 

D.) DURAÇÃO DA FORMAÇÃO

O período curricular do curso decorrerá de 1 de fevereiro a 24 de outubro de 2024.

O horário de frequência será às terças, quartas e quintas feiras das 10h00 ás 13h00. Interrupção para férias em agosto. O plano anual do curso será entregue no início do mesmo (podendo ocorrer algumas alterações pontuais que serão atempadamente comunicadas).

Programa completo

História da Dança

Forum Dança - Ezequiel Santos
Ezequiel Santos

Conteúdos

  1. Panorama da História da Dança Ocidental;
  2. A Nova Dança Portuguesa;
  3. Crítica e Estética na Dança Contemporânea.

 

Objetivos

  • Fixar os eixos históricos da Dança Ocidental;
  • Conferir léxico de Dança Contemporânea ao aluno;
  • Utilização da linguagem e ferramentas críticas no âmbito da produção em Dança.

 

Biografia

Ezequiel Santos, psicólogo e psicoterapeuta, docente na Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril na área de ciências sociais e humanidades, docente convidado na Escola Superior de Dança em Lisboa em 2005/2006.

Concluiu o CMDC II do Forum Dança, em 1993, desenvolvendo desde então a sua atividade como pedagogo nas áreas da psicologia, comunicação, dança criativa e ainda como crítico de dança.

Foi intérprete dos coreógrafos Madalena Victorino, Rui Nunes e Francisco Camacho até 1996 apresentando-se em várias cidades europeias.

Entre 1996 e 2006 trabalhou no Forum Dança como diretor do Núcleo de Apoio Coreográfico.

Leciona regularmente as disciplinas de “História da Dança” e “Teoria da Dança” e tem apresentado várias comunicações sobre dança na Europa e no Brasil.

Música

Forum Dança - Rui Campos Leitão
Rui Campos Leitão

Conteúdos

  1. Aquisição de um vocabulário terminológico específico à música;
  2. Desenvolvimento das capacidades auditivas referentes à deteção, definição e caracterização das principais componentes constituintes do fenómeno musical;
  3. Desenvolvimento da acuidade da escuta;
  4. Desenvolvimento da capacidade de distinguir estilos musicais;
  5. Familiarização com situações específicas à prática musical;
  6. Reconhecimento de relações entre a música e as outras artes do espetáculo;
  7. Desenvolvimento da capacidade de dissertação sobre o fenómeno musical.

 

Objetivos

  • Saber detetar e caracterizar as principais componentes técnicas constituintes de uma música;
  • Conhecer e aplicar o léxico de termos musicais elementar;
  • Distinguir e caracterizar alguns dos principais estilos musicais do passado e dos nossos dias;
  • Saber construir um discurso de carácter genérico sobre música.

 

Biografia

Licenciado em Ciências Musicais, obteve em 2007 o grau de Mestre na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas com a dissertação intitulada «A Paisagem Musical e Sonora da Cidade de Lisboa no Ano de 1890». Em 2024 obteve o Diploma de Estudos Avançados pela conclusão do curso de Doutoramento em Estudos Artísticos – Arte e Mediações, na mesma faculdade. Prossegue, entretanto, a elaboração da sequente tese com base no projeto de investigação intitulado «A Explicitação Conceitual do Exercício da Escuta Musical». Entre 1996 e 2002 desenvolveu a atividade artística de compositor e ator em espetáculos de Dança e Teatro, assim como em Instalações Artísticas. Enquanto docente, foi professor na Academia Nacional Superior de Orquestra, entre 2000 e 2010, e na Escola Profissional Metropolitana, entre 2008 e 2010. É Assistente Convidado na Licenciatura em Dança do Departamento de Educação, Ciências Sociais e Humanidades da Faculdade de Motricidade Humana, onde leciona o Módulo de Movimento e Expressão Musical no âmbito da disciplina Dança e Práticas Expressivas. Desde 1996, é formador no curso de Gestão e Produção das Artes do Espectáculo promovido pela associação cultural Forum Dança. Desde 2007, exerce a profissão de Mediador Cultural / Musicólogo na Associação Música, Educação e Cultura – O Sentido dos Sons (Metropolitana), onde realiza conteúdos destinados ao funcionamento e à divulgação pública da atividade da Orquestra Metropolitana de Lisboa e dos outros agrupamentos musicais tutelados por esta instituição. Também aí, desenvolve projetos diversos, tais como concertos comentados, ações de formação junto dos Centros de Formação do IEFP (desde 2014), a autoria do livro «Metropolitana 30 Anos – Memória e Futuro» (publicado em 2023) e a coordenação do projeto MUSICAR – Prática Musical para Pessoas com Cegueira ou Baixa Visão e Pessoas Surdas (2023), com apoio da MusicAIRE, ação cofinanciada pela União Europeia para apoio à Indústria da Música.

Teatro

Forum Dança - Miguel Castro Caldas
Miguel Castro Caldas

Conteúdos

Com este curso pretende-se apresentar e discutir alguns modos variados de fazer e ver teatro – hoje e ao longo dos tempos.

Como esses modos podem ser parecidos com aqueles a que se opõem e como também os da mesma família podem estar afinal nos antípodas uns dos outros.

Algumas linhas de força:

O teatro e o antiteatro; o texto dramático e o espetáculo; o teatro e a performance; artes plásticas e artes do espetáculo; encenação e dispositivo; ser personagem ou ser o que se é; ver ou estar dentro.

 

Biografia

Miguel Castro Caldas escreve peças de teatro que antigamente entregava a um encenador, mas agora prefere ser ele a colocá-las em cena com a ajuda de amigos. Fez dramaturgia de espetáculos, traduz ocasionalmente e dá aulas na licenciatura de Teatro na ESAD e na Pós-Graduação em Artes da Escrita na FCSH. Tem o título de Especialista em Artes do Espetáculo e está a preparar um doutoramento no programa em Teoria da Literatura na FLUL. Alguns dos seus textos estão publicados na coleção Livrinhos de Teatro dos Artistas Unidos, na editora Ambar, na Douda Correria, na Mariposa Azual, na Culturgest, na Primeiros Sintomas, e nas revistas Artistas Unidos, Fatal e Blimunda.

Recentemente publicou a Antologia Se eu vivesse tu morrias e outros textos, publicado na Imprensa Universitária de Coimbra e Enseada, na Douda Correria.

Ganhou uma Menção Honrosa em 2005 pela atividade de dramaturgo pela Associação de Críticos de Teatro e o prémio SPA 2017 para melhor texto português representado com Se Eu Vivesse Tu Morrias. Alguns dos seus textos estão traduzidos em espanhol, francês, húngaro, inglês e italiano.

Comunicação Cultural

Forum Dança - Rita Tomás
Rita Tomás

Conteúdos

  • Análise de conceitos, estratégias e técnicas de comunicação cultural;
  • Análise crítica e elaboração de estratégias de comunicação cultural;
  • Apresentação de casos de estudo do sector cultural.

 

Objectivos

  • Conhecer os principais instrumentos e ferramentas de marketing adequados ao setor cultural,
  • Adquirir competências que lhe permitam:
    • analisar e segmentar os públicos-alvo;
    • definir os meios e suportes de comunicação e divulgação mais adequados;
    • organizar e redigir um plano de comunicação.

 

Biografia

Rita Tomás é Diretora de Comunicação do TBA, o mais recente teatro municipal de Lisboa dedicado às artes performativas experimentais.

Antes, passou pelo Centro Cultural de Belém e fez parte da equipa do Maria Matos Teatro Municipal durante quase dez anos.

Licenciada em Ciências da Cultura pela Faculdade de Letras, completou uma pós-graduação em Edição de Livros e Formatos Digitais na UCP e foi ainda bolseira Gulbenkian no mestrado em Arts Administration and Cultural Policy na Goldsmiths, em Londres.

Foi docente na Escola Superior de Teatro e Cinema e tem sido responsável por cursos de Comunicação Cultural em universidades, com a Acesso Cultura e com o Forum Dança.

É consultora de comunicação do arquivo online de artistas mulheres, pessoas não-binárias e intersexo É um oceano, não é uma poça de onde se bebe de uma vez.

Gestão Financeira

Forum Dança - Rita Guerreiro
Rita Guerreiro

Conteúdos

  1. A Gestão Financeira no contexto das artes do espetáculo;
  2. Instrumentos de Gestão Financeira;
  3. Financiamento de Projetos Artísticos.

 

Objetivos

  • Reconhecer a utilidade da gestão financeira, no contexto das artes do espetáculo;
  • Utilizar os instrumentos da gestão financeira para analisar e procurar a viabilidade económico-financeira do projeto artístico;
  • Conduzir corretamente pedidos de financiamento para projetos artísticos.

 

Biografia

Rita Guerreiro, licenciada em Gestão pela Universidade Católica Portuguesa. É gestora na Cassefaz e na Academia de Produtores Culturais.

Foi Diretora de Marketing/Financeira no Teatro Municipal Maria Matos e autora do capítulo de Gestão Financeira do Guia das Artes Visuais e do Espetáculo.

É formadora do módulo de Gestão Financeira no CGPAE/ Forum Dança. Deu aulas na Escola Superior de Teatro e Cinema (Gestão Cultural), ETIC (Gestão e controle orçamental) e na Universidade Católica (Gestão de Empresas Media).

Políticas Culturais

Forum Dança - Paula Varanda
Paula Varanda

Conteúdos

  1. O conceito de políticas culturais: significado, progressão, âmbito e escalas, em Portugal e no limite da Europa;
  2. O papel do Estado: o Ministério da Cultura como entidade normativa e operadora das políticas culturais nacionais promovidas pelo governo central, e a iniciativa autónoma ou complementar do governo local;
  3. Apoio às artes do espetáculo: medidas operacionalizadas pela Direção-Geral das Artes para a concretização das políticas públicas de cultura e instrumentos disponibilizados aos agentes culturais para financiamento da atividade profissional;
  4. Enquadramentos e referências: diretivas e iniciativas europeias e estudos e relatórios estatísticos nacionais.

 

Biografia

Paula Varanda, Lisboa, 1970. Investigadora doutorada em 2016 pela Middlesex University em Humanidades e Estudos Artísticos, concluiu o Master of Arts em Coreografia e Artes Performativas na mesma universidade em 2003 e é licenciada pela Escola Superior de Dança do Instituto Politécnico de Lisboa.

Foi Diretora-Geral da Direção-Geral das Artes (Ministério da Cultura) em comissão de serviço (2016-2018) e assessora do Instituto das Artes (2004-2007).

É autora dos livros Dançar é Crescer – Aldara Bizarro e o Projecto Respira (caleidoscópio 2012) e 70 Críticas de Dança (caleidoscópio 2020).

Escreve sobre artes e cultura em várias publicações académicas e culturais e colaborou como crítica com o jornal Público de 2004 a 2016.

Entre 1994 e 2005 profissionalizou-se na produção, gestão e coordenação de projetos artísticos nacionais e internacionais em entidades como Danças na Cidade/Alkantara, Re.Al – João Fiadeiro, Danse Bassin Mediterranée e Body-Data-Space.

Em 2008, criou o Dansul – dança para a comunidade no sudeste alentejano – realizado em parceria com 4 autarquias, assumindo a direção artística e de gestão até dezembro 2015.

Foi professora adjunta na Escola Superior de Dança (2010-2011) e convidada da Faculdade de Motricidade Humana, da ALSUD e do Forum Dança.

Desde 2020 é professora auxiliar convidada no Mestrado em Artes Cénicas da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e desde 2019 investigadora integrada do Instituto de História da Arte da mesma faculdade.

Interessam-lhe temáticas da inclusão, descentralização e desenvolvimento pela arte e pela educação; as práticas e teorias sobre corpo e novos média na sociedade contemporânea; e as políticas culturais para o acesso e sustentabilidade das artes.

Financiamento Europeu para a Cultura

Forum Dança - Francisco Cipriano
Francisco Cipriano

Conteúdos

A formação pretende proporcionar motivação, conhecimento e a capacidade de detectar oportunidades de financiamento para projetos artísticos e culturais.

 

Num primeiro momento, pretende apresentar de forma sintética o panorama global dos programas comunitários que estão ao dispor de Portugal e que potencialmente podem financiar projetos no domínio das artes e da cultura, fazendo a distinção entre o que são os programas em regime de subsidiariedade – isto é: o que foi/é o Portugal 2020; o que será o novo Portugal 2030; que Programas Operacionais? Como funciona a organização regional? Qual o papel das Comunidades Intermunicipais, como se articulam com o novo Plano de Recuperação e Resiliência? –  e os programas em regime direto com a Comissão Europeia, cuja gestão é direta entre o beneficiário e a Comissão Europeia.

 

Num segundo momento, pretende-se dar os elementos específicos de como transformar uma ideia num projeto, os principais elementos a ter em conta que antecipam a formalização da candidatura: a lógica dos avisos de abertura de concurso, onde apresentar as candidaturas, como fazer os registos nas bases de dados europeias e todas as formalidades necessárias.

 

Por fim, dar a conhecer algumas dicas e truques práticos para encontrar as parcerias certas e inspiração em projetos “campeões” no setor das artes e cultura, na esperança de motivar e dar a compreender como outras instituições acederam aos financiamentos comunitários, fomentando o diálogo e a troca de experiências.

 

Biografia

Francisco Cipriano, mestre em Geografia e Planeamento Regional e Local, está atualmente no Serviço de Planeamento e Estratégia da Fundação Calouste Gulbenkian, onde é responsável por encontrar e acompanhar as oportunidades de cofinanciamento por fundos comunitários e outras iniciativas e programas europeus que possam enquadrar as várias atividades da fundação.

A sua vida profissional está ligada à execução e acompanhamento, avaliação e controlo de instrumentos de apoio às políticas públicas, sobretudo no âmbito do desenvolvimento regional e da política de coesão.

A sua experiência profissional tem vindo a criar sólidas ligações com a gestão e a implementação dos programas e projetos estruturais da União Europeia e dos Fundos Comunitários em Portugal, designadamente, nos setores artísticos e culturais.

É ainda o impulsionador do projecto Laboratório de Candidaturas, Fundos Europeus para a Arte, Cultura e Criatividade, um espaço de confluência de ideias e pessoas em torno das principais iniciativas de financiamento europeu para o setor cultural.

Para além disso é homem para muitas atividades. É coautor do primeiro guia nacional de surf, Portugal Surf Guide e host no documentário Movement, a journey into Creative Lives.

Direito na Cultura

Forum Dança - Madalena Zenha
Madalena Zenha
Forum Dança - Anabela de Almeida Rodrigues
Anabela de Almeida Rodrigues

Conteúdos

  1. Introdução ao léxico e enquadramento legal nas Artes do Espetáculo;
  2. Direitos de Autor e Direitos Conexos – tipologia, jurisprudência e resultado da transposição de diretivas comunitárias;
  3. O Direito e a Prática;
  4. Obrigações legais da atividade profissional na Produção de Espetáculos;
  5. Noções Elementares do Direito do Trabalho e do contrato de prestação de serviços;
  6. Noção do processo de constituição de associações e sociedades comerciais;
  7. Caracterização do Estatuto do Trabalhador Independente.

Objetivos

  • Identificar e prevenir os processos legais inerentes à atividade de Produção e Promoção de Espetáculos;
  • Ter conhecimento da legislação vigente no que concerne aos Direitos de Autor e Direitos Conexos;
  • Ter noção da relação contratual por conta de outrem e da prestação de serviços;
  • Apreender o processo de constituição de sociedades e associações.

 

Biografias

Madalena Zenha, licenciada em Direito na Universidade de Coimbra. Desde 1989, exerce advocacia, prestando, entre outros, serviços na área da propriedade intelectual, direito civil e direito da família e sucessões, tendo participado em diversas conferências, workshops e congressos, enquanto participante e/ou conferencista.

Tem os cursos de mediadora familiar e de formadora, tendo exercido a atividade de mediadora no Gabinete de Mediação Familiar de Lisboa.
A par da advocacia, de 1989 até 1997, exerceu atividade profissional na área de produção, agência e marketing de espetáculos musicais e representação de artistas.
Desde 2011, pertence ao Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados.
Leciona o módulo de Direito na Cultura desde 2002, no Curso de Gestão/Produção das Artes de Espetáculo do Forum Dança.

 

Anabela de Almeida Rodrigues, licenciada pela Faculdade de Direito de Lisboa em 1988. Estágio de advocacia realizado com o Dr. Edgar Valles.

Inscrita na Ordem dos Advogados em 1991, pelo Conselho Distrital de Lisboa, iniciando prática forense nessa mesma data.

Áreas de Prática: Direito das Obrigações; Direito Laboral; Direito de Família; Direito das Sucessões (inventários, habilitações e partilhas) e Direito Societário e Associativo.

Direção de Cena / Espaços Culturais

Patrícia Costa
Patrícia Costa

Objetivos gerais

  • Conhecer as principais funções da Direção de Cena.
  • Desenvolver noções teóricas e práticas sobre as diferentes áreas de trabalho da Direção de Cena
  • Adquirir noções teórico-práticas sobre o trabalho da direção de cena

 

Conteúdos programáticos

  1. Breve apontamento sobre a história da arquitetura e sua influência na ação teatral
  2. Tipologias de salas e Infraestruturas: implantação de palcos e outros tipos de estruturas
  3. Equipamentos e Acessórios
  4. Segurança e Acessibilidades
  5. Organização de estruturas – Noções básicas sobre Direção Técnica | Direção de Produção | Direção de cena
  6. Noções básicas sobre Iluminação Cénica, sonoplastia e vídeo e a sua implicação direta no trabalho na Direção de Cena
  7. Nomenclatura sobre os diversos tipos de equipamentos utilizados nas diferentes áreas (teatro/dança/música/outros)
  8. Contra-regra, cenografia e figurinos
  9. Análise de rider técnico
  10. Construção de um guião de direção de cena

 

Biografia

Licenciada em Dança pela FMH – UTL, Pós-graduada em Dança na Comunidade pela FMH – UL e Mestre em Estudos do Teatro pela FLUL.

Iniciou a sua atividade profissional na área de produção em 1999, com o espetáculo “1/2h do Almoço”. Entre fevereiro de 2000 e julho de 2001 fez um estágio curricular seguido de um estágio profissional em Direção de cena no CCB. De julho de 2001 a maio de 2002 integra a equipa de direção de cena do CCB, como assistente de direção de cena. De junho de 2002 a abril de 2003 fez produção executiva e direção de cena na Cooperativa Teatro da Garagem. De abril a dezembro de 2003 fez produção executiva no Espaço do Tempo – Montemoro-Novo. Em outubro de 2003 funda A Menina dos meus olhos, associação cultural com a Marina Nabais onde faz parte da direção, com a responsabilidade direção de produção e de gestão financeira, até dezembro de 2005. De abril de 2004 a janeiro de 2007 fez parte da equipa de Direção de Cena do Teatro Camões/CNB.

Ao longo destes 23 anos colaborou pontualmente em várias estruturas, tanto na área de direção de cena com na área de produção, a destacar: Truta, associação cultural; Pato Profissional e Mala Voadora. Em agosto de 2015 funda HomemBala, associação cultural com Tónan Quito, fazendo parte da direção executando a gestão financeira e a direção de produção até dezembro de 2017.

Desde 2006 trabalha regularmente como formadora, dando vários workshops a profissionais do espetáculo e em várias escolas da área do espetáculo. A destacar o módulo de direção técnica e de cena no curso de técnicos de espetáculos na Restart – Instituto de Criatividade Artes e Novas Tecnologias em 2013 e Produção de espetáculos na Escola Superior de dança no ano curricular 2018/2019 e 2019/2020.

Desempenha a função de diretora de cena no CCB desde janeiro de 2007.

Estratégias de Programação

Forum Dança - Elisabete Paiva
Elisabete Paiva

Conteúdos

  1. A programação cultural enquanto campo específico de atuação;
  2. Panorâmica sobre a programação cultural em Portugal em relação com o espaço europeu;
  3. Elementos em jogo na constituição de uma programação: autoria, contexto e economia; programadores, criadores, públicos e críticos;
  4. Práticas artísticas contemporâneas e sua relação com conceitos e estratégias de programação;
  5. A relação com os públicos: relevância e participação, tempos e lugares;
  6. Formatos, ritmos e escalas de programação: eventos, ciclos, festivais, programação regular, etc.;
  7. Programação em rede e outras formas de cooperação: exemplos nacionais e internacionais;
  8. Programação em perspetiva: análise comparada de estratégias.

 

Objetivos

  • Compreensão do papel do programador no campo da produção cultural;
  • Aquisição de ferramentas de análise crítica sobre a programação cultural e sua relação com as políticas culturais, a produção artística, a produção de conhecimento e as dinâmicas societais;
  • Reconhecimento de estratégias contemporâneas na área da programação cultural, em particular no caso das artes do espetáculo;
  • Desenvolvimento de sensibilidade e capacidade de diálogo com os vários intervenientes numa programação cultural;
  • Desenvolvimento de competências básicas de conceção e planeamento de uma programação.

 

Biografia

Elisabete Paiva é licenciada em Produção Teatral e mestre em Estudos de Teatro. Trabalhou como produtora com Luís Castro, Teatro do Vestido e Pedro Sena Nunes.

Foi responsável pelo Serviço Educativo do Centro Cultural Vila Flor (2006 a 2014), na sequência de experiências marcantes de cruzamento entre criação, educação e território no CENTA – Centro de Estudos de Novas Tendências Artísticas (2003–2005).

Concebeu e programou o Serviço Educativo de Guimarães 2012 CEC e atualmente é Diretora Artística do Festival Materiais Diversos.

Arte e Sociedade

Giacomo Scalisi
Giacomo Scalisi

Conteúdos

Estas aulas abordarão o tema do papel da arte na nossa sociedade e na educação, questionando a responsabilidade que os diferentes organismos gestores da cultura – teatros, museus, centros culturais, mas também programadores e artistas – põem no seu trabalho quotidiano.

Analisaremos, através de exemplos de programação artística, imagens de espetáculos, percursos artísticos de alguns teatros, festivais e companhias europeias, as diferentes motivações e objetivos que determinam a conceção da relação entre a arte e a sociedade, a arte e a educação e os seus diferentes públicos.

 

Objetivos

  • Construir nos alunos a consciência da importância das artes na sociedade e a sua força potencial de transformação.
  • Eleger a cultura como lugar de encontro entre a memória e o presente, para a construção de uma identidade cultural, voltada para um futuro.
  • Descobrir como a cultura é uma necessidade imprescindível, sobre a qual se poderão construir melhores condições de convivência entre as pessoas.
  • Reconhecer a procura de uma nova geografia poética que renova a vivacidade da relação entre artistas e público.
  • Reconhecer a arte e a sociedade, numa dimensão de permanente mudança de territórios, espaços, pensamento e política.
  • Novas estratégias de ação, novas ideologias, novos projetos culturais.
  • Afirmar a força dos projetos artísticos como motor de desenvolvimento da vida social contemporânea nos vários âmbitos da sociedade e da educação.

 

Biografia

Giacomo Scalisi é italiano, vive em Portugal desde 1998. Desde então, desenvolve actividade como programador cultural e diretor artístico, realizando um trabalho de conceção de programas de espetáculos, exposições e festivais em torno das artes contemporâneas: Teatro, Dança, Música, Novo Circo, Artes Plásticas assim como projetos multi-disciplinares que envolvem também as novas tecnologias.

Entre 2000 e 2008, colabora com o Centro Cultural de Belém em Lisboa como diretor artístico em parceria com Madalena Victorino do projeto “Percursos, Festival Europeu de Artes do Espetáculo para um Público Jovem” e como programador para a área do Teatro e Novo Circo, (2004-2008).

Destaca entre outros projetos: O Festival “Todos, Caminhada de Culturas” Viajar pelo mundo sem sair de Lisboa, uma iniciativa da Câmara Municipal de Lisboa / Glem, Lisboa, Encruzilhada de Mundos e da Academia de Produtores Culturais e a Orquestra Todos, uma nova orquestra intercultural com os sons do mundo que a cultura portuguesa contém. Para as Festas da Cidade de Lisboa, dirige a partir de 2009, “O Teatro das Compras”, um projeto de espetáculos nas antigas lojas da baixa de Lisboa. Em 2011 e 2012 cria e dirige como diretor artístico a rede inter-municipal Movimenta-te Trajectórias de programação cultural em rede, um projeto com e sobre Faro, Loulé, São Brás de Alportel. É consultor desde 2011 da Fundação de Serralves no Porto. Faz a consultoria artística com Madalena Victorino do Festival de Artes Contemporâneas VISEU A… em 2013 e 2014, uma iniciativa do Teatro Viriato.

Tem lecionado nos cursos de Gestão e Produção das Artes do Espetáculo organizados pelo Forum Dança, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa – Estudos de Teatro – Programa de pós-graduação, na pós-graduação em Programação e Gestão Cultural da Universidade Lusófona, no curso de mestrado de Arte, Comunicação e Cultura da Universidade do Algarve e também noutras entidades culturais.

Competências Digitais

Eduardo Quinhones Hall
Eduardo Quinhones Hall

Conteúdos
Na era digital a comunicação é também ela cada vez mais digital. A atividade humana conta com uma presença online cada vez mais assídua e sobrecarregada de estímulos. Por essa razão, uma presença digital com impacto tem, cada vez mais, de saber integrar de forma eficiente as técnicas de marketing digital e comércio eletrónico.
As questões abordadas neste módulo passam pela aprendizagem dos conceitos base à compreensão da relevância da criação e gestão eficiente de conteúdos digitais, por forma a que a informação que estes veiculam alcance os públicos das atividades promovidas pelo gestor/produtor cultural.

 

Criação, edição e gestão de conteúdos digitais:

  • Imagem Vetorial e Imagem Matricial;
  • Resoluções, formatos e suportes de imagem;
  • Plataformas de partilha em serviços baseados em sistemas Cloud;

 

Web, Marketing e Comunicação Digital:

  • Posicionamento web;
  • Plataformas/aplicações web com sistema de gestão de conteúdos;
  • Redes sociais;
  • Campanhas omnicanal;
  • Gestão de públicos – CRM (Customer Relationship Management).

 

Biografia

Criador e gestor de conteúdos, especializado em assessoria de comunicação e design cultural. Fez o curso de Artes Gráficas e Comunicação (1995), pela Escola Artística António Arroio. Licenciado em Tecnologia e Artes Gráficas, vertente Multimédia e Novas Tecnologias da Comunicação (2000), pela Escola Superior de Tecnologia do Instituto Politécnico de Tomar. Tem uma pós-graduação em Práticas Tipográficas e Editoriais Contemporâneas, pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa.

Concluiu o Curso de Gestão/Produção das Artes do Espetáculo (2018) do Forum Dança e o Curso de Gestão Estratégica de Projetos Culturais e Criativos (2021) integrado nos Cursos Livres de Ano Novo da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, pelo centro de formação Luís Krus.

Desde 1999 desenvolve a sua atividade nas áreas do design e da produção gráfica, do marketing digital, comunicação e publicidade e, mais recentemente, na área da gestão e criação de conteúdos para plataformas digitais e redes sociais. Tem passado por várias estruturas, do setor público ao privado, tanto em agências de comunicação, design, web e publicidade, assim como também em organismos públicos, escolas, fundações, museus e teatros. Desde 2013 que presta assessoria de design e comunicação cultural a artistas, associações e outros coletivos. É responsável pela imagem e comunicação do Forum Dança desde 2019.

Luz e Som (2 módulos)

Conteúdos

  1. Introdução às questões técnicas de Luz e Som, aplicadas à produção nas artes performativas:
    • Meios técnicos;
    • Léxico específico.

 

Objetivos

  • Conferir o domínio básico do léxico técnico de luz e som aplicados às artes performativas.

 

Formadores a definir.

Debates

Nelson Guerreiro
Nelson Guerreiro

Conteúdos
Serão organizadas sessões presenciais para a realização de debates que permitam a discussão, entre as pessoas participantes do curso, sobre as especificidades do setor cultural, no âmbito das artes do espetáculo, na região do Algarve.
Estes debates serão mediados por Nelson Guerreiro e poderão contar com a presença de outras pessoas convidadas que se juntam à discussão destes temas. Tanto os temas como as pessoas convidadas serão selecionadas entre as diferentes estruturas que participam na formação.

 

Os debates serão promovidos dentro dos seguintes módulos:

  • Comunicação Cultural;
  • Gestão Financeira;
  • Estratégias de Programação;
  • Políticas Culturais;
  • Arte e Sociedade;

 

Biografia

Nelson Guerreiro, foi, entre 2004 e 2018, docente na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha nos cursos de Teatro, Som & Imagem e Artes Plásticas, onde lecionou disciplinas como: Teatro Contemporâneo & Performance, Happening & Performance, Arte & Performance, Escrita Criativa, Escrita & Narrativa, Teoria e Crítica do Espectáculo.

Em 2018, cofundou a Associação Cultural BÓIA (Lagoa, Algarve) com Filipa Brito e codirigem artisticamente o Festival PARAGEM: práticas artísticas contemporâneas em época balnear desde 2019. Actualmente, investiga e disserta sobre “O (Des)Formato da Conferência-Performance como Interstício Paradisíaco entre o Pensamento e as Artes”.

Em suma, Nelson Guerreiro é autor, professor, investigador, performer, programador cultural, etc. Acima de tudo é um Etc. – aquilo que na língua inglesa se convencionou como slasher, porquanto é o contexto onde intervém que o define perante a sua natureza múltipla.

Projeto

As matérias apreendidas no curso ganham aqui um corpo de projeto colocando os alunos na posição de produtores executivos do mesmo.
Deve contemplar todas as vertentes de produção num projeto artístico, sendo acompanhado por Nelson Guerreiro e pelas formadoras de Gestão Financeira e Comunicação Cultural.

Formulário

Todos os campos são de preenchimento obrigatório. Deve enviar o CV e a Carta de Motivação digitalizados e em formato “.jpeg” ou “.pdf”. A foto tipo passe deve ser enviada em formato “.jpeg” – os ficheiros não podem ultrapassar 1 MB por cada um deles.

As candidaturas estão encerradas.

Imagem © Stockgiu

31.º CGPAE 2024 - Curso de Gestão/Produção das Artes do Espetáculo

31.º CGPAE | Lisboa

Curso de Gestão/Produção das Artes do Espetáculo | Lisboa

2 de fevereiro a 14 de dezembro de 2024

Se procura a edição on-line, 32.º CGPAE | Algarve, é aqui >>

ÚLTIMAS VAGAS

Prolongamento de candidaturas até 21 janeiro 2024

Já temos a turma praticamente composta, mas há ainda lugares disponíveis.
Assim, prolongamos o prazo de candidaturas até ao dia 21 de Janeiro.
As entrevistas de seleção decorrerão na semana seguinte.

Edição em regime on-line

O Curso de Gestão/Produção das Artes do Espectáculo nesta sua 29.ª edição será concretizado maioritariamente em regime on-line, por videoconferência participativa. Haverá apenas uma sessão presencial por módulo, sendo que essa sessão será igualmente transmitida on-line para os alunos que não possam estar presentes.

Todas as restantes sessões acontecem on-line, em directo, não serão gravadas para acesso futuro, nem poderão ser registadas pelos alunos. Com isto pretendemos que as nossas sessões, mesmo que passando para um registo desmaterializado e digital, continuem a ser um espaço espontâneo, de encontro e de discussão de ideias, o que aliás sempre caracterizou a natureza e mais valia destas sessões de formação.

Introdução

O Curso de Gestão/Produção das Artes do Espetáculo conta com trinta edições, sendo responsável pela formação e integração de profissionais das artes do espetáculo em Portugal.

Com um currículo pedagógico que cobre os parâmetros práticos e teóricos da profissionalização na área cultural, é composto por um corpo docente que se encontra no ativo dentro do setor.

Esta característica confere-lhe uma constante atualização e aproximação à realidade do meio e das estruturas artísticas que o compõem.

O curso tem lugar anualmente no Espaço da Penha, em Lisboa, podendo ocasionalmente ser organizadas edições noutras regiões do país.

Objetivos Gerais

Profissionalizar agentes culturais através da aquisição de competências como: planear e delinear estratégias de gestão, produção, programação e financiamento no âmbito das Artes do Espetáculo.

Integração e profissionalização ao longo do curso, sendo a estrutura do mesmo pedagogicamente orientada para a aplicação de conhecimentos no setor das artes performativas.

Coordenação Pedagógica

Dora Carvalho

Informações

Selecione cada uma das secções abaixo para tomar conhecimento de todas as especificações do curso e dos processos de candidatura e seleção.

A quem se destina

Agentes culturais que pretendam desenvolver o seu trabalho/projeto na área de Gestão/Produção das Artes do Espetáculo.
Público em geral com o objetivo de profissionalização.

Corpo Docente / Estrutura Curricular

O corpo docente do curso desenvolve a sua atividade profissional nas disciplinas que leciona, proporcionando uma aprendizagem do que se faz aqui e agora e uma ligação facilitada ao mercado de trabalho: Carlos Ramos, Elisabete Paiva, Ezequiel Santos, Francisco Cipriano, Giacomo Scalisi, Jonas Omberg, Madalena Zenha, Miguel Castro Caldas, Paula Varanda, Rita Guerreiro, Rita Almeida Henriques, Rui Campos Leitão.

      • História da Dança (18h), com Ezequiel Santos
      • Música (21h), com Rui Campos Leitão
      • Teatro (21h), com Miguel Castro Caldas
      • Comunicação Cultural (28h), com Rita Tomás
      • Gestão Financeira (28h), com Rita Guerreiro
      • Políticas Culturais (21h), com Paula Varanda
      • Financiamento Europeu para a Cultura (7h), com Francisco Cipriano
      • Direito na Cultura (21h), com Madalena Zenha
      • Direção de Cena / Espaços Culturais (49h), com Jonas Omberg
      • Estratégias de Programação (21h), com Elisabete Paiva
      • Arte e Sociedade (9h), com Giacomo Scalisi
      • Som (7h), com Rui Campos Leitão
      • Luz (7h), com Carlos Ramos
      • Projeto (28h)

Horários

Às sextas-feiras das 18h30 às 22h e aos sábados das 10h30 às 14h00.
Alguns sábados poderão ter horário até às 17h00. Interrupção para férias em agosto.

Processo de Candidatura

Submeter no formulário disponibilizado no fundo desta página o Curriculum Vitae com os dados atualizados e uma Carta de Motivação, onde indique as motivações para frequentar este curso (não exceder uma folha A4).

Deve enviar também uma foto tipo passe na candidatura.

 

    • Data limite de Candidaturas 14 janeiro de 2024;
    • Entrevistas Presenciais ou on-line 18 e 19 de janeiro de 2024.

Pagamentos

  • Taxa de Inscrição: 130 €. Pagamento até ao dia 26 de janeiro de 2024, após terminar o processo de seleção e ser aceite no curso.

 

Existem três modalidades de pagamento: mensal, trimestral e único.

  • Pagamento mensal: 185 € x 9 meses. A primeira mensalidade deve ser paga até dia 26 de janeiro, as mensalidades restantes até ao dia 8 de cada mês. Não se paga o mês de agosto nem o mês de dezembro. Valor total: 1665 €.
  • Pagamento trimestral: 530 € x 3. Os três pagamentos deverão ocorrer nas seguintes datas: 1.º até dia 26 de janeiro, 2.º até dia 8 de abril e 3.º até dia 8 de julho. Valor total: 1590 €.
  • Pagamento único: 1498,50 € x 1. Desconto de 10% nas mensalidades no pagamento da totalidade do curso, até dia 26 de janeiro.

Testemunhos de ex-participantes

Regulamento

A.) PARTICIPANTES

A.1.) Deveres 

  1. Frequentar com assiduidade e pontualidade a ação de formação. A presença e participação em todas as atividades do curso são consideradas condições necessárias para a prossecução de um elevado nível pedagógico.
  2. Participantes que ultrapassem o limite de 58 horas de faltas (20% das horas totais) não terão direito ao Certificado de Frequência e Aprovação final do curso. A chegada às aulas 15 minutos depois do seu início corresponde a 1 hora de falta;
  3. Utilizar com cuidado e zelar pela conservação dos equipamentos e demais bens que lhe sejam confiados para efeitos de formação;
  4. Cumprir com os pagamentos;
  5. O atraso no pagamento da mensalidade implicará o pagamento de uma multa de 3€ por cada mês de atraso;

A.2.) Direitos 

  1. Receber a formação em conformidade com os programas estabelecidos;
  2. Obter gratuitamente, no final da acção, o Certificado comprovativo da frequência e aproveitamento (caso estes se verifiquem) no curso;
  3. Beneficiar de um seguro de acidentes pessoais no decurso da formação;
  4. Receber informação e orientação profissional no decurso da ação de formação;
  5. Receber informação mensal sobre os horários do curso;
  6. Reclamar junto da coordenação da formação, em horário a acordar, e ainda, se a natureza da queixa o justificar, por escrito junto da entidade de formação, a qual responderá apropriadamente e do mesmo modo

 

B.) ENTIDADE FORMADORA

B.1.) Deveres

  1. Respeitar e fazer respeitar as condições de higiene e segurança do local em que decorre a formação;
  2. Não exigir tarefas não compreendidas nos objectivos e âmbito do curso;
  3. Actuar no respeito das normas nacionais de proteção de dados pessoais, nomeadamente mantendo para uso estrito da ação de formação os dados constantes da ficha de formando e dos curricula vitae.

B.2.) Direitos

  1. O cumprimento do regulamento e normas de funcionamento por parte das pessoas participantes;
  2. O tratamento com correção de representantes do Forum Dança e colaboradores;
  3. Efetuar as alterações consideradas necessárias aos horários pré-estabelecidos, comunicando-os atempadamente.

 

C.) AVALIAÇÃO

C.1.) Avaliação qualitativa

  1. Participação e aproveitamento da formação;
  2. Assiduidade e pontualidade.

C.2.) Avaliação quantitativa

  1. No final dos seminários com duração superior a 7 horas;
  2. No projecto final;
  3. No final do curso;
  4. Será utilizada a escala numérica de 0 a 20;
  5. A avaliação só será feita em caso de presença em pelo menos 70% das horas totais de cada seminário.

C.3.) Nota final

  1. Na atribuição da nota final, a valorização de cada seminário será feita de forma ponderada, sendo-lhe atribuída uma nota quantitativa;
  2. A nota final será expressa na escala de 0 a 20. Esta nota será o resultado da ponderação das avaliações dos seminários e da avaliação do projeto final.
  3. A nota final obedecerá à seguinte fórmula:

[ ( Teatro+ Música+ Dança + Comunicação x 3 + Gestão Financeira x 3 + Direção de Cena x 3 + Políticas Culturais + Direito na Cultura + Estratégias de Programação ) / 15 ] x 0,7 + Projeto x 0,3

C.4.) Certificado de formação

No final da ação de formação será entregue um certificado comprovativo da frequência e do aproveitamento obtido.

 

D.) DURAÇÃO DA FORMAÇÃO

O período curricular do curso decorrerá de 2 de fevereiro a 14 de dezembro de 2024, num total de 290h de formação.

O horário de frequência será às sextas das 18h30 às 22h00 e sábados das 10h30 às 14h00. Alguns módulos poderão prolongar os horários de sábados até às 17h00. Interrupção para férias em agosto. O plano anual do curso será entregue no início do mesmo (podendo ocorrer algumas alterações pontuais que serão atempadamente comunicadas).

Programa completo

História da Dança

Forum Dança - Ezequiel Santos
Ezequiel Santos

Conteúdos

  1. Panorama da História da Dança Ocidental;
  2. A Nova Dança Portuguesa;
  3. Crítica e Estética na Dança Contemporânea.

 

Objetivos

  • Fixar os eixos históricos da Dança Ocidental;
  • Conferir léxico de Dança Contemporânea ao aluno;
  • Utilização da linguagem e ferramentas críticas no âmbito da produção em Dança.

 

Biografia

Ezequiel Santos, psicólogo e psicoterapeuta, docente na Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril na área de ciências sociais e humanidades, docente convidado na Escola Superior de Dança em Lisboa em 2005/2006.

Concluiu o CMDC II do Forum Dança, em 1993, desenvolvendo desde então a sua atividade como pedagogo nas áreas da psicologia, comunicação, dança criativa e ainda como crítico de dança.

Foi intérprete dos coreógrafos Madalena Victorino, Rui Nunes e Francisco Camacho até 1996 apresentando-se em várias cidades europeias.

Entre 1996 e 2006 trabalhou no Forum Dança como diretor do Núcleo de Apoio Coreográfico.

Leciona regularmente as disciplinas de “História da Dança” e “Teoria da Dança” e tem apresentado várias comunicações sobre dança na Europa e no Brasil.

Música

Forum Dança - Rui Campos Leitão
Rui Campos Leitão

Conteúdos

  1. Aquisição de um vocabulário terminológico específico à música;
  2. Desenvolvimento das capacidades auditivas referentes à deteção, definição e caracterização das principais componentes constituintes do fenómeno musical;
  3. Desenvolvimento da acuidade da escuta;
  4. Desenvolvimento da capacidade de distinguir estilos musicais;
  5. Familiarização com situações específicas à prática musical;
  6. Reconhecimento de relações entre a música e as outras artes do espetáculo;
  7. Desenvolvimento da capacidade de dissertação sobre o fenómeno musical.

 

Objetivos

  • Saber detetar e caracterizar as principais componentes técnicas constituintes de uma música;
  • Conhecer e aplicar o léxico de termos musicais elementar;
  • Distinguir e caracterizar alguns dos principais estilos musicais do passado e dos nossos dias;
  • Saber construir um discurso de carácter genérico sobre música.

 

Biografia

Licenciado em Ciências Musicais, obteve em 2007 o grau de Mestre na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas com a dissertação intitulada «A Paisagem Musical e Sonora da Cidade de Lisboa no Ano de 1890». Em 2024 obteve o Diploma de Estudos Avançados pela conclusão do curso de Doutoramento em Estudos Artísticos – Arte e Mediações, na mesma faculdade. Prossegue, entretanto, a elaboração da sequente tese com base no projeto de investigação intitulado «A Explicitação Conceitual do Exercício da Escuta Musical». Entre 1996 e 2002 desenvolveu a atividade artística de compositor e ator em espetáculos de Dança e Teatro, assim como em Instalações Artísticas. Enquanto docente, foi professor na Academia Nacional Superior de Orquestra, entre 2000 e 2010, e na Escola Profissional Metropolitana, entre 2008 e 2010. É Assistente Convidado na Licenciatura em Dança do Departamento de Educação, Ciências Sociais e Humanidades da Faculdade de Motricidade Humana, onde leciona o Módulo de Movimento e Expressão Musical no âmbito da disciplina Dança e Práticas Expressivas. Desde 1996, é formador no curso de Gestão e Produção das Artes do Espectáculo promovido pela associação cultural Forum Dança. Desde 2007, exerce a profissão de Mediador Cultural / Musicólogo na Associação Música, Educação e Cultura – O Sentido dos Sons (Metropolitana), onde realiza conteúdos destinados ao funcionamento e à divulgação pública da atividade da Orquestra Metropolitana de Lisboa e dos outros agrupamentos musicais tutelados por esta instituição. Também aí, desenvolve projetos diversos, tais como concertos comentados, ações de formação junto dos Centros de Formação do IEFP (desde 2014), a autoria do livro «Metropolitana 30 Anos – Memória e Futuro» (publicado em 2023) e a coordenação do projeto MUSICAR – Prática Musical para Pessoas com Cegueira ou Baixa Visão e Pessoas Surdas (2023), com apoio da MusicAIRE, ação cofinanciada pela União Europeia para apoio à Indústria da Música.

Teatro

Forum Dança - Miguel Castro Caldas
Miguel Castro Caldas

Conteúdos

Com este curso pretende-se apresentar e discutir alguns modos variados de fazer e ver teatro – hoje e ao longo dos tempos.

Como esses modos podem ser parecidos com aqueles a que se opõem e como também os da mesma família podem estar afinal nos antípodas uns dos outros.

Algumas linhas de força:

O teatro e o antiteatro; o texto dramático e o espetáculo; o teatro e a performance; artes plásticas e artes do espetáculo; encenação e dispositivo; ser personagem ou ser o que se é; ver ou estar dentro.

 

Biografia

Miguel Castro Caldas escreve peças de teatro que antigamente entregava a um encenador, mas agora prefere ser ele a colocá-las em cena com a ajuda de amigos. Fez dramaturgia de espetáculos, traduz ocasionalmente e dá aulas na licenciatura de Teatro na ESAD e na Pós-Graduação em Artes da Escrita na FCSH. Tem o título de Especialista em Artes do Espetáculo e está a preparar um doutoramento no programa em Teoria da Literatura na FLUL. Alguns dos seus textos estão publicados na coleção Livrinhos de Teatro dos Artistas Unidos, na editora Ambar, na Douda Correria, na Mariposa Azual, na Culturgest, na Primeiros Sintomas, e nas revistas Artistas Unidos, Fatal e Blimunda.

Recentemente publicou a Antologia Se eu vivesse tu morrias e outros textos, publicado na Imprensa Universitária de Coimbra e Enseada, na Douda Correria.

Ganhou uma Menção Honrosa em 2005 pela atividade de dramaturgo pela Associação de Críticos de Teatro e o prémio SPA 2017 para melhor texto português representado com Se Eu Vivesse Tu Morrias. Alguns dos seus textos estão traduzidos em espanhol, francês, húngaro, inglês e italiano.

Comunicação Cultural

Forum Dança - Rita Tomás
Rita Tomás

Conteúdos

  • Análise de conceitos, estratégias e técnicas de comunicação cultural;
  • Análise crítica e elaboração de estratégias de comunicação cultural;
  • Apresentação de casos de estudo do sector cultural.

 

Objectivos

  • Conhecer os principais instrumentos e ferramentas de marketing adequados ao setor cultural,
  • Adquirir competências que lhe permitam:
    • analisar e segmentar os públicos-alvo;
    • definir os meios e suportes de comunicação e divulgação mais adequados;
    • organizar e redigir um plano de comunicação.

 

Biografia

Rita Tomás é Diretora de Comunicação do TBA, o mais recente teatro municipal de Lisboa dedicado às artes performativas experimentais.

Antes, passou pelo Centro Cultural de Belém e fez parte da equipa do Maria Matos Teatro Municipal durante quase dez anos.

Licenciada em Ciências da Cultura pela Faculdade de Letras, completou uma pós-graduação em Edição de Livros e Formatos Digitais na UCP e foi ainda bolseira Gulbenkian no mestrado em Arts Administration and Cultural Policy na Goldsmiths, em Londres.

Foi docente na Escola Superior de Teatro e Cinema e tem sido responsável por cursos de Comunicação Cultural em universidades, com a Acesso Cultura e com o Forum Dança.

É consultora de comunicação do arquivo online de artistas mulheres, pessoas não-binárias e intersexo É um oceano, não é uma poça de onde se bebe de uma vez.

Gestão Financeira

Forum Dança - Rita Guerreiro
Rita Guerreiro

Conteúdos

  1. A Gestão Financeira no contexto das artes do espetáculo;
  2. Instrumentos de Gestão Financeira;
  3. Financiamento de Projetos Artísticos.

 

Objetivos

  • Reconhecer a utilidade da gestão financeira, no contexto das artes do espetáculo;
  • Utilizar os instrumentos da gestão financeira para analisar e procurar a viabilidade económico-financeira do projeto artístico;
  • Conduzir corretamente pedidos de financiamento para projetos artísticos.

 

Biografia

Rita Guerreiro, licenciada em Gestão pela Universidade Católica Portuguesa. É gestora na Cassefaz e na Academia de Produtores Culturais.

Foi Diretora de Marketing/Financeira no Teatro Municipal Maria Matos e autora do capítulo de Gestão Financeira do Guia das Artes Visuais e do Espetáculo.

É formadora do módulo de Gestão Financeira no CGPAE/ Forum Dança. Deu aulas na Escola Superior de Teatro e Cinema (Gestão Cultural), ETIC (Gestão e controle orçamental) e na Universidade Católica (Gestão de Empresas Media).

Políticas Culturais

Forum Dança - Paula Varanda
Paula Varanda

Conteúdos

  1. O conceito de políticas culturais: significado, progressão, âmbito e escalas, em Portugal e no limite da Europa;
  2. O papel do Estado: o Ministério da Cultura como entidade normativa e operadora das políticas culturais nacionais promovidas pelo governo central, e a iniciativa autónoma ou complementar do governo local;
  3. Apoio às artes do espetáculo: medidas operacionalizadas pela Direção-Geral das Artes para a concretização das políticas públicas de cultura e instrumentos disponibilizados aos agentes culturais para financiamento da atividade profissional;
  4. Enquadramentos e referências: diretivas e iniciativas europeias e estudos e relatórios estatísticos nacionais.

 

Biografia

Paula Varanda, Lisboa, 1970. Investigadora doutorada em 2016 pela Middlesex University em Humanidades e Estudos Artísticos, concluiu o Master of Arts em Coreografia e Artes Performativas na mesma universidade em 2003 e é licenciada pela Escola Superior de Dança do Instituto Politécnico de Lisboa.

Foi Diretora-Geral da Direção-Geral das Artes (Ministério da Cultura) em comissão de serviço (2016-2018) e assessora do Instituto das Artes (2004-2007).

É autora dos livros Dançar é Crescer – Aldara Bizarro e o Projecto Respira (caleidoscópio 2012) e 70 Críticas de Dança (caleidoscópio 2020).

Escreve sobre artes e cultura em várias publicações académicas e culturais e colaborou como crítica com o jornal Público de 2004 a 2016.

Entre 1994 e 2005 profissionalizou-se na produção, gestão e coordenação de projetos artísticos nacionais e internacionais em entidades como Danças na Cidade/Alkantara, Re.Al – João Fiadeiro, Danse Bassin Mediterranée e Body-Data-Space.

Em 2008, criou o Dansul – dança para a comunidade no sudeste alentejano – realizado em parceria com 4 autarquias, assumindo a direção artística e de gestão até dezembro 2015.

Foi professora adjunta na Escola Superior de Dança (2010-2011) e convidada da Faculdade de Motricidade Humana, da ALSUD e do Forum Dança.

Desde 2020 é professora auxiliar convidada no Mestrado em Artes Cénicas da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e desde 2019 investigadora integrada do Instituto de História da Arte da mesma faculdade.

Interessam-lhe temáticas da inclusão, descentralização e desenvolvimento pela arte e pela educação; as práticas e teorias sobre corpo e novos média na sociedade contemporânea; e as políticas culturais para o acesso e sustentabilidade das artes.

Financiamento Europeu para a Cultura

Forum Dança - Francisco Cipriano
Francisco Cipriano

Conteúdos

A formação pretende proporcionar motivação, conhecimento e a capacidade de detectar oportunidades de financiamento para projetos artísticos e culturais.

 

Num primeiro momento, pretende apresentar de forma sintética o panorama global dos programas comunitários que estão ao dispor de Portugal e que potencialmente podem financiar projetos no domínio das artes e da cultura, fazendo a distinção entre o que são os programas em regime de subsidiariedade – isto é: o que foi/é o Portugal 2020; o que será o novo Portugal 2030; que Programas Operacionais? Como funciona a organização regional? Qual o papel das Comunidades Intermunicipais, como se articulam com o novo Plano de Recuperação e Resiliência? –  e os programas em regime direto com a Comissão Europeia, cuja gestão é direta entre o beneficiário e a Comissão Europeia.

 

Num segundo momento, pretende-se dar os elementos específicos de como transformar uma ideia num projeto, os principais elementos a ter em conta que antecipam a formalização da candidatura: a lógica dos avisos de abertura de concurso, onde apresentar as candidaturas, como fazer os registos nas bases de dados europeias e todas as formalidades necessárias.

 

Por fim, dar a conhecer algumas dicas e truques práticos para encontrar as parcerias certas e inspiração em projetos “campeões” no setor das artes e cultura, na esperança de motivar e dar a compreender como outras instituições acederam aos financiamentos comunitários, fomentando o diálogo e a troca de experiências.

 

Biografia

Francisco Cipriano, mestre em Geografia e Planeamento Regional e Local, está atualmente no Serviço de Planeamento e Estratégia da Fundação Calouste Gulbenkian, onde é responsável por encontrar e acompanhar as oportunidades de cofinanciamento por fundos comunitários e outras iniciativas e programas europeus que possam enquadrar as várias atividades da fundação.

A sua vida profissional está ligada à execução e acompanhamento, avaliação e controlo de instrumentos de apoio às políticas públicas, sobretudo no âmbito do desenvolvimento regional e da política de coesão.

A sua experiência profissional tem vindo a criar sólidas ligações com a gestão e a implementação dos programas e projetos estruturais da União Europeia e dos Fundos Comunitários em Portugal, designadamente, nos setores artísticos e culturais.

É ainda o impulsionador do projecto Laboratório de Candidaturas, Fundos Europeus para a Arte, Cultura e Criatividade, um espaço de confluência de ideias e pessoas em torno das principais iniciativas de financiamento europeu para o setor cultural.

Para além disso é homem para muitas atividades. É coautor do primeiro guia nacional de surf, Portugal Surf Guide e host no documentário Movement, a journey into Creative Lives.

Direito na Cultura

Forum Dança - Madalena Zenha
Madalena Zenha
Forum Dança - Anabela de Almeida Rodrigues
Anabela de Almeida Rodrigues

Conteúdos

  1. Introdução ao léxico e enquadramento legal nas Artes do Espetáculo;
  2. Direitos de Autor e Direitos Conexos – tipologia, jurisprudência e resultado da transposição de diretivas comunitárias;
  3. O Direito e a Prática;
  4. Obrigações legais da atividade profissional na Produção de Espetáculos;
  5. Noções Elementares do Direito do Trabalho e do contrato de prestação de serviços;
  6. Noção do processo de constituição de associações e sociedades comerciais;
  7. Caracterização do Estatuto do Trabalhador Independente.

Objetivos

  • Identificar e prevenir os processos legais inerentes à atividade de Produção e Promoção de Espetáculos;
  • Ter conhecimento da legislação vigente no que concerne aos Direitos de Autor e Direitos Conexos;
  • Ter noção da relação contratual por conta de outrem e da prestação de serviços;
  • Apreender o processo de constituição de sociedades e associações.

 

Biografias

Madalena Zenha, licenciada em Direito na Universidade de Coimbra. Desde 1989, exerce advocacia, prestando, entre outros, serviços na área da propriedade intelectual, direito civil e direito da família e sucessões, tendo participado em diversas conferências, workshops e congressos, enquanto participante e/ou conferencista.

Tem os cursos de mediadora familiar e de formadora, tendo exercido a atividade de mediadora no Gabinete de Mediação Familiar de Lisboa.
A par da advocacia, de 1989 até 1997, exerceu atividade profissional na área de produção, agência e marketing de espetáculos musicais e representação de artistas.
Desde 2011, pertence ao Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados.
Leciona o módulo de Direito na Cultura desde 2002, no Curso de Gestão/Produção das Artes de Espetáculo do Forum Dança.

 

Anabela de Almeida Rodrigues, licenciada pela Faculdade de Direito de Lisboa em 1988. Estágio de advocacia realizado com o Dr. Edgar Valles.

Inscrita na Ordem dos Advogados em 1991, pelo Conselho Distrital de Lisboa, iniciando prática forense nessa mesma data.

Áreas de Prática: Direito das Obrigações; Direito Laboral; Direito de Família; Direito das Sucessões (inventários, habilitações e partilhas) e Direito Societário e Associativo.

Direção de Cena / Espaços Culturais

Forum Dança - Jonas Omberg
Jonas Omberg

Conteúdos

  1. História fundamental do drama e dos Teatros;
  2. A constituição técnica do Teatro;
  3. Princípios fundamentais de Direção de Cena;
  4. Iluminação e Som em Cena;
  5. Cenografia e Figurinos;
  6. Segurança em cena e na sala de espetáculos;
  7. Projeto e materiais em Direção de Cena;
  8. Especificidades técnicas de Dança, Teatro, Cinema e Música;
  9. O papel da direção de cena no processo criativo e em cena.

 

Objetivos

  • Dominar o léxico fundamental das estruturas teatrais;
  • Gerir e administrar as variáveis do palco: figurinos, camarins, cenografia e montagem, segurança; desenho de luz, som e vídeo;

Aptidões básicas e fundamentais na direção de palco: gestão da cena.

 

Biografia

Jonas Omberg é sueco e passou a sua infância na Suécia e a adolescência em Portugal. Entre 1991 e 1996 residiu nos EUA, onde tirou a licenciatura em Teatro, especialização em Representação e Direção de Cena / Produção com estudos complementares em línguas estrangeiras, na Bennigton College em Vermont.

Entre 1997 e 2015 trabalhou como Diretor de Cena no Centro Cultural de Belém, tendo acumulado funções como Coordenador do Departamento da Direção de Cena entre 2008 e 2015.

É desde 2014 Professor Assistente na Escola Superior de Teatro e Cinema onde leciona Técnicas de Palco II no curso da licenciatura em Teatro: Ramo Produção. Desde 2014 também lecciona Direção de Cena no Curso de Gestão/Produção das Artes de Espetáculo no Forum Dança. Desde 2016, trabalha como freelancer em direção de cena e produção.

Estratégias de Programação

Forum Dança - Elisabete Paiva
Elisabete Paiva

Conteúdos

  1. A programação cultural enquanto campo específico de atuação;
  2. Panorâmica sobre a programação cultural em Portugal em relação com o espaço europeu;
  3. Elementos em jogo na constituição de uma programação: autoria, contexto e economia; programadores, criadores, públicos e críticos;
  4. Práticas artísticas contemporâneas e sua relação com conceitos e estratégias de programação;
  5. A relação com os públicos: relevância e participação, tempos e lugares;
  6. Formatos, ritmos e escalas de programação: eventos, ciclos, festivais, programação regular, etc.;
  7. Programação em rede e outras formas de cooperação: exemplos nacionais e internacionais;
  8. Programação em perspetiva: análise comparada de estratégias.

 

Objetivos

  • Compreensão do papel do programador no campo da produção cultural;
  • Aquisição de ferramentas de análise crítica sobre a programação cultural e sua relação com as políticas culturais, a produção artística, a produção de conhecimento e as dinâmicas societais;
  • Reconhecimento de estratégias contemporâneas na área da programação cultural, em particular no caso das artes do espetáculo;
  • Desenvolvimento de sensibilidade e capacidade de diálogo com os vários intervenientes numa programação cultural;
  • Desenvolvimento de competências básicas de conceção e planeamento de uma programação.

 

Biografia

Elisabete Paiva é licenciada em Produção Teatral e mestre em Estudos de Teatro. Trabalhou como produtora com Luís Castro, Teatro do Vestido e Pedro Sena Nunes.

Foi responsável pelo Serviço Educativo do Centro Cultural Vila Flor (2006 a 2014), na sequência de experiências marcantes de cruzamento entre criação, educação e território no CENTA – Centro de Estudos de Novas Tendências Artísticas (2003–2005).

Concebeu e programou o Serviço Educativo de Guimarães 2012 CEC e atualmente é Diretora Artística do Festival Materiais Diversos.

Arte e Sociedade

Giacomo Scalisi
Giacomo Scalisi

Conteúdos

Estas aulas abordarão o tema do papel da arte na nossa sociedade e na educação, questionando a responsabilidade que os diferentes organismos gestores da cultura – teatros, museus, centros culturais, mas também programadores e artistas – põem no seu trabalho quotidiano.

Analisaremos, através de exemplos de programação artística, imagens de espetáculos, percursos artísticos de alguns teatros, festivais e companhias europeias, as diferentes motivações e objetivos que determinam a conceção da relação entre a arte e a sociedade, a arte e a educação e os seus diferentes públicos.

 

Objetivos

  • Construir nos alunos a consciência da importância das artes na sociedade e a sua força potencial de transformação.
  • Eleger a cultura como lugar de encontro entre a memória e o presente, para a construção de uma identidade cultural, voltada para um futuro.
  • Descobrir como a cultura é uma necessidade imprescindível, sobre a qual se poderão construir melhores condições de convivência entre as pessoas.
  • Reconhecer a procura de uma nova geografia poética que renova a vivacidade da relação entre artistas e público.
  • Reconhecer a arte e a sociedade, numa dimensão de permanente mudança de territórios, espaços, pensamento e política.
  • Novas estratégias de ação, novas ideologias, novos projetos culturais.
  • Afirmar a força dos projetos artísticos como motor de desenvolvimento da vida social contemporânea nos vários âmbitos da sociedade e da educação.

 

Biografia

Giacomo Scalisi é italiano, vive em Portugal desde 1998. Desde então, desenvolve actividade como programador cultural e diretor artístico, realizando um trabalho de conceção de programas de espetáculos, exposições e festivais em torno das artes contemporâneas: Teatro, Dança, Música, Novo Circo, Artes Plásticas assim como projetos multi-disciplinares que envolvem também as novas tecnologias.

Entre 2000 e 2008, colabora com o Centro Cultural de Belém em Lisboa como diretor artístico em parceria com Madalena Victorino do projeto “Percursos, Festival Europeu de Artes do Espetáculo para um Público Jovem” e como programador para a área do Teatro e Novo Circo, (2004-2008).

Destaca entre outros projetos: O Festival “Todos, Caminhada de Culturas” Viajar pelo mundo sem sair de Lisboa, uma iniciativa da Câmara Municipal de Lisboa / Glem, Lisboa, Encruzilhada de Mundos e da Academia de Produtores Culturais e a Orquestra Todos, uma nova orquestra intercultural com os sons do mundo que a cultura portuguesa contém. Para as Festas da Cidade de Lisboa, dirige a partir de 2009, “O Teatro das Compras”, um projeto de espetáculos nas antigas lojas da baixa de Lisboa. Em 2011 e 2012 cria e dirige como diretor artístico a rede inter-municipal Movimenta-te Trajectórias de programação cultural em rede, um projeto com e sobre Faro, Loulé, São Brás de Alportel. É consultor desde 2011 da Fundação de Serralves no Porto. Faz a consultoria artística com Madalena Victorino do Festival de Artes Contemporâneas VISEU A… em 2013 e 2014, uma iniciativa do Teatro Viriato.

Tem lecionado nos cursos de Gestão e Produção das Artes do Espetáculo organizados pelo Forum Dança, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa – Estudos de Teatro – Programa de pós-graduação, na pós-graduação em Programação e Gestão Cultural da Universidade Lusófona, no curso de mestrado de Arte, Comunicação e Cultura da Universidade do Algarve e também noutras entidades culturais.

Luz e Som (2 módulos)

Forum Dança - Carlos Ramos
Carlos Ramos
Forum Dança - Rui Campos Leitão
Rui Campos Leitão

Conteúdos

  1. Introdução às questões técnicas de Luz e Som, aplicadas à produção nas artes performativas:
    • Meios técnicos;
    • Léxico específico.

 

Objetivos

  • Conferir o domínio básico do léxico técnico de luz e som aplicados às artes performativas.

 

 

Módulo de Luz com Carlos Ramos

Biografia

Carlos Ramos possui o curso de Luminotécnico, IFICT – 1991 e o curso de Cinema, Área de Produção, ESTC – 1995.

Como desenhador de luz destaca o seu trabalho com os criadores Clara Andermatt, Francisco Camacho, Tiago Guedes, Real Pelágio, Vítor Rua, Miguel Pereira, Aldara Bizarro, Filipa Francisco, Rui Chafes, Raiz di Polon, Jonas & Lander, Diana Niepce, Teresa Silva e Elizabete Francisca.

Integrou a direção técnica dos Festivais Mergulho no Futuro/EXPO 98, Ponti 2001/TNSJ, Festival Danças na Cidade/Alkantara (2002 a 2012), Artemrede (2005 a 2008), Festival Citemor desde (2008 a 2022), Festival Materiais Diversos (2013 a 2017), BoCA – Biennial of Contemporary Arts (2017 a 2021), Teatro Nacional São Carlos (2017 a 2022).

Integrou a equipa técnica como diretor técnico e operador de luz de vários espetáculos em tour desde 1996, trabalhando entre outros com Vera Mantero, Francisco Camacho, Clara Andermatt, Real Pelágio, Rui Catalão, Teatro do Vestido e John Romão.

Integrou o corpo docente da Unidade Curricular de Produção da Escola Superior de Dança/Instituto Politécnico de Lisboa entre 2007 e 2012.

Atualmente é o diretor técnico da Culturgest.

 

 

Módulo de Som com Rui Campos Leitão

(ver biografia no módulo de Música)

Projeto

As matérias apreendidas no curso ganham corpo e são aplicadas na elaboração de um projeto de âmbito cultural.

Deve contemplar todas as vertentes de planeamento e gestão de um projeto artístico e é acompanhado pela coordenadora pedagógica do Forum Dança (Dora Carvalho) e pelas formadoras de Gestão Financeira (Rita Guerreiro), Estratégias de Programação (Elisabete Paiva) e Comunicação Cultural (Rita Tomás).

Realiza-se uma sessão de Projeto a cada final dos seguintes módulos:

  • Comunicação Cultural (28h), com Rita Tomás
  • Gestão Financeira (28h), com Rita Guerreiro
  • Estratégias de Programação (21h), com Elisabete Paiva

Formulário

Todos os campos são de preenchimento obrigatório. Deve enviar o CV e a Carta de Motivação digitalizados e em formato “.jpeg” ou “.pdf”. A foto tipo passe deve ser enviada em formato “.jpeg” – os ficheiros não podem ultrapassar 1 MB por cada um deles.

As candidaturas estão encerradas.

Imagem © Still de vídeo de stock disponível no Videezy!

Forum Dança - Workshop Butoh 2023 - Yael Karavan

Workshop Butoh
Yael Karavan

9 e 10 de dezembro 2023 | 11h00 – 17h00

Butoh fu – Composição com imagens, a linguagem misteriosa do Ankoku Butoh

 

Butoh é uma dança de vanguarda, uma filosofia e um método que foi criado no Japão, no final dos anos 50, por Tatsumi Hijikata e Kazuo Ohno. Não se trata de uma técnica, mas de um método e uma abordagem da dança que nasce dentro de nós e nos conecta à nossa essência, natureza, universo e aos ciclos da vida e da morte. Tatsumi Hijikata, o principal fundador do Ankoku Butoh Dance (Ankoku Butoh – dança das trevas) usava imagens para coreografar os seus bailarinos. O Butoh-Fu é algo que Yukio Waguri, um dos seus bailarinos de longa data, reuniu a partir das suas próprias notas das palavras usadas por Hijikata quando coreografava os seus bailarinos no Asbestos-kan, o estúdio que dirigia em Tóquio.

Neste workshop, Karavan apresenta, explora e dá experiência de numerosos Butoh-Fu originais, levando-nos numa viagem através das origens, pesquisando novas formas de escrever partituras de dança/movimento. O Butoh-Fu permite-nos encontrar os reinos absurdos, dadaístas e obscuros de Tatsumi Hijikata, Kazuo Ohno e Ankoku Butoh.

Este workshop trabalhará os elementos da metamorfose, presença, prontidão, contraste, a dança através de imagens e tensão entre opostos. O objectivo é libertar o corpo do seu conjunto preconcebido mundano de gestos e movimentos e, assim, permitir-nos aceder a uma essência mais profunda e autêntica de movimento e expressão arquetípica. Questionando como o Butoh pode ser traduzido para um corpo europeu e o porquê de o Butoh não ser apenas relevante, mas extremamente vital nos dias de hoje.

Yael Karavan tem mais de 25 anos de experiência em Butoh, durante os quais teve a oportunidade de trabalhar com os fundadores do Butoh no Japão: Kazuo Ohno e Motofuji San – esposa de Tatsumi Hijikata – bem como com Tadashi Endo e o MAMU dance theatre, Yumiko Yoshioka e Ten-Pen-Chi, Sankai Juku, Atsushi Takenuchi, Minako Seki, Carlota Ikeda, Yuko Kawamoto, Akira Kasai, Natsu Nakajuma entre outros.

 

Foto © Raul Bartolome

Informação Geral

Datas: 9 e 10 de dezembro (sábado e domingo) de 2023
Horário: Das 11h00 às 17h00
Local: Forum Dança – Espaço da Penha, Lisboa
Destinatários: Profissionais, estudantes e pessoas com experiência prévia em movimento, dança e/ou teatro.
Número máximo de participantes: 20 pessoas

Pré-inscrição

A inscrição é efectuada através de formulário disponível no nosso site e será validada após recepção do comprovativo de pagamento, que deverá enviar para o nosso email.

Processo de inscrição

  1. Faça a sua pré-inscrição on-line no formulário indicado para o efeito;
  2. Aguarde o nosso email com as instruções de pagamento;
  3. Proceda ao pagamento da sua inscrição, conforme indicado no email enviado;
  4. Envie-nos o respectivo comprovativo de pagamento para o nosso email;
  5. A sua inscrição só é validada após a recepção do seu comprovativo.

Taxa de Participação

  • Até 2 de dezembro: 75,00 €
  • A partir de 3 de dezembro: 85,00 €
  • Desconto de 10%: para pessoas que frequentam, ou que já frequentaram cursos de longa duração do Forum Dança (PACAP/CGPAE/PEPCC/etc.);

Biografia

Yael Karavan
Yael Karavan

Premiada performer, dançarina e diretora artística da Karavan Ensemble, Yael Karavan nasceu em Israel e cresceu em Florença, em Paris e em Londres. Pesquisando a Dança, atravessou a Europa, a Rússia, o Brasil e o Japão buscando por uma linguagem de expressão física que ligasse o Oriente e o Ocidente, a Dança e o Teatro. Estudou e trabalhou com mestres do Butoh, como Kazuo Ohno, Tadashi Endo, Carlotta Ikeda, Yumiko Yoshioka, Akiko Motofuji, Ko Morobushi, Katsura Kan, Yuko Kaseki, Yuko Kawamoto, entre outros. Foi membro da MaMu Dance Theatre de Tadashi Endo durante 8 anos e da Ten-Pen-Chi, da Yumiko Yoshioka durante 3 anos.

 

Mais informações: www.yaelkaravan.com

Formulário de pré-inscrição

As inscrições estão encerradas.

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