Em paralelo com os outros eixos de actividade que o Forum Dança promove – Formação, Criação, Programação – inauguramos agora a área da “Investigação”, dando-lhe um espaço próprio, de direito e de modo autónomo mas, como tudo o resto, em articulação com as outras dimensões da nossa actividade.
Esta área da investigação será organizada em períodos de quatro anos, em que convidamos um artista para que nesse espaço de tempo partilhe com a comunidade do Forum Dança a sua investigação. Esta a partilha poderá ser através de workshops, aulas abertas, ateliers de investigação, tutorias, publicações e apresentações ou outros formatos que façam sentido no percurso do artista em relação com o Forum Dança e a sua comunidade mais próxima.
Nesta primeira edição, João Fiadeiro é a escolha para primeiro percurso: pelo histórico de uma longa parceria com o Forum Dança, pela afinidade de métodos de trabalho, por ser um criador que se encontra em fase de investigação de doutoramento e de sistematização da sua carreira de décadas.
Em 2021 o Forum Dança convidou João Fiadeiro para ser curador da quinta edição do PACAP. Em colaboração com Carolina Campos, Márcia Lança e Daniel Pizamiglio, João Fiadeiro propôs uma programação com a duração de 9 meses, dividida em três blocos, que teve a Composição em Tempo Real como ferramenta de referência para o estudo da improvisação, da colaboração e da criação. O PACAP 5 contou com a participação de 25 alunos, 5 mentores, 8 conferencistas e 9 artistas/colectivos-professores convidados, tendo apresentações públicas no Teatro do Bairro Alto e no Espaço da Penha, no fim de cada bloco.
Na sequência desta intensa e imersiva experiência, e a partir da longa colaboração entre a RE.AL e o Forum Dança[1], João Fiadeiro foi convidado para ser artista-investigador residente do Forum Dança para o quadriénio 2023-2026.
Este convite enquadra-se no atual momento de João Fiadeiro onde este tem, desde o fim do Atelier Real em 2019[2], direcionado a sua atividade para a relação com as questões do arquivo e da transmissão em dança. Essas relações ganham expressão, por exemplo, através da doação que fez do arquivo do Atelier Real à Fundação Serralves em 2022 e da programação subsequente; da retro-prospectiva sobre o seu corpo de trabalho a ser apresentada em 2024 no Centro Cultural de Belém que terá como epicentro a “passagem de testemunho”; ou através dos filmes-documento “Nada Pode Ficar” (2021) ou “Pele Nómada” (2024), co-realizados respectivamente com Maria João Guardão e Aline Belfort, que abordam a relação que João Fiadeiro desenvolve com a experiência da inscrição e partilha da sua trajetória.
Ao acolher João Fiadeiro enquanto artista-investigador residente, é intenção do Forum Dança participar neste seu “movimento” de “olhar para trás na direção do futuro”[3], e assim afirmar-se como lugar de referência para o acesso a esta “prática-património imaterial” da Nova Dança Portuguesa[4], tanto ao nível do seu estudo e prática continuada, como através da criação arqui(vi)vo dedicado à Composição em Tempo Real.
[1] – João Fiadeiro, diretor da REAL entre 1990 e 2019, foi professor em todos os programas de formação do Forum Dança e as duas instituições, fundadas no mesmo ano (1990), partilharam a programação de inúmeras iniciativas, tendo inclusivé co-editado, em 2000, o livro 10+10, publicação que fez uma cartografia do histórica recente (1990-2000) e dos acontecimentos por vir (2000-2010).
[2] – O Atelier Real (“casa” da RE.AL, estrutura pioneira da Nova Dança Portuguesa) fechou as portas em 2019 fruto da intensa gentrificação vivida em Lisboa à época e após ter perdido o apoio estatal em 2015.
[3] – “[…] looking past into the future, in a seeing so intense it falls out of sight”, p. 194, Parables for the Virtual: Movement, Affect, Sensation / Brian Massumi.
[4] -Considerando o déficit gritante nos processos de inscrição, preservação e divulgação das práticas associadas à dança contemporânea portuguesa, olhar para a Composição em Tempo Real enquanto “património” é um gesto político da maior importância.
A Composição em Tempo Real é uma ferramenta teórico-prática que estuda, problematiza e sistematiza a experiência da decisão colectiva, utilizando os campos da improvisação e da composição em dança contemporânea como território privilegiado de experimentação.
Introdução
A Composição em Tempo Real tem sido desenvolvida e sistematizada por João Fiadeiro desde 1995. Ela surge da necessidade que sentiu no início da sua carreira em criar um sistema de princípios e premissas a utilizar com os seus colaboradores no processo de criação coreográfica. Uma ferramenta que evitasse que o grupo caísse na armadilha das convenções hierárquicas entre autor e intérprete (produzindo lógicas verticais de organização) mas também, ao mesmo tempo, reconhecendo que formas horizontais de colaboração não geram necessariamente formatos equilibrados, sustentados e justos de relação, por serem facilmente “capturadas” por estruturas de poder implícitas (a começar por aquelas que cada um de nós carrega).
Nesse sentido, a Composição em Tempo Real sugere uma prática de organização colectiva alternativa: nem “vertical” nem “horizontal”, mas “diagonal”. Um sistema meta-estável situado, onde as decisões se ajustam e se adaptam ao tempo e ao contexto presente, reduzindo assim a influência de decisões tomadas tendo como referência exclusiva experiências passadas ou expectativas futuras.
A partir do estudo desta ferramenta desenvolvida no quadro da sua pesquisa individual, a Composição em Tempo Real “saiu das suas mãos”, afirmando-se enquanto ferramenta para explorar modalidades de escrita dramatúrgica e coreográfica, sendo estudada, desenvolvida e utilizada por diversos artistas e investigadores. Desde 2010 o seu raio da sua influência e aplicabilidade tem vindo a alargar-se para fora das fronteiras da dança e mesmo da arte, afirmando-se em territórios de investigação de disciplinas tão distintas como a antropologia, a economia ou os sistemas complexos.
Objeto de estudo
O “objeto de estudo” da Composição em Tempo Real é o intervalo espaço-temporal que surge quando a experiência que todos temos com o tempo linear é interrompida e suspensa por um acidente ou um incidente. Essa interrupção gera uma “falha” na “linha do tempo”, criando um vazio na sensação de continuidade. A CTR aproveita essa paragem para ganhar tempo (ao tempo) e, nesse entre-ter, transformar a interrupção em intervalo. É nesse intervalo – entre o momento em que colidimos com aquilo que nos afeta e o momento em que nos relacionamos com as suas possíveis manifestações – que o gesto de imaginar, desorganizar e reorganizar os nossos padrões de percepção pode ter lugar.
Explorar o intervalo não significa propor uma experiência de contemplação ou de passividade. Essa exploração não pretende cessar o movimento ou focar a atenção, a ponto de objectivá-la. Esta abordagem propõe exercitar a nossa capacidade em deslocar a percepção na direcção da periferia do acontecimento, na direcção das relações infinitesimais que nos atravessam. Propõe encontrar o movimento dentro da pausa. Encontrar o tempo dentro do tempo. Experimentar a experiência do reparar. Reparar no triplo sentido da palavra: parar de novo, reparação e observação.
Esse gesto (de pausa, de cuidado e de atenção) não é mais do que um exercício de implicação no presente, onde, no seu interior, movimenta-se um tempo expandido, simultaneamente “não mais” e “ainda não”. Um tempo não-linear, vivido como uma fita de Möbius, onde o interior e o exterior, o antes e o depois, se misturam e se confundem.
+info: website João Fiadeiro
João Fiadeiro (1965) pertence à geração de artistas que surgiu no final dos anos oitenta em Portugal e deu origem à Nova Dança Portuguesa, movimento fortemente influenciado pelo Judson Dance Theatre na América e pela cena New Dance na Europa.
Entre 1990 e 2019 foi diretor artístico do Atelier RE.AL, espaço que teve um papel preponderante no desenvolvimento da dança contemporânea e de iniciativas transdisciplinares em Portugal, tanto no âmbito da arte como entre arte, ciência e sociedade. Entre os projetos organizados por esta associação, destacam-se o LAB/Moving Projects (1992-2006), uma plataforma de work in progress de artistas emergentes; “Restos, rastos e traços” e “G.host” (2009-2011), dois programas de residência com foco em práticas de documentação para a arte contemporânea; e o projeto AND_Lab (2011-2014), um laboratório de pesquisa que trabalha a relação entre ética, estética e política, estão entre as iniciativas de maior impacto na comunidade.
João Fiadeiro tem feito extensas digressões pela Europa, América do Norte e América do Sul com os seus trabalhos a solo e em grupo. As suas peças navegam entre disciplinas (performance, dança e teatro), contextos (teatros, museus ou site-specific) e formatos (coreografias, happenings ou palestras-performances), numa tentativa de manter uma “sensibilidade radical” face ao presente e manter-se vigilante contra qualquer forma de estagnação ou perda do discurso crítico.
Entre 1995 e 2003 colaborou com os Artistas Unidos, companhia de teatro sediada em Lisboa, onde foi responsável pela movimentação dos atores em peças de Silva Melo, Shakespeare, Brecht, Goethe, etc. encenou peças de Samuel Beckett (Waiting for Godot), Sarah Kane (Psychosis 4’48’‘) e Jon Fosse (Nightsongs).
Paralelamente ao seu trabalho como coreógrafo, encenador e curador, João Fiadeiro estudou e praticou de forma intensa o Contacto-Improvisação nos anos 90, o que o levou a prosseguir e sistematizar a sua própria investigação sobre improvisação sob a designação de Composição em Tempo Real. Esta investigação, que começou por ser uma ferramenta de apoio às suas próprias práticas criativas, tem desde então sido utilizada por investigadores das áreas das artes e das ciências (provenientes de áreas tão diversas como a antropologia, as ciências dos sistemas complexos ou a economia), como plataforma teórico-prática para o estudo de decision-making, representação e colaboração. Este trabalho levou-o a lecionar em diferentes espaços independentes na Europa e América do Sul (Brasil, Uruguai, Argentina e Chile) e a conduzir workshops nos mais importantes programas de mestrado e escolas da Europa relacionados à dança contemporânea como PACAP/Forum Dança; EXERCE Master, Mestrado em Prática Artística e Cultura Visual no Museu Rainha Sofia; Programa SoDA MA; Estudos Performativos na Universidade de Hamburgo; Mestrado em Coreografia de Amsterdão; Mestrado em Teatro DasArts; a.pass_estudos avançados de performance e cenografia; MA Theatre Academy da University of the Arts Helsinki; Villa Arson; Centre National de la Danse, etc.
A ferramenta Composição em Tempo Real tem desde então alargado a sua aplicação fora do campo artístico com iniciativas como “Soft Skills for Hard Decisions”, concebida em colaboração com o economista António Alvarenga e aplicada em departamentos de recursos humanos de fundações; ou a disciplina “Estigmergia Social” concebida para o programa de doutoramento da Universidade ISCTE em Lisboa com o cientista de sistemas complexos Jorge Louçã.
Em 2018 João Fiadeiro publicou o livro “Anatomia de uma Decisão” onde sintetizou a sua pesquisa ao longo da vida sobre Composição em Tempo Real e em 2019 co-coordenou (com Romain Bigé) a exposição Drafting Interior Techniques na Culturgest, a primeira retrospetiva realizada sobre o trabalho e legado de Steve Paxton.
Estas plataformas de investigação resultam de múltiplas experiências, conversas e trocas com diversas pessoas ao longo dos anos, de onde se destacam, entre outras, o David-Alexandre Guéniot, o Rui Catalão, o Joris Lacoste, a Fernanda Eugénio, a Cláudia Dias, a Márcia Lança, o Daniel Pizamiglio ou a Carolina Campos. Tal como são enquadradas aqui, ficam a dever sobretudo a uma sessão intensiva de trabalho no início de 2023 entre João Fiadeiro, António Alvarenga, Liliana Coutinho, Paula Caspão e Alice Godfroy (artistas, curadores e pensadores que conhecem de forma profunda o trabalho de Fiadeiro), que se reuniram para reflectir, de forma aberta, sobre modos de estudar, transmitir e pensar a criação a partir do enquadramento oferecido pela Composição em Tempo Real.
“etc” é um acrônimo para “estudo, transmissão e criação”, mas também pode ser entendido como a abreviação da expressão latina “et cetera”, onde et corresponde à conjunção “e”, e cetera corresponde a “o resto”. A sigla “ctr” é o acrônimo para “composição em tempo real” e “et al” significa “entre outros”.
Está no próprio nome deste centro de estudos o modo como a “cabeça” da Composição em Tempo Real funciona: nada é (só) o que parece. Tudo se espalha, se mistura, se atravessa. Há sempre múltiplas direções por detrás (por baixo, pela frente e pelos lados) dos sentidos que damos às coisas. A experiência é, “por defeito”, oblíqua, desequilibrada e caótica. Na tentativa desesperada de a domesticar corremos o risco de ser bem sucedidos e desenvolver a falsa sensação de controlo e segurança que nos pode insensibilizar e anestesiar.
JF: (…) se extrairmos o “saber” ou o “hábito” daquilo a que chamamos de ”acontecimento”, o que fica são ritmos e vibrações. Será muito por aí que um bebé se relaciona com o mundo. Eles vêm umas manchas, ouvem uns sons, sentem umas temperaturas… as coisas aparecem e desaparecem… há uns ritmos, umas vibrações… (…) Antes de cairmos nesta ilusão de que controlamos o tempo, o espaço ou a imaginação, o que havia era isso: ritmos e vibrações. Depois, quando a criança percebe que, por exemplo, um objeto com a forma de cadeira tem a palavra “cadeira” associada, então pode dizer: “cadeira”. Quem estiver por perto acha que ele se quer sentar e dão-lhe a cadeira. Se a criança se sentar, está tudo perdido (risos). Se pegar na cadeira e colocá-la na cabeça ou se se enfiar dentro dela, ainda há esperança (mais risos)… porque embora tenha “jogado o jogo do saber” ao chamar a cadeira de “cadeira”, na verdade só estava a chamar a atenção para um objeto “qualquer” para poder explorar outras potências que a “coisa” tem.
LC: A potência de podermos vir a identificar e a relacionar…
JF: Sim, a relacionar, a explorar. É essa exploração que possibilita adiar “o saber”. Sabemos que a aprendizagem é algo que acontece por repetição e insistência… não primeiras vezes ainda te queimas a explorar com o fogo, depois já não. Os mapas neuronais vão-se “especializando” e criando padrões. O mundo deixa de ser tão perigoso mas ao mesmo tempo deixa-se de explorar e descobrir novas relações. O que eu faço, na minha prática laboratorial enquanto artista e investigador, não será mais do que encontrar modos de desativar “artificialmente” o que me faz saber de forma prévia (a cultura, a memória, a linguagem…), de maneira a estar disponível para os ritmos e as vibrações que nos rodeiam, que sempre lá estiveram, mas perante as quais desenvolvemos uma espécie de cegueira.[5]
[5] Excerto de conversa ainda não publicada entre João Fiadeiro e Liliana Coutinho, investigadora, curadora e profunda conhecedora da história e trajetória de João Fiadeiro.
A programação do etc.ctr.et al será desenvolvida lentamente ao longo de 2023 e será lançada no primeiro trimestre de 2024.
Contará com um conjunto de atividades que atravessarão modos e planos de relação distintos com a Composição em Tempo Real. Alguns mais duracionais e imersivos; outros mais concentrados e intensivos; outros ainda mais pontuais e descomprometidos. Algumas propostas terão em mente artistas que se interessem por processos de improvisação, outras por processos de composição, e outras ainda pelo “estudo do estudo” em si.
A abrir a sua actividade piloto, nas duas últimas semanas de agosto de 2023, o etc.ctr.et al organizará dois workshops de Composição em Tempo Real orientados por João Fiadeiro.
Workshop I – Introdução à prática da Composição em Tempo Real
21 a 25 de agosto
Este workshop de introdução à prática da Composição em Tempo Real é direcionado a artistas-investigadores com experiência em improvisação (em dança, performance ou teatro). É aberto a qualquer pessoa mas daremos prioridade a candidaturas de quem ainda não tenha tido contacto com a Composição em Tempo Real de João Fiadeiro.
Workshop II / Prática imersiva de Composição em Tempo Real
28 de Agosto a 1 de Setembro | Participação especial: Márcia Lança
Este workshop de prática imersiva em Composição em Tempo Real é direcionado a artistas-investigadores com experiência prévia com a Composição em Tempo Real de João Fiadeiro.
Segundo o dicionário[6], “desfazer-se em fios” é uma das definições possíveis de “desfiar”. Também pode querer dizer “examinar, esmiuçar” ou “relatar minuciosamente”. Já “fiar” quer dizer exactamente o contrário: “reduzir ou torcer qualquer matéria filamentosa até formar um fio”. Também quer dizer “confiar, acreditar”.
Dá-se ainda a coincidência de “fiadeiro” também ter origem no termo “fiar”. Significa “homem que tem por ofício fiar”. Pode ainda referir-se à “fogueira em volta da qual se reúnem as mulheres da aldeia para fiar”. O facto do termo “fiadeiro” retratar simultâneamente um homem ou uma mulher, a figura a solo ou a experiência do colectivo, a imagem de ofício, de aldeia e, sobretudo, de “se estar à volta de algo”, atesta a justeza do termo (des)fiar para nomear um centro de estudos em torno do corpo de trabalho de João Fiadeiro.
Com o (des)fiar queremos criar um lugar de encontro continuado e na duração, desenvolvendo as condições para a emergência de reflexões críticas no âmbito de processos de investigação, tanto em torno da Composição em Tempo Real como da investigação artística sensu lato. Para isso, procuraremos desenvolver plataformas públicas regulares de partilha que não se enquadrem nos formatos (académicos ou outros) daquilo que imaginamos quando imaginamos “publicar investigação”. (des)fiar promoverá uma prática de “publicações performativas” que não veja a produção de conhecimento, o fazer artístico, a estética, o contexto ou a política como canais de comunicação separados. O conceito de publicação será aqui visto mais como uma extensão do envolvimento partilhado de uma investigação, e menos como uma abordagem “externa” abstracta, feita após a conclusão do processo de investigação. Resumindo, o termo publicação será aqui entendido no seu sentido literal, enquanto verbo transitivo: tornar público.
O epicentro da (des)fiar será a “Sala de Operações” (SdO), onde João Fiadeiro terá como principal tarefa “pôr em pé” o arqui(vi)vo da Composição em Tempo Real a partir do seu espólio e acervo pessoal. Será também aqui que João Fiadeiro promoverá encontros “one2one” com alunos e pares, práticas da “escala tabuleiro” da Composição em Tempo Real e realizará workshops online. Existe ainda a intenção de se ativar um podcast mensal, com conversas entre João Fiadeiro e artistas-investigadores que, de forma mais ou menos direta, utilizam a Composição em Tempo Real enquanto ferramenta de referência para a sua prática artística.
[6] in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [on line], 2008-2021, https://dicionario.priberam.org/ [consultado em 12-05-2023].
A partir de 22 de setembro, sexta-feira, entre as 18h00 e as 20h00, teremos uma sessão de Composição em Tempo Real aberta à comunidade.
Com a facilitação de João Fiadeiro, Márcia Lança, Cláudia Dias, Carolina Campos e/ou Daniel Pizamiglio.
Estas sessões serão gratuitas, terão um formato “jam” (com facilitação, mas sem orientação) e passarão a acontecer todas as semanas.
Funcionarão como plataforma de aproximação a qualquer pessoa – artista ou não – que tenha curiosidade com esta ferramenta.
A participação é gratuita, basta aparecer!
Primeiro encontro de trabalho do grupo de estudos (des)fiar
Entre 4 e 8 de Setembro iremos organizar o primeiro encontro de trabalho do grupo de estudos (des)fiar com um open-call circunscrito a artistas e investigadores com experiência em Composição em Tempo Real, que queiram ir mais longe (e mais fundo) no estudo desta ferramenta. A ideia é que este primeiro encontro funcione como incubadora de ideias e propostas, onde se auscultará os desejos dos diversos intervenientes para, a partir das linhas de força identificadas, se traçar um esquisso da programação do (des)fiar. O objetivo deste encontro será “construir” o mapa de desejos, tendências e tentações das pessoas presentes para, em conjunto, criarmos a constelação de equipas de trabalho que darão corpo ao grupo de estudos (des)fiar.