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Workshops

Forum Dança - Workshop Butoh 2024 - Yael Karavan

Workshop Butoh
Yael Karavan

14 e 15 de dezembro 2024 | 11h00 – 17h00

Butoh fu – Composição com imagens, a linguagem misteriosa do Ankoku Butoh

 

Butoh é uma dança de vanguarda, uma filosofia e um método que foi criado no Japão, no final dos anos 50, por Tatsumi Hijikata e Kazuo Ohno. Não se trata de uma técnica, mas de um método e uma abordagem da dança que nasce dentro de nós e nos conecta à nossa essência, natureza, universo e aos ciclos da vida e da morte. Tatsumi Hijikata, o principal fundador do Ankoku Butoh Dance (Ankoku Butoh – dança das trevas) usava imagens para coreografar os seus bailarinos. O Butoh-Fu é algo que Yukio Waguri, um dos seus bailarinos de longa data, reuniu a partir das suas próprias notas das palavras usadas por Hijikata quando coreografava os seus bailarinos no Asbestos-kan, o estúdio que dirigia em Tóquio.

Neste workshop, Karavan apresenta, explora e dá experiência de numerosos Butoh-Fu originais, levando-nos numa viagem através das origens, pesquisando novas formas de escrever partituras de dança/movimento. O Butoh-Fu permite-nos encontrar os reinos absurdos, dadaístas e obscuros de Tatsumi Hijikata, Kazuo Ohno e Ankoku Butoh.

Este workshop trabalhará os elementos da metamorfose, presença, prontidão, contraste, a dança através de imagens e tensão entre opostos. O objectivo é libertar o corpo do seu conjunto preconcebido mundano de gestos e movimentos e, assim, permitir-nos aceder a uma essência mais profunda e autêntica de movimento e expressão arquetípica. Questionando como o Butoh pode ser traduzido para um corpo europeu e o porquê de o Butoh não ser apenas relevante, mas extremamente vital nos dias de hoje.

Yael Karavan tem mais de 25 anos de experiência em Butoh, durante os quais teve a oportunidade de trabalhar com os fundadores do Butoh no Japão: Kazuo Ohno e Motofuji San – esposa de Tatsumi Hijikata – bem como com Tadashi Endo e o MAMU dance theatre, Yumiko Yoshioka e Ten-Pen-Chi, Sankai Juku, Atsushi Takenuchi, Minako Seki, Carlota Ikeda, Yuko Kawamoto, Akira Kasai, Natsu Nakajuma entre outros.

 

Foto © Raul Bartolome

Informações

Selecione cada uma das secções abaixo para tomar conhecimento de todas as especificações do workshop e do processo de inscrição.

A quem se destina

Este workshop é direcionado a profissionais, estudantes e pessoas com ou sem experiência prévia em movimento, dança e/ou teatro.

Número máximo de participantes: 20 pessoas.

Horários

Datas: 14 e 15 de dezembro (sábado e domingo) de 2024
Horário: Das 11h00 às 17h00

Local

Forum Dança / Espaço da Penha
Travessa do Calado, 26B
1170-070 Lisboa

Taxa de participação

    • Até 7 de dezembro de 2024: 77,00 €
    • A partir de 8 de dezembro de 2024: 88,00 €
    • Desconto de 10%: para pessoas que frequentam, ou que já frequentaram cursos de longa duração do Forum Dança (PACAP/CGPAE/PEPCC/etc.);

Pré-Inscrição

A pré-inscrição é efetuada através de formulário disponível no nosso site e será validada após receção do comprovativo de pagamento, que deverá enviar para o nosso email.

Processo de inscrição

  1. Faça a sua pré-inscrição on-line no formulário indicado para o efeito;
  2. Aguarde o nosso email com as instruções de pagamento;
  3. Proceda ao pagamento da sua inscrição, conforme indicado no email enviado;
  4. Envie-nos o respetivo comprovativo de pagamento para o nosso email;
  5. A sua inscrição só é validada após a receção do seu comprovativo.

Formulário

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Biografia

Yael Karavan

Yael Karavan
Yael Karavan

Premiada performer, dançarina e diretora artística da Karavan Ensemble, Yael Karavan nasceu em Israel e cresceu em Florença, em Paris e em Londres. Pesquisando a Dança, atravessou a Europa, a Rússia, o Brasil e o Japão buscando por uma linguagem de expressão física que ligasse o Oriente e o Ocidente, a Dança e o Teatro. Estudou e trabalhou com mestres do Butoh, como Kazuo Ohno, Tadashi Endo, Carlotta Ikeda, Yumiko Yoshioka, Akiko Motofuji, Ko Morobushi, Katsura Kan, Yuko Kaseki, Yuko Kawamoto, entre outros. Foi membro da MaMu Dance Theatre de Tadashi Endo durante 8 anos e da Ten-Pen-Chi, da Yumiko Yoshioka durante 3 anos.

 

Mais informações: www.yaelkaravan.com

Composição em Tempo Real, João Fiadeiro / Forum Dança

Sessões Abertas
Composição em Tempo Real

Segundas-feiras, das 18h00 às 20h00

A partir de 30 de setembro de 2024

Com a facilitação de João Fiadeiro e Márcia Lança

As sessões abertas de CTR – Composição em Tempo Real voltam a acontecer, desta vez orientadas por João Fiadeiro e Márcia Lança.

Para participar basta aparecer, não é necessário qualquer pagamento ou inscrição prévia. As sessões começam já no próximo dia 30 de setembro de 2024.

Durante o período que a REAL (estrutura dirigida por João Fiadeiro entre 1990-2019) dirigiu o Atelier Real, organizaram-se sessões abertas de prática de Composição em Tempo Real gratuitas para a comunidade. Eram sessões despretensiosas, entre a jam e a master class, que tiveram um impacto importante na comunidade de artistas de então e na investigação sobre (e em torno) desta ferramenta. Foram também sessões muito importantes como lugar de encontro e para a criação de redes profissionais e afetivas que perduram até hoje.

 

Durante os próximos meses, enquanto programação da actividade desenvolvida no âmbito da posição de Artista Investigador Residente do Forum Dança, vamos replicar estas sessões para partilhar a nossa experiência, mas também para nos deixarmos contaminar por discursos, olhares e práticas fora da nossa zona de conforto. Estas sessões estão abertas a qualquer pessoa – artista ou não artista, com ou sem experiência de improvisação, com percursos ligados à prática ou à teoria – desde que as premissas e princípios desta prática despertem a curiosidade.

 

“O ‘objeto de estudo’ da Composição em Tempo Real é o intervalo que emerge quando o tempo linear é interrompido e a sensação de continuidade é suspensa (via acidente, incidente ou ‘porque sim’). O espaço que se abre, resultante dessa interrupção, é onde a pesquisa de Composição em Tempo Real têm lugar. Dentro desse espaço, o tempo tem essa rara qualidade de ser simultaneamente ‘não mais’ e ‘ainda não’. Dentro desse espaço, o tempo não é linear (ou mesmo circular), mas ‘torcido’ (como a superfície topológica da ‘Fita de Möbius’), regido por leis que não respeitam as noções convencionais do antes e do depois, do dentro e do fora ou do longe e do perto.”

João Fiadeiro

A participação é gratuita, basta aparecer!

Contextualização

Selecione cada uma das secções abaixo para saber mais.

Composição em Tempo Real

Composição em Tempo Real é uma designação utilizada em inúmeras interações e contextos artísticos, sendo mais usual a sua utilização no campo da música eletrónica e na sua relação com a ciência da computação. No campo da dança contemporânea é utilizada por diversos artistas, como sinónimo da prática da “improvisação” (um termo de certa forma “sequestrado” pelo senso comum, como uma experiência arbitrária, desorganizada ou caótica), de forma a enfatizar a complexidade e o rigor envolvidos no ato de improvisar, sobretudo quando apresentada de forma pública.

 

Quando, nos anos noventa, João Fiadeiro deu início à sua investigação em torno da improvisação, a expressão mais utilizada para reivindicar esse rigor era a expressão “composição instantânea”. De forma meio intuitiva, João Fiadeiro decidiu adotar a noção de “composição em tempo real” para designar a sua investigação, porque era o termo que correspondia melhor à experiência de tempo expandido, distendido e plástico que ele experimentava quando “colidia” com o desconhecido, seja quando improvisava, seja quando compunha. Mais tarde conseguiu formular melhor essa resistência ao termo “instantâneo”, quando percebeu que uma parte importante da hipótese que colocava enquanto investigador, sobre a experiência do performer na sua relação com o tempo, sustentava-se na premissa de que a ideia de “instante” é uma construção artificial do ser humano, que decidiu, a partir do seu interesse (e proveito) próprio, que um instante é a fatia mais fina do tempo e que os momentos sucessivos substituem o anterior.

 

Mais recentemente, ao aceder ao pensamento de autores que estudam o conceito de tempo, essa convicção ganhou ainda mais corpo. Nomeadamente através da formulação de “tempo operativo” que Giorgio Agamben utiliza em “O tempo que resta”. Agamben apoia-se no linguista Gustave Guillaume (1883-1960) que afirma (no seu livro Temps et verbe) que “toda a experiência mental, por mais rápida [que seja], necessita de um certo tempo, que pode ser brevíssimo, mas nem por isso menos real”. Aquilo a que Guillaume define como “tempo operativo” (e João Fiadeiro como “tempo real”) é exatamente “o tempo que a mente emprega para realizar uma imagem-tempo”. Agamben complementa este raciocínio quando diz que “um exame atento dos fenómenos da linguagem mostra que as línguas organizam os seus sistemas verbais, não segundo o esquema linear precedente (…) mas através da referência da imagem construída no tempo operativo da sua construção.”. O tempo operativo (ou, como diria Fiadeiro, “tempo real”) “não é nem a linha – representável mas impensável – do tempo cronológico, nem o instante – igualmente impensável – do seu fim, e muito menos um segmento extraído do tempo cronológico (…). É antes o tempo operativo que urge no tempo cronológico e o trabalha e transforma a partir do interior, tempo do qual precisamos para fazer findar o tempo – nesse sentido: o tempo que nos resta.”.

 

Percebe-se, pelo que foi dito, que ao se debater sobre o termo de “instante” ou de “tempo real” para designar o tipo de “composição” que está aqui em jogo, João Fiadeiro não tem como referência o tempo partilhado entre improvisador e espetador, mas o tempo interno do performer, na gestão da experiência que medeia a identificação, a circunscrição e o processamento dos estímulos; a seleção e escolha das possibilidades de relação; e a sua consequente manifestação em forma de gesto e ação.

 

A utilização da expressão “Composição em Tempo Real” utilizada por João Fiadeiro para designar a sua investigação e prática, tem que ser entendida à luz desta reflexão.

João Fiadeiro

Forum Dança | PACAP 5 - João Fiadeiro
João Fiadeiro © Ana Viotti

João Fiadeiro (1965) é um performer, coreógrafo, investigador, professor e curador português.
Pertence à geração de artistas que surgiu no final dos anos oitenta em Portugal e deu origem ao movimento da Nova Dança Portuguesa.
Nos anos 90 estudou e praticou intensamente o Contacto-Improvisação o que o levou a prosseguir e sistematizar a sua própria investigação sobre improvisação sob a designação de Composição em Tempo Real. Esta pesquisa levou-o a coordenar workshops em programas de mestrado e doutorado em várias escolas e universidades em todo o mundo.
Tem feito extensas digressões pela Europa, América do Norte e América do Sul com os seus trabalhos a solo e em grupo.
O seu percurso, quer enquanto coreógrafo ou performer, como enquanto investigador ou curador, centrou-se na criação de condições para a experimentação, a prática laboratorial e o cruzamento interdisciplinar.
Esta actividade foi realizada tanto no quadro da direcção de projectos de programação e investigação artística, que passaram pelo Centro Cultural da Malaposta (1990-95), pelo Espaço Ginjal (1995-1998), pelo Lugar Comum (1999-2000), pelo Espaço A Capital (2000-2002) e pelo Atelier Re.AL (2004-2019), como no quadro da sua prática artística, através das criações e dos ateliers de investigação organizados em torno da Composição em Tempo Real.
O Atelier Re.AL foi uma estrutura que desempenhou um papel preponderante no desenvolvimento da dança contemporânea e de iniciativas transdisciplinares em Portugal.
Em todas estas diferentes plataformas de encontro, João Fiadeiro foi sempre acompanhado por artistas que participaram ativamente enquanto criadores, performers, investigadores e programadores, contribuindo de maneira decisiva para a existência deste projeto durante 30 anos de atividade ininterrupta.

Márcia Lança

Forum Dança | PACAP 5 - Márcia Lança
Márcia Lança

Márcia Lança nasceu em Beja e vive em Lisboa. Em 2008 fundou a VAGAR da qual é diretora artística. Tem trabalhado como coreógrafa e performer em diversas configurações colaborativas.
Move-se em territórios onde as fronteiras entre o ficcional e o real são ténues e difusas. O seu interesse pela materialidade poética de ações e tarefas concretas está no centro dos seus processos de criação.
É apaixonada por composições coletivas emergentes, pelo pensamento enquanto ação e por construções situadas.

Forum Dança | Workshop de Kung Fu | Guilherme da Luz

Workshop Kung-Fu
Guilherme da Luz

25 e 26 de maio de 2024, das 15h00 às 18h00

“Quando vais ao fundo em qualquer coisa é uma dança”

O Kung-Fu foi sempre considerado a arte marcial dos guerreiros bailarinos. Vários praticantes artistas de dança, teatro e performance consideram que o Kung-Fu reforça a sua raiz e os centra para performance, pensando na estética única, fluída e espirálica para o seu desenvolvimento pessoal e profissional.

O que esperar deste encontro de dois dias: entrar em contacto com exercícios e fragrâncias para poder arriscar/expressar com estilo.

Informações

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A quem se destina

Este workshop é direcionado a profissionais, estudantes e pessoas com experiência prévia em movimento, dança e/ou teatro.

Número máximo de participantes: 20 pessoas.

Horários

Workshop: 25 e 26 de maio de 2024, das 15h00 às 18h00.

Local

Forum Dança / Espaço da Penha
Travessa do Calado, 26B
1170-070 Lisboa

Taxa de participação

    • Inscrição: 40 € (quarenta euros), pelos dois dias;
    • Desconto de 10%: para pessoas que frequentam, ou que já frequentaram cursos de longa duração do Forum Dança (PACAP/CGPAE/PEPCC/etc.).

Pré-Inscrição

A pré-inscrição é efetuada através de formulário disponível no nosso site e será validada após receção do comprovativo de pagamento, que deverá enviar para o nosso email.

Processo de inscrição

  1. Faça a sua pré-inscrição on-line no formulário indicado para o efeito;
  2. Aguarde o nosso email com as instruções de pagamento;
  3. Proceda ao pagamento da sua inscrição, conforme indicado no email enviado;
  4. Envie-nos o respetivo comprovativo de pagamento para o nosso email;
  5. A sua inscrição só é validada após a receção do seu comprovativo.

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Inscrições encerradas.

Biografia

Guilherme da Luz

Forum Dança | Workshop de Kung Fu | Guilherme da Luz
Guilherme da Luz © Alexandra Afonso

Guilherme da Luz iniciou-se no caminho do Kung-Fu como um recordar de uma arte/prática que vinha de um passado anterior a si.

 

Passando por várias experiências do Kung-Fu chinês e persa, foi percebendo que queria viver um Kung-Fu em que o Ser Humano é colocado no centro em primeiro plano e tudo o resto, escolas, teorias, filosofias existem para as pessoas e não o contrário, chamando a este método Flor de Lotus.

 

Há quarenta anos a ensinar diariamente um Kung-Fu criativo de desenvolvimento integral.

Workshop CTR
O corpo enquanto espaço

De 26 a 30 de agosto de 2024, das 14h00 às 18h00

Sensibilidade às condições iniciais II
Uma introdução à Composição em Tempo Real: o corpo enquanto espaço

 

Neste workshop João Fiadeiro contará com a colaboração da performer e artista Márcia Lança de forma a criar e estudar o modo como se estabelecem as condições iniciais para a prática da Composição em Tempo Real. O jogo começará sempre, como protocolo inicial, a partir das posições e relações geradas pela Márcia e pelo João, que funcionarão enquanto referente inicial de exploração e experimentação da Composição em Tempo Real. Essas posições-relações iniciais funcionarão enquanto obstruções que condicionarão a experiência da improvisação. Encontrar a experiência de liberdade no interior de um ambiente-partitura composto por restrições, ao mesmo tempo que se desenvolve relações autónomos e inter-dependentes com quem joga (humanos e não-humanos), será o “objeto de estudo” deste workshop.

Informações

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A quem se destina

Este ciclo de workshops é direcionado a artistas-investigadores com experiência em improvisação (em dança, performance ou teatro).

Número máximo de participantes: 16 pessoas.

Horários

Workshop de verão: De 26 a 30 de agosto de 2024, das 14h00 às 18h00.

Local

Forum Dança / Espaço da Penha
Travessa do Calado, 26B
1170-070 Lisboa

Taxa de participação

    • Inscrição: 100 € (cem euros);
    • Desconto de 10%: para pessoas que frequentam, ou que já frequentaram cursos de longa duração do Forum Dança (CGPAE/PEPCC/etc.);
    • Desconto de 10%: para pessoas que frequentam, ou que já frequentaram o PACAP.

Pré-Inscrição

A pré-inscrição é efetuada através de formulário disponível no nosso site e será validada após receção do comprovativo de pagamento, que deverá enviar para o nosso email.

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  1. Faça a sua pré-inscrição on-line no formulário indicado para o efeito;
  2. Aguarde o nosso email com as instruções de pagamento;
  3. Proceda ao pagamento da sua inscrição, conforme indicado no email enviado;
  4. Envie-nos o respetivo comprovativo de pagamento para o nosso email;
  5. A sua inscrição só é validada após a receção do seu comprovativo.

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As inscrições estão encerradas.

Contextualização

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Composição em Tempo Real

Composição em Tempo Real é uma designação utilizada em inúmeras interações e contextos artísticos, sendo mais usual a sua utilização no campo da música eletrónica e na sua relação com a ciência da computação. No campo da dança contemporânea é utilizada por diversos artistas, como sinónimo da prática da “improvisação” (um termo de certa forma “sequestrado” pelo senso comum, como uma experiência arbitrária, desorganizada ou caótica), de forma a enfatizar a complexidade e o rigor envolvidos no ato de improvisar, sobretudo quando apresentada de forma pública.

 

Quando, nos anos noventa, João Fiadeiro deu início à sua investigação em torno da improvisação, a expressão mais utilizada para reivindicar esse rigor era a expressão “composição instantânea”. De forma meio intuitiva, João Fiadeiro decidiu adotar a noção de “composição em tempo real” para designar a sua investigação, porque era o termo que correspondia melhor à experiência de tempo expandido, distendido e plástico que ele experimentava quando “colidia” com o desconhecido, seja quando improvisava, seja quando compunha. Mais tarde conseguiu formular melhor essa resistência ao termo “instantâneo”, quando percebeu que uma parte importante da hipótese que colocava enquanto investigador, sobre a experiência do performer na sua relação com o tempo, sustentava-se na premissa de que a ideia de “instante” é uma construção artificial do ser humano, que decidiu, a partir do seu interesse (e proveito) próprio, que um instante é a fatia mais fina do tempo e que os momentos sucessivos substituem o anterior.

 

Mais recentemente, ao aceder ao pensamento de autores que estudam o conceito de tempo, essa convicção ganhou ainda mais corpo. Nomeadamente através da formulação de “tempo operativo” que Giorgio Agamben utiliza em “O tempo que resta”. Agamben apoia-se no linguista Gustave Guillaume (1883-1960) que afirma (no seu livro Temps et verbe) que “toda a experiência mental, por mais rápida [que seja], necessita de um certo tempo, que pode ser brevíssimo, mas nem por isso menos real”. Aquilo a que Guillaume define como “tempo operativo” (e João Fiadeiro como “tempo real”) é exatamente “o tempo que a mente emprega para realizar uma imagem-tempo”. Agamben complementa este raciocínio quando diz que “um exame atento dos fenómenos da linguagem mostra que as línguas organizam os seus sistemas verbais, não segundo o esquema linear precedente (…) mas através da referência da imagem construída no tempo operativo da sua construção.”. O tempo operativo (ou, como diria Fiadeiro, “tempo real”) “não é nem a linha – representável mas impensável – do tempo cronológico, nem o instante – igualmente impensável – do seu fim, e muito menos um segmento extraído do tempo cronológico (…). É antes o tempo operativo que urge no tempo cronológico e o trabalha e transforma a partir do interior, tempo do qual precisamos para fazer findar o tempo – nesse sentido: o tempo que nos resta.”.

 

Percebe-se, pelo que foi dito, que ao se debater sobre o termo de “instante” ou de “tempo real” para designar o tipo de “composição” que está aqui em jogo, João Fiadeiro não tem como referência o tempo partilhado entre improvisador e espetador, mas o tempo interno do performer, na gestão da experiência que medeia a identificação, a circunscrição e o processamento dos estímulos; a seleção e escolha das possibilidades de relação; e a sua consequente manifestação em forma de gesto e ação.

 

A utilização da expressão “Composição em Tempo Real” utilizada por João Fiadeiro para designar a sua investigação e prática, tem que ser entendida à luz desta reflexão.

João Fiadeiro

Forum Dança | PACAP 5 - João Fiadeiro
João Fiadeiro © Ana Viotti

João Fiadeiro (1965) pertence à geração de artistas que surgiu no final dos anos oitenta em Portugal e deu origem à Nova Dança Portuguesa, movimento fortemente influenciado pelo Judson Dance Theatre na América e pela cena New Dance na Europa.

 

Entre 1990 e 2019 foi diretor artístico do Atelier RE.AL, espaço que teve um papel preponderante no desenvolvimento da dança contemporânea e de iniciativas transdisciplinares em Portugal, tanto no âmbito da arte como entre arte, ciência e sociedade. Entre os projetos organizados por esta associação, destacam-se o LAB/Moving Projects (1992-2006), uma plataforma de work in progress de artistas emergentes; “Restos, rastos e traços” e “G.host” (2009-2011), dois programas de residência com foco em práticas de documentação para a arte contemporânea; e o projeto AND_Lab (2011-2014), um laboratório de pesquisa que trabalha a relação entre ética, estética e política, estão entre as iniciativas de maior impacto na comunidade.

 

João Fiadeiro tem feito extensas digressões pela Europa, América do Norte e América do Sul com os seus trabalhos a solo e em grupo. As suas peças navegam entre disciplinas (performance, dança e teatro), contextos (teatros, museus ou site-specific) e formatos (coreografias, happenings ou palestras-performances), numa tentativa de manter uma “sensibilidade radical” face ao presente e manter-se vigilante contra qualquer forma de estagnação ou perda do discurso crítico.

 

Entre 1995 e 2003 colaborou com os Artistas Unidos, companhia de teatro sediada em Lisboa, onde foi responsável pela movimentação dos atores em peças de Silva Melo, Shakespeare, Brecht, Goethe, etc. encenou peças de Samuel Beckett (Waiting for Godot), Sarah Kane (Psychosis 4’48’‘) e Jon Fosse (Nightsongs).

 

Paralelamente ao seu trabalho como coreógrafo, encenador e curador, João Fiadeiro estudou e praticou de forma intensa o Contacto-Improvisação nos anos 90, o que o levou a prosseguir e sistematizar a sua própria investigação sobre improvisação sob a designação de Composição em Tempo Real. Esta investigação, que começou por ser uma ferramenta de apoio às suas próprias práticas criativas, tem desde então sido utilizada por investigadores das áreas das artes e das ciências (provenientes de áreas tão diversas como a antropologia, as ciências dos sistemas complexos ou a economia), como plataforma teórico-prática para o estudo de decision-making, representação e colaboração. Este trabalho levou-o a lecionar em diferentes espaços independentes na Europa e América do Sul (Brasil, Uruguai, Argentina e Chile) e a conduzir workshops nos mais importantes programas de mestrado e escolas da Europa relacionados à dança contemporânea como PACAP/Forum Dança; EXERCE Master, Mestrado em Prática Artística e Cultura Visual no Museu Rainha Sofia; Programa SoDA MA; Estudos Performativos na Universidade de Hamburgo; Mestrado em Coreografia de Amsterdão; Mestrado em Teatro DasArts; a.pass_estudos avançados de performance e cenografia; MA Theatre Academy da University of the Arts Helsinki; Villa Arson; Centre National de la Danse, etc.

 

A ferramenta Composição em Tempo Real tem desde então alargado a sua aplicação fora do campo artístico com iniciativas como “Soft Skills for Hard Decisions”, concebida em colaboração com o economista António Alvarenga e aplicada em departamentos de recursos humanos de fundações; ou a disciplina “Estigmergia Social” concebida para o programa de doutoramento da Universidade ISCTE em Lisboa com o cientista de sistemas complexos Jorge Louçã.

 

Em 2018 João Fiadeiro publicou o livro “Anatomia de uma Decisão” onde sintetizou a sua pesquisa ao longo da vida sobre Composição em Tempo Real e em 2019 co-coordenou (com Romain Bigé) a exposição Drafting Interior Techniques na Culturgest, a primeira retrospetiva realizada sobre o trabalho e legado de Steve Paxton.

Márcia Lança

Forum Dança | PACAP 5 - Márcia Lança
Márcia Lança

Márcia Lança nasceu em Beja e vive em Lisboa. Em 2008 fundou a VAGAR da qual é diretora artística. Tem trabalhado como coreógrafa e performer em diversas configurações colaborativas.

 

Move-se em territórios onde as fronteiras entre o ficcional e o real são ténues e difusas. O seu interesse pela materialidade poética de ações e tarefas concretas está no centro dos seus processos de criação.

 

É apaixonada por composições coletivas emergentes, pelo pensamento enquanto ação e por construções situadas.

 

Mais informações aqui

Workshop CTR
O espaço enquanto corpo

De 1 a 5 de abril, das 14h00 às 18h00

Sensibilidade às condições iniciais I
Uma introdução à Composição em Tempo Real: o espaço enquanto corpo

 

Neste workshop João Fiadeiro contará com a colaboração do arquiteto e artista João Gonçalo Lopes de forma a criar as condições iniciais para a prática da Composição em Tempo Real. O jogo começará sempre, como protocolo inicial, a partir de um “espaço preparado” (um pouco à imagem do “piano preparado” de John Cage), que funcionará enquanto território de exploração e experimentação da Composição em Tempo Real. Esta preparação criará uma topografia espacial que, através das obstruções e das restrições criadas, condicionará a experiência da improvisação. Encontrar a experiência de liberdade no interior de um ambiente-partitura composto por restrições, ao mesmo tempo que se desenvolve relações autónomos e inter-dependentes com quem joga (humanos e não-humanos), será o “objeto de estudo” deste workshop.

Informações

Selecione cada uma das secções abaixo para tomar conhecimento de todas as especificações do workshop e do processo de inscrição.

A quem se destina

Este ciclo de workshops é direcionado a artistas-investigadores com experiência em improvisação (em dança, performance ou teatro).

Número máximo de participantes: 16 pessoas.

Horários

Workshop da Páscoa: De 1 a 5 de abril de 2024, das 14h00 às 18h00.

Local

Forum Dança / Espaço da Penha
Travessa do Calado, 26B
1170-070 Lisboa

Taxa de participação

    • Inscrição: 100 € (cem euros);
    • Desconto de 10%: para pessoas que frequentam, ou que já frequentaram cursos de longa duração do Forum Dança (CGPAE/PEPCC/etc.);
    • Desconto de 25%: para pessoas que frequentam, ou que já frequentaram o PACAP.

Pré-Inscrição

A pré-inscrição é efetuada através de formulário disponível no nosso site e será validada após receção do comprovativo de pagamento, que deverá enviar para o nosso email.

Processo de inscrição

  1. Faça a sua pré-inscrição on-line no formulário indicado para o efeito;
  2. Aguarde o nosso email com as instruções de pagamento;
  3. Proceda ao pagamento da sua inscrição, conforme indicado no email enviado;
  4. Envie-nos o respetivo comprovativo de pagamento para o nosso email;
  5. A sua inscrição só é validada após a receção do seu comprovativo.

Formulário

Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

As inscrições estão encerradas.

Contextualização

Selecione cada uma das secções abaixo para saber mais.

Composição em Tempo Real

Composição em Tempo Real é uma designação utilizada em inúmeras interações e contextos artísticos, sendo mais usual a sua utilização no campo da música eletrónica e na sua relação com a ciência da computação. No campo da dança contemporânea é utilizada por diversos artistas, como sinónimo da prática da “improvisação” (um termo de certa forma “sequestrado” pelo senso comum, como uma experiência arbitrária, desorganizada ou caótica), de forma a enfatizar a complexidade e o rigor envolvidos no ato de improvisar, sobretudo quando apresentada de forma pública.

 

Quando, nos anos noventa, João Fiadeiro deu início à sua investigação em torno da improvisação, a expressão mais utilizada para reivindicar esse rigor era a expressão “composição instantânea”. De forma meio intuitiva, João Fiadeiro decidiu adotar a noção de “composição em tempo real” para designar a sua investigação, porque era o termo que correspondia melhor à experiência de tempo expandido, distendido e plástico que ele experimentava quando “colidia” com o desconhecido, seja quando improvisava, seja quando compunha. Mais tarde conseguiu formular melhor essa resistência ao termo “instantâneo”, quando percebeu que uma parte importante da hipótese que colocava enquanto investigador, sobre a experiência do performer na sua relação com o tempo, sustentava-se na premissa de que a ideia de “instante” é uma construção artificial do ser humano, que decidiu, a partir do seu interesse (e proveito) próprio, que um instante é a fatia mais fina do tempo e que os momentos sucessivos substituem o anterior.

 

Mais recentemente, ao aceder ao pensamento de autores que estudam o conceito de tempo, essa convicção ganhou ainda mais corpo. Nomeadamente através da formulação de “tempo operativo” que Giorgio Agamben utiliza em “O tempo que resta”. Agamben apoia-se no linguista Gustave Guillaume (1883-1960) que afirma (no seu livro Temps et verbe) que “toda a experiência mental, por mais rápida [que seja], necessita de um certo tempo, que pode ser brevíssimo, mas nem por isso menos real”. Aquilo a que Guillaume define como “tempo operativo” (e João Fiadeiro como “tempo real”) é exatamente “o tempo que a mente emprega para realizar uma imagem-tempo”. Agamben complementa este raciocínio quando diz que “um exame atento dos fenómenos da linguagem mostra que as línguas organizam os seus sistemas verbais, não segundo o esquema linear precedente (…) mas através da referência da imagem construída no tempo operativo da sua construção.”. O tempo operativo (ou, como diria Fiadeiro, “tempo real”) “não é nem a linha – representável mas impensável – do tempo cronológico, nem o instante – igualmente impensável – do seu fim, e muito menos um segmento extraído do tempo cronológico (…). É antes o tempo operativo que urge no tempo cronológico e o trabalha e transforma a partir do interior, tempo do qual precisamos para fazer findar o tempo – nesse sentido: o tempo que nos resta.”.

 

Percebe-se, pelo que foi dito, que ao se debater sobre o termo de “instante” ou de “tempo real” para designar o tipo de “composição” que está aqui em jogo, João Fiadeiro não tem como referência o tempo partilhado entre improvisador e espetador, mas o tempo interno do performer, na gestão da experiência que medeia a identificação, a circunscrição e o processamento dos estímulos; a seleção e escolha das possibilidades de relação; e a sua consequente manifestação em forma de gesto e ação.

 

A utilização da expressão “Composição em Tempo Real” utilizada por João Fiadeiro para designar a sua investigação e prática, tem que ser entendida à luz desta reflexão.

João Fiadeiro

Forum Dança | PACAP 5 - João Fiadeiro
João Fiadeiro © Ana Viotti

João Fiadeiro (1965) pertence à geração de artistas que surgiu no final dos anos oitenta em Portugal e deu origem à Nova Dança Portuguesa, movimento fortemente influenciado pelo Judson Dance Theatre na América e pela cena New Dance na Europa.

 

Entre 1990 e 2019 foi diretor artístico do Atelier RE.AL, espaço que teve um papel preponderante no desenvolvimento da dança contemporânea e de iniciativas transdisciplinares em Portugal, tanto no âmbito da arte como entre arte, ciência e sociedade. Entre os projetos organizados por esta associação, destacam-se o LAB/Moving Projects (1992-2006), uma plataforma de work in progress de artistas emergentes; “Restos, rastos e traços” e “G.host” (2009-2011), dois programas de residência com foco em práticas de documentação para a arte contemporânea; e o projeto AND_Lab (2011-2014), um laboratório de pesquisa que trabalha a relação entre ética, estética e política, estão entre as iniciativas de maior impacto na comunidade.

 

João Fiadeiro tem feito extensas digressões pela Europa, América do Norte e América do Sul com os seus trabalhos a solo e em grupo. As suas peças navegam entre disciplinas (performance, dança e teatro), contextos (teatros, museus ou site-specific) e formatos (coreografias, happenings ou palestras-performances), numa tentativa de manter uma “sensibilidade radical” face ao presente e manter-se vigilante contra qualquer forma de estagnação ou perda do discurso crítico.

 

Entre 1995 e 2003 colaborou com os Artistas Unidos, companhia de teatro sediada em Lisboa, onde foi responsável pela movimentação dos atores em peças de Silva Melo, Shakespeare, Brecht, Goethe, etc. encenou peças de Samuel Beckett (Waiting for Godot), Sarah Kane (Psychosis 4’48’‘) e Jon Fosse (Nightsongs).

 

Paralelamente ao seu trabalho como coreógrafo, encenador e curador, João Fiadeiro estudou e praticou de forma intensa o Contacto-Improvisação nos anos 90, o que o levou a prosseguir e sistematizar a sua própria investigação sobre improvisação sob a designação de Composição em Tempo Real. Esta investigação, que começou por ser uma ferramenta de apoio às suas próprias práticas criativas, tem desde então sido utilizada por investigadores das áreas das artes e das ciências (provenientes de áreas tão diversas como a antropologia, as ciências dos sistemas complexos ou a economia), como plataforma teórico-prática para o estudo de decision-making, representação e colaboração. Este trabalho levou-o a lecionar em diferentes espaços independentes na Europa e América do Sul (Brasil, Uruguai, Argentina e Chile) e a conduzir workshops nos mais importantes programas de mestrado e escolas da Europa relacionados à dança contemporânea como PACAP/Forum Dança; EXERCE Master, Mestrado em Prática Artística e Cultura Visual no Museu Rainha Sofia; Programa SoDA MA; Estudos Performativos na Universidade de Hamburgo; Mestrado em Coreografia de Amsterdão; Mestrado em Teatro DasArts; a.pass_estudos avançados de performance e cenografia; MA Theatre Academy da University of the Arts Helsinki; Villa Arson; Centre National de la Danse, etc.

 

A ferramenta Composição em Tempo Real tem desde então alargado a sua aplicação fora do campo artístico com iniciativas como “Soft Skills for Hard Decisions”, concebida em colaboração com o economista António Alvarenga e aplicada em departamentos de recursos humanos de fundações; ou a disciplina “Estigmergia Social” concebida para o programa de doutoramento da Universidade ISCTE em Lisboa com o cientista de sistemas complexos Jorge Louçã.

 

Em 2018 João Fiadeiro publicou o livro “Anatomia de uma Decisão” onde sintetizou a sua pesquisa ao longo da vida sobre Composição em Tempo Real e em 2019 co-coordenou (com Romain Bigé) a exposição Drafting Interior Techniques na Culturgest, a primeira retrospetiva realizada sobre o trabalho e legado de Steve Paxton.

João Gonçalo Lopes

João Gonçalo Lopes
João Gonçalo Lopes © Gustavo Ciríaco

João Gonçalo Lopes é um arquiteto que trabalha em várias disciplinas entre a arte, o design e a educação. Tendo tido uma experiência diversificada em diferentes partes do globo, trabalha atualmente com uma abordagem prática em escalas que vão desde o design urbano, a instalações artísticas ou design de mobiliário.

 

Com uma atitude baseada no contexto, o seu trabalho está enraizado em processos de colaboração e de construção de comunidades, centrando-se na ecologia dos materiais como meio de alcançar realidades conscientes e complexas.

 

Valoriza espaços e objectos que existem como facilitadores da experiência. Para tal, utiliza um conjunto alargado de ferramentas que provêm de diferentes disciplinas, sejam elas sociais, políticas, artísticas, construtivas ou espaciais.

 

Mais informação, aqui.

Forum Dança - Workshop Butoh 2023 - Yael Karavan

Workshop Butoh
Yael Karavan

9 e 10 de dezembro 2023 | 11h00 – 17h00

Butoh fu – Composição com imagens, a linguagem misteriosa do Ankoku Butoh

 

Butoh é uma dança de vanguarda, uma filosofia e um método que foi criado no Japão, no final dos anos 50, por Tatsumi Hijikata e Kazuo Ohno. Não se trata de uma técnica, mas de um método e uma abordagem da dança que nasce dentro de nós e nos conecta à nossa essência, natureza, universo e aos ciclos da vida e da morte. Tatsumi Hijikata, o principal fundador do Ankoku Butoh Dance (Ankoku Butoh – dança das trevas) usava imagens para coreografar os seus bailarinos. O Butoh-Fu é algo que Yukio Waguri, um dos seus bailarinos de longa data, reuniu a partir das suas próprias notas das palavras usadas por Hijikata quando coreografava os seus bailarinos no Asbestos-kan, o estúdio que dirigia em Tóquio.

Neste workshop, Karavan apresenta, explora e dá experiência de numerosos Butoh-Fu originais, levando-nos numa viagem através das origens, pesquisando novas formas de escrever partituras de dança/movimento. O Butoh-Fu permite-nos encontrar os reinos absurdos, dadaístas e obscuros de Tatsumi Hijikata, Kazuo Ohno e Ankoku Butoh.

Este workshop trabalhará os elementos da metamorfose, presença, prontidão, contraste, a dança através de imagens e tensão entre opostos. O objectivo é libertar o corpo do seu conjunto preconcebido mundano de gestos e movimentos e, assim, permitir-nos aceder a uma essência mais profunda e autêntica de movimento e expressão arquetípica. Questionando como o Butoh pode ser traduzido para um corpo europeu e o porquê de o Butoh não ser apenas relevante, mas extremamente vital nos dias de hoje.

Yael Karavan tem mais de 25 anos de experiência em Butoh, durante os quais teve a oportunidade de trabalhar com os fundadores do Butoh no Japão: Kazuo Ohno e Motofuji San – esposa de Tatsumi Hijikata – bem como com Tadashi Endo e o MAMU dance theatre, Yumiko Yoshioka e Ten-Pen-Chi, Sankai Juku, Atsushi Takenuchi, Minako Seki, Carlota Ikeda, Yuko Kawamoto, Akira Kasai, Natsu Nakajuma entre outros.

 

Foto © Raul Bartolome

Informação Geral

Datas: 9 e 10 de dezembro (sábado e domingo) de 2023
Horário: Das 11h00 às 17h00
Local: Forum Dança – Espaço da Penha, Lisboa
Destinatários: Profissionais, estudantes e pessoas com experiência prévia em movimento, dança e/ou teatro.
Número máximo de participantes: 20 pessoas

Pré-inscrição

A inscrição é efectuada através de formulário disponível no nosso site e será validada após recepção do comprovativo de pagamento, que deverá enviar para o nosso email.

Processo de inscrição

  1. Faça a sua pré-inscrição on-line no formulário indicado para o efeito;
  2. Aguarde o nosso email com as instruções de pagamento;
  3. Proceda ao pagamento da sua inscrição, conforme indicado no email enviado;
  4. Envie-nos o respectivo comprovativo de pagamento para o nosso email;
  5. A sua inscrição só é validada após a recepção do seu comprovativo.

Taxa de Participação

  • Até 2 de dezembro: 75,00 €
  • A partir de 3 de dezembro: 85,00 €
  • Desconto de 10%: para pessoas que frequentam, ou que já frequentaram cursos de longa duração do Forum Dança (PACAP/CGPAE/PEPCC/etc.);

Biografia

Yael Karavan
Yael Karavan

Premiada performer, dançarina e diretora artística da Karavan Ensemble, Yael Karavan nasceu em Israel e cresceu em Florença, em Paris e em Londres. Pesquisando a Dança, atravessou a Europa, a Rússia, o Brasil e o Japão buscando por uma linguagem de expressão física que ligasse o Oriente e o Ocidente, a Dança e o Teatro. Estudou e trabalhou com mestres do Butoh, como Kazuo Ohno, Tadashi Endo, Carlotta Ikeda, Yumiko Yoshioka, Akiko Motofuji, Ko Morobushi, Katsura Kan, Yuko Kaseki, Yuko Kawamoto, entre outros. Foi membro da MaMu Dance Theatre de Tadashi Endo durante 8 anos e da Ten-Pen-Chi, da Yumiko Yoshioka durante 3 anos.

 

Mais informações: www.yaelkaravan.com

Formulário de pré-inscrição

As inscrições estão encerradas.

Composição em Tempo Real, João Fiadeiro / Forum Dança

Sessões Abertas
Composição em Tempo Real

Segundas-feiras, das 18h00 às 20h00

 

!! Atenção !!
Em junho haverá sessões nos dias 3, 17 e 24. 

Com a facilitação de João Fiadeiro, Márcia Lança,

Cláudia Dias, Carolina Campos e/ou Daniel Pizamiglio

Durante o período que a REAL (estrutura dirigida por João Fiadeiro entre 1990-2019) dirigiu o Atelier Real, organizaram-se sessões abertas de prática de Composição em Tempo Real gratuitas para a comunidade. Eram sessões despretensiosas, entre a jam e a master class, que tiveram um impacto importante na comunidade de artistas de então e na investigação sobre (e em torno) desta ferramenta. Foram também sessões muito importantes como lugar de encontro e para a criação de redes profissionais e afetivas que perduram até hoje.

 

Durante os próximos meses, enquanto programação da actividade desenvolvida no âmbito da posição de Artista Investigador Residente do Forum Dança, vamos replicar estas sessões para partilhar a nossa experiência, mas também para nos deixarmos contaminar por discursos, olhares e práticas fora da nossa zona de conforto. Estas sessões estão abertas a qualquer pessoa – artista ou não artista, com ou sem experiência de improvisação, com percursos ligados à prática ou à teoria – desde que as premissas e princípios desta prática despertem a curiosidade.

 

“O ‘objeto de estudo’ da Composição em Tempo Real é o intervalo que emerge quando o tempo linear é interrompido e a sensação de continuidade é suspensa (via acidente, incidente ou ‘porque sim’). O espaço que se abre, resultante dessa interrupção, é onde a pesquisa de Composição em Tempo Real têm lugar. Dentro desse espaço, o tempo tem essa rara qualidade de ser simultaneamente ‘não mais’ e ‘ainda não’. Dentro desse espaço, o tempo não é linear (ou mesmo circular), mas ‘torcido’ (como a superfície topológica da ‘Fita de Möbius’), regido por leis que não respeitam as noções convencionais do antes e do depois, do dentro e do fora ou do longe e do perto.”

João Fiadeiro

A participação é gratuita, basta aparecer!

Contextualização

Selecione cada uma das secções abaixo para saber mais.

Composição em Tempo Real

Composição em Tempo Real é uma designação utilizada em inúmeras interações e contextos artísticos, sendo mais usual a sua utilização no campo da música eletrónica e na sua relação com a ciência da computação. No campo da dança contemporânea é utilizada por diversos artistas, como sinónimo da prática da “improvisação” (um termo de certa forma “sequestrado” pelo senso comum, como uma experiência arbitrária, desorganizada ou caótica), de forma a enfatizar a complexidade e o rigor envolvidos no ato de improvisar, sobretudo quando apresentada de forma pública.

 

Quando, nos anos noventa, João Fiadeiro deu início à sua investigação em torno da improvisação, a expressão mais utilizada para reivindicar esse rigor era a expressão “composição instantânea”. De forma meio intuitiva, João Fiadeiro decidiu adotar a noção de “composição em tempo real” para designar a sua investigação, porque era o termo que correspondia melhor à experiência de tempo expandido, distendido e plástico que ele experimentava quando “colidia” com o desconhecido, seja quando improvisava, seja quando compunha. Mais tarde conseguiu formular melhor essa resistência ao termo “instantâneo”, quando percebeu que uma parte importante da hipótese que colocava enquanto investigador, sobre a experiência do performer na sua relação com o tempo, sustentava-se na premissa de que a ideia de “instante” é uma construção artificial do ser humano, que decidiu, a partir do seu interesse (e proveito) próprio, que um instante é a fatia mais fina do tempo e que os momentos sucessivos substituem o anterior.

 

Mais recentemente, ao aceder ao pensamento de autores que estudam o conceito de tempo, essa convicção ganhou ainda mais corpo. Nomeadamente através da formulação de “tempo operativo” que Giorgio Agamben utiliza em “O tempo que resta”. Agamben apoia-se no linguista Gustave Guillaume (1883-1960) que afirma (no seu livro Temps et verbe) que “toda a experiência mental, por mais rápida [que seja], necessita de um certo tempo, que pode ser brevíssimo, mas nem por isso menos real”. Aquilo a que Guillaume define como “tempo operativo” (e João Fiadeiro como “tempo real”) é exatamente “o tempo que a mente emprega para realizar uma imagem-tempo”. Agamben complementa este raciocínio quando diz que “um exame atento dos fenómenos da linguagem mostra que as línguas organizam os seus sistemas verbais, não segundo o esquema linear precedente (…) mas através da referência da imagem construída no tempo operativo da sua construção.”. O tempo operativo (ou, como diria Fiadeiro, “tempo real”) “não é nem a linha – representável mas impensável – do tempo cronológico, nem o instante – igualmente impensável – do seu fim, e muito menos um segmento extraído do tempo cronológico (…). É antes o tempo operativo que urge no tempo cronológico e o trabalha e transforma a partir do interior, tempo do qual precisamos para fazer findar o tempo – nesse sentido: o tempo que nos resta.”.

 

Percebe-se, pelo que foi dito, que ao se debater sobre o termo de “instante” ou de “tempo real” para designar o tipo de “composição” que está aqui em jogo, João Fiadeiro não tem como referência o tempo partilhado entre improvisador e espetador, mas o tempo interno do performer, na gestão da experiência que medeia a identificação, a circunscrição e o processamento dos estímulos; a seleção e escolha das possibilidades de relação; e a sua consequente manifestação em forma de gesto e ação.

 

A utilização da expressão “Composição em Tempo Real” utilizada por João Fiadeiro para designar a sua investigação e prática, tem que ser entendida à luz desta reflexão.

João Fiadeiro

Forum Dança | PACAP 5 - João Fiadeiro
João Fiadeiro © Ana Viotti

João Fiadeiro (1965) pertence à geração de artistas que surgiu no final dos anos oitenta em Portugal e deu origem à Nova Dança Portuguesa, movimento fortemente influenciado pelo Judson Dance Theatre na América e pela cena New Dance na Europa.

 

Entre 1990 e 2019 foi diretor artístico do Atelier RE.AL, espaço que teve um papel preponderante no desenvolvimento da dança contemporânea e de iniciativas transdisciplinares em Portugal, tanto no âmbito da arte como entre arte, ciência e sociedade. Entre os projetos organizados por esta associação, destacam-se o LAB/Moving Projects (1992-2006), uma plataforma de work in progress de artistas emergentes; “Restos, rastos e traços” e “G.host” (2009-2011), dois programas de residência com foco em práticas de documentação para a arte contemporânea; e o projeto AND_Lab (2011-2014), um laboratório de pesquisa que trabalha a relação entre ética, estética e política, estão entre as iniciativas de maior impacto na comunidade.

 

João Fiadeiro tem feito extensas digressões pela Europa, América do Norte e América do Sul com os seus trabalhos a solo e em grupo. As suas peças navegam entre disciplinas (performance, dança e teatro), contextos (teatros, museus ou site-specific) e formatos (coreografias, happenings ou palestras-performances), numa tentativa de manter uma “sensibilidade radical” face ao presente e manter-se vigilante contra qualquer forma de estagnação ou perda do discurso crítico.

 

Entre 1995 e 2003 colaborou com os Artistas Unidos, companhia de teatro sediada em Lisboa, onde foi responsável pela movimentação dos atores em peças de Silva Melo, Shakespeare, Brecht, Goethe, etc. encenou peças de Samuel Beckett (Waiting for Godot), Sarah Kane (Psychosis 4’48’‘) e Jon Fosse (Nightsongs).

 

Paralelamente ao seu trabalho como coreógrafo, encenador e curador, João Fiadeiro estudou e praticou de forma intensa o Contacto-Improvisação nos anos 90, o que o levou a prosseguir e sistematizar a sua própria investigação sobre improvisação sob a designação de Composição em Tempo Real. Esta investigação, que começou por ser uma ferramenta de apoio às suas próprias práticas criativas, tem desde então sido utilizada por investigadores das áreas das artes e das ciências (provenientes de áreas tão diversas como a antropologia, as ciências dos sistemas complexos ou a economia), como plataforma teórico-prática para o estudo de decision-making, representação e colaboração. Este trabalho levou-o a lecionar em diferentes espaços independentes na Europa e América do Sul (Brasil, Uruguai, Argentina e Chile) e a conduzir workshops nos mais importantes programas de mestrado e escolas da Europa relacionados à dança contemporânea como PACAP/Forum Dança; EXERCE Master, Mestrado em Prática Artística e Cultura Visual no Museu Rainha Sofia; Programa SoDA MA; Estudos Performativos na Universidade de Hamburgo; Mestrado em Coreografia de Amsterdão; Mestrado em Teatro DasArts; a.pass_estudos avançados de performance e cenografia; MA Theatre Academy da University of the Arts Helsinki; Villa Arson; Centre National de la Danse, etc.

 

A ferramenta Composição em Tempo Real tem desde então alargado a sua aplicação fora do campo artístico com iniciativas como “Soft Skills for Hard Decisions”, concebida em colaboração com o economista António Alvarenga e aplicada em departamentos de recursos humanos de fundações; ou a disciplina “Estigmergia Social” concebida para o programa de doutoramento da Universidade ISCTE em Lisboa com o cientista de sistemas complexos Jorge Louçã.

 

Em 2018 João Fiadeiro publicou o livro “Anatomia de uma Decisão” onde sintetizou a sua pesquisa ao longo da vida sobre Composição em Tempo Real e em 2019 co-coordenou (com Romain Bigé) a exposição Drafting Interior Techniques na Culturgest, a primeira retrospetiva realizada sobre o trabalho e legado de Steve Paxton.

Composição em Tempo Real, João Fiadeiro / Forum Dança

Workshop II
CTR

Prática imersiva de Composição em Tempo Real

28 de Agosto a 1 de Setembro

Participação especial: Márcia Lança

O workshop irá privilegiar o acesso a esta ferramenta através de uma prática imersiva, mediada por um conjunto de “dispositivos performativos” que proporcionam diferentes velocidades, sensibilidades e intensidades com esta proposta. Estes dispositivos são, em muitos casos, extraídos de experiências performaticas que João Fiadeiro foi desenvolvendo ao longo dos anos, onde utilizou o aparato teatral (no sentido arquitectónico e ideológico) para investigar os limites perceptivos daquilo a que chamamos de “real” ou “ficção”; “privado” ou “público”; “dentro” ou “fora”.

 

Nesta semana a ambição será “crescer para o interior” desta prática de forma a aceder a uma qualidade de presença (e de participação) cara à Composição em Tempo Real: perceber como se pode abdicar do controlo e da orientação (indispensável para se aceder ao que nos afeta), sem que se perca o rigor e a lucidez (indispensável para se partilhar o que nos afeta).

João Fiadeiro

Forum Dança | PACAP 5 - João Fiadeiro
João Fiadeiro © Ana Viotti

João Fiadeiro (1965) é um performer, coreógrafo, investigador, professor e curador português.

 

Pertence à geração de artistas que surgiu no final dos anos oitenta em Portugal e deu origem ao movimento da Nova Dança Portuguesa.

 

Nos anos 90 estudou e praticou intensamente o Contacto-Improvisação o que o levou a prosseguir e sistematizar a sua própria investigação sobre improvisação sob a designação de Composição em Tempo Real. Esta pesquisa levou-o a coordenar workshops em programas de mestrado e doutorado em várias escolas e universidades em todo o mundo.

 

Tem feito extensas digressões pela Europa, América do Norte e América do Sul com os seus trabalhos a solo e em grupo.

 

O seu percurso, quer enquanto coreógrafo ou performer, como enquanto investigador ou curador, centrou-se na criação de condições para a experimentação, a prática laboratorial e o cruzamento interdisciplinar.

 

Esta actividade foi realizada tanto no quadro da direcção de projectos de programação e investigação artística, que passaram pelo Centro Cultural da Malaposta (1990-95), pelo Espaço Ginjal (1995-1998), pelo Lugar Comum (1999-2000), pelo Espaço A Capital (2000-2002) e pelo Atelier Re.AL (2004-2019), como no quadro da sua prática artística, através das criações e dos ateliers de investigação organizados em torno da Composição em Tempo Real.

 

O Atelier Re.AL foi uma estrutura que desempenhou um papel preponderante no desenvolvimento da dança contemporânea e de iniciativas transdisciplinares em Portugal.

 

Em todas estas diferentes plataformas de encontro, João Fiadeiro foi sempre acompanhado por artistas que participaram ativamente enquanto criadores, performers, investigadores e programadores, contribuindo de maneira decisiva para a existência deste projeto durante 30 anos de atividade ininterrupta.

Márcia Lança

Forum Dança | PACAP 5 - Márcia Lança
Márcia Lança

Márcia Lança nasceu em Beja e vive em Lisboa. Em 2008 fundou a VAGAR da qual é diretora artística. Tem trabalhado como coreógrafa e performer em diversas configurações colaborativas.

 

Move-se em territórios onde as fronteiras entre o ficcional e o real são ténues e difusas. O seu interesse pela materialidade poética de ações e tarefas concretas está no centro dos seus processos de criação.

 

É apaixonada por composições coletivas emergentes, pelo pensamento enquanto ação e por construções situadas.

 

Mais informações aqui

Composição em Tempo Real, João Fiadeiro / Forum Dança

Performer: Gustavo Sumpta

Informações

Seleccione cada uma das secções abaixo para tomar conhecimento de todas as especificações do processo de candidatura e selecção.

A quem se destina

Este ciclo de Workshops em Composição em Tempo Real é composto por duas semanas diferentes, cada uma delas direcionado a pessoas com práticas distintas:

 

    • Workshop I / Introdução – artistas-investigadores com experiência em improvisação (em dança, performance ou teatro). É aberto a qualquer pessoa mas daremos prioridade a candidaturas de quem ainda não tenha tido contacto com a Composição em Tempo Real de João Fiadeiro;

 

    • Workshop II / Prática Imersiva – artistas-investigadores com experiência prévia com a Composição em Tempo Real de João Fiadeiro.

 

Podem candidatar-se para a frequência das duas semanas (Introdução e Prática Imersiva), ou para apenas uma delas (Introdução ou Prática Imersiva), tendo em atenção que:

 

    • Quem frequentar o Workshop I / Introdução, pode frequentar posteriormente o Workshop II / Prática Imersiva, mas deve apresentar já a candidatura para as duas semanas;
    • Se já tem experiência prévia com a Composição em Tempo Real (deve indicar no CV ou na Carta de Motivação onde, quando e com quem teve esse contato prévio), pode candidatar-se diretamente para o Workshop II / Prática Imersiva.

 

Número máximo de participantes: 16 pessoas.

Horários

Workshop I / Introdução: De 21 a 25 de Agosto de 2023, das 14h30 às 19h30.

Workshop II / Prática Imersiva: De 28 de Agosto a 1 de Setembro, das 14h30 às 19h30.

Local

Forum Dança / Espaço da Penha
Travessa do Calado, 26B
1170-070 Lisboa

Pagamentos

    • Até 15 de julho: Uma semana: 90 € (noventa euros) / Duas semanas: 150 € (cento e cinquenta euros);
    • Depois de 15 de julho: Uma semana: 120 € (cento e vinte euros) / Duas semanas: 180 € (cento e oitenta euros);
    • Desconto: 25% de desconto sobre o valor total, para pessoas que já frequentaram qualquer edição do PACAP – Programa Avançado de Criação em Artes Performativas;
    • Bolsa: Será atribuída uma bolsa para frequência gratuita do workshop, a quem preste apoio logístico ao workshop (abertura e encerramento de portas, preparação dos estúdios, etc.). Se deseja candidatar-se à bolsa, indique essa informação na Carta de Motivação.

Candidaturas

A candidatura é efetuada através de formulário disponível nesta página.

 

Deve submeter por formulário o Curriculum Vitae com os dados actualizados e uma Carta de Motivação, onde conste as motivações para frequentar este workshop (não exceder uma folha A4). Se deseja candidatar-se à bolsa, indique essa informação na Carta de Motivação.

 

Se for uma das pessoas selecionadas, somente após a receção do comprovativo de pagamento, que deverá enviar para o nosso email, é que a sua inscrição será considerada validada.

Processo de candidatura

 

      1. Faça a sua candidatura on-line no formulário indicado para o efeito, até ao dia 4 de agosto;
      2. Não se esqueça de anexar ao formulário o curriculum vitae e carta de motivação em formato pdf;
      3. Todas as pessoas selecionadas serão contactadas até ao dia 11 de agosto;
      4. Aguarde pelo nosso email com a indicação de que foi uma das pessoas selecionadas, juntamente com as instruções de pagamento;
      5. Proceda ao pagamento da sua inscrição, conforme indicado no email enviado, até ao dia 15 de agosto;
      6. Envie-nos o respetivo comprovativo de pagamento para o nosso email;
      7. A sua participação só fica validada após a receção do comprovativo de pagamento.

Formulário

Todos os campos são de preenchimento obrigatório. Deve enviar o CV e a Carta de Motivação em formato “.pdf”.
Os ficheiros não podem ultrapassar 1 MB/cada.

Não se esqueça

 

      1. Candidaturas com data limite para envio até 4 de agosto;
      2. Resultados comunicados a todas as pessoas selecionadas até 11 de agosto;
      3. Pagamento deve ser efetuado até 15 de agosto, após terminar o processo de selecção e ser aceite no workshop.

Candidaturas encerradas.

© Fotos sem crédito de João Fiadeiro.

Actividades

Composição em Tempo Real, João Fiadeiro / Forum Dança

Workshop I
CTR

Introdução à prática da Composição em Tempo Real

21 a 25 de Agosto

Este workshop de introdução à prática da Composição em Tempo Real é um workshop “prático”, no sentido em que será através da experimentação que se irão aceder às premissas e princípios que guiam esta proposta, mas a transmissão será feita em modo “frame by frame”, privilegiando o detalhe e a especificidade de cada ferramenta-conceito que sustenta o fazer-pensar da Composição em Tempo Real.

 

Nesse sentido haverá um cuidado e atenção especiais às múltiplas dimensões que compõem o corpo de trabalho deste modo de operar, isolando cada uma das suas valências através de exercícios situados (que sublinham determinadas aspectos da sua composição); a apresentação e discusão de exemplos (via videos do arquivo e trabalhos de outros artistas-investigadores); e diagramas que traduzem de forma gráfica a maneira como a Composição em Tempo Real se manifesta.

João Fiadeiro

Forum Dança | PACAP 5 - João Fiadeiro
João Fiadeiro © Ana Viotti

João Fiadeiro (1965) é um performer, coreógrafo, investigador, professor e curador português.

 

Pertence à geração de artistas que surgiu no final dos anos oitenta em Portugal e deu origem ao movimento da Nova Dança Portuguesa.

 

Nos anos 90 estudou e praticou intensamente o Contacto-Improvisação o que o levou a prosseguir e sistematizar a sua própria investigação sobre improvisação sob a designação de Composição em Tempo Real. Esta pesquisa levou-o a coordenar workshops em programas de mestrado e doutorado em várias escolas e universidades em todo o mundo.

 

Tem feito extensas digressões pela Europa, América do Norte e América do Sul com os seus trabalhos a solo e em grupo.

 

O seu percurso, quer enquanto coreógrafo ou performer, como enquanto investigador ou curador, centrou-se na criação de condições para a experimentação, a prática laboratorial e o cruzamento interdisciplinar.

 

Esta actividade foi realizada tanto no quadro da direcção de projectos de programação e investigação artística, que passaram pelo Centro Cultural da Malaposta (1990-95), pelo Espaço Ginjal (1995-1998), pelo Lugar Comum (1999-2000), pelo Espaço A Capital (2000-2002) e pelo Atelier Re.AL (2004-2019), como no quadro da sua prática artística, através das criações e dos ateliers de investigação organizados em torno da Composição em Tempo Real.

 

O Atelier Re.AL foi uma estrutura que desempenhou um papel preponderante no desenvolvimento da dança contemporânea e de iniciativas transdisciplinares em Portugal.

 

Em todas estas diferentes plataformas de encontro, João Fiadeiro foi sempre acompanhado por artistas que participaram ativamente enquanto criadores, performers, investigadores e programadores, contribuindo de maneira decisiva para a existência deste projeto durante 30 anos de atividade ininterrupta.

Composição em Tempo Real, João Fiadeiro / Forum Dança

Performers: Carolina Campos e Daniel Pizamiglio

Informações

Seleccione cada uma das secções abaixo para tomar conhecimento de todas as especificações do processo de candidatura e selecção.

A quem se destina

Este ciclo de Workshops em Composição em Tempo Real é composto por duas semanas diferentes, cada uma delas direcionado a pessoas com práticas distintas:

 

    • Workshop I / Introdução – artistas-investigadores com experiência em improvisação (em dança, performance ou teatro). É aberto a qualquer pessoa mas daremos prioridade a candidaturas de quem ainda não tenha tido contacto com a Composição em Tempo Real de João Fiadeiro;

 

    • Workshop II / Prática Imersiva – artistas-investigadores com experiência prévia com a Composição em Tempo Real de João Fiadeiro.

 

Podem candidatar-se para a frequência das duas semanas (Introdução e Prática Imersiva), ou para apenas uma delas (Introdução ou Prática Imersiva), tendo em atenção que:

 

    • Quem frequentar o Workshop I / Introdução, pode frequentar posteriormente o Workshop II / Prática Imersiva, mas deve apresentar já a candidatura para as duas semanas;
    • Se já tem experiência prévia com a Composição em Tempo Real (deve indicar no CV ou na Carta de Motivação onde, quando e com quem teve esse contato prévio), pode candidatar-se diretamente para o Workshop II / Prática Imersiva.

 

Número máximo de participantes: 16 pessoas.

Horários

Workshop I / Introdução: De 21 a 25 de Agosto de 2023, das 14h30 às 19h30.

Workshop II / Prática Imersiva: De 28 de Agosto a 1 de Setembro, das 14h30 às 19h30.

Local

Forum Dança / Espaço da Penha
Travessa do Calado, 26B
1170-070 Lisboa

Taxa de participação

    • Até 15 de julho: Uma semana: 90 € (noventa euros) / Duas semanas: 150 € (cento e cinquenta euros);
    • Depois de 15 de julho: Uma semana: 120 € (cento e vinte euros) / Duas semanas: 180 € (cento e oitenta euros);
    • Desconto: 25% de desconto sobre o valor total, para pessoas que já frequentaram qualquer edição do PACAP – Programa Avançado de Criação em Artes Performativas;
    • Bolsa: Será atribuída uma bolsa para frequência gratuita do workshop, a quem preste apoio logístico ao workshop (abertura e encerramento de portas, preparação dos estúdios, etc.). Se deseja candidatar-se à bolsa, indique essa informação na Carta de Motivação.

Candidaturas

A candidatura é efetuada através de formulário disponível nesta página.

 

Deve submeter por formulário o Curriculum Vitae com os dados actualizados e uma Carta de Motivação, onde conste as motivações para frequentar este workshop (não exceder uma folha A4). Se deseja candidatar-se à bolsa, indique essa informação na Carta de Motivação.

 

Se for uma das pessoas selecionadas, somente após a receção do comprovativo de pagamento, que deverá enviar para o nosso email, é que a sua inscrição será considerada validada.

Processo de candidatura

 

      1. Faça a sua candidatura on-line no formulário indicado para o efeito, até ao dia 4 de agosto;
      2. Não se esqueça de anexar ao formulário o curriculum vitae e carta de motivação em formato pdf;
      3. Todas as pessoas selecionadas serão contactadas até ao dia 11 de agosto;
      4. Aguarde pelo nosso email com a indicação de que foi uma das pessoas selecionadas, juntamente com as instruções de pagamento;
      5. Proceda ao pagamento da sua inscrição, conforme indicado no email enviado, até ao dia 15 de agosto;
      6. Envie-nos o respetivo comprovativo de pagamento para o nosso email;
      7. A sua participação só fica validada após a receção do comprovativo de pagamento.

Formulário

Todos os campos são de preenchimento obrigatório. Deve enviar o CV e a Carta de Motivação em formato “.pdf”.
Os ficheiros não podem ultrapassar 1 MB/cada.

Não se esqueça

 

      1. Candidaturas com data limite para envio até 4 de agosto;
      2. Resultados comunicados a todas as pessoas selecionadas até 11 de agosto;
      3. Pagamento deve ser efetuado até 15 de agosto, após terminar o processo de selecção e ser aceite no workshop.

Candidaturas encerradas.

© Fotos sem crédito de João Fiadeiro.

Actividades

Laboratório
Introdução à Dança Sensível

Com Francesca Bertozzi e Claude Coldy

20 a 24 setembro 2023

Uma prática somática original de Claude Coldy

 

Este será um laboratório que vai permitir explorar os fundamentos da Dança Sensível, através de um trabalho em que a relação com o próprio corpo e com o outro é o elemento central. A Dança Sensível é uma prática que, através do movimento consciente, conduz a uma maior consciência de si, do próprio corpo, das suas perceções e emoções. Trata-se de uma prática que convida à escuta profunda das mensagens do corpo e que dá acesso a respostas inesperadas, espontâneas, atualizando-as em novas qualidades e possibilidades de movimento.

 

Este laboratório propõe revisitar algumas das etapas fundamentais da evolução através de um percurso filogenético, revivendo conscientemente as várias fases do processo de verticalização do ser humano, de forma a reencontrar o sentido e a potencialidade contidos na forma e estrutura dos nossos corpos. O sopro, o olhar, a escuta sensível, o toque, são algumas das práticas da Dança Sensível, que permitem acolher aquilo que nasce na densidade dos corpos, e tornar tangível a sua qualidade autêntica.

 

Seremos orientados a cuidar e a aprofundar a descoberta do movimento, a expressar a dança do instante presente, criando uma linguagem mediante um diálogo dinâmico entre respiração, sensação, movimento interno e movimento externo – um treino fundamental para construir a presença do corpo performativo, e integrar práticas de movimento e criação. Será um convite para se orientar numa mudança de paradigma interior, no qual o artista em cena entra em plena realização de si através da sua arte. O ato artístico assim habitado, torna-se um espaço íntimo e intemporal que o artista partilha com o público, e ao qual oferece a sua visão, as suas emoções, no espaço cénico. / Francesca Bertozzi e Claude Coldy

 

Foto © Andrea Macchia

Informação Geral

Este Laboratório é promovido por Francesca Bertozzi e conta com o apoio e o acolhimento do Forum Dança.

 

Pessoas a que se destina: O laboratório é direcionado a estudantes e profissionais de dança e de teatro, e a pessoas com uma sólida experiência de investigação em práticas de movimento.

 

Número máximo de participantes: 20 pessoas.

 

Datas e horários

  • 20, 21, 22 de setembro, das 14h00 às 18h00 (de quarta a sexta-feira – 12 horas);
  • 23, 24 de setembro das 10h00 às 18h00 (sábado e domingo – 16 horas);
  • É obrigatório ter disponibilidade para frequentar o laboratório durante todos os dias em que ele acontece – duração total: 28 horas.

 

Taxa de participação: 75,00 € (setenta e cinco euros).

Local de realização: Forum Dança / Espaço da Penha | Travessa do Calado, 26B, 1170-070 Lisboa.

Candidaturas

A candidatura é efetuada através de formulário disponível no nosso site, no final desta página.

Se for uma das pessoas selecionadas, somente após a receção do comprovativo de pagamento, que deverá enviar para o nosso email, é que a sua inscrição será considerada validada.

Processo de candidatura

  1. Faça a sua candidatura on-line no formulário indicado para o efeito, até ao dia 21 de julho;
  2. Não se esqueça de anexar ao formulário o seu curriculum vitae em formato pdf;
  3. Todas as pessoas selecionadas serão contactadas até ao dia 31 de julho;
  4. Aguarde pelo nosso email com a indicação de que foi uma das pessoas selecionadas para frequentar este laboratório, juntamente com as instruções de pagamento;
  5. Proceda ao pagamento da sua inscrição, conforme indicado no email enviado, até ao dia 7 de agosto;
  6. Envie-nos o respetivo comprovativo de pagamento para o nosso email;
  7. A sua participação no laboratório só fica validada após a receção do comprovativo de pagamento.

Biografias

Francesca Bertozzi
Francesca Bertozzi

Francesca Bertozzi. Bailarina, performer e professora. Licenciada pela Escola Superior de Dança de Lisboa, 2004. Conclui em 2020 a formação em Dança Sensível, método que integra experiências do movimento consciente com elementos de escuta subtil de osteopatia, em Itália, sob a direção de Claude Coldy.

Como bailarina e performer interpretou: “Branco” e “The Sleeping Buda” da Companhia Vórtice Dance; “100 Fim”, “LiSSztening” e “Passem a Palavra” da Arte Pública de Beja; “Fragilidade H” de Gonçalo Lobato Ferreira; “Subterrâneos do Corpo” de Ana Martins; “Segredos de Châ” e “Palácio In” pela companhia Dançarte, “Matrioska” de Tiago Guedes,“Eye Height” de Beatriz Cantinho e Ricardo Jacinto, “Zoo” de Victor Hugo Pontes, “Bestiaire” de João Costa Espinho, “The Wall” de Vânia Rovisco, “Desconcerto”, “Little Desconcert” e “Eu-rope” de Linda Valadas. “La sospesa” versão performance para Temp Studio, de Francesca Saraullo, “No Fim era o Frio” de Inês Jacques e Mão Morta.

Como atriz e bailarina interpretou, no papel principal de Inês, o espetáculo de teatro imersivo “E Morreram Felizes Para Sempre” (2015) de Nuno Moreira, com encenação de Ana Padrão e direção de movimento de Catarina Trota.
Em 2021 fez a direção de movimento de grupo que integra o espetáculo “In Solitaria” de e com Claudio Gasparotto e o músico Fabio Mina.

É interprete e coreógrafa dos solos: Náufrago e Pensando a Ofélia. Pela Companhia de Teatro de Almada cria o movimento dos espetáculos: O Feio, Noite da Liberdade, Bonecos de Luz e Migrantes.

Tem colaborado enquanto formadora com: Ar.Co, Festival Materiais Diversos, F.O.R.,Teatro Maria Matos, Inimpetus, Quinta Ten-Chi, entre outros.

Paralelamente aos projetos artísticos, tem vindo a desenvolver atividades pedagógicas enquanto formadora, lecionando aulas e laboratórios de dança contemporânea, criativa, consciência corporal, movimento para atores, movimento e práticas somáticas em estúdio e na natureza.

 

Mais informações: www.francescabertozzi.weebly.com

Claude Coldy
Claude Coldy

Claude Coldy. Aos vinte anos, depois dos estudos tecnológicos, apaixona‐se pela dança. Em Paris recebe formação em dança contemporânea, clássica e jazz. Formou‐se também como ator e mimo, participando em festivais internacionais de dança.

Em 1982 começa a dedicar‐se à coreografia e ao ensino e cria a Companhia “Arbalete” de Génova, com a qual apresenta espetáculos em Itália e na Europa. Em 1986 descobre um novo movimento de osteopatia francês “Movimento Atman”, com os osteopatas Jean Louis e Marie Dupuy. Em 1990 cria a DANZA SENSIBILE com Jean Louis e Marie Dupuy.

Estuda a ecologia relacional com o psicossociólogo e escritor Jacques Salomé, biologia comportamental com o psicólogo Jean Claude Badar. Estuda também experiências Gestalt “jornada do herói” com o psicólogo americano Paul Rebillot. Em 2005 orienta o primeiro ciclo de formação em Danza Sensibile®. Desde 2009 colabora com a ginecologista Barbara Grandi, que se dedica à origem do movimento de humanização dos partos e partos tradicionais em água para o hospital de Poggibonsi.

Desde os anos 90 que se dedica ao ensino e a difusão do método da DS. Desde 2000 desenvolve cursos de formação para artistas e futuros professores de DS colaborando com instituições como o Teatro Dimora_Arboreto Mondaino, CID Centro Internacional de Danca, ICTGDS Bruxelas, Wolfagang Universitat Essen.

Paralelamente ao ensino da DS em estudo, organiza ciclos de seminários no meio da natureza, na Floresta, Oliveiras, Deserto e Mar.

 

Mais informações: www.danzasensibile.com

Formulário de candidatura

Forum Dança - Workshop Butoh 2023 - Yael Karavan

Workshop Butoh
Yael Karavan

21 e 22 de Janeiro 2023 | 11h00 – 17h00

Butoh e Metamorfoses – a Poesia das Imagens

 

“Dentro deste corpo, existem várias coisas míticas que ainda dormem intactas… O trabalho é como escavá-las…” – Tatsumi Hijikata, fundador do Butoh

 

Imagens poéticas são uma das maiores potências da dança Butoh. Explorando o corpo presente, corpo vazio, o corpo enquanto recipiente e a transformação dos nossos estados físicos graças às imagens.

 

Butoh é uma dança de vanguarda, uma filosofia e um método que foi criado no Japão, no final dos anos 50, por Tatsumi Hijikata e Kazuo Ohno. Não se trata de uma técnica, mas de um método e uma abordagem da dança que nasce dentro de nós e nos conecta à nossa essência, natureza, universo e aos ciclos da vida e da morte.

 

Este workshop trabalhará os elementos da metamorfose, presença, prontidão, contraste, a dança através de imagens e tensão entre opostos. O objectivo é libertar o corpo do seu conjunto preconcebido mundano de gestos e movimentos e, assim, permitir-nos aceder a uma essência mais profunda e autêntica de movimento e expressão arquetípica. Questionando como o Butoh pode ser traduzido para um corpo europeu e o porquê de o Butoh não ser apenas relevante, mas extremamente vital nos dias de hoje.

 

Yael Karavan tem mais de 25 anos de experiência em Butoh, durante os quais teve a oportunidade de trabalhar com os fundadores do Butoh no Japão: Kazuo Ohno e Motofuji San – esposa de Tatsumi Hijikata – bem como com Tadashi Endo e o MAMU dance theatre, Yumiko Yoshioka e Ten-Pen-Chi, Sankai Juku, Atsushi Takenuchi, Minako Seki, Carlota Ikeda, Yuko Kawamoto, Akira Kasai, Natsu Nakajuma entre outros.

 

Foto © Anna Warner

Informação Geral

Datas: 21 a 22 de Janeiro 2023
Horário: Das 11h00 às 17h00
Local: Forum Dança – Espaço da Penha, Lisboa
Destinatários: Profissionais, estudantes e pessoas com experiência prévia em movimento, dança e/ou teatro.
Número máximo de participantes: 20 pessoas

Pré-inscrição

A inscrição é efectuada através de formulário disponível no nosso site e será validada após recepção do comprovativo de pagamento, que deverá enviar para o nosso email.

Processo de inscrição

  1. Faça a sua pré-inscrição on-line no formulário indicado para o efeito;
  2. Aguarde o nosso email com as instruções de pagamento;
  3. Proceda ao pagamento da sua inscrição, conforme indicado no email enviado;
  4. Envie-nos o respectivo comprovativo de pagamento para o nosso email;
  5. A sua inscrição só é validada após a recepção do seu comprovativo.

Taxa de Participação

  • Até 14 de Janeiro: 75,00 €
  • A partir de 15 de Janeiro: 85,00 €
  • Desconto de 10% para:
    • Pessoas que frequentam, ou que já frequentaram cursos de longa duração do Forum Dança (PACAP/CGPAE/PEPCC/etc.);

Biografia

Yael Karavan
Yael Karavan

Premiada performer, dançarina e diretora artística da Karavan Ensemble, Yael Karavan nasceu em Israel e cresceu em Florença, em Paris e em Londres. Pesquisando a Dança, atravessou a Europa, a Rússia, o Brasil e o Japão buscando por uma linguagem de expressão física que ligasse o Oriente e o Ocidente, a Dança e o Teatro. Estudou e trabalhou com mestres do Butoh, como Kazuo Ohno, Tadashi Endo, Carlotta Ikeda, Yumiko Yoshioka, Akiko Motofuji, Ko Morobushi, Katsura Kan, Yuko Kaseki, Yuko Kawamoto, entre outros. Foi membro da MaMu Dance Theatre de Tadashi Endo durante 8 anos e da Ten-Pen-Chi, da Yumiko Yoshioka durante 3 anos.

 

Mais informações: www.yaelkaravan.com

Formulário de pré-inscrição

Fórum Dança | Workshop Intensivo de Klein Technique™, com Susan Klein e Fabio Tavares

Workshop com Susan Klein,
Klein Technique™

em colaboração com Fabio Tavares

Estúdios Victor Córdon, Lisboa
26 a 30 de Setembro 2022 | 12h00 – 17h00

“Neste workshop muito especial de 5 horas Susan Klein (EUA) e Fabio Tavares (EUA/Brasil) irão lecionar em conjunto a Klein Technique™ com foco tanto na teoria como na prática. Susan começará cada dia com um movimento e depois centrar-se-á num dos princípios teóricos de Klein Technique™. Após um intervalo, Fabio dará uma aula completa de Stretch and Placement (Alongamento e Colocação). Durante as aulas haverá tempo de sobra para perguntas e atenção individual.

 

Este workshop enfatizará o princípio chave da Klein Technique™, o conceito de movimento a partir do nosso tecido estrutural e energético mais profundo: o osso, as ligações ao nível dos ossos e de como o corpo coordena para melhorar o movimento e reduzir e curar lesões.

 

Entrelaçando teoria e prática trabalharemos os músculos de apoio postural profundo: o músculo psoas, os músculos do tendão, os músculos do pavimento pélvico, e os rotadores externos. Trabalharemos com uma compreensão corporal da forma como estes músculos alinham os ossos, um lugar de ligação, o que conduz a um verdadeiro poder e eficácia de movimento. A Klein Technique™ é uma prática orientada pelo processo importante para pessoas de todos os níveis de proficiência, tanto dançarinos como não dançarinos. O nosso objetivo é ensinar o movimento a partir da perspetiva individual do conhecimento e compreensão internos. Os estudantes de todos os níveis de prática na Klein Technique™ irão adquirir conhecimentos sobre os seus padrões e hábitos de movimento e obter uma maior compreensão interna dos seus corpos.

 

Todos são bem-vindos. Venha! Respire, Estique, e Ligue-se a nós!!”

 

/ Susan Klein

Informação Geral

Datas: 26 a 30 de Setembro 2022
Horário: Das 12h00 às 17h00
Local: Estúdios Vitor Córdon, Lisboa – mais informação aqui
Destinatários: Profissionais, estudantes e pessoas com experiência prévia em movimento, dança e/ou teatro.
Número máximo de participantes: 25 pessoas

 

Aviso Covid-19

Será necessário fazer um teste rápido antigeno, providenciado pelo Forum Dança, apenas no primeiro dia do workshop.

Pré-inscrição

A inscrição é efectuada através de formulário disponível no nosso site e será validada após recepção do comprovativo de pagamento, que deverá enviar para o nosso email.

 

Processo de inscrição

  1. Faça a sua pré-inscrição on-line no formulário indicado para o efeito;
  2. Aguarde o nosso email com as instruções de pagamento;
  3. Proceda ao pagamento da sua inscrição, conforme indicado no email enviado;
  4. Envie-nos o respectivo comprovativo de pagamento para o nosso email;
  5. A sua inscrição só é validada após a recepção do seu comprovativo.

Taxa de Participação

  • Early-Bird, até 30 de Julho / 15 31 de Agosto: 300,00 €
  • Valor normal, após 30 de Julho / 15 31 de Agosto: 330,00 €
  • Desconto de 10% para:
    • Alunos e ex-alunos de cursos de longa duração do Forum Dança (PACAP/CGPAE/PEPCC/etc.);
    • Participantes das sessões de Stretch and Placement – Klein Technique™ orientadas por Gisela Dória a decorrer actualmente no Forum Dança.

Biografias

Susan Klein
Susan Klein

Susan Klein

Tem vindo a desenvolver e a ensinar a Klein Technique™ desde 1972 ensinando em aulas diárias em Nova Iorque no seu estúdio, The Susan Klein School of Movement and Dance, e durante os últimos dois anos da pandemia de Covid-19 pelo Zoom. Tem viajado por todo o mundo desde 1989 ensinando em oficinas intensivas da Klein Technique™.

 

Esta técnica é o resultado de uma grave lesão no joelho e desenvolveu-se a partir da busca pessoal de Susan pela cura. Serve como uma forma de as pessoas trabalharem através das suas lesões individuais, compreenderem e melhorarem o funcionamento dos seus corpos, curarem-se e tornarem-se melhores dançarinas. As suas principais influências no desenvolvimento do seu trabalho são Irmgard Bartenieff, Dr. Fritz Smith, e o Professor J. R. Worsley.

 

Susan tem uma clínica privada como Terapeuta do Movimento, Zero Balancer certificada, Professora Sénior de Zero Balancing, e Acupuncturista Tradicional de 5 Element Worsley, L.Ac., B.Ac.(UK), M.Ac.,(USA), Dipl. Ac.(NCCAOM).

 

Para mais informações: www.kleintechnique.com

Fabio Tavares
Fabio Tavares

Fabio Tavares 

Artista brasileiro obcecado, desde muito jovem, com o corpo humano em acção. Começou como ginasta competitivo antes de fugir para se juntar ao circo aos 15 anos, onde conseguiu o seu primeiro emprego profissional como acrobata. Desde então, não deixou de trabalhar. Em 1999, mudou-se para Nova York para estudar Klein Technique™ com Susan Klein e tornou-se instrutor certificado de Klein Technique™ em 2009. Entre 2008 e 2014 deu aulas semanais de Klein Technique™ na Susan Klein School of Movement and Dance e na Dance New Amsterdam (DNA).

 

Fabio Tavares tem colaborado e atuado com um incrível grupo de artistas, incluindo Laurie Anderson, Anne Bogart, Circus Amok, SITI Company e STREB Extreme- Action Company, onde dançou e ensinou por mais de 14 anos. Também lecionou na Universidade de Pace entre 2014 e 2017. Fabio Tavares ensina atualmente na Escola de Teatro David Geffen na Universidade de Yale.

 

O espetáculo solo de Fabio Tavares, “The Ex-Body”, baseia-se no texto “The Hamletmachine” de Henier Müller e, desde 2010, tem sido apresentado no Brasil, Europa e Estados Unidos em vários festivais diferentes.

 

Fabio Tavares é também professor de Alexander Technique, certificado pela AmSAT, e praticante certificado de Zero Balancing.

 

Para mais informações: www.healthandpoise.com

Formulário de pré-inscrição

Inscrições encerradas

Formulário de pré-inscrição

Forum Dança - Workshop Butoh 2021 - Yael Karavan

Yael Karavan

Workshop de Butoh

9 e 10 de Outubro 2021 | 11h00 – 17h00

“De novo e de novo nós renascemos. Não é suficiente simplesmente nascer do ventre da mãe. Muitos nascimentos são necessários. Renascer sempre e em todos os lugares. Mais uma vez.” – Tatsumi Hijikata, fundador do Butoh

 

Butoh é uma dança de vanguarda, uma filosofia e um método que foi criado no Japão, no final dos anos 50, por Tatsumi Hijikata e Kazuo Ohno. Não se trata de uma técnica, mas de um método e uma abordagem da dança que nasce dentro de nós e nos conecta à nossa essência, natureza, universo e aos ciclos da vida e da morte.

Yael Karavan tem mais de 20 anos de experiência, durante os quais teve a oportunidade de trabalhar com os fundadores do Butoh no Japão: Kazuo Ohno e Motofuji San – esposa de Tatsumi Hijikata – bem como com Tadashi Endo e o MAMU dance theatre, Yumiko Yoshioka e Ten-Pen-Chi, Sankai Juku, Atsushi Takenuchi, Minako Seki, Carlota Ikeda, Yuko Kawamoto, Akira Kasai, Natsu Nakajuma entre outros.

Os principais elementos que serão trabalhados na oficina são: metamorfose, presença, centro, contraste, expansão da dança através de imagens (Buoth-Fu) e tensão entre opostos.

O objetivo é libertar o corpo “domesticado” do conjunto de gestos e movimentos preconcebidos permitindo o acesso à profunda e autêntica essência do movimento.

Biografia

Premiada performer, dançarina e diretora artistica da Karavan Ensemble, Yael Karavan nasceu em Israel e cresceu em Florença, em Paris e em Londres. Pesquisando a Dança, atravessou a Europa, a Rússia, o Brasil e o Japão buscando por uma linguagem de expressão física que ligasse o Oriente e o Ocidente, a Dança e o Teatro. Estudou e trabalhou com mestres do Butoh, como Kazuo Ohno, Tadashi Endo, Carlotta Ikeda, Yumiko Yoshioka, Akiko Motofuji, Ko Morobushi, Katsura Kan, Yuko Kaseki, Yuko Kawamoto, entre outros. Foi membro da MaMu Dance Theatre de Tadashi Endo durante 8 anos e da Ten-Pen-Chi, da Yumiko Yoshioka durante 3 anos.

 

Mais informações: www.yaelkaravan.com

Pré-inscrição

A inscrição é efectuada através de formulário disponível no nosso site e será validada após recepção do comprovativo de pagamento, que deverá enviar para o nosso email.

Destinatários: Profissionais, estudantes e pessoas com experiência prévia em movimento, dança e/ou teatro.

Número máximo de participantes: 20 pessoas

 

Processo de inscrição

  1. Faça a sua pré-inscrição on-line no formulário indicado para o efeito;
  2. Aguarde o nosso email com as instruções de pagamento;
  3. Proceda ao pagamento da sua inscrição, conforme indicado no email enviado;
  4. Envie-nos o respectivo comprovativo de pagamento para o nosso email;
  5. A sua inscrição só é validada após a recepção do seu comprovativo.

Taxa de Participação

Até 24 de Setembro: 65,00 €

Após 24 de Setembro: 75,00 €

Desconto: 10% alunos e ex-alunos de cursos do Forum Dança.

Formulário de pré-inscrição

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