Forum Dança - Aulas Regulares - Crianças & Jovens - Teatro

Teatro 2019/20

Teatro, com Ana Guerra

“Aqui constrói-se grupo. A aprendizagem de Teatro é mais bonita e mais eficaz num grupo unido. Haverá espaço para a criatividade e desenvolvimento individuais mas a proposta é a de criar um pequeno coletivo. Escutar @ outr@. Fazer de espelho. Cantarmos e dançarmos em roda. Debater ideias. Trazer as ideias para o corpo e para a voz. Mostrar ao grupo. Aprender técnicas da Expressão Dramática. Escrever uma pequena peça em conjunto. Conhecer @ outr@ e aprender a respeitar as diferenças. Jogar.

 

Nestas aulas vamos fazer exercícios de desinibição, jogos de mímica e de imitação, improvisações, dramatizações com uso de adereços ou figurinos, leituras de histórias, exercícios de expressão corporal e facial e, também, uma introdução a conceitos-chave do Teatro.”
/ Ana Guerra

Biografia de Ana Guerra

Comecei a ter aulas de dança aos 11 anos e acabei por me profissionalizar na área da Dança Contemporânea e Teatro Físico. Estudei Dança Contemporânea e Teatro em Lisboa, Nova Iorque e Barcelona. Fiz estágio profissional na companhia Teatro do Elefante, onde aprendi o método dos Indutores, do Odin Teatret, para dinamizar ateliers de expressão dramática. Formei parte da companhia Teatro da Estrada, onde desenvolvi um projeto de formação anual com crianças e jovens em meio rural. Em Angola, integrei uma associação que trabalha com crianças que não frequentam a escola, ensinando dança criativa, expressão dramática e capoeira. Há mais de 5 anos que sou professora de Expressão Dramática em escolas públicas do concelho de Palmela, para além de orientar outras oficinas com crianças e adultos, seja na área do corpo ou de questões ambientais e sociais.

 

Tenho formação em Danças tradicionais e sociais para crianças, artes circenses, fiz o curso Dança na Comunidade do Forum Dança em 2015 e tenho formação do IEFP para trabalhar a inclusão de crianças com incapacidades.

 

Conduzi um atelier de Teatro no Arte Jovem do Forum Dança e estou atualmente a estudar Antropologia no ISCTE.

 

Interesso-me muito por política e ecologia e gosto de pesquisar sobre correntes e dinâmicas pedagógicas que considerem a criança como construtora da sua própria aprendizagem e decisora do seu percurso.

Forum Dança - Ana Guerra
Ana Guerra
Aulas Regulares Forum Dança para crianças e jovens

Dança Contemporânea
Crianças & Jovens 2019/20

DANÇA CONTEMPORÂNEA, com Carla Ribeiro | 6-15 anos

“A experiência da dança tem um papel fundamental no desenvolvimento de qualquer indivíduo, estimulando a imaginação, a capacidade de manipulação de materiais e sua organização sob diversas formas, a capacidade de abstracção, bem como a auto-estima e a relação com o mundo e os outros. A liberdade da dança contemporânea permite desenvolver a interpretação, a sensibilidade e a emoção através do movimento e estimular o verdadeiro prazer de dançar.

 

Na aula pretende-se envolver os alunos num trabalho de movimento contemporâneo que estimule as suas potencialidades técnicas e criativas.

 

Este é um espaço lúdico, de experimentação e partilha.”
/ Carla Ribeiro

Biografia de Carla Ribeiro

Nasce em Lisboa em 1971. Inicia os seus estudos de Dança Clássica e Moderna com Igor Ivanoff e Madalena Victorino. É formada pela Escola Superior de Dança, no ramo de espectáculo, e realizou o Curso de Dança na Comunidade pelo Forum Dança. Na sua formação complementar trabalha com Carolyn Carlson, Ann Papoulis, Stephanie Skura e Mestre Noro.

 

Enquanto intérprete destacam-se espectáculos realizados com a Olga Roriz Companhia de Dança, Susana Vidal, Ricardo Pais, Companhia Paulo Ribeiro, O Útero, A menina dos meus olhos, Pigeons International, etc.

 

Para além da sua actividade artística, lecciona Dança Contemporânea no Forum Dança e Dança Criativa no Colégio Cesário Verde.

Forum Dança - Carla Ribeiro
Carla Ribeiro
Forum Dança - Aulas Regulares - Crianças & Jovens - Dança Contemporânea

Dança Criativa 2019/20

DANÇA CRIATIVA, com Mário Afonso | 3-5 anos

“É no corpo que se inscreve todo o património das vivências individuais e é também nele que pomos em diálogo tudo o que já sabemos com o que está por vir.

 

Partindo deste pressuposto, as aulas de dança têm por objectivo estimular os participantes na descoberta do próprio corpo no âmbito das suas potencialidades expressivas e criativas, e exaltar o universo da criança.

 

Neste trabalho de continuidade, as sessões serão orientadas por via de um conjunto de exercícios lúdicos que visam a coordenação motora, a tradução do pensamento e do movimento, o diálogo – físico e verbal – na relação com o Outro.

 

Na vertente de composição coreográfica, inerente à disciplina da dança, pretende-se valorizar os gestos espontâneos do indivíduo na criação de estruturas de movimento, a solo ou em grupo, como forma de estimular a memória física, o ritmo do próprio corpo e sensibilização ao trabalho de improvisação.”
/ Mário Afonso

Objectivos gerais:

  • Oferecer um espaço de descoberta
  • Estimular e desenvolver as qualidades perceptivas
  • Promover a criatividade

Organização das sessões:

  • Preparação do corpo: exercícios de alongamento e respiração
  • Breve apresentação da proposta da sessão
  • Desenvolvimento criativo – com a utilização, ou não, de música ou outros elementos
  • Apresentação de coreografias/improvisações/exercícios do grupo para o grupo
  • Conclusão com exercícios de relaxamento/desenho ou outras formas de registo da sessão

Biografia

Mário Afonso estudou na Escola de Artes Visuais António Arroio 1985/1990. Entre 1991/1995 foi bolseiro na escola Pro.Dança sob orientação de Sofia Neuparth e em 1998 concluiu a licenciatura em Dance Theatre Performance no Instituto das Artes da Holanda (Hogeschool voor de kunsten- Arnhem). Desde o ano 2000 mantém uma actividade regular com o Forum Dança, como formando, formador e artista apoiado.

 

Paralelamente ao trabalho de criação artística, desenvolvido e apresentado publicamente desde 1999 em Portugal, Espanha, Holanda e Bélgica, Mário Afonso tem participado e realizado inúmeros workshops, seminários e outros eventos na vasta área do fazer e do pensar – para poder voltar a pensar para poder voltar a fazer. Na área da pedagogia artística tem exercido trabalho de continuidade com profissionais do meio das artes, bem como com o público não profissional em faixas etárias compreendidas entre a infância e os seniores. Mário Afonso é mestrando em Estética, no departamento de Filosofia da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas.

 

Em Outubro de 2009 fundou a Associação Cultural Carta Branca. | website ›› 

Forum Dança - Mário Afonso
Mário Afonso
ARTE JOVEM 2019

Arte Jovem 2019

Dança Criativa, Música, Teatro e Vídeo

Para crianças dos 7 aos 12 anos.

Vamos brincar às comédias mudas? Sabias que houve um tempo em que os atores de cinema não falavam?

É verdade! Para além do famoso Charlot, que provavelmente já viste em filmes muito antigos, havia outros actores que também faziam cinema mudo.

Um deles era Buster Keaton, ou o Pamplinas como era conhecido no tempo dos teus avós. Assim, este ano vamos correr, pular, saltar, dançar e criar à volta das comédias mudas de Buster Keaton.

Para festejar o início das tuas férias do Verão vais ter aulas de dança e ateliers artísticos no Arte Jovem, onde vais aprender, criar, pensar, interpretar e partilhar tudo isso com novos amigos. No final da semana vais mostrar à tua família e aos teus amigos tudo o que aprendeste a brincar, numa pequena apresentação pública.

Actividades de 1 a 12 de Julho

 

  • Dança Criativa com MARIO AFONSO (das 10h15 às 11h15)
  • Música com NUNO CINTRÃO (das 11h45 às 13h)
  • Teatro com MANUELA PEDROSO e Vídeo com JOÃO PINTO (das 14h30 às 17h15)

 

Informações Importantes

 

  • O Arte Jovem decorre de 1 a 12 de Julho, com actividades entre as 10h15 e as 17h15.
  • A faixa etária dos participantes é compreendida entre os 7 e os 12 anos de idade.
  • Todos os participantes devem ter cumprido, pelo menos, o 1.º ano de escolaridade obrigatória.
  • Recebemos os participantes a partir das 9h30 e podem ficar até às 18h30.
  • Todos os dias haverá um intervalo para almoço e brincadeira, que decorre entre as 13h00 e as 14h30.
  • Os participantes trazem almoço e lanche de casa (não esquecer: trazer também talheres). O Forum Dança assegura o aquecimento das refeições e acompanhamento das crianças/jovens.
  • Sexta-feira dia 16 de Julho às 17h00: convite aos familiares para assistirem à apresentação do trabalho desenvolvido ao longo da semana.

 

Taxa de Participação

 

  • Dia inteiro – 100,00€
  • Períodos da manhã – 65,00€ (meio-dia)
  • Períodos da tarde – 65,00€ (meio-dia)

 

Desconto

 

  • 10% para alunos do Forum Dança no ano lectivo 2018/2019.
  • 5% para residentes na Freguesia da Penha de França (mediante apresentação de comprovativo).
  • 5% na inscrição nas 2 semanas.Os descontos não são cumulativos.

 

Inscrições e mais informações

 

  • Inscrições para o nosso email.

Calendário de Actividades

CARTAZ ARTE JOVEM 2019
CARTAZ ARTE JOVEM 2019
ARTE JOVEM 2019 - TABELA

Professores

João Pinto

Forum Dança - João Pinto
João Pinto

João Pinto, (aka PTV), realizador, editor & manipulador de imagens. Conclui a escola superior de cinema em 1993.

Com um percurso sempre ligado à imagem:

  • Colaborou com inúmeros criadores na área da dança contemporânea, musica, teatro e cinema;
  • Promoveu as suas obras e assinou muitas criações vídeo originais;
  • Realizou projectos de video-arte, documentários e videoclips;
  • Pioneiro do videojamming (VJ) desde 1996 até à actualidade.

Participou em projectos educativos e inovadores de Arte nas escolas públicas:

  • Projecto Respira (2009/10);
  • Arte Jovem: Ateliers vídeo/teatro para crianças e adolescentes (Fórum Dança 2003/20) em parceria com Manuela Pedroso.

Trabalhou em diversos projectos de desenvolvimento e inserção social com minorias:

  • Alkantara Festival e Fundação Calouste Gulbenkian 2008/11.

Manuela Pedroso

Forum Dança - Manuela Pedroso
Manuela Pedroso © Estelle Valente

Manuela Pedroso, licenciada em Teatro (Atores e Encenadores) pela ESTC, em Lisboa. Frequentou o Curso de Monitores de Dança para a Comunidade organizado pelo Fórum Dança, em 1992/93. Formadora creditada pelo Conselho Científico Pedagógico da Formação Contínua, da Universidade do Minho.

Trabalha desde 1986 como atriz profissional em diversas companhias teatrais (Teatro Espaço, Teatro da Malaposta, Teatro do Século, Teatro Meridional, Casa Conveniente, entre outros), tendo sido dirigida pelos seguintes encenadores: Águeda Sena, José Martins, Figueira Cid, Rui Mendes, Mário Feliciano, Inês Câmara Pestana, Miguel Seabra, Layla Ripol, Mónica Calle, Inês Barahona e Giacomo Scalisi. Participou como intérprete na área da Dança em projetos coreográficos de Margarida Pinto Coelho, Paulo Henrique e Madalena Victorino.

Trabalha desde 1991 como formadora na área do Teatro e da Dança Criativa com diversas entidades oficiais promotoras do ensino artístico em Portugal: Escolas Primárias e Secundárias, Escola Profissional de Educação para o Desenvolvimento, Grupo de Teatro da Nova, Câmara Municipal de Lisboa, Câmara Municipal de Cascais, C.E.N.T.A., Casa de Serralves, Forum Dança, Centro Cultural de Belém, A.P.C.C., Teatro Aveirense, Teatro Viriato, Artemrede.

Trabalha ainda desde 2003 como contadora de histórias, colaborando com a Livraria “Ler para querer”, Direção Geral do Livro e das Bibliotecas, Teatro Maria Matos, Casa das Histórias – Museu Paula Rego, entre outras instituições.

Mário Afonso

Forum Dança - Mário Afonso
Mário Afonso

Mário Afonso estudou na Escola de Artes Visuais António Arroio 1985/1990. Entre 1991/1995 foi bolseiro na escola Pro.Dança sob orientação de Sofia Neuparth e em 1998 concluiu a licenciatura em Dance Theatre Performance no Instituto das Artes da Holanda (Hogeschool voor de kunsten- Arnhem). Desde o ano 2000 mantém uma actividade regular com o Forum Dança, como formando, formador e artista apoiado.

Paralelamente ao trabalho de criação artística, desenvolvido e apresentado publicamente desde 1999 em Portugal, Espanha, Holanda e Bélgica, Mário Afonso tem participado e realizado inúmeros workshops, seminários e outros eventos na vasta área do fazer e do pensar – para poder voltar a pensar para poder voltar a fazer. Na área da pedagogia artística tem exercido trabalho de continuidade com profissionais do meio das artes, bem como com o público não profissional em faixas etárias compreendidas entre a infância e os seniores. Mário Afonso é mestrando em Estética, no departamento de Filosofia da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas.

Em Outubro de 2009 fundou a Associação Cultural Carta Branca. | website ››

Nuno Cintrão

Forum Dança - Nuno Cintrão
Nuno Cintrão

Nuno Cintrão, Músico, Guitarrista, Compositor, Performer. Divide a sua atividade profissional entre a performance e a educação. A sua atividade artística e pedagógica tem sido pautada pela procura de pontos de contacto entre diferentes formas de expressão artística e criativa e a realização de projetos em diferentes contextos. Interessa-se pela experimentação e construção de objectos sonoros e a concepção de espectáculos colaborativos e multidisciplinares.

É licenciado em guitarra clássica, pela Escola Superior de Música de Lisboa e em Educação Musical pela Escola Superior de Educação de Lisboa. Em 2017 concluiu o Mestrado em Ensino de Música no ISEIT-Almada.

Ao longo do seu percurso tem tido a oportunidade de colaborar com artistas de diferentes áreas de expressão artística. Desde 2010 que compõe música para teatro, vídeo e dança tendo colaborado com diversas companhias e artistas. Destas colaborações destacam-se a Byfurcação Teatro, Companhia da Esquina, Musgo, Créme de La Créme e Aldara Bizarro.

Tem concebido e realizado workshops, formações e espectáculos junto de várias entidades, das quais se destacam: Fábrica das artes-CCB, Fundação Calouste Gulbenkian, Associação Portuguesa de Música nos Hospitais, Fórum Dança, Fundação do Gil, Operação Nariz Vermelho, CFMI-Universidade March Bloch Strasbourg, APEM-Associação Portuguesa de Educação Musical.

Fez parte do projeto “Música nos Hospitais” com o qual trabalhou como músico e formador até 2013, realizando intervenções musicais e em Hospitais e diferentes instituições de cariz social. Divide o seu interesse entre a guitarra e outros objetos sonoros, procurando a sua linguagem musical no universo da música improvisada e experimental, passando pelas músicas do mundo, erudita, jazz e rock. Enquanto guitarrista tem colaborado com diferentes projetos, de entre os quais se destacam: Trama, Ana Barroso e mais recentemente com Teresa Salgueiro (ex-Madredeus).

Para além de Portugal, teve a oportunidade de apresentar os seus projetos em Cabo Verde, Macau, Bélgica, Hungria, Alemanha, Brasil, Itália e Espanha.

Forum Dança - João dos Santos Martins | PACAP 4

PACAP 4
2020

Curadoria de João dos Santos Martins

De Janeiro a Julho de 2020

Pensar um plano de estudos é sempre um conflito entre o ideal e o possível, entre uma certa imposição de uma forma de ver e estar no mundo, e a criação de condições para originar outros mundos. Nas palavras de Rabindranath Tagore, a educação não serve senão para dar resposta e nos livrarmos da “agressividade suicida do egoísmo colectivo”. Este programa não é mais do que isso. Focado na experimentação, procurará desafiar os paradigmas da dança e da coreografia contemporâneas através da activação de um posicionamento crítico e discursivo, ainda que sempre comprometido, para com essas práticas. Mas é sobretudo pensado como um tempo e um lugar protegidos para encorajar todxs xs participantes a desenvolver e analisar a sua prática artística num ambiente colectivo, intelectual e artisticamente estimulante.

 

Neste programa não há distinção entre aulas ‘técnicas’, de ‘pesquisa’ ou outras que tais. Partimos do princípio de que não pode haver distinção entre conhecimento prático e teórico e que é essa mesma divisão que induz uma alienação no próprio trabalho. O programa baseia-se unicamente nas propostas dxs artistas e intervenientes que passarão tempo com xs participantes potenciando experiências comuns de questionamento e transformação. Xs intervenientes convidadxs partilham a necessidade de desmistificar as dicotomias corpo/cabeça, acção/pensamento, prática/teoria, procurando articular o discurso e a prática como partes integrais e integrantes de modos de fazer e pensar, e não como pólos opostos.

 

Acreditamos na prática da dança como um suporte para a prática artística que está em permanente diálogo com outros suportes e com as genealogias da história da arte em geral. Procuraremos um diálogo com esses vários ‘suportes’ e xs agentes que os praticam através de visitas a estúdios de artistas locais e parcerias com estruturas e instituições circundantes que estabeleçam a ponte com o contexto das artes local. E como o fazer da arte está sempre em diálogo com os seus modos de apreensão, o programa é continuamente reforçado com visitas a exposições, visionamento de filmes, ida a espectáculos e conferências de agentes de vários domínios.

 

Acreditamos que parte do labor artístico é necessariamente autodidacta. Nesse sentido, privilegiaremos o cultivo de um espaço de partilha, de colaboração e trabalho em grupo de forma a construir conhecimentos e experiências comuns que incitem xs participantes a aprofundar as suas práticas, individual ou colectivamente. Durante o período do programa serão disponibilizados estúdios para que xs participantes possam desenvolver os seus trabalhos cujos processos serão partilhados ao longo de seis meses. No final do ciclo todxs xs participantes deverão apresentar publicamente esse trabalho, articulando assim, como refere Rancière, “os modos de fazer, as suas formas de visibilidade correspondentes e as formas possíveis de pensar as suas relações”. / João dos Santos Martins 

Biografia

João dos Santos Martins (Santarém, 1989) é um artista que trabalha a partir e através da dança e do suporte coreográfico. Começou por estudar na Escola Superior de Dança, em Lisboa, e na P.A.R.T.S., em Bruxelas, e concluiu os seus estudos coreográficos entre o exerce, em Montpellier, e o Instituto de Estudos de Teatro, em Giessen.

 

Desde 2008, tem articulado a sua prática entre a produção de peças e a colaboração como bailarino com outros autores como Ana Rita Teodoro, Eszter Salamon, Moriah Evans e Xavier Le Roy. O seu trabalho é caracterizado por uma diversidade de formatos e dispositivos que investem na produção de conflitos entre o sujeito que dança e o objecto dançado. As suas peças são geralmente desenvolvidas em colaboração com outros artistas como em Antropocenas (2017), com Rita Natálio e Pedro Neves Marques, e Onde Está o Casaco? (2018), com Cyriaque Villemaux e Ana Jotta.

 

Desde 2017 tem expandido a sua prática a outros formatos paralelos. Organizou o ciclo Nova—Velha Dança em Santarém, com espectáculos, workshops, conversas e exposições; criou, com Ana Bigotte Vieira, um dispositivo para a historização colectiva da dança em Portugal — Para Uma Timeline a Haver — e fundou um jornal — Coreia — dedicado a produzir discursos sobre as artes e os artistas em especial relação com a dança.

Professores e Artistas Convidados

Ana Jotta (PT), Ana Pi (BR), Ana Rita Teodoro (PT), Antonia Baehr (DE), Christine de Smedt (BE), Christophe Wavelet (FR), Chrysa Parkinson (US/SE), Eszter Salamon (HU), Fred Moten (US), Joana Sá (PT), João Fiadeiro (PT), Latifa Laâbissi (FR), Moriah Evans (US), Paula Caspão (PT), Pedro Barateiro (PT), Rita Natálio (PT), Scarlet Yu (HK), Vera Mantero (PT), Xavier le Roy (FR).

Participantes

Alina Ruiz Folini (AR), Aline Combe (FR), Bianca Zueneli (IT), Emily Barasch (US), Isadora Alves (PT), Isis Andreatta (BR), Julián Pacomio (ES), Laura Ríos (CU), Laure Fleitz (FR), Leire Aranberri (ES), Maria Abrantes (PT), Marina Silva / Dubia (BR), Natália Mendonça (BR), Randy Reyes (US/GT), Sara Vieira Marques (PT), Suiá Ferlauto (BR).

Apresentações

  • Ciclo de apresentações em Lisboa, previstas acontecer em Julho de 2020, inicialmente pensadas num ciclo de programação na Fundação Calouste Gulbenkian, mas apresentadas no Espaço da Penha e no Espaço Alkantara.

Actividades PACAP4

Apoios e Parcerias

Apoio Financeiro: Fundação Calouste Gulbenkian | Apoios: O Rumo do Fumo | ALKANTARA | O Espaço do Tempo | Estúdios Victor Córdon

Forum Dança - Apoios PACAP 4

CGPAE 26

26.ª Edição do Curso de Gestão/Produção
das Artes do Espectáculo / 2019

O Curso de Gestão/Produção das Artes do Espectáculo conta já com mais de vinte e cinco edições, sendo responsável pela formação e integração de vários profissionais das artes do espectáculo em Portugal. Com um currículo pedagógico que cobre os parâmetros práticos e teóricos da profissionalização na área artística, é composto por um corpo docente que se encontra no ativo dentro do sector cultural. Esta característica confere-lhe uma constante actualização e aproximação à realidade do meio e das das estruturas artísticas que o compõem.
Este curso ocorre uma vez por ano.

 

Objectivos Gerais

Profissionalizar agentes culturais através da aquisição de competências como: planear e delinear estratégias de gestão, produção, programação e financiamento no âmbito das Artes do Espectáculo.
Integração e profissionalização dos formandos ao longo do curso, sendo a estrutura do mesmo pedagogicamente orientada a aplicação de conhecimentos no sector das artes performativas.
O Espaço da Penha será o lugar fixo de aulas, sendo as saídas e visitas de estudo uma constante durante o curso.
Consulte aqui alguns Testemunhos de alunos de anteriores edições.

 

Destinatários

Agentes culturais que pretendam desenvolver o seu trabalho/projecto na área de Gestão/Produção das Artes do Espectáculo.
Público em geral com o objectivo de profissionalização.

 

Direcção/coordenação pedagógica

Dora Carvalho

 

Corpo Docente

O corpo docente do curso desenvolve a sua actividade profissional nas disciplinas que lecciona, proporcionando aos alunos uma aprendizagem do que se faz aqui e agora e uma ligação facilitada ao mercado de trabalho: Carlos Ramos, Elisabete Paiva, Ezequiel Santos, Giacomo Scalisi, João Pinto, Jonas Omberg, Francisco Frazão, Madalena Zenha, Paula Varanda, Rita Guerreiro, Rita Tomás, Rui Campos Leitão e convidados.

 

Estrutura Curricular

• História Da Dança (18h), com Ezequiel Santos
• Música (21h), com Rui Campos Leitão
• Teatro (21h), com Francisco Frazão
• Comunicação Cultural (28h), com Rita Tomás
• Gestão Financeira (28h), com Rita Guerreiro
• Políticas Culturais (21h), com Paula Varanda
• Direito na Cultura (21h), com Madalena Zenha
• Direcção de Cena / Espaços Culturais (49h), com Jonas Omberg
• Estratégias de Programação (21h), com Elisabete Paiva
• Arte e Sociedade (14h), com Giacomo Scalisi
• Som (7h), com Rui Campos Leitão
• Vídeo (7h), com João Pinto
• Luz (7h), com Carlos Ramos
• Projecto (14h)

 

Horários

Sextas das 18h30 às 22h e Sábados das 10h30 às 14h00.
Alguns sábados poderão ter horário até às 17h00. Interrupção para férias em Agosto.

Forum Dança - Vânia Rovisco | PACAP 3

PACAP 3
2019

Curadoria de Vânia Rovisco

De Abril a Agosto de 2019

Palavras Chave:

Performance; Instalação; Corpo expandido; Práticas teóricas;
Música; Artes plásticas e visuais; Poética do corpo; Hibridismo formal.

Na constituição do programa, a artista teve como eixo central o acto de criação como momento de expressão livre organizada por diferentes modos, meios e variações, por sua vez submetido a uma urgência ou necessidade de afectar o tecido social e/ou individual. A multiplicidade dos recursos artísticos no processo de criação constitui a performance como uma arte integral, múltipla, transdisciplinar e móvel nas constelações e modos de partilha artística, conferindo ao PACAP 3 uma estrutura contemporânea que avança cuidada, curada por Vânia Rovisco.

 

O PACAP 3 foi concebido como um processo contínuo vitalizado pela confluência de múltiplas linguagens no acto de experimentação, investigação e preparação física. O trabalho e recurso ao corpo é fundacional ao programa, sendo que a sua abrangência às outras linguagens artísticas é ainda assim pautada a partir do eixo-corpo. As/os várias/os artistas convidadas/os a dar formação serão tanto transdisciplinares, quanto intergeracionais, com vista a manter nos participantes do programa uma relação de processo contínuo ou disruptivo, própria da partilha de processos e materiais inerentes ao hibridismo formal do PACAP 3.

 

A criação performática enquanto soma dos exercícios relacionais, em acordo com o paradigma contemporâneo do corpo [consciência] expandido, vai submeter-se no percurso do programa à prática crítica do lugar. Assim, os espaços de criação adquirem especial relevância numa topografia artística já fixada no PACAP 3 entre Coimbra, no Colégio das Artes; Montemor-o-Novo no Espaço do Tempo; e Lisboa na Escola Superior de Música, Culturgest e Espaço da Penha – Forum Dança. O curso terá ainda momentos abertos ao público como eventos pop-up ou estúdio aberto com apresentações informais.

 

De acordo com a ideia de corpo total, convoca-se no programa a exploração da potência híbrida e múltipla da performance contemporânea. Vários recursos serão activados em diálogo com a fórmula de teoria como prática e na prática: a construção de objectos derivando nas linguagens plásticas e visuais; o texto dito e escrito, enviando-nos para o índice performático de ambos; e a migração de ferramentas e métodos entre meios artísticos, como por exemplo as estratégias de improvisação de e a partir da música.

 

O curso pretende-se o mais aberto possível, buscando um grupo heterogéneo que gravite ou se mova nos campos da performance, dança, teatro, música, artes plásticas, cénicas e visuais, poesia, literatura. O comprometimento, o empenho e a entrega pessoal é essencial para progredir sobre as nossas questões e visões da criação e para o despegar radical e persistente das nossas rotinas durante os 4 meses de duração do PACAP 3.

Biografia

Vânia Rovisco Durban, África do Sul (1975). Artista visual performativa, criadora de instalações de peças duracionais, através das quais explora e actualiza processos relacionais. Com um trabalho ancorado na investigação e consequente criação de uma corporeidade processual, feita em relação, trabalha com o público a fabricação de experiências mediadas por modelações espaciais, temporais e perceptivas.

 

Concluiu o Curso para Intérpretes de Dança Contemporânea do Forum Dança (1998-2000). Trabalhou como intérprete com Meg Stuart/Damaged Goods (2001-2007) em diversas peças e projectos de improvisação. Colaborou com Pierre Colibeuf; Helena Waldman; Gordon Monahan, entre outros.

 

Em 2004 começou a fazer direcção de movimento, com os directores João Brites, Gonçalo Amorim e Gonçalo Waddington/Carla Maciel. Em 2007 tomou a decisão de colocar o corpo no contexto da galeria de arte, concebendo instalações e performances, o que se tornou um alicerce na concepção do seu trabalho. Também envolve vídeo na captura da plasticidade do corpo e do movimento. Em 2013 estreou o solo The Archaic, Looking Out, The Night Knight. Em 2014 participou na Feira de Arte Contemporânea Mostra’14. Encenou para o festival TODOS Silo de carros e estradas giratórias e no mesmo ano iniciou REACTING TO TIME, portugueses na performance, que versa sobre a transmissão do arquivo vivo da performance em Portugal nos finais dos anos 60. Em 2017 concebeu a peça de grupo EQUANAMIDADE – ÂNIMO INALTERÁVEL para o Festival Walk&Talk no Açores. É co-fundadora da plataforma artística internacional AADK – Aktuelle Architektur der Kultur, com lugar na Alemanha, em Portugal e Espanha. Lecciona workshops desde 2003. É curadora do PACAP 3— Programa Avançado de Criação nas Artes Performativas— no Forum Dança a ter lugar entre 15 de Abril e 16 de Agosto de 2019.

Professores e Artistas Convidados

Abraham Hurtado (ES), Ana Salcedo (PT), Antonija Livingston (CA), António Poppe (PT), Åsa Frankenberg (SE), Cátia Leitão (PT), Ezequiel Santos (PT), Gordon Monahan (CA), Hugo Cristóvão (PT), Inês Aires (PT), Janis Dellarte (PT), Joana Trindade (PT), Jochen Arbeit (DE), Laura Kikauka (CA), Manuel Magalhães (PT), Mash Yan (PT), Meg Stuart (US/DE), Miguel Moreira (PT), Mónica Calle (PT), Sam Louwyck (BE), Sónia Baptista (PT), Tanja Šmič (HR), Vânia Rovisco (PT), Vera Mantero (PT), Yael Karavan (IL), Yuko Kominami (JP).

Participantes

Acauã El Bandido (BR), Alice Giuliani (IT), Alina Usurelu (RO), Antoine Parra del Pozo (FR), Daniel Miranda (BR), Diego Bagagal (BR), Filipa Duarte (PT), Filipe Baracho (PT), Gabriela Cordovez (BR), Gabriela Gonçalves (PT), Guilherme Barroso (PT), Joana Miranda (PT), Lola Bezemer (NL), Lucas Lagomarsino (AR), Miguel Ferrão Lopes (PT), Samara Azevedo (BR).

Apresentações

  • Ciclo de apresentações em Lisboa, “Unusual Event”, 13 e 14 de Agosto 2019, no Espaço da Penha.
Forum Dança - Cartografias #1

Cartografias #1

Ciclo de Apresentações

Mostra de Arte e Performance
29 Setembro a 6 Outubro

“Conseguirá a dança mudar o mundo? Que poder de transformação tem o movimento na vida do espectador? Estas são questões que atraem os criadores presentes na edição de Cartografias#1 e os dispositivos por si traçados confirmam o Cartografias na raiz da construção e apresentação de mapas de possibilidade para a dança contemporânea.
Continuando o seu percurso entre os eixos artísticos da visibilidade, da experimentação e da emergência, Cartografias#1 apresenta dança errante e atenta ao mundo e que reage a outras ecologias para além do palco. No modo actual e globalizado de ser, no qual o tempo dos processos humanos é tendencialmente substituído por relações virtuais, o conjunto de cidadãos-artistas programado opta por transformar o espaço comum em lugares de relação autêntica.
Os trabalhos escolhidos realçam o valor da arte da dança na actualidade, partilhando uma visão socio-política que se faz real através da responsabilidade pessoal e da capacidade de intervir criando espaços de acção com o outro humano: espectador, habitante, visitante na cidade.
Acompanharemos um grupo de artistas-investigadores do CEM, através da sua prática de “estarcom”, numa frutaria da freguesia da Penha de França, por entre fregueses e caminhantes. O coreógrafo romeno Cosmin Manolescu mover-se-á com os seus intérpretes e o público por entre o Espaço da Penha e as ruas da cidade produzindo uma performance de grande activação emocional, através de uma peça intimista para três espectadores e, ainda, com a peça de grupo Journey into myself que catalisa grande cumplicidade com os espectadores participantes.
As obras de índole emergente deste programa evocarão outras geografias de contacto: entre o natural e o cultural, como Kandyê Medina e a sua experiência na Amazónia ou através do som e do texto com Vertigem, de Romain Teule & Lucie Lintanf ; a performer grega Anthi Kougia e a portuguesa Mafalda Jacinto expõem uma versão poética da dúvida com Mosquito, e Bruna Carvalho recorda-nos, com a original proposta “E.le.men.to”, a possibilidade permanente de sentirmos e vivificarmos o espírito de um lugar.” – Ezequiel Santos

Programa

29.09 – 06.10.18
Dance Heartbeats – a personal process of understanding movement, Alina Usurelu [RO]
Exposição

 

29.09.18
19h | eu e minha brancura nesses recentíssimos brasis, Kandyê Medina [BR]
Performance-conferência 

20h30 | Vertigem Vertigo, Lucie Lintanf & Romain Teule [FR & BR]
Performance

 

30.09.18
15-18h | Wandering Lisboa— Workshop (3 dias), Cosmin Manolescu [RO]
19h | Mosquito, Anthi Kougia & Mafalda Miranda Jacinto [GR & PT]
Performance

 

01.10.18
11-13h | Desfrutaria, colectivo c.e.m [PT]
Performance-Instalação | Participação livre: Rua da Penha de França, no. 67
18-21h | Wandering Lisboa— Workshop (3 dias), Cosmin Manolescu [RO]

 

02.10.18
11-13h | Desfrutaria, colectivo c.e.m [PT]
Performance-Instalação | Participação livre: Rua da Penha de França, no. 67
18-21h | Wandering Lisboa— Workshop (3 dias/days), Cosmin Manolescu [RO]

 

03.10.18
11-13h | Desfrutaria, colectivo c.e.m [PT]
Performance-Instalação | Participação livre: Rua da Penha de França, no. 67

 

04.10.18
11-13h | Desfrutaria, colectivo c.e.m [PT]
Performance-Instalação | Participação livre: Rua da Penha de França, no. 67

19h | DanceWanderer #3, Cosmin Manolescu [RO]
Com/with: Idris Clate, Cosmin Manolescu, Judith State
Performance urbana | Freguesia da Penha de França 

 

05.10.18
19h | Journey Towards Myself, Cosmin Manolescu [RO]
Com/with: Idris Clate, Cosmin Manolescu, Judith State
Performance

 

06.10.18
19h | E.le.men.to, Bruna Carvalho [PT]
Performance

Festa de Encerramento Cartografias #1
Dj Set com João Abreu | Local: Lisboa-Penha de França

Informações e Reservas

Workshop Wandering Lisboa:
Email com nome completo e contacto telefónico para forumdanca@forumdanca.pt

 

Workshop-Performance dancewanderer#3 :
Preencher o formulário disponível aqui 

 

(Des) frutaria
Entrada livre
Bilhetes disponíveis para venda apenas na bilheteira do Forum Dança no dia e hora de início do espectáculo- 3 Euros.
Reservas: forumdanca@forumdanca.pt.

Ciclo de mostras Cartografias #1

Sobre o Cartografias

Um projecto que visa construir e apresentar mapas de possibilidade para a dança contemporânea. O movimento será o núcleo, em articulação com outros elementos do espectáculo, e o pretexto para articular um programa que envolve apresentações formais e informais, encontros coreográficos, debates e outras iniciativas paralelas em articulação com os públicos. Está desenhado em função de três dimensões:

  • Visibilidade: Propostas de coreógrafos consagrados e inovadores não apresentados em Portugal.
  • Experimentação: Propostas de coreógrafos com coerência artística e maturidade associada ao ensejo de pesquisar através do movimento.
  • Emergências: Propostas de coreógrafos emergentes que estão em aprendizagem ou em processo.

Cartaz

Forum Dança - Cartografias #1
Forum Dança - Sofia Dias & Vítor Roriz | PACAP 2

PACAP 2
2018/2019

Curadoria de Sofia Dias & Vítor Roriz

De Setembro de 2018 a Março de 2019

A segunda edição do PACAP é um convite ao fazer, porque é no fazer que nos encontramos e onde se tornam claras as nossas intenções e desejos. É um convite à falha porque a falha é condição indissociável do fazer e do risco que é imaginar e especular a partir da nossa experiência parcial do mundo. E é um convite à vulnerabilidade, à exposição, a pôr-se em perigo e a percorrer um limite, porque são qualidades de qualquer lugar de criação e também daquele que pretendemos para o PACAP.

 

Neste lugar de criação, mais do que manifestar uma essência, vamos procurar os meios para revelar experiências, pesquisando a tensão entre forma e conteúdo, entre o universal e o particular, entre o pessoal e o partilhável, entre o subjectivo, o discurso e a linguagem. Neste lugar não há expectativas sobre a eficácia enquanto qualidade de um processo, da mesma forma que desconfiamos do consenso como objectivo para os seus resultados. Porque é suposto falhar sempre algo, haver um desequilíbrio, estar “um pouco ao lado”. Porque é na falha e no que falta que se amplia a percepção e se dá lugar ao outro. E no PACAP estar com o outro, criar com e a partir do outro são pressupostos para falhar com mais estrondo e convocar um ligeiramente diferente no modo como fazemos e pensamos a criação artística.

 

Com um enfoque sobre as metodologias de criação e os formatos de apresentação, o PACAP 2 procura acompanhar cada participante na pesquisa e experimentação de uma ideia ou material coreográfico até ao momento da sua apresentação pública.

 

Assim, vamos testar diferentes modos de passar à acção e de tradução do desejo em matéria.

 

Vamos privilegiar a relação com o imaginário – a combinação de experiências, leituras, imagens, sensações e outras “coisas” em efervescência na nossa mente/corpo que determina muitas das nossas escolhas quando criamos uma obra e que é talvez o que nos resta de mais íntimo.

 

Vamos explorar as relações de interdependência entre a pesquisa individual e as formas de relação com o público: Que formato escolhemos para apresentar a pesquisa? Ou a que formato conduz a pesquisa? E como é que o formato de apresentação informa e influencia a direcção, a dramaturgia e a metodologia de criação?

 

Vamos atravessar a prática e o pensamento de um grupo eclético de coreógrafos, encenadores, cenógrafos e performers que têm como denominador comum a curiosidade e a necessidade de invadir e testar diferentes modos de fazer, pensar e comunicar.

 

Vamos poder trabalhar e apresentar as pesquisas individuais e colectivas em diferentes locais (teatros, galerias, ateliers, bibliotecas, salas de ensaio, black box, etc.) procurando diversificar as relações com o espaço, o tempo e o observador. / Sofia Dias & Vítor Roriz

Biografia

Sofia Dias & Vítor Roriz, dupla de coreógrafos a colaborar desde 2006 na pesquisa e concepção de vários trabalhos apresentados em mais de 17 países. Os seus trabalhos centram-se na articulação entre a voz, a palavra, o som e os objectos com o corpo, o gesto e o movimento. Em 2011 foi-lhes concedido o Prix Jardin d’Europe pelo espectáculo Um gesto que não passa de uma ameaça, um trabalho que questiona a hierarquia entre a palavra e o movimento. Enquanto dupla têm colaborado com diversos artistas tais como, Catarina Dias, artista visual e colaboradora de longa data, Lara Torres, Marco Martins, Clara Andermatt, Mark Tompkins e desde 2014 que apresentam António e Cleópatra de Tiago Rodrigues e Sopro (2017) do mesmo director. Leccionam regularmente aulas e workshops e têm vindo a organizar residências e encontros de reflexão entre artistas em diferentes contextos. Encontram-se neste momento a preparar a sua próxima peça com estreia no Festival Alkantara 2018. | www.sofiadiasvitorroriz.com

Professores e Artistas Convidados

Alex Cassal (BR), Christiane Jatahy (BR), David-Alexandre Guéniot (Ghost) (FR), Francisco Camacho (PT), Francisco Frazão (PT), Ghost editions (PT), Inês Nogueira (PT), Jared Gradinger (US), João dos Santos Martins (PT), João Fiadeiro (PT), John Romão (PT), Jonathan Saldanha (PT), Liliana Coutinho (PT), Luís Guerra (PT), Mário Afonso (PT), Miguel Gutierrez (US), Miguel Pereira (PT), Nadia Lauro (FR), Neil Callaghan (UK), Paulo Pires do Vale (PT), Philipp Gehmacher (AT), Sofia Dias (PT), Sofia Neuparth (PT), Sónia Baptista (PT), Teresa Silva (PT), Tiago Rodrigues (PT), Vânia Rovisco (PT), Vera Mantero (PT), Vítor Roriz (PT).

Participantes

Aiste Adomaityte (LT), Arianna Aragno (IT), Blanche Denardaud (FR), Bruno Brandolino (UY), Elena Bastogi (IT), Gabriela Nasser (BR), Maddalena Ugolini (IT), Mariana Viana (BR), Marta Ramos (PT), Nina Giovelli (BR), Patrícia Arabe (BR), Perline Aglaghanian (FR), Renann Fontoura (BR), Tamara Catharino (BR), Tatiana Bittar (BR).

Apresentações

  • Ciclo de apresentações em Lisboa de 15 a 22 de Fevereiro 2019, nos seguintes locais: Espaço ALKANTARA, Espaço da Penha.
  • Ciclo de apresentações em Vila Franca de Xira, na Companhia Inestética a 14 e 15 de Março de 2019.
  • Ciclo de apresentações em Toulouse, no CDC, a 23 de Março 2019.
  • Ciclo de apresentações no Porto, na Culturgest, a 29 e 30 de Março 2019.
Forum Dança - Patrícia Portela | PACAP 1

PACAP 1
2017/2018

Curadoria de Patrícia Portela

Setembro de 2017 a Março 2018

Hibridismo, Dramaturgias do Espaço e Arte Fantasma

“What best can I do?
Exactly what I’ve done.
My voice for the voiceless.“
Philip K. Dick, The Exegesis

O que nos atrai e nos chama numa obra de arte? O que se move quando nos movemos em palco? Quem escreve ou quem ou o que se inscreve quando escrevemos? O que se torna visível através da arte? E quem e o que (se) fala através da arte?
É desconcertante notar que não é a forma, nem o conteúdo nem a sua harmonia nem o discurso que rodeia uma obra de arte o que confere a um objecto artístico a sua qualidade artística, e sim algo extraordinário aos elementos que a constituem, como se a voz do artista, ou talvez devesse dizer, a voz do mundo através do artista estivesse presente e promovesse o encontro com aquilo que sem a arte é invisível.
Mas como é que esta voz ganha voz?
Como é que esta voz encontra o artista e comunica com um público através de uma obra e desta forma regressa ao mundo, reescrevendo-o?
Durante os 6 meses deste primeiro módulo gostaria de me debruçar na companhia de vários cúmplices sobre o processo individual de criação artística e sobre a interacção de objectos performativos com o público/seus criadores, de forma a compreender através da prática e da reflexão conjuntas, no que consiste a Voz de um artista, o quanto desta Voz reflecte o diálogo diário do nosso corpo com o mundo, de como essa Voz, enquanto corpo fantasma, é um espaço privilegiado para a manifestação de forças invisíveis que nos movem e nos movimentam em determinadas direcções em detrimento de outras, ganhando presença em cada obra.
Partindo de encontros vários com um grupo de artistas e formadores de várias áreas filosóficas e artísticas com um especial enfoque nas artes vivas, este módulo pretende oferecer um espaço de laboratório para a exploração de uma linguagem individual num ambiente interactivo onde diferentes possibilidades dramatúrgicas e de criação transdisciplinar possam coabitar.
Longe da estrutura de mestre/discípulo, reportório/intérprete ou de educador/educando, este espaço de partilha e crescimento horizontal pretende promover a convivência entre diferentes criadores em diferentes fases de desenvolvimento do seu percurso artístico, assim como produzir uma reflexão contínua acompanhada por alguns dos pensadores que consideramos relevantes e neste princípio de milénio.
O objetivo principal desta deglutição e centrifugação simultâneas de linguagens individuais e colectivas através da experimentação, reflexão e apropriação de materiais diversos, a solo e em conjunto é permitir a construção e apresentação de solos e/ou duetos e consequente reflexão crítica sobre os mesmos que possam servir de “cartão de visita” dos participantes no meio profissional enquanto coreógrafos, performers, dramaturgos, autores ou artistas multidisciplinares.” / Patrícia Portela

Biografia

Patrícia Portela, autora de performances, instalações transdisciplinares e obras literárias, vive entre Portugal e a Bélgica, itinerando com regularidade pelo mundo. Estudou cenografia, cinema, dança e filosofia. Entre 1994-2002 trabalhou como figurinista/cenógrafa em teatro e cinema recebendo o Prémio Revelação 94 da Associação de Críticos de Teatro. Foi uma das fundadoras do grupo O Resto (1996) e da Associação Cultural Prado (2003). Reconhecida pela peculiaridade da sua obra, recebeu vários prémios dos quais destaca Prémio Madalena Azeredo de Perdigão/FCG para Flatland I e Prémio Teatro na Década para Wasteband. Autora de romances como Para Cima e não para Norte (2008) ou Banquete (Finalista do Grande Prémio para Romance e Novela 2012), participou no 46º International Writers Program de Iowa City (2013) sendo a primeira Outreach Fellow da Universidade de Iowa City. Lecciona dramaturgia desde 2008 em instituições e universidades. Foi finalista do Prémio Media Art Sonae/MNACC 2015 com a instalação Parasomnia, a primeira bolseira literária de Berlim da Embaixada Portuguesa na Alemanha, em 2016 e é cronista regular do JL desde 2017.

Professores e Artistas Convidados

Adriana Sá (PT), Alex Cassal (BR), Ann Brosens (BE), Barinamo (KR), Catarina Mourão (PT), Clara Andermatt (PT), Daniel Worm (PT), Fernando Matos Oliveira (PT), Gonçalo M. Tavares e os Espacialistas (PT), Inês Nogueira (PT), João dos Santos Martins (PT), João Fiadeiro (PT), João Tabarra (PT), Louise Chardon (FR), Luís Urbano (PT), Manoel Barbosa (PT), Miguel Bonneville (PT), Miguel Gomes (PT), Nicolas de Warren (BE), Nuno Lucas (PT), Olivier Hadouchi (FR), Patrícia Portela (PT), Peter Michael Dietz (DK), Sofia Dias & Vítor Roriz (PT), Sónia Baptista (PT), Vânia Rovisco (PT), Willow Verkerk (CA), Yukiko Shinozaki (JP).

Participantes

Anthi Kougia (GR), Bartosz Ostrowski (PL), Blanca Gómez Terán (ES), Bruna Carvalho (PT), Catarina Muge Marcos (PT), Clarissa Rêgo Teixeira (BR), Daniel Lühmann (BR), Gabriela D’Angelis (BR), João Abreu (PT), João Estevens (PT), Josefa Pereira (BR), Mafalda Miranda Jacinto (PT), Margarida Bak Gordon (PT), Navina Neverla (AT).

Apresentações

  • Ciclo de apresentações em Lisboa (Ciclo PLEX) de 6 a 23 de Março 2018, nos seguintes locais: Rua das Gaivotas 6, Galeria Monumental, CCB – Sala de Ensaio, ALKANTARA, Reservatório da patriarcal, Galeria ZDB e Negócio ZDB.
  • Ciclo de apresentações em Coimbra, no auditório TAGV, a 27 de Março 2018, no âmbito da 20.ª Semana Cultural da Universidade de Coimbra e das comemorações do Dia Mundial do Teatro – Novos Criadores.
  • Ciclo de apresentações em Viseu, no Teatro Viriato, a 29 de Março 2018.
Loading new posts...
No more posts