Inés Sybille
Vooduness
O nosso lakou digital
Mostra Informal
Espaço da Penha | 20 dezembro 2024 | 18h30
Partilha de processo de residência
ENTRADA GRATUITA
Mostra informal da residência artística de Inés Sybille Vooduness, no âmbito do programa “Residências Artísticas 2024” .
“Esta abertura cristaliza o primeiro encontro no âmbito da investigação “O nosso lakou digital”. A partir da prática de um desvio creolizado, Malvin Puerca de Goma e Inés Sybille Vooduness deslizam-se pelas suas afinidades pancaribenhas. Este diálogo revisita de forma diaspórica e estendida o lakou, uma comunidade de prática vudú de casas no mundo rural haitiano pós-independência que protegia o povo do retorno à Plantação. De que nos protege a recriação do lakou no nosso contexto? Que vivência do tempo frequenta este exercício existencial? Numa “relação especular engendrada pela fábula”, estes dois corpos diaspóricos confrontam-se com arquivos opacos, fragmentados e contraditórios.“ – Inés Sybille Vooduness
Residências da investigação: Common Lab 2024, Forum Dança, Campus Paulo Cunha e Silva.
Inés Sybille Vooduness é bailarina, investigadora cultural e professora. Nascida em Barcelona, filha de mãe catalã e pai haitiano, reside atualmente em Lisboa. Inés Sybille inventa encontros fictícios com divindades vodu haitianas a partir do seu campo coreográfico: o Kuduro de Angola, o Coupé Décalé da Costa do Marfim e o Dancehall da Jamaica. A artista modela este material filosófico e explora a possibilidade de produzir uma consciência existencial reterritorializando estes códigos. Em 2023, Inés foi selecionada como artista residente na La Casa Encendida com a sua performance Santa de sustrato autónomo. Atualmente, trabalha numa coprodução com o Festival TNT de Terrassa e o Teatro Bairro Alto de Lisboa com a sua obra Simbi em águas astronómicas. Paralelamente, inicia a sua investigação O nosso lakou digital, selecionada para uma residência no programa Núcleo 2024 do Forum Dança, no Campus Paulo Cunha e Silva, e como projeto-pitch no Common Lab 2024. É uma das quatro vencedoras da Bolsa de Criação de O Espaço do Tempo com o duo com Malvin Montero, Cadências crioulas, dez mil vezes desdobradas.
Malvin Montero, nascido na República Dominicana – Santo Domingo (Los Mina). Ingressou na dança em 2003 no Conservatório de Dança Alina Abreu. Formado pela Escola Nacional de Dança de Belas Artes (Endanza) e pela Pro Danza (Havana). Licenciado em coreografia e interpretação da dança pela Universidade Rey Juan Carlos (ISDAl), Madrid, Espanha. Trabalhou em Cecilia Valdés no Teatro de la Zarzuela, em Madrid, integrando o primeiro corpo de baile negro a pisar este teatro. Atua como bailarino na ópera Un Ballo in Maschera no Teatro Real de Madrid, Espanha. Fez parte da companhia Dunia Dance Theatre (Bélgica), sob a direção do coreógrafo Harold George (repetidor de Alvin Ailey). Apresentou diversas obras próprias nos teatros da cena contemporânea de Madrid. Malvin Montero cria, dança e dirige. Tem uma ampla trajetória profissional que inclui dança clássica acadêmica, dança contemporânea, improvisação e improvisação livre, formado pela compositora Chefa Alonso. Um dos focos do seu trabalho criativo é refletir sobre a corporalidade diaspórica e seus imaginários. Dirige a plataforma Zebra Prieta. Finalista e premiado no 35.º Certamen Coreográfico de Madrid em 2021, com a sua obra El mal comío no piensa.
Local
Espaço da Penha / Forum Dança
Entrada Gratuita
Imagem © Mèsi Agoué Aroyo, colagem digital com fundo de uma obra do artista haitiano Frantz Zéphirin