Forum Dança | Apresentações PACAP 7/TBA | Acordar depois de um pesadelo não nos impede de novamente dormir: Marina de Moraes

Marina de Moraes

Acordar depois de um pesadelo não nos impede de novamente dormir

Um convite para velar, fundo, o sono do outro, cavando um buraco no tempo. O gesto de erguer um chão liminal, entre um constante dormir e acordar, o cuidado e a violência, a fragilidade e a força.

 

Acompanhamento Carolina Campos e Marcelo Evelin

AGRADECIMENTOS

Alina Folini, Beatriz Baião, Bibi Dória, Bruno Moreno, Caio Vrau, Guillermina Gancio, Jjoão Paes, Joana Duvet, Lucas Damiani, Luísa Capalbo, Sérgio Diogo Matias, a toda a equipa do Forum Dança: Dora Carvalho, Carolina Martins, Mafalda Sustelo, Eduardo Quinhones Hall e ao Miguel Pereira e Nuno Lucas.

Créditos da Imagem © DR (Massacre do Carandiru, em 2 de outubro de 1992)

Apoios e Parcerias

Coprodução PACAP 7: Teatro do Bairro Alto.

Coprodução em Residência PACAP 7: O Espaço do Tempo

Apoios PACAP 7: Alkantara, Casa da Dança – Almada, Fundação GDA, OPART, E.P.E./Estúdios Victor Córdon, O Rumo do Fumo e Piscina.

Forum Dança | Parcerias e Apoios PACAP 7
Forum Dança | Apresentações PACAP 7/TBA | Prácticas para develar un lugar: Luna Anais, Carlota Mantecón e Guillermina Gancio

Luna Anaïs,
Carlota Mantecón
e Guillermina Gancio

Prácticas para develar un lugar

Treinamos para nos encontrarmos, para passarmos duas vezes, para irmos ao fundo de algo, para nos enchermos, para nos esvaziarmos. Respirar debaixo d’ água, ir para a frente da pista entre todas as tuas amigas, ouvir de forma diferente um lugar que já existia.

 

Direção Luna Anaïs

Criação e interpretação Carlota Mantecón, Guillermina Gancio e Luna Anaïs

Dj’s Ladra, Baby Weed

Figurinos Nat Castañola

Acompanhamento Lucas Damiani

AGRADECIMENTOS

Marina de Moraes, Giulia Romitelli, Gala Paz, Gian e Lucas Damiani.

Créditos da Imagem © Henri Harmon Kirsch (2024)

Apoios e Parcerias

Coprodução PACAP 7: Teatro do Bairro Alto.

Coprodução em Residência PACAP 7: O Espaço do Tempo

Apoios PACAP 7: Alkantara, Casa da Dança – Almada, Fundação GDA, OPART, E.P.E./Estúdios Victor Córdon, O Rumo do Fumo e Piscina.

Forum Dança | Parcerias e Apoios PACAP 7
Forum Dança | Apresentações PACAP 7/TBA | Silence isn’t silent: Joana Duvet

Joana Duvet

Silêncio não é silencioso

O que fica depois do ruído desaparecer? Como permanecer? Quanto tempo dura? Como descascar camadas que habitam pele? Uma necessidade de abrandar… para ouvir, ver, tocar e ser tocada.

AGRADECIMENTOS

Marcelo Evelin, Miguel Pereira, Nuno Lucas e Pedro Paiva.

Créditos da Imagem © Joana Duvet (2024)

Apoios e Parcerias

Coprodução PACAP 7: Teatro do Bairro Alto.

Coprodução em Residência PACAP 7: O Espaço do Tempo

Apoios PACAP 7: Alkantara, Casa da Dança – Almada, Fundação GDA, OPART, E.P.E./Estúdios Victor Córdon, O Rumo do Fumo e Piscina.

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Forum Dança | Apresentações PACAP 7/TBA | FIND COLABORATION: Beatriz Baião e Sérgio Diogo Matias

Beatriz Baião
e Sérgio Diogo Matias

FIND COLABORATION

Forum Dança | Apresentações PACAP 7/TBA | FIND COLABORATION: Beatriz Baião e Sérgio Diogo Matias

AGRADECIMENTOS

Miguel Pereira, Marcelo Evelin, Nuno Lucas, Pedro Paiva e a toda a equipa do Forum Dança.

Créditos da Imagem © Beatriz Baião e Sérgio Diogo Matias (2024)

TBA – Teatro do Bairro Alto | PACAP 7 / Forum Dança

Apoios e Parcerias

Coprodução PACAP 7: Teatro do Bairro Alto.

Coprodução em Residência PACAP 7: O Espaço do Tempo

Apoios PACAP 7: Alkantara, Casa da Dança – Almada, Fundação GDA, OPART, E.P.E./Estúdios Victor Córdon, O Rumo do Fumo e Piscina.

Forum Dança | Parcerias e Apoios PACAP 7
Forum Dança | Ciclo de Apresentações PACAP 7 | TBA - Teatro do Bairro Alto

Apresentações PACAP 7

11 a 14 julho | TBA-Teatro do Bairro Alto

O PACAP — Programa Avançado de Criação em Artes Performativas — é um projeto de criação/formação organizado pelo Forum Dança e dirigido a profissionais e estudantes de áreas artísticas que investem num período de experimentação avançada, conciliando a investigação, a criação e a apresentação ao público.

Nesta sétima edição, o PACAP conta com a curadoria dos artistas Miguel Pereira e Nuno Lucas que propõem mostrar publicamente um conjunto de experiências coreográficas, performativas, instalativas baseadas em lógicas de colaboração.

Será sobretudo um tempo de partilha de trabalhos em progresso, mais do que uma apresentação final, um espaço aberto a diferentes formatos e configurações.

A intenção é compactar todos estes trabalhos num só fim de semana, permitindo ao público mergulhar mais intensamente nas diferentes propostas, promovendo também uma contaminação potencial entre elas.

O foco desta edição esteve nos processos, tempos de pesquisa e nos encontros que ele promoveu entre os participantes e artistas convidados, tentando criar uma comunidade de pensamento e de ação que vá para além dos seis meses de duração do programa.

 

Miguel Pereira e Nuno Lucas, curadores PACAP 7

Criação (Participantes PACAP 7) Beatriz Baião (PT), Carlota Mantecón (ES), Damien Najean (FR), Giulia Romitelli (IT), Guillermina Gancio (UY), Hernie Harmon (DE), Jakob von Kietzell (DE), Joana Duvet (PT), Katerina Giannouli (GR), Luna Anaïs (CH), Marina de Moraes (BR), Marusya Byzova (RU), Maud Buckenmeyer (FR), Minjin Lee (KR), Renan Capivara (BR) e Sérgio Diogo Matias (PT)

Acompanhamento artístico Miguel Pereira e Nuno Lucas

Luz e direção técnica Leticia Skrycky e Santiago Rodriguez Tricot

Produção Forum Dança

Coprodução Teatro do Bairro Alto

Coprodução em Residência O Espaço do Tempo

Apoios Alkantara, Casa da Dança – Almada, Fundação GDA, OPART, E.P.E/Estúdios Victor Córdon, O Rumo do Fumo, Piscina

PROGRAMA COMPLETO

TBA – Teatro do Bairro Alto

Bilhetes: 3€ por cada bloco (bilheteira)

Mais informações no site do TBA aqui

11 julho [quinta-feira]

17h | BLOCO I

(bilhetes aqui)

  • Beatriz Baião e Sérgio Diogo Matias
  • Joana Duvet
  • Luna Anaïs, Carlota Mantecón e Guillermina Gancio
  • Marina de Moraes
  • Marusya Byzova

 

20h | BLOCO II

(bilhetes aqui)

  • Beatriz Baião e Sérgio Diogo Matias
  • Guillermina Gancio, Katerina Giannouli e Minjin Lee
  • Jakob von Kietzell, Marusya Byzova e Renan Capivara
  • Joana Duvet
  • Marina de Moraes

 

No foyer

Publicação de Katerina Giannouli

12 julho [sexta-feira]

17h | BLOCO II

(bilhetes aqui)

  • Beatriz Baião e Sérgio Diogo Matias
  • Guillermina Gancio, Katerina Giannouli e Minjin Lee
  • Jakob von Kietzell, Marusya Byzova e Renan Capivara
  • Joana Duvet
  • Marina de Moraes

 

19h30 | BLOCO I

(bilhetes aqui)

  • Beatriz Baião e Sérgio Diogo Matias
  • Joana Duvet
  • Luna Anaïs, Carlota Mantecón e Guillermina Gancio
  • Marina de Moraes
  • Marusya Byzova

 

No foyer

Publicação de Katerina Giannouli

13 julho [sábado]

16h | BLOCO III

(bilhetes aqui)

  • Beatriz Baião e Sérgio Diogo Matias
  • Carlota Mantecón, Damien Najean, Luna Anaïs e Renan Capivara
  • Joana Duvet
  • Marina de Moraes
  • Marusya Byzova
  • Maud Buckenmeyer, Beatriz Baião, Damien Najean, Giulia Romitelli e Jakob von Kietzell

 

19h30 | BLOCO IV

(bilhetes aqui)

  • Beatriz Baião e Sérgio Diogo Matias
  • Damien Najean
  • Giulia Romitelli e Jakob von Kietzell
  • Henri Kirsch / Hernie Harmon
  • Joana Duvet
  • Marina de Moraes
  • Marusya Byzova

 

No foyer

Publicação de Katerina Giannouli

14 julho [domingo]

16h | BLOCO IV

(bilhetes aqui)

  • Beatriz Baião e Sérgio Diogo Matias
  • Damien Najean
  • Giulia Romitelli e Jakob von Kietzell
  • Henri Kirsch / Hernie Harmon
  • Joana Duvet
  • Marina de Moraes
  • Marusya Byzova

 

19h | BLOCO III

(bilhetes aqui)

  • Beatriz Baião e Sérgio Diogo Matias
  • Carlota Mantecón, Damien Najean, Luna Anaïs e Renan Capivara
  • Joana Duvet
  • Marina de Moraes
  • Marusya Byzova
  • Maud Buckenmeyer, Beatriz Baião, Damien Najean, Giulia Romitelli e Jakob von Kietzell

 

No foyer

Publicação de Katerina Giannouli

TBA – Teatro do Bairro Alto | PACAP 7 / Forum Dança

Créditos da imagem de topo © Guillermina Gancio

Apoios e Parcerias

Coprodução PACAP 7: Teatro do Bairro Alto.

Coprodução em Residência PACAP 7: O Espaço do Tempo

Apoios PACAP 7: Alkantara, Casa da Dança – Almada, Fundação GDA, OPART, E.P.E./Estúdios Victor Córdon, O Rumo do Fumo e Piscina.

Forum Dança | Parcerias e Apoios PACAP 7
Forum Dança - Meg Stuart | PACAP 8

Candidatura
para bolsa de estudo

PACAP 8 | Meg Stuart

De 10 de fevereiro a 26 de julho de 2025

Bolsa dirigida a artistas negras/os residentes em Portugal

 

O Forum Dança abre uma nova fase de candidaturas para o PACAP 8 – Programa Avançado de Criação em Artes Performativas.

Esta fase é dirigida exclusivamente a artistas negras/os residentes em Portugal, para a uma bolsa de estudo com redução de 100% do valor das propinas.

As candidaturas vão estar abertas até dia 13 de junho.

As respostas serão dadas a 17 de junho.

Mais informações

A informação completa sobre o PACAP 8 está disponível aqui.

Língua

O inglês será a língua oficial do programa.

 

Importante!
As candidaturas têm de ser enviadas em inglês.

Datas

  • Fecho de candidaturas 13.06.2024
  • Resultados da pré-seleção 17.06.2024
  • Workshop Audição 29.07.2024 – 03.08.2024
  • Resultados finais 30.09.2024
  • Datas do programa 10.02.2025 – 26.07.2025

Candidaturas

Elementos a enviar:

 

  • CV + 1 foto
  • 3 vídeos curtos do seu trabalho artístico, incluindo registos como criador e enquanto participante em projetos colaborativos (enviar link Vimeo/ YouTube)
  • 1 vídeo acerca de algo que nunca tenha feito antes
  • 1 carta de motivação + 1 partitura MyS sob a forma de, por exemplo, textos ou imagens (2 págs. máx.), inspirados nas perguntas abaixo:

 

    • O que sonha aprender na MyS?
    • Quem são os seus heróis, antepassados e influências artísticas?
    • O que significam para si o mistério e a magia? Defina.
    • Que experiências espirituais influenciam o seu trabalho artístico?
    • Será um espaço coletivo. Que competências pode oferecer ao grupo? Quais são os seus poderes especiais? Que tipo de prática diária tem, e como se organiza?
    • O que o mantém acordado à noite? Que temas o têm obcecado? O que precisa de largar?
    • Sente-se confortável com o silêncio?
    • What’s love got to do with it? (O que o amor tem a ver com isso?)

! NOTA IMPORTANTE !

Não aceitamos links para download de vídeos.

Os links enviados devem dar acesso direto à visualização online dos ficheiros (Youtube, Vimeo, etc.).

Apenas aceitamos como ficheiros para download o Curriculum vitæ, a fotografia e a carta de motivação.

Formulário

Importante!
As candidaturas e toda a documentação têm de ser enviadas em inglês.
Esta chamada de candidaturas é dirigida exclusivamente a artistas negras/os residentes em Portugal.

 

As candidaturas já se encontram encerradas.

Apoios e Parcerias

Coprodução PACAP 8: Teatro do Bairro Alto, Culturgest, Anda & Fala | Walk e Talk

Coprodução em Residência PACAP 8: O Espaço do Tempo

Apoios PACAP 8: Alkantara, Casa da Dança – Almada, Fundação GDA, Kees Eijrond Foundation, OPART, E.P.E/Estúdios Victor Córdon, O Rumo do Fumo, Piscina

Forum Dança | Parcerias e Apoios PACAP 8
Forum Dança - Arte Jovem 2024

Arte Jovem 2024

Os ateliers de verão estão de volta!

Dança Criativa, Laboratório de Construção de Personagens, Teatro e Vídeo para crianças dos 7 aos 12 anos.

Mais um ano letivo que está a terminar, as férias de Verão estão quase a começar e com elas chega também mais uma edição do Arte Jovem. As atividades deste ano terão como ponto de partida a questão “O que é para ti a Liberdade?“, uma pergunta pertinente para pensar e trabalhar sobre, no ano em que se comemoram os 50 anos da revolução de 25 de Abril.

 

Vai haver Dança Criativa, com Carla Ribeiro, Laboratório de Construção de Personagens, com Andrei Bessa e Teatro e Vídeo, com Manuela Pedroso e João Pinto. Os mais novos vão poder dançar, cantar, escrever, brincar, aprender, criar, pensar, interpretar e criar histórias com novas amizades. No último dia há tempo para convidar toda a família e os amigos para assistirem a uma apresentação final dos trabalhos desenvolvidos.

Cartaz Arte Jovem 2024 | Forum Dança
Cartaz Arte Jovem 2024

Atividades de 15 a 19 de Julho

 

  • Dança Criativa, com Carla Ribeiro, das 10h15 às 11h30
  • Laboratório de Construção de Personagens com Andrei Bessa, das 11h45 às 13h00
  • Teatro e Vídeo, com Manuela Pedroso e João Pinto, das 14h30 às 17h15
  • Apresentação final: sexta-feira, 19 de julho, às 17h

 

Informações importantes

 

  • O Arte Jovem decorre de 15 a 19 de julho, com atividades entre as 10h15 e as 17h15.
  • A faixa etária das crianças é compreendida entre os 7 e os 12 anos de idade.
  • Todas as crianças devem ter cumprido, pelo menos, o 1.º ano de escolaridade obrigatória.
  • Recebemos as crianças a partir das 9h30 e podem ficar até às 18h30.
  • Todos os dias haverá um intervalo para almoço e brincadeira, que decorre entre as 13h00 e as 14h30.
  • As crianças trazem almoço e lanche de casa (não esquecer: trazer também talheres). O Forum Dança assegura o aquecimento das refeições e acompanhamento das crianças.
  • Sexta-feira dia 19 de julho às 17h00: convite aos familiares para assistirem à apresentação do trabalho desenvolvido ao longo da semana.

Taxa de Participação

  • Dia inteiro – 130,00€
  • Períodos da manhã – 75,00€ (meio-dia)
  • Períodos da tarde – 75,00€ (meio-dia)

 

Desconto

Menos 10% para irmãos e irmãs, residentes na Penha de França e alunos e alunas do Forum Dança no ano lectivo a decorrer (2023/24).

 

Inscrições e mais informações

As inscrições são feitas pelo formulário disponível no nosso site (mais abaixo, nesta página) e pedidos de mais informações devem ser feitos para o nosso email.

Calendário de Atividades

10h15 – 11h30
Atelier de Dança Criativa

Com Carla Ribeiro

11h45 – 13h00
Laboratório de Construção de Personagens

Com Andrei Bessa

ALMOÇO E BRINCADEIRA

14h30 – 15h45 / 16h – 17h15
Ateliers de Teatro e Vídeo

Com Manuela Pedroso e João Pinto

10h15 – 11h30
Atelier de Dança Criativa

Com Carla Ribeiro

11h45 – 13h00
Laboratório de Construção de Personagens

Com Andrei Bessa

ALMOÇO E BRINCADEIRA

14h30 – 15h45 / 16h – 17h15
Ateliers de Teatro e Vídeo

Com Manuela Pedroso e João Pinto

10h15 – 11h30
Atelier de Dança Criativa

Com Carla Ribeiro

11h45 – 13h00
Laboratório de Construção de Personagens

Com Andrei Bessa

ALMOÇO E BRINCADEIRA

14h30 – 15h45 / 16h – 17h15
Ateliers de Teatro e Vídeo

Com Manuela Pedroso e João Pinto

10h15 – 11h30
Atelier de Dança Criativa

Com Carla Ribeiro

11h45 – 13h00
Laboratório de Construção de Personagens

Com Andrei Bessa

ALMOÇO E BRINCADEIRA

14h30 – 15h45 / 16h – 17h15
Ateliers de Teatro e Vídeo

Com Manuela Pedroso e João Pinto

10h15 – 11h30
Atelier de Dança Criativa

Com Carla Ribeiro

11h45 – 13h00
Laboratório de Construção de Personagens

Com Andrei Bessa

ALMOÇO E BRINCADEIRA

14h30 – 15h45 / 16h – 16h45
Ateliers de Teatro e Vídeo

Com Manuela Pedroso e João Pinto

17h00
Apresentação final à família e amigos.

Professores

Carla Ribeiro

Carla Ribeiro
Carla Ribeiro

Carla Ribeiro inicia os seus estudos de dança Clássica e Moderna com Igor Ivanoff e Madalena Victorino. É formada pela Escola Superior de Dança e realizou o Curso de Dança na Comunidade pelo Forum Dança. Na sua formação complementar trabalha com Carolyn Carlson, Ann Papoulis, Stephanie Skura e Mestre Noro.

Enquanto intérprete destacam-se espetáculos realizados com a Olga Roriz Companhia de Dança, Susana Vidal, Marina Nabais Dança, John Mowat, Tânia Carvalho/Aza Companhia, Companhia Paulo Ribeiro, Ricardo Pais, O Útero, Pigeons International, Nuno Carinhas, Teatro O Bando, etc.

Para além da sua atividade artística, leciona Dança Contemporânea no Forum Dança e Dança Criativa no Colégio Cesário Verde.

Como docente descatam-se as aulas de Dança Contemporânea no Forum Dança, Dança Inclusiva na Fundação Liga, Dança Criativa no Colégio Cesário Verde (e atual Cesário Verde International School) e Aulas de Corpo na AMA.

João Pinto

Forum Dança - João Pinto
João Pinto

João Pinto (aka PTV), realizador, editor & manipulador de imagens. Conclui a escola superior de cinema em 1993. Colaborou com inúmeros criadores na área da dança contemporânea, música, teatro e cinema:
Aldara Bizarro, Filipa Francisco, Paulo Ribeiro, Vítor Rua, Nuno Rebelo, Carlos Barreto, Fernando Mora Ramos, Edgar Pêra, Miguel Seabra, entre outros, promovendo as suas obras e assinando muitas criações vídeo originais.

Realizou projetos de videoarte, documentários e videoclips. Pioneiro do videojamming (VJ) desde 1996 até à actualidade. Participou em projectos educativos e inovadores de Arte em escolas públicas: Projecto Respira (2009/10) e “Somos Nós” (2021). Trabalhou em diversos projetos de desenvolvimento com minorias (Alkantara Festival e Fundação Calouste Gulbenkian 2008/11), “Nu Kre Bai Na Bu Onda” e “Tapete”. “A Preguiça Ataca?”, documentário complemento à peça de dança contemporânea (2022). “A Mulher Azul”, realização de uma curta metragem para a RTP Palco (2022).

Manuela Pedroso

Forum Dança - Arte Jovem 2024 - Manuela Pedroso
Manuela Pedroso

Manuela Pedroso, é licenciada em Teatro/Formação de Atores e Encenadores pela Escola Superior de Teatro e Cinema, em Lisboa. Frequentou o Curso de Monitores de Dança para a Comunidade organizado pelo Forum Dança, em 1992/93.

Desde 1986 trabalha como atriz profissional em diversas companhias teatrais; Teatro Espaço, Teatro da Malaposta, Teatro do Século, Teatro Meridional, Casa Conveniente, entre outros; tendo sido dirigida pelos encenadores: Águeda Sena, José Martins, Figueira Cid, Rui Mendes, Mário Feliciano, Inês Câmara Pestana, Miguel Seabra, Layla Ripol, Mónica Calle, Inês Barahona, Giacomo Scalisi, Miguel Fragata, João de Brito e Caroline Bergeron.

Participou como intérprete na área da Dança em projetos coreográficos de Margarida Pinto Coelho, Paulo Henrique e Madalena Victorino.

Trabalha desde 1991 como formadora na área do Teatro e da Dança Criativa com diversas entidades oficiais promotoras do ensino artístico em Portugal.

Andrei Bessa

Forum Dança - Arte Jovem 2024 - Andrei Bessa
Andrei Bessa

Andrei Bessa é performer, diretor e pesquisador de Fortaleza (BR). Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Artes (UFC, Brasil). Artista da Inquieta Cia. e da Vagar Associação Cultural. Colaborador do grupo de estudo “Dramaturgia: o que quer e o que pode o corpo?”, de Thereza Rocha. Em 2021, muda-se para Lisboa para investigar no PACAP 5 (Forum Dança), com curadoria de João Fiadeiro. Entre diversas pesquisas, também possui produção artística voltada para crianças, com maior ênfase no teatro. Nessa vertente, assina a direção e dramaturgia dos espetáculos “Esconderijo dos Gigantes” (2015) e “Quem tem medo do escuro?” (2009).

Formulário de inscrição

Inscrições encerradas.

Forum Dança | Workshop de Kung Fu | Guilherme da Luz

Workshop Kung-Fu
Guilherme da Luz

25 e 26 de maio de 2024, das 15h00 às 18h00

“Quando vais ao fundo em qualquer coisa é uma dança”

O Kung-Fu foi sempre considerado a arte marcial dos guerreiros bailarinos. Vários praticantes artistas de dança, teatro e performance consideram que o Kung-Fu reforça a sua raiz e os centra para performance, pensando na estética única, fluída e espirálica para o seu desenvolvimento pessoal e profissional.

O que esperar deste encontro de dois dias: entrar em contacto com exercícios e fragrâncias para poder arriscar/expressar com estilo.

Informações

Selecione cada uma das secções abaixo para tomar conhecimento de todas as especificações do workshop e do processo de inscrição.

A quem se destina

Este workshop é direcionado a profissionais, estudantes e pessoas com experiência prévia em movimento, dança e/ou teatro.

Número máximo de participantes: 20 pessoas.

Horários

Workshop: 25 e 26 de maio de 2024, das 15h00 às 18h00.

Local

Forum Dança / Espaço da Penha
Travessa do Calado, 26B
1170-070 Lisboa

Taxa de participação

    • Inscrição: 40 € (quarenta euros), pelos dois dias;
    • Desconto de 10%: para pessoas que frequentam, ou que já frequentaram cursos de longa duração do Forum Dança (PACAP/CGPAE/PEPCC/etc.).

Pré-Inscrição

A pré-inscrição é efetuada através de formulário disponível no nosso site e será validada após receção do comprovativo de pagamento, que deverá enviar para o nosso email.

Processo de inscrição

  1. Faça a sua pré-inscrição on-line no formulário indicado para o efeito;
  2. Aguarde o nosso email com as instruções de pagamento;
  3. Proceda ao pagamento da sua inscrição, conforme indicado no email enviado;
  4. Envie-nos o respetivo comprovativo de pagamento para o nosso email;
  5. A sua inscrição só é validada após a receção do seu comprovativo.

Formulário

Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Inscrições encerradas.

Biografia

Guilherme da Luz

Forum Dança | Workshop de Kung Fu | Guilherme da Luz
Guilherme da Luz © Alexandra Afonso

Guilherme da Luz iniciou-se no caminho do Kung-Fu como um recordar de uma arte/prática que vinha de um passado anterior a si.

 

Passando por várias experiências do Kung-Fu chinês e persa, foi percebendo que queria viver um Kung-Fu em que o Ser Humano é colocado no centro em primeiro plano e tudo o resto, escolas, teorias, filosofias existem para as pessoas e não o contrário, chamando a este método Flor de Lotus.

 

Há quarenta anos a ensinar diariamente um Kung-Fu criativo de desenvolvimento integral.

Forum Dança - Meg Stuart | PACAP 8

PACAP 8
2025

Programa Avançado de Criação em Artes Performativas

Meg Stuart

De 10 de fevereiro a 26 de julho de 2025

Candidaturas abertas

Até 31 de maio de 2024
“Cada novo começo
leva-nos a um mistério.

Cada começo transporta
esse potencial do desconhecido.
Está relacionado com a forma
como nos movemos,
como ouvimos,
como escutamos,
como passamos tempo com algo,

como vemos o que nos rodeia.”
Meg Stuart

Apresentação

PACAP 8 / Mystery School of Choreography
Conceito e Direção Artística: Meg Stuart
Colaboração Artística: Ana Rocha

Proposta

O Forum Dança convida a coreógrafa Meg Stuart como curadora para a 8.ª edição do PACAP a ter lugar em Lisboa, 2025, que propõe o seu conceito e projeto Mystery School of Choreography. Para esta edição, Meg Stuart convida Ana Rocha como colaboradora artística.

 

Mystery School of Choreography (MyS) é um programa de estudos experimentais não convencionais para artistas performativos. É um lugar onde o fascínio pelo metafísico se entrelaça com a composição, a coreografia e a criação artística.

 

Durante estes seis meses, de fevereiro a julho de 2025, trabalharemos no estúdio do Forum Dança, no espaço teatral do Teatro do Bairro Alto, nas galerias da Culturgest, rodeados pela natureza e longe da capital portuguesa n’O Espaço do Tempo, Montemor-o-Novo, e na Ilha de São Miguel, Açores, na Bienal Walk&Talk. Do espaço interior à rua, vamos passar por estas residências em conjunto para refletir e praticar.

 

MyS consistirá em encontros com artistas que partilharão a sua cosmologia pessoal, a sua experiência e o seu processo. Os participantes abordarão os temas da MyS através de momentos de reflexão e, acima de tudo, através de momentos coletivos de performance e de diálogo. A MyS propõe criar um espaço que não se destina a converter ou doutrinar, mas a revelar e criar estruturas para o processo de partilha.

 

Como podemos ligar-nos a esse conhecimento de forma mais precisa? Partindo de uma posição de não-saber. A MyS procura cultivar a atitude do principiante, soltando-se libertando-se de expetativas. Partindo do que nos fascina, estamos também a praticar um sentido de encantamento, como se vivêssemos um sonho lúcido em conjunto. Seremos guiados pela natureza, causa e efeito, transformação energética, desorientação e adivinhação, geometria sagrada, visões rítmicas e voz, alquimia, amor e política, não-localidade e física quântica, contemplação profunda e interior.

 

MyS considera a transmissão de conhecimentos e as perceções ocultas, que não são acessíveis através de meios convencionais, enquanto base para a aprendizagem e para a criação artística através de uma exploração partilhada.

 

MyS centrar-se-á em questões que vão para além das práticas puramente físicas e que podem ser exploradas numa dimensão coletiva, tais como:

 

Como podemos fomentar a imaginação em nós próprios em correlação com o que nos rodeia?
Como podemos (re)alinhar os nossos processos de investigação num encantamento interdimensional?
Como podemos negociar e aprender com a indeterminação, os espaços corpóreos não definidos e os reinos invisíveis, tanto quanto os futuros fictícios?
Como podemos criar uma compreensão mais holística e compassiva do mesmo?
Como partilhamos o fascínio?
Como valorizamos diferentes funções e formas, diferentes tipos de material e de investigação?
Como desenvolvemos e cultivamos uma fonte de colaboração criativa com energias, forças visíveis e invisíveis?

 

MyS é um passo em direção a uma compreensão mais profunda da aprendizagem, da prática e da ativação do conhecimento que está muitas vezes presente nas artes performativas, mas que não é abordado diretamente. Na MyS esboçaremos possibilidades para o futuro da dança e da comunidade.

Participantes

O programa PACAP 8 / MyS é concebido como uma viagem transformadora. Na MyS, trabalharemos juntos: ambientalmente conscientes, socialmente empenhados, passando pelo acesso metafísico para transformar a aprendizagem profunda num ato político. Trabalharemos em conjunto com o corpo e a voz, com o pensamento percetivo crítico.

 

Procuramos artistas profissionais experientes e disponíveis para trabalhar num programa de arte coletiva. Criadores e sonhadores que tenham um forte interesse no entrelaçamento da metafísica e da arte, com generosidade de espírito, pensadores livres, abertos à exploração partilhada, rigorosa e lúdica do desconhecido. O programa MyS procura participantes que já tenham feito trabalho emocional interior, com os pés na terra, não conformistas, sensíveis aos processos dos outros e altamente motivados. Os participantes devem ser flexíveis, apaixonados pela improvisação, abertos a procedimentos aleatórios e a estruturas experimentais.

 

Durante o programa MyS, devem estar dispostos a abandonar noções preconcebidas, a confiar num processo coletivo e a desenhar outros futuros possíveis através de um processo experimental, intensivo e rigoroso. Os participantes terão a oportunidade de pesquisar e compor em vários formatos e ambientes. MyS é um programa colaborativo de seis meses, onde os participantes serão cocriadores e colaboradores com a natureza, com forças desconhecidas e com artistas convidados.

Informações

Pessoas convidadas

  • Benoît Lachambre
  • CAConrad
  • Doug Weiss
  • Gaya de Medeiros
  • Isabela Santana
  • Justin F. Kennnedy
  • Keith Hennessy
  • Márcio Kerber Canabarro
  • Maria F. Scaroni
  • Mariana Tengner Barros
  • Mayfield Brooks
  • Mieko Suzuki
  • Odete
  • Renan Martins
  • Sigal Zouk
  • Xullaji

 

… entre outros a confirmar.

Língua

O inglês será a língua oficial do programa.

 

Importante!
As candidaturas têm de ser enviadas em inglês.

Datas

  • Fecho de candidaturas 31.05.2024
  • Resultados da pré-seleção 17.06.2024
  • Workshop Audição 29.07.2024 – 03.08.2024
  • Resultados finais 30.09.2024
  • Datas do programa 10.02.2025 – 26.07.2025

Horários

Os horários serão intensos e flexíveis. Antes do início do programa será enviado um esboço do horário de trabalho.

Candidaturas

Elementos a enviar:

 

  • CV + 1 foto
  • 3 vídeos curtos do seu trabalho artístico, incluindo registos como criador e enquanto participante em projetos colaborativos (enviar link Vimeo/ YouTube)
  • 1 vídeo acerca de algo que nunca tenha feito antes
  • 1 carta de motivação + 1 partitura MyS sob a forma de, por exemplo, textos ou imagens (2 págs. máx.), inspirados nas perguntas abaixo:

 

    • O que sonha aprender na MyS?
    • Quem são os seus heróis, antepassados e influências artísticas?
    • O que significam para si o mistério e a magia? Defina.
    • Que experiências espirituais influenciam o seu trabalho artístico?
    • Será um espaço coletivo. Que competências pode oferecer ao grupo? Quais são os seus poderes especiais? Que tipo de prática diária tem, e como se organiza?
    • O que o mantém acordado à noite? Que temas o têm obcecado? O que precisa de largar?
    • Sente-se confortável com o silêncio?
    • What’s love got to do with it? (O que o amor tem a ver com isso?)

! NOTA IMPORTANTE !

Não aceitamos links para download de vídeos.

Os links enviados devem dar acesso direto à visualização online dos ficheiros (Youtube, Vimeo, etc.).

Apenas aceitamos como ficheiros para download o Curriculum vitæ, a fotografia e a carta de motivação.

Propinas

  • Inscrição: 200€;
  • Pagamento integral do curso: 2000€;
  • Pagamento em duas prestações: 1100€ x 2.

 

Por favor, não deixe de concorrer por causa de questões financeiras.

Se as propinas forem um motivo de preocupação para si, inclua uma carta na sua candidatura explicando a sua situação financeira.

Bolsas

Existem algumas bolas de estudo disponíveis:

 

  • 2 Bolsas de estudo que oferecem uma redução de 50% do valor das propinas;
  • 1 Bolsa com redução de 100% do valor das propinas, destinada a artistas dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) ou a artistas negros radicados em Portugal.

 

Outras sugestões para apoios:

 

  • Artistas residentes em Portugal podem beneficiar de uma redução até 50% do valor das propinas através de bolsas de estudo atribuídas pela Fundação GDA (no caso de cooperantes da GDA a redução pode ser até 75%);
  • Artistas residentes em países que fazem parte da Europa Criativa podem candidatar-se ao programa Culture Moves Europe.

 

Por favor, não deixe de concorrer por causa de questões financeiras.
Se as propinas forem um motivo de preocupação para si, inclua uma carta na sua candidatura explicando a sua situação financeira.

Candidatura

Até 31 de maio de 2024

Formulário

Importante!
 As candidaturas e toda a documentação têm de ser enviadas em inglês.

 

Candidaturas encerradas

Biografias

Meg Stuart

Forum Dança | PACAP 8 - Meg Stuart
Meg Stuart © Camille Blake

Coreógrafa, realizadora e bailarina, vive e trabalha em Berlim e Bruxelas. Com a sua companhia, Damaged Goods, fundada em 1994, criou mais de trinta produções, que vão desde solos e duetos a peças de grupo, trabalhos de vídeo, criações site-specific e projetos de improvisação.

 

O seu trabalho move-se livremente entre os géneros da dança, do teatro e das artes visuais, impulsionado por um diálogo contínuo com artistas de diferentes disciplinas.

 

Através de ficções e camadas narrativas em constante mudança, Meg Stuart explora a dança como uma fonte de cura e uma forma de transformar o tecido social.

 

A improvisação é uma parte importante da sua prática, como estratégia para se mover a partir de estados físicos e emocionais ou da memória dos mesmos.

 

Tem recebido diversos prémios pelo seu trabalho, nomeadamente o Leão de Ouro de Carreira na Biennale di Venezia em 2018 e foi agraciada com a Guggenheim Fellowship em 2023.

 

Mais informação: www.damagedgoods.be

Ana Rocha

Forum Dança | PACAP 8 - Ana Rocha
Ana Rocha © Vitorino Coragem

Curadora, coreógrafa, performer, dramaturga e professora. Tem sido produtora de artes visuais, música e artes performativas (teatro/dança contemporânea), colabora como gestora de produção de projetos culturais.

 

Faz mediação na área da Cultura e das Artes, criando uma linguagem de pesquisa de ação artística e sociopolítica engajada no desenvolvimento potencial do processo de criação e seu contexto.

 

Ana Rocha opera em campos de multiplicidade e diversidade cultural, corelacionando pontos de reflexão e transição, através do acompanhamento e consultoria de instituições, organizações sem fins lucrativos, coletivos artísticos e criadores nacionais e internacionais.

Participantes

Beatriz Baião (PT), Carlota Mantecón (ES), Damien Najean (FR), Giulia Romitelli (IT), Guillermina Gancio (UY), Hernie Harmon (DE), Jakob von Kietzell (DE), Joana Duvet (PT), Katerina Giannouli (GR), Luna Anais (CH), Marina de Moraes (BR), Marusya Byzova (RU), Maud Buckenmeyer (FR), Minjin Lee (KR), Renan Capivara (BR) and Sérgio Diogo Matias (PT).

Actividades PACAP 7

Apoios e Parcerias

Coprodução PACAP 8: Teatro do Bairro Alto, Culturgest, Anda & Fala | Walk e Talk

Coprodução em Residência PACAP 8: O Espaço do Tempo

Apoios PACAP 8: Alkantara, Casa da Dança – Almada, Fundação GDA, Kees Eijrond Foundation, OPART, E.P.E/Estúdios Victor Córdon, O Rumo do Fumo, Piscina

Forum Dança | Parcerias e Apoios PACAP 8

Créditos da imagem de topo © João Tabarra (2024)

Forum Dança - Meg Stuart | PACAP 8

PACAP 8
em breve

Programa Avançado de Criação em Artes Performativas

Curadoria de Meg Stuart

De 10 de fevereiro a 26 de julho de 2025

O Forum Dança, convidou a coreógrafa Meg Stuart para a curadoria da 8ª edição do PACAP que vai decorrer em 2025.

 

Meg Stuart é coreógrafa e bailarina, nascida nos Estados Unidos da América e que trabalha entre Bruxelas e Berlim com a sua companhia Damaged Goods. A obra de Meg Stuart, que inclui mais de trinta criações, situa-se na fronteira entre a dança e o teatro. Meg Stuart tem estado na vanguarda de numerosos projectos de improvisação e colabora regularmente com artistas nos domínios das artes visuais, da música e da dança.

 

Mais informações sobre esta próxima edição e processo de candidaturas em breve.

 

Mais informações sobre Meg Stuart/Damaged Goods aqui.

Créditos da imagem de topo © Edouard Jacquinet (2018)

Palestra "A Minha História da Dança", por Jonathan Burrows

Jonathan Burrows

11 abril 2024, às 18h30
Biblioteca Camões • Lisboa
Duração aproximada: 2 horas

Entrada livre, mediante lotação do espaço.

 

Biografia

Reino Unido, 1960. O coreógrafo Jonathan Burrows tem-se dedicado a criar um conjunto de peças em colaboração com o compositor Matteo Fargion, com quem tem vindo a atuar um pouco por todo o mundo.

É autor de Writing Dance, publicado pela Varamo Press em 2022, e também de A Choreographer’s Handbook, publicado pela Routledge em 2010.

Atualmente, é Professor Associado no Centre for Dance Research da Coventry University.

Sobre o ciclo de palestras “A minha História da Dança”

 

“Todos nós, bailarinos, coreógrafos ou performers, recebemos de alguma maneira e por alguma via, mais académica ou mais autodidacta, uma ideia da História da Dança, ou da História das Artes Performativas, da qual nos sentimos “descendentes” (e talvez nos sintamos descendentes de várias Histórias ao mesmo tempo!). Houve certamente criadores coreográficos ou cénicos que nos fizeram entender a arte que fazemos da forma como a entendemos hoje. Cada um tem uma ideia específica de como essa História se desenrolou, e para cada um há determinados criadores e determinados movimentos e correntes artísticas que contribuíram para configurar a ideia de dança que tem e pratica e que, de alguma forma, está respondendo a essa História. Estas palestras dar‐nos‐ão a oportunidade de conhecer a História da Dança que cada um criou dentro de si”. – Vera Mantero

 

Participaram em “A Minha História da Dança”
Ana Borralho & João Galante, André Lepecki, António Pinto Ribeiro, Christine de Smedt, Clara Andermatt, Cláudia Dias, Cristina Planas Leitão, Eszter Salamon, Gil Mendo, Gustavo Ciríaco, Francisco Camacho, Jennifer Lacey, Jeroen Peeters, João Fiadeiro, Joclécio Azevedo, La Ribot, Lia Rodrigues, Lisa Nelson, Loïc Touzé, Madalena Victorino, Marcela Levi, Marcelo Evelin, Mark Tompkins, Meg Stuart, Mette Edvardsen, Miguel Pereira, Nadia Lauro, Olga Roriz, Panaibra Gabriel Canda, Rui Horta, Sofia Dias & Vitor Roriz, Sofia Neuparth, Sónia Baptista, Susan Klein, Vânia Rovisco, Vera Mantero, Xavier Le Roy.

 

O ciclo de palestras “A Minha História da Dança” é um projeto desenvolvido pelo Forum Dança e O Rumo do Fumo, estruturas financiadas pela República Portuguesa – Cultura / Direcção-Geral das Artes.

Projeto com apoio do contrato-programa com a Câmara Municipal de Lisboa / Direcção Municipal da Cultura / Divisão da Rede de Bibliotecas.

PREMIERE - Dias Abertos em Madrid

PREMiERE
Open Days em Madrid

Práticas performativas entre arte e ciência

21 e 22 de março de 2024

Durante os Dias Abertos em Madrid, do projeto PREMiERE, terão lugar dois eventos dedicados aos últimos resultados do projeto e à investigação em curso – a performance Re-Embodied Machine, pelo Instituto Stocos, e a apresentação do projeto PREMiERE, pelos investigadores envolvidos. Os eventos dirigem-se a criadores artísticos ligados ao setor digital, profissionais das artes performativas e investigadores de Madrid para se juntarem e participarem na discussão.

 

  • Como é que as artes do espetáculo se relacionam com as tecnologias de ponta?
  • O que se espera que dêem e o que desejam receber?
  • Qual é a forma e as qualidades de um palco que integra práticas digitais?

 

Estas questões desenvolvem-se no decurso do exercício interdisciplinar que o projeto PREMiERE está a realizar com centros de investigação, salas de espetáculos e centros de ensino. O objetivo comum é a transferência de conhecimentos e ferramentas da tecnologia para as artes através de quatro casos de utilização que tocam o núcleo do ciclo de vida das artes do espetáculo: produção, curadoria, entrega e distribuição. Ao mesmo tempo, a transferência de conhecimentos também está a ocorrer no sentido inverso, uma vez que as artes enriquecem o contexto epistemológico da ciência e fornecem esquemas e ferramentas analíticos.

 

Por isso, entre arte e ciência, no âmbito deste projeto, refere-se ao processo de quebrar as fronteiras disciplinares através da interação dinâmica e da transformação mútua das artes performativas e da tecnologia. Os dois eventos de Madrid apresentarão os resultados mais recentes em termos da obra artística que integra a tecnologia digital e a investigação desenvolvida através da prática das artes performativas.

 

Toda a informação em inglês no site do projeto PREMiERE, aqui.

“Re-Embodied Machine” pelo Instituto Stocos

La Casa Encendida | 21 de março, 20h00 (CET)
Evento gratuito | Reserva prévia aqui.

Re-Embodied Machine é um trabalho de palco transdisciplinar centrado na tradução da dança em música e luz. A peça utiliza várias abordagens que incluem a sonificação do movimento e o controlo algorítmico ou interativo de luz robótica e laser. Um espetáculo onde o corpo se relaciona em palco com avatares de som e luz, presenças que se comportam de forma autónoma e com as quais é possível interagir num diálogo multissensorial. Re-Embodied Machine parte de uma experimentação baseada na tradução, captação e transformação da energia e criatividade que emana da experiência corporal noutras formas estéticas, que podem ser a base para a criação artística noutras disciplinas. Este espetáculo faz parte do projeto PREMiERE.

Direção artística: Pablo Palacio e Muriel Romero | Coreografia e interpretação: Muriel Romero | Música: Pablo Palacio | Simulação visual interactiva: Daniel Bisig | Iluminação e laser: Pablo Palacio, Daniel Bisig e Maxi Gilbert | Figurinos: Raquel Buj – Buj Studio | Espaço cénico: Maxi Gilbert | Software, programação e tecnologia interactiva: Daniel Bisig, Pablo Palacio | Som interativo: Pablo Palacio | Maquilhagem: Anna Cartes | Direção técnica: Maxi Gilbert | Mocap Master: Pedro Ribot | Residência técnica e criativa: XLR Estudio | Produção: Mayda Álvarez Islas | Apoio: Programa Horizonte UE e La Casa Encendida.

Apresentação do projeto PREMiERE

UC3M Campus Puerta de Toledo | 22 de março, 19h00 (CET)
Evento gratuito | Reserva prévia aqui.

No segundo dia destes encontros será feita a apresentação do projeto PREMiERE, pelos investigadores tecnológicos envolvidos no projeto. O projeto PREMIERE utiliza práticas interdisciplinares em quatro áreas: na pesquisa e navegação em arquivo, em espetáculos ao vivo, em ensaios, e também na criação artística digitalmente melhorada. Os membros deste consórcio de I&D vão apresentar os resultados mais recentes da investigação em curso, num piloto onde se irá demonstrar algumas das tecnologias que estão a ser testadas:

 

  • Resultados da investigação sobre a tecnologia de IA na prática das artes do espetáculo;
  • Demos pelos parceiros tecnológicos;
  •  Espetáculo de sonificação, numa batalha entre Danças de Rua (com Arnau Pérez) e Flamenco (com Christian Rubio).
PREMiERE logo
Financiamento pela EU

Financiado pela União Europeia. Os pontos de vista e opiniões expressos são, no entanto, da exclusiva responsabilidade do(s) autor(es) e não refletem necessariamente os da União Europeia ou da Agência Executiva Europeia de Investigação (REA). Nem a União Europeia nem a autoridade que concedeu o financiamento podem ser responsabilizadas pelos mesmos.

Tempo Real LAB - Laboratório de estudo, transmissão e aplicação da ferramenta Composição em Tempo Real.

Tempo Real LAB

Laboratório de estudo, transmissão e aplicação

da ferramenta Composição em Tempo Real

De 30 de setembro a 20 de dezembro de 2024

Um curso organizado no quadro do projeto TECER, uma iniciativa de João Fiadeiro enquanto Artista-Investigador Residente do Forum Dança.

Candidaturas encerradas

“Talvez o tempo presente e o tempo passado
Estejam ambos presentes no tempo futuro
E o tempo futuro contido no tempo passado.
Se todo o tempo está eternamente presente
Todo o tempo é irredimível.”
T. S. Eliot, in Quatro Quartetos

 

“A Composição em Tempo Real é uma ferramenta que põe em prática um descentramento radical para abordar aquilo que ultrapassa a experiência humana.”
Emma Bigé, filósofa, bailarina, curadora

Premissa

A Composição em Tempo Real é uma ferramenta que “corre o risco” de ser bem-sucedida na resolução de problemas de decisão e seleção em processos de improvisação ou composição. É uma das suas forças. Mas não é só isso que nos move. Move-nos o desejo de encontrar estratégias de suspensão da certeza. Modos de pensar a ação e de fazer agir o pensamento. Maneiras de não saber em conjunto.

 

TEMPO REAL LAB nasce do desejo em dar corpo a este enunciado.

Proposta

Desde que a Composição em Tempo Real (CTR) começou a ser sistematizada, no fim dos anos 90, que João Fiadeiro desenvolve estratégias para partilhar esta ferramenta de forma avançada e imersiva, para lá do workshop pontual e esporádico.

 

Um curso que possibilite aceder às múltiplas camadas desta prática na duração, a partir dos diferentes ângulos e escalas que a compõem, e com doses equilibradas e interconetadas de pensamento, experimentação e ação.

 

Um curso onde a CTR seja entendida enquanto “campo de estudo”, e que consiga reduzir a distância de territórios normalmente cindidos entre a teoria e a prática; o ficcional e o documental; ou a observação e a ação.

 

Um curso onde a apropriação das suas ferramentas e conceitos aconteça de forma intuitiva e empírica, e onde a sua aplicação responda às necessidades de cada situação, circunstância e utilização.

 

Tivemos exemplos potentes e intensos desta partilha no passado – desde os “Case Studies” nos anos 2000; o AND_Lab no início dos anos 2010 e, mais recentemente, o PACAP 5 aqui no Forum Dança, em 2021. Mas estes cursos tiveram sempre uma “agenda” paralela – a criação artística, a investigação de cariz científico ou a disciplina da improvisação sensu lato – onde a CTR era sempre estudada na relação com outros fins e nunca na sua condição de “meio”, de “entre”, de “processo”.

 

E não é por acaso que isso acontecia. Não é fácil colocar de pé uma plataforma de transmissão para ensinar/partilhar uma prática que, para todos os efeitos, “não serve para nada”. Ou melhor dizendo, serve “o nada”, a ideia de “nada”, aqui entendido não enquanto “ausência” ou “vazio”, mas como algo ainda em aberto, em potência, sem ter sido contaminado e condicionado por um sentido fechado ou uma etiqueta.

 

Mas desta vez, aproveitando o enquadramento de um Centro de Estudo da CTR como a TECER, a perspetiva de continuidade que o Forum Dança proporciona, e o facto dos meus pares mais diretos – Márcia Lança, Carolina Campos, Daniel Pizamiglio ou Cláudia Dias – já terem um corpo de trabalho próprio na investigação, transmissão e aplicação da CTR, sentimo-nos prontos para mergulhar neste vazio.

Programação e Calendarização

TEMPO REAL LAB terá a duração de 12 semanas (de 30 de setembro a 20 de dezembro de 2024), será composto por 4 módulos de 3 semanas cada, onde cada módulo é composto por uma semana dedicada à experiência de um dos dispositivos performáticos síntese da Composição em Tempo Real e duas semanas dedicadas ao estudo da espinha dorsal da ferramenta (a partir dos seus eixos cardinais, premissas e princípios) e de uma “experiência foco” da Composição em Tempo Real.

 

O simples desejo de se desenhar uma calendarização e uma espécie de “currículo” fere, à primeira vista, a natureza da prática da Composição em Tempo Real, que não se quer domesticada e que, no seu modus operandi nuclear, habita o imponderável e o indeterminado. Por outro lado, também sabemos que os rituais e os protocolos resultantes de enquadramentos tipo “curso”, “laboratório” ou mesmo “escola”, não são mais do que referentes genéricos que atraem pessoas a um lugar. Uma vez juntas, são as pessoas que decidem o que é que estão de facto ali a fazer. Se tudo correr bem, as estruturas de poder associadas a estes termos serão desativadas, passando à condição de meros pretextos que nos mobilizaram na direção de um ponto de encontro. Este encontro é a condição necessária para a troca e para a partilha, fim último de um projeto de transmissão e investigação.

 

Dispositivos-Síntese

Os dispositivos-síntese que iremos explorar resultam de práticas desenvolvidas ao longo dos anos de investigação da CTR e refletem preocupações como: a relação entre performatividade e presença do espetador, a restrição e a tarefa como potencializadoras de ambientes de liberdade performativa, a relação entre palavra e ação, o trânsito entre afetos, enunciados e as suas manifestações. Correspondem a preocupações que sintetizam princípios e premissas que sustentam a sua prática, sobretudo aquelas onde se dá um deslocamento da perceção espácio-temporal do acontecimento, do tipo sinestésico, onde os sentidos se cruzam, colidem e sobrepõem. Mais próximo do curso serão partilhados com os participantes detalhes sobre cada um dos dispositivos a serem explorados.

 

Na primeira semana de cada módulo, através dos dispositivos-síntese, teremos a possibilidade de habitar a experiência da CTR mesmo antes de se começar a descascar as diversas camadas que a compõem. Este gesto parece-nos absolutamente necessário para destabilizar a tendência do “pensar primeiro e fazer depois” tão presente nos nossos hábitos cartesianos de acesso ao saber. Queremos assim “protegermo-nos de nós próprios” invertendo a ordem dos fatores, colocando-nos primeiro no interior da experiência para, num segundo tempo, estudar os seus ecos e as suas réplicas. À medida que o curso avança, mesmo esta inversão será subvertida e o acesso à experiência dar-se-á sem distinção clara entre prática e teoria, numa tentativa de diluir e desierarquizar as fronteiras entre o fazer e o pensar.

 

No fim de cada semana, o estudo destes dispositivos terá uma apresentação pública (quatro no total). Esse gesto permitirá estudar um aspeto central desta prática: a influência da observação externa no modo como nos apresentamos (e representamos). Estas apresentações funcionarão ainda como modos de “publicar” a experiência (no sentido de deixar uma marca pública), produzindo assim discurso e arquivo, um dos eixos programáticos da TECER.

 

Espinha dorsal

Durante as manhãs o ponto de encontro será com João Fiadeiro e colaboradores, de forma a estudar e experimentar a Composição em Tempo Real a partir dos seus eixos cardinais, e das suas premissas e princípios estruturantes, quer do ponto de vista dos seus conceitos, como das ferramentas que a sustentam. Neste período dar-se-á mais atenção ao funcionamento da “máquina” e menos à sua aplicabilidade. Se pensarmos numa analogia biológica, a CTR será aqui estudada como se tratasse de uma “célula estaminal”, ainda indiferenciada, que se pode tornar a qualquer momento, numa célula “especializada” (muscular, sanguínea ou cerebral).

 

Experiência foco
Da parte da tarde, o foco transitará para diferentes formas de experimentação e aplicação desta ferramenta, a partir da apropriação feita ao longo dos anos por artistas como Márcia Lança, Carolina Campos, Daniel Pizamiglio e Cláudia Dias, que trabalharam/trabalham intensamente com João Fiadeiro e que desenvolveram abordagens próprias em relação a esta ferramenta. Estas sessões permitirão aos participantes acederem a diferentes vozes no interior da Composição em Tempo Real, reforçando a ideia de que, ao mesmo tempo de que se trata de uma metodologia rigorosa, com princípios e premissas precisas, é também aberta e permeável à sensibilidade singular de quem a incorpora (tanto de quem a transmite como de quem a recebe).

 

Por isso, as “área de estudo” desenhadas para estas sessões será uma consequência direta dos interesses, imaginários e experiências de cada artista que irá orientar as sessões. Dependendo de quem a partilha, e do ângulo em que é abordada, estar-se-á simultaneamente perante a repetição (da técnica) e a diferença (da abordagem). Esta qualidade diagonal e oblíqua faz parte da estrutura desta proposta e transmiti-la a partir de uma experiência múltipla é a consequência lógica do seu modo de operar.

 

Um programa de intenções individual mais detalhado, por parte de cada artista que facilita as sessões, será partilhado mais próximo do curso.

Público-alvo

Procuramos artistas profissionais experientes, ligados à performance e à dança contemporânea, que se identifiquem com uma postura transversal, híbrida e oblíqua do fazer-pensar artístico. É importante que já tenham um corpo de trabalho de reflexão e experimentação consistentes, mesmo que ainda em início de carreira, de forma a se constituírem enquanto coletivo de pares, disponíveis para uma troca desierarquizada, generosa e recíproca.

 

Mesmo que se crie um lugar de investigação seguro, sustentado numa ética de trabalho apoiada em princípios de cuidado e de respeito mútuo, a prática da improvisação e da performance, por definição, pode levar performers para lugares de partilha intensa, muitas vezes vulneráveis, onde a dúvida e o erro têm um lugar de relevo. Procuramos por isso perfis de participantes com maturidade emocional suficiente para fazer face a situações de experimentação que abalem, mesmo que provisoriamente, as suas zonas de conforto. A idade mínima de participação é de 23 anos.

Informações

Selecione cada uma das secções abaixo para tomar conhecimento de todas as especificações do curso e do processo de candidaturas.

Língua

O curso será orientado em inglês e português.

 

Importante!
As candidaturas podem ser enviadas em português e/ou em inglês.

Datas

Após receção do dossier, as candidaturas pré-selecionadas serão convidadas até ao dia 19 de julho de 2024 para uma entrevista online (via zoom) com João Fiadeiro e a equipa curatorial. As candidaturas serão informadas da decisão final até 5 de agosto de 2024.

 

  • Pré-seleção 15.07.2024 – 18.07.2024
  • Resultados da pré-seleção 19.07.2024
  • Entrevistas 25.07.2024 – 26.07.2024
  • Respostas Finais: até 05.08.2024
  • Datas do programa 30.09.2024 – 20.12. 2024

Horários

A organização diária deste curso será dividida por uma sessão matinal e uma sessão durante a tarde.

O curso terá lugar de terça-feira a quinta-feira, sendo as sextas-feiras dedicadas a atividades auto-organizadas pelo grupo.

 

  • 10h00 – 12h30 – sessão da manhã
  • 13h30 – 17h15 – sessão da tarde

Local

Forum Dança / Espaço da Penha
Travessa do Calado, 26B
1170-070 Lisboa

Candidaturas

Elementos a enviar:

 

  • Carta de motivação com as razões pelas quais se candidata (max. 1 pág. A4 .pdf)
  • CV com fotografia e nota biográfica incluída (max. 2 pág. A4 .pdf)
  • Portfólio em pdf ou site onde se possa aceder ao histórico de criações, textos publicados ou colaborações realizadas, com links para registos de vídeo.

 

  • Um texto que responda à seguinte pergunta (max. 1/2 pág. A4 .pdf): Para onde vai a luz quando se apaga?
  • Uma imagem que traduza a seguinte frase: “Todas as coisas estão delicadamente interligadas”
  • Uma frase que traduza a seguinte imagem:
FORM

! NOTA IMPORTANTE !

Não aceitamos links para download de vídeos.

Os links enviados devem dar acesso direto à visualização online dos ficheiros (Youtube, Vimeo, etc.).

Taxa de participação

  • Inscrição 120 €
  • Pagamento integral do curso 800 €
  • Pagamento em 2 prestações 420 € x 2

Bolsas

Será atribuída uma bolsa de redução de 50% do valor da propina, após a seleção.

Formulário

Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

As candidaturas já estão encerradas.

Biografias

João Fiadeiro

Forum Dança | PACAP 5 - João Fiadeiro
João Fiadeiro © Ana Viotti

João Fiadeiro (1965) é um performer, coreógrafo, investigador, professor e curador português.
Pertence à geração de artistas que surgiu no final dos anos oitenta em Portugal e deu origem ao movimento da Nova Dança Portuguesa.
Nos anos 90 estudou e praticou intensamente o Contacto-Improvisação o que o levou a prosseguir e sistematizar a sua própria investigação sobre improvisação sob a designação de Composição em Tempo Real. Esta pesquisa levou-o a coordenar workshops em programas de mestrado e doutorado em várias escolas e universidades em todo o mundo.
Tem feito extensas digressões pela Europa, América do Norte e América do Sul com os seus trabalhos a solo e em grupo.
O seu percurso, quer enquanto coreógrafo ou performer, como enquanto investigador ou curador, centrou-se na criação de condições para a experimentação, a prática laboratorial e o cruzamento interdisciplinar.
Esta actividade foi realizada tanto no quadro da direcção de projectos de programação e investigação artística, que passaram pelo Centro Cultural da Malaposta (1990-95), pelo Espaço Ginjal (1995-1998), pelo Lugar Comum (1999-2000), pelo Espaço A Capital (2000-2002) e pelo Atelier Re.AL (2004-2019), como no quadro da sua prática artística, através das criações e dos ateliers de investigação organizados em torno da Composição em Tempo Real.
O Atelier Re.AL foi uma estrutura que desempenhou um papel preponderante no desenvolvimento da dança contemporânea e de iniciativas transdisciplinares em Portugal.
Em todas estas diferentes plataformas de encontro, João Fiadeiro foi sempre acompanhado por artistas que participaram ativamente enquanto criadores, performers, investigadores e programadores, contribuindo de maneira decisiva para a existência deste projeto durante 30 anos de atividade ininterrupta.

Márcia Lança

Forum Dança | PACAP 5 - Márcia Lança
Márcia Lança

Márcia Lança nasceu em Beja e vive em Lisboa. Em 2008 fundou a VAGAR da qual é diretora artística. Tem trabalhado como coreógrafa e performer em diversas configurações colaborativas.
Move-se em territórios onde as fronteiras entre o ficcional e o real são ténues e difusas. O seu interesse pela materialidade poética de ações e tarefas concretas está no centro dos seus processos de criação.
É apaixonada por composições coletivas emergentes, pelo pensamento enquanto ação e por construções situadas.

Carolina Campos

Forum Dança | PACAP 5 - Carolina Campos
Carolina Campos

Carolina Campos é brasileira e vive entre Lisboa e Barcelona.
Realizou o Programa de Estudos Independentes do Museu de Arte Contemporânea de Barcelona.
No Brasil trabalhou com a Lia Rodrigues Cia de Danças, entre 2008 e 2011.
Colabora intensamente desde 2013 com João Fiadeiro na formação, criação e investigação da Composição em Tempo Real.

Daniel Pizamiglio

Forum Dança | PACAP 5 - Daniel Pizamiglio
Daniel Pizamiglio © Matheus Martins

Daniel Pizamiglio é performer e criador brasileiro.
De 2008 a 2010 fez o Curso Técnico em Dança de Fortaleza (2008-2010). Durante este período encontrou o coreógrafo João Fiadeiro e a partir deste encontro mudou-se para Lisboa em 2012, onde actualmente vive e trabalha.
Desde então estuda e pratica a Composição em Tempo Real; participou no Programa de Estudo, Pesquisa e Criação Coreográfica do Forum Dança (2015-2016); tem colaborado como intérprete, cocriador e assistente de direcção com diferentes artistas.
No seu trabalho autoral, procura um encontro entre a poesia e o corpo (“Dança Concreta”) e como ativar a corporalidade dos afectos e da relação (“Preste Atenção Em Tudo A Partir de Agora”).

Cláudia Dias

Cláudia Dias 
© Adriano Miranda
Cláudia Dias © Adriano Miranda

Cláudia Dias nasceu em Lisboa, em 1972. É coreógrafa, intérprete e professora. Iniciou a sua formação em dança na Academia Almadense, foi bolseira na Companhia de Dança de Lisboa, concluiu o Curso de Formação de Intérpretes de Dança Contemporânea no Forum Dança, e frequentou o Mestrado em Artes Cénicas na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa. Iniciou o seu trabalho como intérprete no Grupo de Dança de Almada. Integrou o colectivo Ninho de Víboras. Colaborou com a Re.Al tendo sido uma intérprete central na estratégia de criação de João Fiadeiro e no desenvolvimento, sistematização e transmissão da Técnica de Composição em Tempo Real. Criou as peças Feedback, E.U. (entrevistem-me urgentemente), Juntem-se 2 a 2, As águias não geram pombas, Per Ti, Histo, One Woman Show, Visita Guiada, Das coisas nascem coisas, Vontade de ter Vontade, 23 + 1 e Nem tudo o que dizemos tem de ser feito nem tudo o que fazemos tem de ser dito. Foi artista associada da Re.Al e do Espaço do Tempo e artista residente no Alkantara. Publicou textos nas revistas Boa União e Woman On Scene e nos livros Correspondencias.Bad e Escenas do Cambio. Premiada pelo Clube Português de Artes e Ideias no concurso Jovens Criadores, 1998. Nomeada para o Prémio Melhor Coreografia de 2013 e de 2017 pela Sociedade Portuguesa de Autores. Desde 2016 desenvolve o projecto Sete Anos Sete Peças acumulando funções de direcção, criação, interpretação e formação. Criou a associação Sete Anos.

Workshop CTR
O corpo enquanto espaço

De 26 a 30 de agosto de 2024, das 14h00 às 18h00

Sensibilidade às condições iniciais II
Uma introdução à Composição em Tempo Real: o corpo enquanto espaço

 

Neste workshop João Fiadeiro contará com a colaboração da performer e artista Márcia Lança de forma a criar e estudar o modo como se estabelecem as condições iniciais para a prática da Composição em Tempo Real. O jogo começará sempre, como protocolo inicial, a partir das posições e relações geradas pela Márcia e pelo João, que funcionarão enquanto referente inicial de exploração e experimentação da Composição em Tempo Real. Essas posições-relações iniciais funcionarão enquanto obstruções que condicionarão a experiência da improvisação. Encontrar a experiência de liberdade no interior de um ambiente-partitura composto por restrições, ao mesmo tempo que se desenvolve relações autónomos e inter-dependentes com quem joga (humanos e não-humanos), será o “objeto de estudo” deste workshop.

Informações

Selecione cada uma das secções abaixo para tomar conhecimento de todas as especificações do workshop e do processo de inscrição.

A quem se destina

Este ciclo de workshops é direcionado a artistas-investigadores com experiência em improvisação (em dança, performance ou teatro).

Número máximo de participantes: 16 pessoas.

Horários

Workshop de verão: De 26 a 30 de agosto de 2024, das 14h00 às 18h00.

Local

Forum Dança / Espaço da Penha
Travessa do Calado, 26B
1170-070 Lisboa

Taxa de participação

    • Inscrição: 100 € (cem euros);
    • Desconto de 10%: para pessoas que frequentam, ou que já frequentaram cursos de longa duração do Forum Dança (CGPAE/PEPCC/etc.);
    • Desconto de 10%: para pessoas que frequentam, ou que já frequentaram o PACAP.

Pré-Inscrição

A pré-inscrição é efetuada através de formulário disponível no nosso site e será validada após receção do comprovativo de pagamento, que deverá enviar para o nosso email.

Processo de inscrição

  1. Faça a sua pré-inscrição on-line no formulário indicado para o efeito;
  2. Aguarde o nosso email com as instruções de pagamento;
  3. Proceda ao pagamento da sua inscrição, conforme indicado no email enviado;
  4. Envie-nos o respetivo comprovativo de pagamento para o nosso email;
  5. A sua inscrição só é validada após a receção do seu comprovativo.

Formulário

Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

As inscrições estão encerradas.

Contextualização

Selecione cada uma das secções abaixo para saber mais.

Composição em Tempo Real

Composição em Tempo Real é uma designação utilizada em inúmeras interações e contextos artísticos, sendo mais usual a sua utilização no campo da música eletrónica e na sua relação com a ciência da computação. No campo da dança contemporânea é utilizada por diversos artistas, como sinónimo da prática da “improvisação” (um termo de certa forma “sequestrado” pelo senso comum, como uma experiência arbitrária, desorganizada ou caótica), de forma a enfatizar a complexidade e o rigor envolvidos no ato de improvisar, sobretudo quando apresentada de forma pública.

 

Quando, nos anos noventa, João Fiadeiro deu início à sua investigação em torno da improvisação, a expressão mais utilizada para reivindicar esse rigor era a expressão “composição instantânea”. De forma meio intuitiva, João Fiadeiro decidiu adotar a noção de “composição em tempo real” para designar a sua investigação, porque era o termo que correspondia melhor à experiência de tempo expandido, distendido e plástico que ele experimentava quando “colidia” com o desconhecido, seja quando improvisava, seja quando compunha. Mais tarde conseguiu formular melhor essa resistência ao termo “instantâneo”, quando percebeu que uma parte importante da hipótese que colocava enquanto investigador, sobre a experiência do performer na sua relação com o tempo, sustentava-se na premissa de que a ideia de “instante” é uma construção artificial do ser humano, que decidiu, a partir do seu interesse (e proveito) próprio, que um instante é a fatia mais fina do tempo e que os momentos sucessivos substituem o anterior.

 

Mais recentemente, ao aceder ao pensamento de autores que estudam o conceito de tempo, essa convicção ganhou ainda mais corpo. Nomeadamente através da formulação de “tempo operativo” que Giorgio Agamben utiliza em “O tempo que resta”. Agamben apoia-se no linguista Gustave Guillaume (1883-1960) que afirma (no seu livro Temps et verbe) que “toda a experiência mental, por mais rápida [que seja], necessita de um certo tempo, que pode ser brevíssimo, mas nem por isso menos real”. Aquilo a que Guillaume define como “tempo operativo” (e João Fiadeiro como “tempo real”) é exatamente “o tempo que a mente emprega para realizar uma imagem-tempo”. Agamben complementa este raciocínio quando diz que “um exame atento dos fenómenos da linguagem mostra que as línguas organizam os seus sistemas verbais, não segundo o esquema linear precedente (…) mas através da referência da imagem construída no tempo operativo da sua construção.”. O tempo operativo (ou, como diria Fiadeiro, “tempo real”) “não é nem a linha – representável mas impensável – do tempo cronológico, nem o instante – igualmente impensável – do seu fim, e muito menos um segmento extraído do tempo cronológico (…). É antes o tempo operativo que urge no tempo cronológico e o trabalha e transforma a partir do interior, tempo do qual precisamos para fazer findar o tempo – nesse sentido: o tempo que nos resta.”.

 

Percebe-se, pelo que foi dito, que ao se debater sobre o termo de “instante” ou de “tempo real” para designar o tipo de “composição” que está aqui em jogo, João Fiadeiro não tem como referência o tempo partilhado entre improvisador e espetador, mas o tempo interno do performer, na gestão da experiência que medeia a identificação, a circunscrição e o processamento dos estímulos; a seleção e escolha das possibilidades de relação; e a sua consequente manifestação em forma de gesto e ação.

 

A utilização da expressão “Composição em Tempo Real” utilizada por João Fiadeiro para designar a sua investigação e prática, tem que ser entendida à luz desta reflexão.

João Fiadeiro

Forum Dança | PACAP 5 - João Fiadeiro
João Fiadeiro © Ana Viotti

João Fiadeiro (1965) pertence à geração de artistas que surgiu no final dos anos oitenta em Portugal e deu origem à Nova Dança Portuguesa, movimento fortemente influenciado pelo Judson Dance Theatre na América e pela cena New Dance na Europa.

 

Entre 1990 e 2019 foi diretor artístico do Atelier RE.AL, espaço que teve um papel preponderante no desenvolvimento da dança contemporânea e de iniciativas transdisciplinares em Portugal, tanto no âmbito da arte como entre arte, ciência e sociedade. Entre os projetos organizados por esta associação, destacam-se o LAB/Moving Projects (1992-2006), uma plataforma de work in progress de artistas emergentes; “Restos, rastos e traços” e “G.host” (2009-2011), dois programas de residência com foco em práticas de documentação para a arte contemporânea; e o projeto AND_Lab (2011-2014), um laboratório de pesquisa que trabalha a relação entre ética, estética e política, estão entre as iniciativas de maior impacto na comunidade.

 

João Fiadeiro tem feito extensas digressões pela Europa, América do Norte e América do Sul com os seus trabalhos a solo e em grupo. As suas peças navegam entre disciplinas (performance, dança e teatro), contextos (teatros, museus ou site-specific) e formatos (coreografias, happenings ou palestras-performances), numa tentativa de manter uma “sensibilidade radical” face ao presente e manter-se vigilante contra qualquer forma de estagnação ou perda do discurso crítico.

 

Entre 1995 e 2003 colaborou com os Artistas Unidos, companhia de teatro sediada em Lisboa, onde foi responsável pela movimentação dos atores em peças de Silva Melo, Shakespeare, Brecht, Goethe, etc. encenou peças de Samuel Beckett (Waiting for Godot), Sarah Kane (Psychosis 4’48’‘) e Jon Fosse (Nightsongs).

 

Paralelamente ao seu trabalho como coreógrafo, encenador e curador, João Fiadeiro estudou e praticou de forma intensa o Contacto-Improvisação nos anos 90, o que o levou a prosseguir e sistematizar a sua própria investigação sobre improvisação sob a designação de Composição em Tempo Real. Esta investigação, que começou por ser uma ferramenta de apoio às suas próprias práticas criativas, tem desde então sido utilizada por investigadores das áreas das artes e das ciências (provenientes de áreas tão diversas como a antropologia, as ciências dos sistemas complexos ou a economia), como plataforma teórico-prática para o estudo de decision-making, representação e colaboração. Este trabalho levou-o a lecionar em diferentes espaços independentes na Europa e América do Sul (Brasil, Uruguai, Argentina e Chile) e a conduzir workshops nos mais importantes programas de mestrado e escolas da Europa relacionados à dança contemporânea como PACAP/Forum Dança; EXERCE Master, Mestrado em Prática Artística e Cultura Visual no Museu Rainha Sofia; Programa SoDA MA; Estudos Performativos na Universidade de Hamburgo; Mestrado em Coreografia de Amsterdão; Mestrado em Teatro DasArts; a.pass_estudos avançados de performance e cenografia; MA Theatre Academy da University of the Arts Helsinki; Villa Arson; Centre National de la Danse, etc.

 

A ferramenta Composição em Tempo Real tem desde então alargado a sua aplicação fora do campo artístico com iniciativas como “Soft Skills for Hard Decisions”, concebida em colaboração com o economista António Alvarenga e aplicada em departamentos de recursos humanos de fundações; ou a disciplina “Estigmergia Social” concebida para o programa de doutoramento da Universidade ISCTE em Lisboa com o cientista de sistemas complexos Jorge Louçã.

 

Em 2018 João Fiadeiro publicou o livro “Anatomia de uma Decisão” onde sintetizou a sua pesquisa ao longo da vida sobre Composição em Tempo Real e em 2019 co-coordenou (com Romain Bigé) a exposição Drafting Interior Techniques na Culturgest, a primeira retrospetiva realizada sobre o trabalho e legado de Steve Paxton.

Márcia Lança

Forum Dança | PACAP 5 - Márcia Lança
Márcia Lança

Márcia Lança nasceu em Beja e vive em Lisboa. Em 2008 fundou a VAGAR da qual é diretora artística. Tem trabalhado como coreógrafa e performer em diversas configurações colaborativas.

 

Move-se em territórios onde as fronteiras entre o ficcional e o real são ténues e difusas. O seu interesse pela materialidade poética de ações e tarefas concretas está no centro dos seus processos de criação.

 

É apaixonada por composições coletivas emergentes, pelo pensamento enquanto ação e por construções situadas.

 

Mais informações aqui

Workshop CTR
O espaço enquanto corpo

De 1 a 5 de abril, das 14h00 às 18h00

Sensibilidade às condições iniciais I
Uma introdução à Composição em Tempo Real: o espaço enquanto corpo

 

Neste workshop João Fiadeiro contará com a colaboração do arquiteto e artista João Gonçalo Lopes de forma a criar as condições iniciais para a prática da Composição em Tempo Real. O jogo começará sempre, como protocolo inicial, a partir de um “espaço preparado” (um pouco à imagem do “piano preparado” de John Cage), que funcionará enquanto território de exploração e experimentação da Composição em Tempo Real. Esta preparação criará uma topografia espacial que, através das obstruções e das restrições criadas, condicionará a experiência da improvisação. Encontrar a experiência de liberdade no interior de um ambiente-partitura composto por restrições, ao mesmo tempo que se desenvolve relações autónomos e inter-dependentes com quem joga (humanos e não-humanos), será o “objeto de estudo” deste workshop.

Informações

Selecione cada uma das secções abaixo para tomar conhecimento de todas as especificações do workshop e do processo de inscrição.

A quem se destina

Este ciclo de workshops é direcionado a artistas-investigadores com experiência em improvisação (em dança, performance ou teatro).

Número máximo de participantes: 16 pessoas.

Horários

Workshop da Páscoa: De 1 a 5 de abril de 2024, das 14h00 às 18h00.

Local

Forum Dança / Espaço da Penha
Travessa do Calado, 26B
1170-070 Lisboa

Taxa de participação

    • Inscrição: 100 € (cem euros);
    • Desconto de 10%: para pessoas que frequentam, ou que já frequentaram cursos de longa duração do Forum Dança (CGPAE/PEPCC/etc.);
    • Desconto de 25%: para pessoas que frequentam, ou que já frequentaram o PACAP.

Pré-Inscrição

A pré-inscrição é efetuada através de formulário disponível no nosso site e será validada após receção do comprovativo de pagamento, que deverá enviar para o nosso email.

Processo de inscrição

  1. Faça a sua pré-inscrição on-line no formulário indicado para o efeito;
  2. Aguarde o nosso email com as instruções de pagamento;
  3. Proceda ao pagamento da sua inscrição, conforme indicado no email enviado;
  4. Envie-nos o respetivo comprovativo de pagamento para o nosso email;
  5. A sua inscrição só é validada após a receção do seu comprovativo.

Formulário

Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

As inscrições estão encerradas.

Contextualização

Selecione cada uma das secções abaixo para saber mais.

Composição em Tempo Real

Composição em Tempo Real é uma designação utilizada em inúmeras interações e contextos artísticos, sendo mais usual a sua utilização no campo da música eletrónica e na sua relação com a ciência da computação. No campo da dança contemporânea é utilizada por diversos artistas, como sinónimo da prática da “improvisação” (um termo de certa forma “sequestrado” pelo senso comum, como uma experiência arbitrária, desorganizada ou caótica), de forma a enfatizar a complexidade e o rigor envolvidos no ato de improvisar, sobretudo quando apresentada de forma pública.

 

Quando, nos anos noventa, João Fiadeiro deu início à sua investigação em torno da improvisação, a expressão mais utilizada para reivindicar esse rigor era a expressão “composição instantânea”. De forma meio intuitiva, João Fiadeiro decidiu adotar a noção de “composição em tempo real” para designar a sua investigação, porque era o termo que correspondia melhor à experiência de tempo expandido, distendido e plástico que ele experimentava quando “colidia” com o desconhecido, seja quando improvisava, seja quando compunha. Mais tarde conseguiu formular melhor essa resistência ao termo “instantâneo”, quando percebeu que uma parte importante da hipótese que colocava enquanto investigador, sobre a experiência do performer na sua relação com o tempo, sustentava-se na premissa de que a ideia de “instante” é uma construção artificial do ser humano, que decidiu, a partir do seu interesse (e proveito) próprio, que um instante é a fatia mais fina do tempo e que os momentos sucessivos substituem o anterior.

 

Mais recentemente, ao aceder ao pensamento de autores que estudam o conceito de tempo, essa convicção ganhou ainda mais corpo. Nomeadamente através da formulação de “tempo operativo” que Giorgio Agamben utiliza em “O tempo que resta”. Agamben apoia-se no linguista Gustave Guillaume (1883-1960) que afirma (no seu livro Temps et verbe) que “toda a experiência mental, por mais rápida [que seja], necessita de um certo tempo, que pode ser brevíssimo, mas nem por isso menos real”. Aquilo a que Guillaume define como “tempo operativo” (e João Fiadeiro como “tempo real”) é exatamente “o tempo que a mente emprega para realizar uma imagem-tempo”. Agamben complementa este raciocínio quando diz que “um exame atento dos fenómenos da linguagem mostra que as línguas organizam os seus sistemas verbais, não segundo o esquema linear precedente (…) mas através da referência da imagem construída no tempo operativo da sua construção.”. O tempo operativo (ou, como diria Fiadeiro, “tempo real”) “não é nem a linha – representável mas impensável – do tempo cronológico, nem o instante – igualmente impensável – do seu fim, e muito menos um segmento extraído do tempo cronológico (…). É antes o tempo operativo que urge no tempo cronológico e o trabalha e transforma a partir do interior, tempo do qual precisamos para fazer findar o tempo – nesse sentido: o tempo que nos resta.”.

 

Percebe-se, pelo que foi dito, que ao se debater sobre o termo de “instante” ou de “tempo real” para designar o tipo de “composição” que está aqui em jogo, João Fiadeiro não tem como referência o tempo partilhado entre improvisador e espetador, mas o tempo interno do performer, na gestão da experiência que medeia a identificação, a circunscrição e o processamento dos estímulos; a seleção e escolha das possibilidades de relação; e a sua consequente manifestação em forma de gesto e ação.

 

A utilização da expressão “Composição em Tempo Real” utilizada por João Fiadeiro para designar a sua investigação e prática, tem que ser entendida à luz desta reflexão.

João Fiadeiro

Forum Dança | PACAP 5 - João Fiadeiro
João Fiadeiro © Ana Viotti

João Fiadeiro (1965) pertence à geração de artistas que surgiu no final dos anos oitenta em Portugal e deu origem à Nova Dança Portuguesa, movimento fortemente influenciado pelo Judson Dance Theatre na América e pela cena New Dance na Europa.

 

Entre 1990 e 2019 foi diretor artístico do Atelier RE.AL, espaço que teve um papel preponderante no desenvolvimento da dança contemporânea e de iniciativas transdisciplinares em Portugal, tanto no âmbito da arte como entre arte, ciência e sociedade. Entre os projetos organizados por esta associação, destacam-se o LAB/Moving Projects (1992-2006), uma plataforma de work in progress de artistas emergentes; “Restos, rastos e traços” e “G.host” (2009-2011), dois programas de residência com foco em práticas de documentação para a arte contemporânea; e o projeto AND_Lab (2011-2014), um laboratório de pesquisa que trabalha a relação entre ética, estética e política, estão entre as iniciativas de maior impacto na comunidade.

 

João Fiadeiro tem feito extensas digressões pela Europa, América do Norte e América do Sul com os seus trabalhos a solo e em grupo. As suas peças navegam entre disciplinas (performance, dança e teatro), contextos (teatros, museus ou site-specific) e formatos (coreografias, happenings ou palestras-performances), numa tentativa de manter uma “sensibilidade radical” face ao presente e manter-se vigilante contra qualquer forma de estagnação ou perda do discurso crítico.

 

Entre 1995 e 2003 colaborou com os Artistas Unidos, companhia de teatro sediada em Lisboa, onde foi responsável pela movimentação dos atores em peças de Silva Melo, Shakespeare, Brecht, Goethe, etc. encenou peças de Samuel Beckett (Waiting for Godot), Sarah Kane (Psychosis 4’48’‘) e Jon Fosse (Nightsongs).

 

Paralelamente ao seu trabalho como coreógrafo, encenador e curador, João Fiadeiro estudou e praticou de forma intensa o Contacto-Improvisação nos anos 90, o que o levou a prosseguir e sistematizar a sua própria investigação sobre improvisação sob a designação de Composição em Tempo Real. Esta investigação, que começou por ser uma ferramenta de apoio às suas próprias práticas criativas, tem desde então sido utilizada por investigadores das áreas das artes e das ciências (provenientes de áreas tão diversas como a antropologia, as ciências dos sistemas complexos ou a economia), como plataforma teórico-prática para o estudo de decision-making, representação e colaboração. Este trabalho levou-o a lecionar em diferentes espaços independentes na Europa e América do Sul (Brasil, Uruguai, Argentina e Chile) e a conduzir workshops nos mais importantes programas de mestrado e escolas da Europa relacionados à dança contemporânea como PACAP/Forum Dança; EXERCE Master, Mestrado em Prática Artística e Cultura Visual no Museu Rainha Sofia; Programa SoDA MA; Estudos Performativos na Universidade de Hamburgo; Mestrado em Coreografia de Amsterdão; Mestrado em Teatro DasArts; a.pass_estudos avançados de performance e cenografia; MA Theatre Academy da University of the Arts Helsinki; Villa Arson; Centre National de la Danse, etc.

 

A ferramenta Composição em Tempo Real tem desde então alargado a sua aplicação fora do campo artístico com iniciativas como “Soft Skills for Hard Decisions”, concebida em colaboração com o economista António Alvarenga e aplicada em departamentos de recursos humanos de fundações; ou a disciplina “Estigmergia Social” concebida para o programa de doutoramento da Universidade ISCTE em Lisboa com o cientista de sistemas complexos Jorge Louçã.

 

Em 2018 João Fiadeiro publicou o livro “Anatomia de uma Decisão” onde sintetizou a sua pesquisa ao longo da vida sobre Composição em Tempo Real e em 2019 co-coordenou (com Romain Bigé) a exposição Drafting Interior Techniques na Culturgest, a primeira retrospetiva realizada sobre o trabalho e legado de Steve Paxton.

João Gonçalo Lopes

João Gonçalo Lopes
João Gonçalo Lopes © Gustavo Ciríaco

João Gonçalo Lopes é um arquiteto que trabalha em várias disciplinas entre a arte, o design e a educação. Tendo tido uma experiência diversificada em diferentes partes do globo, trabalha atualmente com uma abordagem prática em escalas que vão desde o design urbano, a instalações artísticas ou design de mobiliário.

 

Com uma atitude baseada no contexto, o seu trabalho está enraizado em processos de colaboração e de construção de comunidades, centrando-se na ecologia dos materiais como meio de alcançar realidades conscientes e complexas.

 

Valoriza espaços e objectos que existem como facilitadores da experiência. Para tal, utiliza um conjunto alargado de ferramentas que provêm de diferentes disciplinas, sejam elas sociais, políticas, artísticas, construtivas ou espaciais.

 

Mais informação, aqui.

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