Livro Meg Stuart / Damaged Goods
Let’s Not Get Used To This Place
Meg Stuart / Damaged Goods 2008-2023
Let’s Not Get Used To This Place é uma publicação dedicada ao trabalho da coreógrafa Meg Stuart e da companhia Damaged Goods, assinalando mais de uma década de criação coreográfica.
Editado por Julie De Meester, Astrid Kaminski e Jeroen Versteele, “Let’s Not Get Used To This Place” reúne um extenso acervo de materiais – reflexões, entrevistas, partituras, notas de processo, ensaios, poesia, fotografias e textos performativos – que abrangem a obra de Stuart entre 2008 e 2023.
Como gesto memorativo do PACAP 8, Programa dirigido por Meg Stuart em 2025, o Forum Dança disponibiliza alguns exemplares para venda
[limitado ao stock existente]
Informações
Sobre o livro
Let’s Not Get Used To This Place // Meg Stuart/Damaged Goods
Desde o início dos anos 90, Meg Stuart, nascida em 1965 em Nova Orleães, EUA, e a sua companhia de dança Damaged Goods, sediada em Bruxelas, têm produzido um notável e audacioso corpo de trabalho coreográfico. Há dez anos, a Damaged Goods publicou Are we here yet? (ed. Jeroen Peeters), que abrange os primeiros 20 anos da carreira de Meg Stuart.
Em Let’s Not Get Used to This Place, a coreógrafa mergulha em mais de uma década de trabalhos através de reflexões, entrevistas, partituras e exercícios, e notas sobre a prática de criar, atuar, ensinar e viver a dança. Estes são misturados com relatórios, ensaios e poesia de colaboradores próximos e estranhos íntimos, fotografias, textos de espectáculos e material de arquivo. O título do livro, retirado de um dos trabalhos de vídeo recentes de Stuart, liga estas fontes multifacetadas num desejo de descartar estratégias experimentadas e testadas, explorar novos contextos e transgredir o limite do que (não) sabemos.
Esta publicação coincide também com o trigésimo aniversário de Damaged Goods: uma forma perfeita de celebrar este notável legado.
Excerto
“Há anos que chamo a palavra “mudança” aos bailarinos, para que passem de um estado improvisado para outro sem apego ou preparação. Quanto mais proponho esta tarefa, mais descubro que o que fica é mais significativo do que a própria mudança. A mudança reforça não só a qualidade do abandono, mas também o empenho da atenção que damos ao estado ou à ideia física que abandonamos. As mudanças abruptas marcam onde estamos, o que temos de deixar, e o que é preciso para deixar ir e voltar a abrir.
Num outro exercício, seguramos uma pessoa com força e mantemos o traço desse contacto físico depois de a largarmos; depois movemo-nos com o traço e a forma dessa pessoa. Também se pode fazer isto com objectos. Cada experiência vivida deixa uma marca. Ao traçarmos a forma dessa marca, levamos a experiência connosco para o lugar seguinte. Acredito que o tempo não é um fluxo único. É sempre possível voltar atrás e reenquadrar. Os acontecimentos passados não são fixos; são um processo que ainda se está a desenrolar. Podemos escrever cartas a pessoas que já morreram, por exemplo. Isso muda a nossa relação com elas. Eu fiz isso.”
Meg Stuart
+ Info
Editado por: Astrid Kaminski, Jeroen Versteele, Julie De Meester
Design gráfico: Sean Yendrys com Björn Giesecke
Contribuições: Jean-Marc Adolphe, Márcio Kerber Canabarro, Tim Etchells, Thomas F. DeFrantz, Philipp Gehmacher, Ezra Green, Astrid Kaminski, André Lepecki e Eleonora Fabiano, Jeroen Peeters, Gerald Siegmund, Claire Vivianne Sobottke, Maria F. Scaroni, Meg Stuart, Jeroen Versteele, Jozef Wouters e muitos outros.
Distribuído por: les presses du réel
Idioma: Inglês 528p., 16,5 x 23,5 cm
ISBN: 9782960320718
Preço:
45€ preço normal
38€ desconto ex-alunas/os de cursos de longa duração Forum Dança
Mais informações e pré-encomendas: forumdança@forumdança.pt
Biografias
Meg Stuart

Coreógrafa, realizadora e bailarina, vive e trabalha em Berlim e Bruxelas. Com a sua companhia, Damaged Goods, fundada em 1994, criou mais de trinta produções, que vão desde solos e duetos a peças de grupo, trabalhos de vídeo, criações site-specific e projetos de improvisação.
O seu trabalho move-se livremente entre os géneros da dança, do teatro e das artes visuais, impulsionado por um diálogo contínuo com artistas de diferentes disciplinas.
Através de ficções e camadas narrativas em constante mudança, Meg Stuart explora a dança como uma fonte de cura e uma forma de transformar o tecido social.
A improvisação é uma parte importante da sua prática, como estratégia para se mover a partir de estados físicos e emocionais ou da memória dos mesmos.
Tem recebido diversos prémios pelo seu trabalho, nomeadamente o Leão de Ouro de Carreira na Biennale di Venezia em 2018 e foi agraciada com a Guggenheim Fellowship em 2023.
Mais informação: www.damagedgoods.be
Créditos da imagem de topo © Capa do Livro: foto de Eva Würdinger, design de Sean Yendrys
 
 
