Márcio K. Canabarro
25 de junho 2025, das 18h00 às 20h00
Auto-Fiction as Awareness Practice
(Auto-Ficção como Prática de Consciência)
Esta “palestra”, Auto-Ficção como Prática de Consciência, explora a narração de histórias, a incorporação e a perceção. Estuda a forma como a escrita e a dança servem como ferramentas de auto-tradução, permitindo ao artista reformular a identidade, a memória e a própria realidade. À medida que a visão se desvanece, o corpo torna-se um texto vivo – um texto que o público lê, interpreta e possui.
A “palestra” perturba as ideias de verdade, propondo a ficção como uma forma mais profunda de honestidade. Provoca o olhar, perguntando: Pode a visão divorciar-se do ponto de vista? O que é mais real – o ato de criação ou as circunstâncias do criador?
Através da “ciência”, da “dança” e da auto-narração radical, o orador realiza uma experiência de presença e desaparecimento, em que o próprio ato de ver é questionado pelas suas origens bioquímicas. Não se trata apenas de uma palestra, mas de um convite à entrega – à ficção, ao movimento, aos travões no coração (porque podem produzir muita escrita).
E depois? Bebemos. Ou falamos. Ou as duas coisas.
Esta palestra será conduzida em inglês.
Márcio K. Canabarro

Márcio K. Canabarro nasceu em 1985 no Brasil. É bailarino e coreógrafo, licenciado em Comunicação Social, com especialização em Performance pela SEAD e certificado em Terapia Mio-reflexiva Corporal.
Interessa-se em explorar as intersecções entre narratologia, performance e práticas de mindfulness. O seu trabalho centra-se nas implicações sócio-emocionais dos preconceitos culturais em torno da visão na formação da intimidade, autoestima e papéis sociais dos cegos, deficientes visuais e indivíduos que perdem a visão.
Sofre de uma doença degenerativa chamada retinitis pigmentosa, que causa a perda progressiva da visão periférica e, eventualmente, a cegueira. Em vez de a tratar como um obstáculo, vê-a como um colaborador criativo que requer adaptabilidade, inventividade e ligação. Reenquadra a experiência da deficiência visual não como um isolamento, mas como uma oportunidade de mediar um ponto de consciência alternativo.
Também trabalha como bailarino freelancer para Hodworks (HU), CRANKY BODIES/ uma companhia (DE) e Meg Stuart/Damaged Goods (BE/DE). No passado, colaborou com Benoit Lachambre, Sara Shelton Mann, Mark Thompkins, Keith Henessy e outros.
Informação geral
Data
25 de junho de 2025, das 18h00 às 20h00
Local
Forum Dança – Espaço da Penha
Travessa do Calado, 26B, 1170-070 Lisboa
Entrada livre, sujeita à lotação do espaço.
Foto de topo © Pat Mic
Palestras PACAP 8 / Mystery School
Apoios e Parcerias
Coprodução PACAP 8: Culturgest | Teatro do Bairro Alto | Anda & Fala | Walk e Talk | Goethe-Institut Portugal, no âmbito do festival Kulturfest.
Coprodução em Residência PACAP 8: O Espaço do Tempo
Apoios PACAP 8: Alkantara | Casa da Dança – Almada | Fundação GDA | Kees Eijrond Foundation | OPART, E.P.E/Estúdios Victor Córdon | O Rumo do Fumo | Piscina
