Laboratório
Coreográfico

Com Maria Ramos

Ano letivo 2024/2025

Quarta-Feira | 19h30-21h30

“Aulas regulares de criação e de experimentação em Dança, organizadas por ciclos trimestrais, com partilhas informais de três em três meses ao longo do ano lectivo.
A partir das práticas e das metodologias de improvisação-composição que tenho vindo a desenvolver no contexto do meu trabalho coreográfico e pedagógico, iremos, num primeiro momento, criar ‘corpo’ (corpo individual e corpo colectivo) e, depois, criar acontecimentos performativos abordando a relação do corpo com o espaço, com o som, com os objectos, com imagens e textos (num movimento gradual, plural e quadridimensional).
Teremos como objecto de estudo analisar as ‘regras’ do ‘jogo’ (estrutura de improvisação, composição, mapa, partitura-score) para depois podermos ir transgredindo as ‘regras’ e descobrir propostas performativas em que todos somos, simultaneamente, ‘construtores’ e intérpretes.
Ao longo do ano lectivo, contamos também com convidados pontuais (coreógrafos/bailarinos), que irão desenvolver uma proposta de trabalho com o grupo durante um determinado período de tempo.

Referências & territórios de investigação
Goat Island Performance Group; Deborah Hay; Angus Balbernie; Antony Gormley; Alberto Carneiro; Barry Lopez; Meg Stuart; Samuel Beckett; Nick Cave & Warren Ellis; Robert Ellis Dunn (improvisation and choreography classes); Mary Fulkerson; Mary Overlie (The six Viewpoints)

Convidados dos anos anteriores
Joana Pupo (actriz/criadora), Jaime Mears (actriz/criadora, AU-PT), Ana Mira (bailarina/docente), Sara Anjo (bailarina/criadora), Teresa Silva (bailarina/criadora), Angus Balbernie (coreógrafo/director, UK), Christy Funsch (bailarina/criadora, USA), Inês Zinho Pinheiro (bailarina/criadora), Albert Dean (músico), Miguel Sobral Curado (músico).

Organização do Laboratório Coreográfico para 2024/25
O comprometimento e a entrega pessoal é essencial para que haja uma progressão do trabalho individual e colectivo. Os participantes poderão comprometer-se durante um, dois ou três ciclos de trabalho, sendo que cada ciclo corresponde a aproximadamente treze aulas.

• Ciclo 1 – Outubro a Dezembro, partilha informal com público convidado – Dezembro, 2024
• Ciclo 2 – Janeiro-Março, partilha informal com público convidado – Março, 2025
• Ciclo 3 – Abril-Junho, partilha informal com público convidado – Junho, 2025

*Datas sujeitas a alterações.

Público alvo
Aulas abertas a todos os interessados em desenvolver e aprofundar os seus conhecimentos na área da dança contemporânea (fisicalidade, exploração de movimento, trabalho de interpretação, improvisação-composição).
Temos contado com grupos heterogéneos cujas áreas profissionais variam entre ciências, ciências sociais, desporto, bailarinos/criadores e artistas de outras áreas como cinema, artes visuais, artes plásticas, música e teatro, o que tem gerado uma multiplicidade de perspectivas bastante estimulante e enriquecedora.

Roupa / Material
Roupa prática e confortável para nos podermos mover à vontade e que também proteja o corpo para quando fazemos trabalho de chão (calça e t-shirt de manga comprida). Algumas propostas de trabalho irão estender-se além do estúdio, nesse caso, é bom trazer um casaco e calçado confortável. Garrafa de água, caderno e caneta.”

Biografia

Maria Ramos
Entre 1996 e 2009, viveu nos Países Baixos, onde estudou e desenvolveu a sua carreira profissional como bailarina, trabalhando com diversos coreógrafos independentes nos Países Baixos, Alemanha, Inglaterra e EUA. Destacam-se os trabalhos com o coreógrafo/diretor Angus Balbernie (UK), as coreógrafas Olga Pona (RU), Katja F. M. Wolf (DE) e Janis Claxton (UK-AU). Fez a sua formação em Dança na Hogeschool voor de kunsten/ArtEZ (1996-2000) e obteve o mestrado em Coreografia, ArtEZ Master of Choreography (Moc, 2006-2008), no ArtEZ Institute of the Arts de Arnhem.

De regresso a Portugal, completou o curso de Pesquisa e Criação do Forum Dança, em Lisboa, no contexto do qual começou a criar o seu primeiro trabalho a solo, 7pm/Rumour, peça que dá início ao ciclo de trabalhos intitulado Um Certo Grau de Imobilidade, apoiado pela DGArtes e pela Fundação Gulbenkian. Esse ciclo também inclui as peças Nerves e Something Still Uncaptured, apresentadas nos Países Baixos, Portugal e Argentina. Posteriormente, coreografou a peça Árida, projeto apoiado pela DGArtes.

Actualmente colabora com a atriz e criadora Joana Pupo (no projecto O Corpo Inominável) e com a coreógrafa Madalena Victorino (em vários projectos coreográficos), como bailarina/cocriadora ou como assistente de criação. Paralelamente, lecciona na Escola Superior de Dança (desde 2017), na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha (desde 2016) e no Forum Dança (desde 2012).

“Quando me perguntam que técnica de dança lecciono e com quem estudei improvisação, composição e coreografia, acabo sempre por ter de falar sobre o meu percurso e práticas de dança. Nas minhas aulas, faço uma abordagem própria que inclui técnicas de dança contemporânea que têm como base a técnica Release (aprendidas com Amélia Bentes e Sofia Neuparth e, mais tarde, durante o curso na EDDC/ArtEZ com os professores Eva Karczag, Mary O’Donnell Fulkerson, Gill Clarke e João da Silva); contact-improvisation (Karen Nelson, Steve Paxton); floor work; partner work (David Zambrano, Iñaki Azpillaga/Ultima Vez); fall and recovery; movimento vertical e através do espaço; improvisação e composição. Desenvolvidas ao longo do meu percurso em dança com professores e coreógrafos da chamada Nova Dança Portuguesa, como Sofia Neuparth, Amélia Bentes, Peter Michael Dietz, Clara Andermatt e Francisco Camacho, especialmente no contexto do Curso de Pesquisa e Criação Coreográfica de cinco meses no Forum Dança, assim como nos Países Baixos e na Inglaterra, com criadores e professores como Steve Paxton, Deborah Hay, Yvonne Rainer (com quem aprendi o icónico solo “Trio A”) e Karen Nelson/Lisa Nelson, e com bailarinos e professores das companhias Trisha Brown e Siobhan Davies, Eva Karczag (que me transmitiu noções de ‘full-body movement and the practice of being in the moment’ e com quem também pratiquei a arte marcial T’ai Chi Ch’uan que, por sua vez, Karczag aprendeu com a professora Gerda Geddes), Lisa Kraus e Gill Clarke.

Também marcante para mim a nível do trabalho performativo do intérprete, da composição e da improvisação foi o trabalho que desenvolvi enquanto bailarina com o coreógrafo/director Angus Balbernie, entre 2000-2009, e os workshops com o colectivo Goat Island Performance Group, Matthew Goulish e Lin Hixson, Deborah Hay, Peter Pleyer e Jonathan Burrows.”

Mais info: Trabalho Coreográfico | Caderno de Laboratório | Aulas e Práticas de Dança, Hoje

Processo de pré-inscrição

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